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Novo Código Civil e Legislação Empresarial

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AULA 9
 
Prof.(a) ROSIMAR BESSA
BEM-VINDO À DISCIPLINA
CONTABILIDADE E MERCADO DE TRABALHO
AULA 9
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Nesta aula estudaremos sobre:
 Novo Código Civil; 
 Legislação Tributária; 
 Legislação Societária.
AULA 9
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NOVO CÓDIGO CIVIL
O Novo Código Civil entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, revogando
expressamente o Código Civil de 1.916 (Lei nº 3071 de 1º de janeiro de 1.916), e revogou também a Primeira Parte do Código Comercial (Lei nº 556 de 25 de junho de 1.850), que trata do “Comércio em Geral”. Em razão da referida unificação legislativa, é necessário destacar alguns aspectos referentes à autonomia jurídica do Direito Comercial e à evolução proporcionada a esses ramos do Direito Privado com o surgimento do novo Código, afastando-se, de imediato, qualquer entendimento precipitado que possa sugerir o fim ou o desprestígio do direito comercial no país pela inserção de suas normas fundamentais no Código Civil.
Instituição do NCC
AULA 9
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Sob o prisma empresarial, o novo Código Civil Brasileiro instituído pela Lei n° 10.406, que entrou em vigor a partir de 11.01.2003, trouxe, entre as várias inovações, a obrigatoriedade da inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis – RPEM. O novo diploma legal, após entrar em vigor, concedeu o prazo de um ano para que os empresários se adaptassem às novas regras.
O NCC regulamentou bem as responsabilidades dos quotistas das empresas limitadas (abrange 98% das empresas no Brasil).
 
O NCC nas empresas
AULA 9
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Benefícios 
Para as empresas: 
 Melhoria da qualidade das informações de negócios; 
 Transparência dos negócios para todos os acionistas
e quotistas, de forma clara e entendível, aderindo a 
linguagem universal de negócios, a contabilidade; 
 Prestação de contas e controles internos melhores.
O NCC nas empresas
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Benefícios
Para a sociedade: 
 Promoção de mais confiança nos negócios, fundamental para atrair e reter investimentos produtivos no Brasil; 
 Redução de riscos, e conseqüentemente, redução das taxas de juros;
 Redução da evasão fiscal; 
 Democratização das responsabilidades de pagamento de impostos, mediante melhor aderência às obrigações junto ao Estado, por parte da Sociedade; 
 Viabilização da implantação da lei de participação nos lucros; 
 Viabilização de políticas governamentais que vinculam aumentos salariais a aumentos de produtividade. 
O NCC nas empresas
AULA 9
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luiz Fux, relator do anteprojeto de lei do Novo Código de Processo Civil, disse que o novo código propõe uma maior segurança jurídica aos contratos já firmados, de modo a melhorar o ambiente jurídico para negócios e viabilizar o investimento estrangeiro no país.
“A estratégia utilizada para transmitir segurança jurídica foi conferir estabilidade na força da jurisprudência, procurando sempre resguardar contratos e proteger o empresário de modificações abruptas da legislação”, afirmou o ministro.
Fux disse que grandes empresas apontam a falta de estabilidade jurídica no Brasil como um dos principais motivos que levam a interrupção de investimentos produtivos. “A solidez do ambiente jurídico aumenta a confiança do empresário, e também reduz o chamado Risco Brasil”, assinalou.
NOVO CÓDIGO CIVIL
Objetivo
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Com a publicação do Novo Código Civil (Lei n° 10.406/02) foram introduzidas algumas alterações nos procedimentos contábeis das empresas, bem como em relação à responsabilidade do contador. Observamos que algumas regras já existiam na legislação anterior, mas a partir da vigência do Novo Código as normas apresentadas abaixo aplicam-se não só às sociedades, como também às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro (art. 1195 do Novo Código Civil).
Reflexos do Novo Código Civil na Contabilidade
No artigo 10 desta Lei, encontramos a determinação legal de todos os comerciantes serem obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração, que após o seu encerramento serão levados a registro no Registro do Comércio, atualmente denominada de Junta Comercial.
AULA 9
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A lei prevê o uso da Contabilidade pela necessidade do comerciante (empresário) conhecer o seu negócio, saber se há lucro ou prejuízo, saber se deve ou não continuar com a atividade, etc.
 Interessante observar que todos os contratos sociais de empresas comerciais, bem como empresas prestadoras de serviços, são regidos por esta Lei, pois são constituídas sob a forma de sociedades limitadas.
O Governo Brasileiro, em busca incessante de recursos, criou o Simples e o Lucro Presumido, como forma de arrecadação de impostos e Contribuições, tendo como base percentuais aplicados sobre o faturamento e demais receitas das empresas, e para tanto dispensa o empresário de manter a contabilidade, desde que escriture suas receitas no Livro Caixa. Mas, a dispensa do uso de escrituração refere-se apenas para fins Fiscais ou seja para fins de Arrecadação.
NOVO CÓDIGO CIVIL
Reflexos do Novo Código Civil na Contabilidade
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No Lucro Presumido a Instrução Normativa da Secretária da Receita Federal nº 93/97 , faculta o empresário a manter a escrituração do Livro Caixa.
NOVO CÓDIGO CIVIL
Reflexos do Novo Código Civil na Contabilidade
Esta talvez tenha sido a razão pela qual a grande maioria dos empresários, ao desconhecer que a finalidade do Governo é arrecadadora, acaba optando por não manter a escrituração contábil da sua empresa, com visíveis prejuízos ao seu negócio.
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O NCC Brasileiro inova a visão do empresário brasileiro, ao dispor entre outros elementos relevantes que:
 a) o sócio que se retira da Sociedade ficará responsável por dois anos pelas obrigações contraídas durante a sua gestão/administração - art. 1003;
 b) poderá haver exclusão de sócio por falta grave - art. 1030; 
c) A titularidade da maioria absoluta do capital social passou a não garantir ao titular o controle societário, pois a simples alteração do contrato social depende da aprovação de 75% do capital social.
Reflexos do Novo Código Civil na Contabilidade
NOVO CÓDIGO CIVIL
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Continuando...
d) o sócio que aumentar o capital com bens, ficará responsável durante cinco anos pelos valores desses bens - art. 1055;
 e) deverá haver reunião ou assembléia conforme o caso para decidir-se sobre a aprovação das contas da administração, como por exemplo, aumento/redução de capital, incorporação, fusão ou cisão, aprovação das contas do balanço e outras decisões. - art. 1072;
 f) Haverá a devolução de lucros distribuídos em excesso (distribuição de lucros acima do apurado pela contabilidade) - art. 1059;
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Responsabilidade do Contador   O novo Código Civil, na  Seção III - Do Contabilista e outros Auxiliares, trata das responsabilidades civis dos contadores (prepostos), definindo que são os mesmos responsáveis pelos atos relativos à escrituração contábil e fiscal praticados e ao mesmo tempo, respondendo solidariamente quando praticarem atos que causem danos à terceiros (clientes por exemplo). Artigos 1.177 e 1.178:   De acordo com o art. 1.182 do Novo Código Civil, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. No exercício de suas funções, os prepostos (contabilistas) são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. 
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NOVO CÓDIGO CIVIL
Responsabilidade do Contador
 
As oportunidades para o crescimento acelerado da profissão de contadores no Brasil são excelentes. Todas as empresas, segundo o NCC, precisam prestar contas, através da contabilidade. É taxativamente obrigatória. Para tanto, contadores, líderes de entidades contábeis, e líderes interessados na melhoria das informações e da ética nos negócios, precisam fazer a sua parte: insistir
mais na prestação de contas, via contabilidade, para todas as empresas, e a introdução de livros caixa formais, para todas as empresas de pequeno porte. 
	 Os benefícios para todos são enormes. 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
A legislação tributária se refere às leis quanto à definição de tributos, atribuição de responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as penalidades para o caso de descumprimento da lei.
TRIBUTOS – toda prestação pecuniária compulsória, que não constitua sanção por ato ilícito (não decorre em virtude de infração de alguma norma e descumprimento da lei), instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (a lei já estabelece todos os passos a serem seguidos), cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
O Sistema Tributário Nacional compõe-se de:
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
AULA 9
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
 Espécies de Tributos
 Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal, ou seja, independe de qualquer contraprestação do Estado em favor do contribuinte;
 Taxas: Podem ser criadas e exigidas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, mas limitados ao âmbito de suas respectivas atribuições. 
 Contribuição de melhoria: Podem ser criadas e exigidas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atribuições. São cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras públicas.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Espécies de Tributos 
Contribuições Parafiscais: São tributos qualificados pela finalidade e terão natureza de imposto. O art. 149 da CF descreve: “compete à União instituir contribuições sociais (INSS, COFINS, CSLL), de intervenção no domínio econômico (CIDE S/ ROYALTIES, CIDE S/COMBUSTÍVEIS) e de interesse das categorias profissionais ou econômicas (CRC, OAB, CRM, outros), como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas”. 
 Empréstimos Compulsórios: São tributos criados no caso de investimento público; possuem natureza contratual. Servem para atender a situações excepcionais, e só pode ser instituído pela União.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Funções e Atividades da Contabilidade Tributária
As principais funções e atividades podem ser assim classificadas:
 Registro contábil das provisões relativas aos tributos a recolher, em obediência ao Princípio da competência de exercícios;
 
 Escrituração dos documentos fiscais em livros fiscais próprios ou registros auxiliares, para apurar e determinar o montante do tributo a ser recolhido após encerramento do período de apuração;
 
 Preenchimento de guias de recolhimento, além de emitir e providenciar a entrega dos formulários aos respectivos órgãos competentes;
 
 Orientação fiscal para todas as unidades da empresa (filiais, fábricas, departamentos) ou das sociedades coligadas e controladas;
 
 Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do setor de impostos.
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LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
O advento da Lei nº 6.404/76, à época e até fins de 2007, representou um avanço na técnica de elaboração das demonstrações contábeis e na forma de avaliação dos elementos  componentes do patrimônio contábil  das empresas.
Cumpriu, também, seu papel no acompanhamento dos mercados de capital e financeiro, fornecendo elementos valiosos, pela forma de  apresentação das demonstrações contábeis, a analistas financeiros e aos diversos interessados nas informações contábeis.
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LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
Ao final de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera e revoga a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76) . Publicada no Diário Oficial da União de 28 de dezembro de 2007, passou a vigorar para as demonstrações contábeis do exercício social iniciado a partir de 1º de janeiro de 2008. 
Portanto, as alterações contidas na Lei nº 11.638/07, deverão produzir seus efeitos nas demonstrações contábeis, cujo exercício se iniciou a partir de 01 de janeiro de 2008,  independentemente da data do seu encerramento, em atendimento ao art. 176, da Lei nº 6.404/76, que regula as demonstrações contábeis elaboradas ao final do exercício social das empresas. Esse entendimento foi manifestado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
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LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
 Foi suprimida o grupo de contas intitulado Reserva de Reavaliação no Balanço Patrimonial.
 O Ativo intangível deve figurar no Balanço Patrimonial das empresas como subgrupo de Ativo Permanente, cujo objeto são os bens intangíveis anteriormente classificados no Ativo Imobilizado.
 Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR), pela Demonstração do Fluxo de Caixa (art. 176, IV).
 Alteração no critério de avaliação de coligadas (art. 248);
 Criação da reserva de incentivos fiscais, coma contabilização sendo realizada diretamente no resultado do exercício, como estabelece a norma internacional (art. 195).
 Algumas mudanças percebidas a partir da alteração da legislação societária promovida pela lei Lei 11.638/07: 
AULA 9
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Na próxima aula...
 Normas da CVM, do BACEN e do CPC;
Internacionalização dos Procedimentos Contábeis.
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