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AULA 01: CONCEITOS DE CONTABILIDADE
AULA 01: CONCEITOS DE CONTABILIDADE
Pode-se afirmar que a Ciência Contábil surgiu juntamente com o homem, pois desde os primórdios da vida humana os indivíduos sentem necessidade de controlar, de alguma forma, o seu patrimônio. Necessitam mensurar, ou seja, medir o quanto ganham, quanto o patrimônio aumenta e o destino dos seus bens. A evolução da Contabilidade como ciência ocorreu com o florescimento do comércio. Nessa época, o controle do patrimônio tornou-se essencial. Surgiram as primeiras formas realmente organizadas de empresa e era preciso, mais do que nunca, controlar o que acontecia com estas entidades. 
Analisaremos nesta aula como a Ciência da Contabilidade passou a mensurar, controlar, estudar e verificar o patrimônio das entidades, visando fornecer informações sobre a situação da empresa a todos os interessados ― proprietário, funcionários e fornecedores. Vamos estudar também o conceito de Contabilidade, seu objeto de estudo, finalidade e as situações em que pode ser aplicada.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
É o método considerado, até hoje, como base para a Contabilidade, que afirma que toda a origem de capital deverá ter sempre uma aplicação de igual valor.
Neste método todo débito corresponde a um crédito com valor igual ao do débito e vice-versa, isto é, para cada crédito deverá haver um débito de valor igual ao do crédito. Essa regra tem como base a natureza das contas de Ativo e Passivo. E o que seria Ativo e Passivo?
Por que o contador antigamente era conhecido como guarda-livros?
“Há muito tempo, em uma terra não muito distante, os contadores eram chamados de ‘guarda-livros’. A origem desse estranho nome era proveniente da sua principal função que, até então, era a de escriturar e manter em boa ordem os livros mercantis das empresas comerciais”.
________________________________________________________
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
A contabilidade passou a se desenvolver a partir da necessidade de tornar a área contábil mais compreensível e dinâmica. 
No Brasil, por exemplo, a construção da contabilidade vem evoluindo desde o surgimento das escolas de contabilidade e das regulamentações contábeis.
Vamos acompanhar como aconteceu esta evolução?
>1808: Você sabia que nesse ano o Brasil deu os seus primeiros passos para a organização contábil? O alvará publicado na época dizia que os contadores deveriam usar obrigatoriamente as partidas dobradas como método de escrituração.
>1850: Em 25 de junho de 1850, o Imperador Pedro II promulgou o primeiro Código Comercial Brasileiro. Essa promulgação tornou obrigatória a escrituração contábil, além da elaboração anual do balanço. 
>1880: Nesse ano a Escola Politécnica do Rio de Janeiro passou a oferecer as primeiras disciplinas de Direito Administrativo e Contabilidade.
>1902: Porém, somente após doze anos do oferecimento das disciplinas Direito Administrativo e Contabilidade pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro que surgiu a Escola de Comércio Álvares Penteado. Essa escola, três anos depois, passou a ter o reconhecimento do curso de guarda-livros e também perito-contador.
>1946: A USP criou nesse ano a Faculdade de Ciências Contábeis, que coincide com a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Obs: O Conselho criado pelo Decreto-lei nº 9295/46 é o órgão que orienta, fiscaliza e normatiza a profissão contábil no Brasil através dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs).
>1964: Em 1964, houve a promulgação da Lei nº 4.230 que instituiu as principais normas para a elaboração e controle de orçamento da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
>1976: Esse ano é marcado por um grande acontecimento para Contabilidade no Brasil: a criação da Lei nº 6.404 ou Lei das Sociedades por Ações. Em 1976 também houve a Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CMV - Responsável pela disciplina e funcionamento do mercado de valores mobiliários no Brasil.). 
>2007: Nesse ano ocorreu uma revolução na Contabilidade através da promulgação da Lei nº 11.638, que alterou diversos dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas e aproximou a Contabilidade brasileira do modelo que vem sendo adotando mundialmente. A partir daí o Brasil passou a utilizar os princípios das IFRS visando a melhor apresentação e compreensão das normas e demonstrações contábeis. Obs: Trata-se de um conjunto de pronunciamentos contábeis que trazem normas internacionais de Contabilidade, adotadas no sistema brasileiro.
MAS AFINAL, O QUE É CONTABILIDADE?
Definida como a ciência responsável pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, a Contabilidade é a responsável, portanto, pelo registro, classificação e demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através da escrituração contábil (técnica que consiste em registrar de forma ordenada tudo o que ocorre nas empresas).
 A Contabilidade também fornece informações para a análise e interpretação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, e possibilita que sejam evidenciadas, ou seja, que sejam conhecidas as variações através dos períodos em que houve alteração no patrimônio.
No que diz respeito ao patrimônio das entidades, pode-se dizer que a Contabilidade atua em três campos:
>Econômico: Toda vez que uma entidade apura o seu resultado do exercício, ela faz um resumo de sua situação econômica, e isso não necessariamente reflete em uma boa situação patrimonial.
>Financeiro: Mesmo que uma entidade tenha prejuízo, ou seja, acabe vendendo por menos do que comprou, ela pode ter dinheiro em caixa suficiente, oriundo de outras operações bem sucedidas, para pagar suas contas.
>Patrimonial: O patrimônio é a garantia de todo o desenvolvimento e até mesmo da continuidade da entidade. Estes três elementos representam a entidade como um todo, ou seja, o que ela tem como patrimônio:
BENS: Você pode entender por bens todas aquelas coisas que são capazes de atender às necessidades das pessoas físicas ou jurídicas e que podem ser mensuradas, ou seja, têm valor econômico. Veremos detalhadamente na aula 2 as diversas formas de classificação dos bens.
DIREITOS: Direitos podem ser entendidos como os valores que determinada entidade tem a receber de terceiros. O exemplo mais comum neste grupo são os clientes, que são indivíduos para quem a empresa vendeu, garantindo, assim, no futuro, o direito de receber o pagamento.
OBRIGAÇÕES: As obrigações, ou passivos exigíveis, são dívidas que a empresa assumiu com terceiros, ou seja, com pessoas alheias à entidade.
Pessoa Física: Considera-se pessoa física toda pessoa natural que é registrada em cartório e que possui bens, direitos e obrigações junto ao Estado. 
 A pessoa física responde individualmente por seus atos e só terá fim quando decretada a sua morte.
Pessoa Jurídica: Trata-se da composição de uma ou mais pessoas físicas, por meio de um contrato que deverá ser registrado em cartório, na Receita Federal ou junta comercial. 
Mas se a pessoa jurídica é formada por uma ou mais pessoas físicas, por que devemos considerar que entidade é igual à pessoa jurídica? Na verdade os responsáveis pela pessoa jurídica são as pessoas físicas que a formaram e seu término será dado por um acordo entre estas pessoas ou por decisão judicial.  No caso de constituição por pessoa física, os dois tipos mais comuns são as sociedades limitadas e as sociedades anônimas, sendo que para as limitadas o documento de nascimento é o Contrato Social e para as anônimas é o Estatuto Social. 
FUNCIONALIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Patrimônio líquido nada mais é do que a soma de tudo o que a empresa tem (bens), tudo o que ela tem para receber (direitos) menos as suas obrigações. Desta forma, o que sobra no caso de liquidação de dívidas é o que realmente é da propriedade.
Você já ouviu falar em Contrato Social e Estatuto Social?ESTATUTO SOCIAL: O Estatuto Social é o documento pelo qual são constituídas as sociedades anônimas. No caso destas sociedades, é feita uma assembleia que deverá representar, no mínimo, metade do capital social, ou seja, o capital da empresa. •Nome; •Prazo de duração; •Localização da empresa; •Objeto social (ou seja, o que ela terá como atividade); •Seu capital social; e •Outros dados primordiais para o nascimento da entidade.
CONTRATO SOCIAL: O Contrato Social é o documento de nascimento de uma entidade com fins lucrativos e não anônima. Este documento não pode conter nenhum tipo de emendas, rasuras ou qualquer tipo de entrelinha. Além disso, o documento deverá designar o objeto da sociedade e o nome desta.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
1- CONTADOR: É a forma independente que assume a contabilidade. Atualmente, o profissional que deseja trabalhar nesta área precisa fazer o exame de suficiência do CRC e obter o registro junto ao órgão para exercer a profissão. Um profissional que deseja atuar como contador pode ter seu próprio escritório, desenvolvendo funções generalistas com relação a uma empresa. O contador pode ser também analista ou assistente, atuando na área tributária, de custos, gerencial, de controladoria, entre outras.
2- PERITO CONTABIL: A profissão de perito contábil é prerrogativa exclusiva do contador, ou seja, somente o bacharel em Ciências Contábeis, devidamente habilitado (com CRC), poderá atuar nesta área. Este profissional atua com a indicação de juízes ou partes envolvidas em processos e é responsável pela elaboração de laudos que serão utilizados para a tomada de decisão judicial, em casos de dissolução de entidades, pensão alimentícia, recálculo de encargos financeiros com Sistema Financeiro Habitacional, com bancos em geral, entre outros.
3- CONTROLLER: É aquele profissional que atuará como gestor de uma determinada entidade, trabalhando para fazer a gestão de forma eficaz.
4- TRIBUTARISTA: Levando-se em conta a complexidade do sistema tributário brasileiro, esta é uma área que possui uma vasta demanda de profissionais. O contador pode trabalhar de forma independente, ou seja, oferecendo consultoria nesta área, ou atuar dentro de uma empresa, planejando quais as melhores formas de tributação para aquela entidade. A figura do leão faz referência a um das mais famosas tributações: o imposto de renda.
5- AUDITOR: Assim como o perito contábil, somente o profissional formado em Ciências Contábeis, devidamente habilitado, poderá atuar como auditor. Este profissional é responsável por analisar as demonstrações contábeis, bem como trabalhar para que os controles internos  sejam respeitados e para que isso seja feito de forma eficiente. 
Lembrando que a auditoria está dividida em duas modalidades: •Auditoria interna: que é aquela realizada dentro das entidades para a verificação dos procedimentos internos; e •Auditoria externa: que é aquela normalmente requerida por uma sociedade anônima para a verificação da veracidade de suas demonstrações contábeis.
6- CONTADOR PUBLICO: É aquele profissional que prestou concurso e trabalha na área pública. As entidades públicas por possuírem patrimônio também são objeto da Contabilidade.
7- PESQUISADOR E PROFESSOR: Assim como em todas as profissões, o profissional graduado em Ciências Contábeis poderá atuar na área da docência ou pesquisa.
Porém, antes de escolher a área que se deseja atuar,  é muito importante entender que o objetivo da Contabilidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio e como funcionam as suas variações. A partir daí, é possível pensar na área que se quer seguir.
Outro ponto que pode ajudar na decisão da carreira a seguir é o pensamento voltado para as finalidades da Contabilidade, pois, atualmente, a sua principal função é o planejamento que serve de base para a análise de situações futuras e o controle do que acontece com as instituições.
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Os usuários da contabilidade são divididos em dois tipos:
Agentes internos: Os agentes internos podem ser apresentados aos usuários que têm algum tipo de relação direta com a entidade e que, por consequência, têm facilidade de acesso às informações contábeis.  
Os interessados e seus respectivos interesses são:
 •Gerentes – utilizam a informação para tomar decisões;
 •Funcionários – utilizam as informações da empresa para saber se receberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos na política da empresa.
Agentes externos: Os agentes externos são aqueles que não possuem uma relação direta com a entidade, mas que, mesmo assim, mantém algum tipo de relacionamento com esta.
•Bancos - Utilizam a informação contábil para a concessão ou não de financiamentos, empréstimos e créditos em geral.
•Concorrentes - Utilizam a formação para tornarem-se competitivos nos mercados cada vez mais acirrados.
•Governo - É o principal interessado, pois está sempre buscando informações relativas às despesas e receitas. São elas que geram o resultado para atingir o objetivo do governo: a tributação das entidades.
•Fornecedores - Seu principal interesse é a capacidade de pagamento das entidades, ou seja, querem saber se poderão continuar ou não vendendo a prazo e se vão continuar recebendo.
•Clientes - Apesar de não ser uma informação percebida diretamente da Contabilidade, os clientes têm interesses ligados aos prazos de recebimento de suas compras, ao tipo de atendimento e querem detalhes de como podem fazer a devolução de um produto, por exemplo.
•Investidores - No caso das sociedades de capital aberto, o principal interesse é o desempenho das entidades em que investem, para saber se podem manter seu dinheiro nelas. 
No caso de investidores que ainda não investiram, o maior interesse é saber se vale a pena investir seu dinheiro e deixá-lo aplicado em determinada entidade, o que ela trará de retorno e como estão as perspectivas dessa entidade para o futuro.
PADRÃO
Você já parou para pensar como seria se cada um fizesse as coisas do jeito que quisesse? Se não houvesse normas para executar cada tarefa?
E na Contabilidade? Como seria se cada um fizesse o registro das informações contábeis do jeito que quisesse? Se cada um decidisse o que deveria ou não registrar?
Para que haja uma padronização, é preciso que existam órgãos responsáveis pela normatização contábil. No Brasil as normatizações são de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM - Responsável pela padronização do mercado de valores mobiliários nacional.) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC - Órgão responsável pela emissão de normas profissionais contábeis e normas técnicas que servem para regulamentar os procedimentos contábeis.).
A resolução de nº 750/93, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, definiu alguns princípios contábeis com o intuito de padronizar a Contabilidade:
 •Postulados: Conhecido como “Pilares da Contabilidade”, os Postulados são considerados a base da teoria contábil e se divide em Postulados Entidade e Postulados da Continuidade, onde o primeiro estabelece o patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade e o segundo prevê que o processo contábil deve ser considerado sem prazo estimado de duração.
 •Princípios: É a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, com o intuito de normatizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do patrimônio da entidade. 
No Brasil, os princípios contábeis são os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93. Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis.
 •Convenções Contábeis: Conceitos que servem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como: objetividade, conservadorismo, materialidade e evidenciação.
http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/tv-esaf/contabilidade/tv-esaf.htm

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