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Penhor, Hipoteca e Anticrese são, por definição legal, direitos reais de garantia sob coisa alheia. Penhor Consiste na tradição de determinada coisa móvel ou mobilizável, que pode ser alienada, e de autoria do devedor ou por terceiro ao credor, procurando garantir deste modo o pagamento do débito. Seus sujeitos são o devedor pignoratício (podendo ser tanto o sujeito passivo da obrigação principal como terceiro que ofereça o ônus real) e o credor pignoratício (aquele que empresta o dinheiro e recebe o bem empenhado, recebendo pela tradição, a posse deste). É direito real de garantia, acessório, dependente de tradição, recaindo sobre coisa móvel, requer alienabilidade do objeto, sendo o bem empenhado obrigatoriamente de propriedade do devedor, não admitindo pacto comissório, constitui-se direito real uno e indivisível, além de ser temporário. O penhor assume várias formas previstas no Código Civil, como: penhor legal, originário de uma imposição legal. penhor rural, subdividido em penhor agrícola, que envolve culturas, e o pecuário relacionado a animais. penhor industrial, relacionado a máquinas e aparelhos utilizados na indústria. penhor mercantil, trata de obrigação comercial. De acordo com o previsto no artigo 1436, o penhor pode ser resolvido através de: extinção da dívida; com o perecimento do objeto empenhado; renúncia do credor; confusão; com a adjudicação judicial, remição ou a venda amigável do penhor. Hipoteca Este instituto pode surgir nas formas convencional, legal e judicial, sendo que a forma mais comum é a convencional. O atributo real do direito relacionado á hipoteca se evidencia com a inscrição do ato consultivo no Registro de Imóveis da circunscrição onde se situa a coisa dada em garantia. Só inscrita torna-se patente o direito real de garantia, com todos os seus efeitos. São dois os princípios que regem a hipoteca, o da especialização e o da publicidade. Na hipoteca convencional o próprio instrumento constitutivo traz a especialização, por nele constarem os nomes das partes, o valor e a espécie da dívida garantida, bem como a descrição dos bens hipotecados. Já a publicidade se dá na inscrição da hipoteca no Registro de Imóveis. Ela é responsável pela ciência a todos de que o bem imóvel dado em garantia está sujeito ao ônus hipotecário, impedindo terceiros de alegar ignorância da incidência da hipoteca. São passíveis de hipoteca os imóveis que se acham no comércio e sejam alienáveis. O indivíduo propenso a hipotecar é aquele que pode também alienar, de acordo com o artigo 756 do Código Civil, sendo que o homem casado necessita de autorização uxória (da esposa). Anticrese Neste instituto, o credor, ao reter um imóvel do devedor, percebe os seus frutos para conseguir a soma em dinheiro emprestada, imputando na dívida e até o seu resgate, as importâncias que for recebendo. Consiste em direito real sob imóvel alheio, no qual o credor obtém a posse da coisa visando captar os frutos e imputá-los no pagamento da dívida, juros e capital, sendo ainda permitido estipular que os frutos sejam na totalidade percebidos à conta de juros. O credor anticrético só pode aplicar as rendas que auferir com a retenção do bem de raiz, ao pagamento da obrigação garantida. Requer escritura pública e inscrição no Registro Imobiliário, requerendo tradição real do imóvel. Irá extinguir a anticrese: o pagamento da dívida; pelo término do prazo legal; perecimento do bem anticrético; desapropriação; renúncia do anticretista; pela excussão de outros credores, quando o anticrético não opuser seu direito de retenção.
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