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Líquido Cefalorraquidiano - LPI

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–
í
- Funções do LCR = proteção, nutrição e homeostasia do SN 
- Proteção = amortecimento das vibrações e choques / proteção biológica porque por ele 
percorrem anticorpos e leucócitos que protegem o SN 
- Nutrição = auxilia na troca de substâncias entre o sangue e sistema nervoso e entre o SN e 
barreira hematoencefálica (são os capilares que existem dentro do SN e relacionam-se com a 
nutrição, secreção e excreção) 
- Regulação da pressão intracraniana e do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido base 
PRODUÇÃO DO LCR 
- É produzido pelas células do plexo coroide, são células especializadas que ficam nos ventrículos 
laterais e que são uma espécie de continuação das células ependimárias. 
- As células ependimárias estão no canal central da medula e ventrículos 
- As células endoteliais dos capilares sanguíneos também vão permitir a passagem de 
substâncias para o SNC também vão compor o LCR e são importantes para sua formação 
- O LCR é produzido através de um ultrafiltrado de sangue através do transporte ativo de 
substâncias 
Observação: o LCR sempre vai ser produzido e posteriormente absorvido 
- Produzido pelo ultrafiltrado dos capilares fenestrados, onde o fluido sai dos capilares, são 
processadas pelas células do plexo coroide, passam pelas células ependimárias e vai para a 
circulação 
CIRCULAÇÃO DO LCR 
- Ele vai do espaço ventricular para o espaço subaracnóideo onde ele será reabsorvido 
- Ventrículo lateral > forame de Monro > 3º ventrículo > Aqueduto de Sylvius > 2º Ventrículo > 
forame de magendle e espaço subaracnóideo 
- O fluxo do LCR causa uma pressão positiva através da pulsação sanguínea 
ABSORÇÃO DO LCR 
- É absorvido através das vilosidades aracnoides e vai atingir novamente os vasos linfáticos e 
sanguíneos 
EXAME DO LCR 
Indicações: quando o paciente tem sintomatologia de enfermidade do sistema nervoso 
- Só é feito o exame se o benefício for maior do que os malefícios e riscos ao realizar o exame 
- O teste de glicose e proteínas totais no LCR são testes de rotina 
 
–
- Possui ALTA SENSIBILIDADE e ALTA ESPECIFICIDADE (meningite bacteriana, fúngica e 
tuberculosa) 
- Possui ALTA SENSIBILIDADE e MODERADA ESPECIFICIDADE (meningite viral) 
- Deve ser retirado até 20mL de LCR e normalmente é coletado de 3 a 5mL 
CONTRAINDICAÇÕES 
- É necessário sedação para realização do exame e é contraindicado caso haja impedimento de 
sedação 
- Aumento da pressão intracraniana (porque o paciente com o aumento da pressão está 
tentando segurar a homeostasia e apesar da sintomatologia, se for feita a coleta, o volume da 
agulha pode ser suficiente para causar herniações e comprometimento cardiovascular) 
- Infecções cutâneas na região da punção (Visto que o objetivo é NÃO levar agentes infecciosos 
para o sítio da coleta) 
- Desidratação intensa (porque a reposição do LCR pode ser demorada e comprometer a 
homeostasia) 
- Distúrbios graves de hemostasia (porque podem levar a hemorragias) 
OBJETIVO DO EXAME 
- Correlacionar os resultados obtidos com processos patológicos que podem está 
comprometendo o paciente 
- Esses processos patológicos podem ter origem inflamatória, neoplásica, vascular, infecciosa e 
traumática 
- A origem infecciosa pode ter origem viral, bacteriana, parasitária, fungica e protozoária 
- É um indicativo 
- Ele tem que ser analisado junto com outros exames laboratoriais e com histórico, anamnese, 
exame físico e outros para compor o diagnóstico final do paciente 
- Não é indicativo de um processo patológico específico 
- Porém é um peça-chave para o indicativo que existe processo patológico 
COLETA DO LCR 
- É feita através da punção com agulha no espaço subaracnóideo 
- Não é necessário jejum 
- Só pode ser feita após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
- É realizada a limpeza do local com clorexidina 
- A anestesia é local com lidocaína no espaço intervertebral 
 
–
- O LCR deve ser cristalino límpido 
- Outros aspectos do LCR incluem ligeiramente turvo, turvo, leitoso, xantocrômico e c/ hemólise 
- Uma amostra ligeiramente turva, turva ou leitosa pode ser resultado de aumento na 
concentração das proteínas ou lipídeos ou pode ser uma infecção. 
Locais 
- Lombo-sacra 
- Lombar 
- Cisterna 
Materiais 
- Agulhas preferencialmente com mandril para não ocorrer entupimento 
- São utilizados três frascos e não podem possuir anticoagulante e ativados da coagulação 
- São frascos transparentes e específicos para coleta de LCR 
Cuidados 
- É necessário anestesia e antissepsia 
- Posicionamento adequado do paciente 
- Processamento rápido da amostra porque é bastante sensível 
PRESSÃO LIQUÓRICA 
- Hipotensão: desidratação ou choque 
- Hipertensão: por aumento do conteúdo sólido (tumores, abcessos, cistos, aneurismas, 
hematomas extra ou sub-dural) ou por aumento do conteúdo líquido 9hemorragia, hematomas, 
obstrução, edema (processos inflamatórios), hidrocefalia...) 
LÍQUOR 
- O LCR é coletado através do gotejamento em tubo estéril, sem ativador e sem anticoagulante 
- É bom realizar a prova dos 03 tubos (para verificar a diferenciação entre hemorragia pré-
existente/que já aconteceu ou iatrogênica que é provocado pela coleta) 
- Auxilia no diagnóstico de doenças infecciosas e não infecciosas como meningite, encefalite, 
síndrome de Guillain-Barré e outros 
- O LCR Pode ser utilizado como manobra terapêutica para administração de fármacos e 
anestesias 
- Auxilia também na obtenção de uma amostra mais pura para análise 
- Tubo 01: bioquímica e sorologia (por poder ter mais chances de contaminação) 
 
–
- Tubo 02: microbiologia 
- Tubo 03: citologia 
ESTABILIDADE E ARMAZENAMENTO 
- Citologia: 02h 
- Bioquímica: 07 dias a 2-8ºC 
- Microbiologia: 03 horas 
ISOLAMENTO MICROBIOLÓGICO 
- Utiliza a técnica de semeadura por estria/esgotamento 
- É usado a placa de Petran e Ágar Sangue e agulha ou alça bacteriológica 
- A placa escolhida deve possuir os nutrientes necessários para o crescimento do microrganismo 
- Deve se esperar em média 2 dias em armazenamento a 37ºC 
- Após o tempo de espera, deve ser feita a análise microscópica, bioquímica e PCR para 
confirmação 
- A avaliação morfológica consiste na identificação do gram da bactéria, podendo ser gram 
positiva ou gram negativa 
COLORAÇÃO DE GRAM 
- É uma das formas de categorizar as bactérias 
- Consiste na análise das características como forma, arranjo e afinidade pelo corante 
- É a etapa mais importante no auxílio diagnóstico do patógeno 
- Consiste na preparação de um esfregaço em lâmina de vidro para microscopia 
- A amostra deve ser mantida em ar ambiente para secagem e após isso ser fixada por metanol 
- Um corante cristal violeta é adicionado por 01 minuto e em seguida insere o lugol por 01 
minuto > é formado o complexo iodo-pararrosalina na parede celular das bactérias que irão se 
corar de roxo 
- A próxima etapa é lavar a lâmina e iniciar a etapa de descoloração acrescentando uma 
solução de álcool-éter a amostra > as GRAM-POSITIVAS vão resistir a descoloração retendo o 
corante e permanecendo roxa e as GRAM-NEGATIVAS quando expostas ao álcool, irão se tornar 
incolor. 
- Inicia após isso a fase de contra coloração após novamente a lavagem da lâmina com água e 
é adicionado a FUCSINA (age como um contra corante e é utilizada para ter certeza de que a 
bactéria é gram-negativa) 
 
–
- Após aplicação da fucsina, a lâmina é novamente lavada, secada e analisada se é GRAM-
POSITIVA ou GRAM-NEGATIVA 
- COCOS GRAM POSITIVOS: Streptococcus agalactiae (meningite), streptococcus pneumoniae 
(meningite) 
- COCOS GRAM-NEGATIVOS: Neisseria meningitidis (meningite) 
- BACILOS GRAM-POSITIVOS: Listeria monocytogenes (meningite) 
- Através da coloração de gram é possível fornecer um diagnóstico preliminar 
- É possível identificar o gênero da bactéria, mas não é possível identificar a espécie 
PROTEINAS TOTAIS 
- A principal é a albumina 
- As alterações na concentração das proteínas servemde parâmetro para meningite e doenças 
do sistema nervoso central 
- No LCR quando as proteínas aumentam é indicativo de meningite bacteriana aguda e na 
meningite viral é muito mais alto. 
- Os níveis de proteínas em bebês são maiores do que em crianças e adultos 
- É utilizado o método da eletroforese (método simples que separa proteínas do plasma 
humano em frações) 
- Observação: PCR em meningite bacteriana aumenta e principalmente se for devido a 
bactérias gram-positivas 
PCR 
- É um marcador inflamatório 
- É utilizado para identificar inflamações e infecções e para verificar o andamento do 
tratamento 
- Pode ser qualitativo (indica ou não a presença no LCR) ou semiquantitativo (é preciso diluir a 
amostra para ter uma noção da gravidade da doença) 
- Parâmetros: baixo risco – 1,0mg/L / moderado 1,0 – 3,0mg/L / alto risco +3,0mg/L 
- É utilizado o teste de lactato para auxiliar no diagnóstico 
LACTATO 
- O lactato é o produto da glicose que foi metabolizada 
- É um teste quantitativo (indica a quantidade) 
- É utilizado para diferenciar meningite bacteriana, fúngica, viral e tuberculosa 
- Meningite viral > abaixo de 25gm/Dl 
 
–
- Meningite bacteriana > acima de 35mg/Dl 
- Uma observação é que o nível de lactato no LCR e no SANGUE são independentes 
- Os níveis de lactato em bebês são maiores do que em crianças e adultos assim como as 
proteínas 
- É feito através da técnica de espectrofotometria 
- A técnica é feita através de 03 tubos identificados com Teste, Padrão e Branco 
- As amostras são submetidas a banho maria durante 05 minutos a uma temperatura de 37ºC 
> depois são colocadas no espectrofotômetro para identificar a absorbância 
- O valor de referência é entre 10,8 e 19,6 mg/dL

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