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Introdução ao Direito das Obrigações
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O estudo do Direito Civil envolve uma gama extremamente extensa de conhecimentos especializados, abrangendo todas as relações e situações jurídicas realizadas antes mesmo do surgimento da pessoa (seja na tutela dos direitos do nascituro, seja, no que diz respeito à pessoa jurídica, a disciplina para sua própria criação) até depois de seu perecimento (normas regentes das sucessões).
Por isso, as codificações da modernidade têm apresentado uma divisão didática das matérias, estabelecendo uma parte geral (com a regulação genérica das pessoas, bens e negócios jurídicos) e partes especiais, que agrupam regras particulares, sistematizadas em função da natureza peculiar das relações jurídicas a que se destinam.
O tema abordado é justamente uma dessas partes especiais, a saber, o Direito das Obrigações.
2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Em objetiva definição, trata-se do conjunto de normas (regras e princípios jurídicos) reguladoras das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer.
Valendo destacar que é por meio das “relações obrigacionais que se estrutura o regime econômico, sob formas definidas de atividade produtiva e permuta de bens”, como já salientou ORLANDO GOMES.
3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Na Grécia antiga, não havia, propriamente, uma definição de “obrigação”, embora já houvesse uma certa noção dessa figura jurídica.
Aristóteles dividiu as relações obrigatórias em dois tipos, a saber, as voluntárias (decorrentes de um acordo entre as partes) e as involuntárias (resultantes de um fato do qual nasce uma obrigação), subdividindo essas últimas em dois outros subtipos, tomando-se como parâmetro se o ato ilícito era cometido às escondidas ou se era praticado com violência.
No Direito Romano, por sua vez, também não se conhecia a expressão obrigação, mas o seu equivalente histórico teria sido a figura do nexum (espécie de empréstimo), que conferia ao credor o poder de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestação, sob pena de responder com seu próprio corpo, podendo ser reduzido, inclusive, à condição de escravo, o que se realizava por meio da actio per manus iniectionem (ação pela qual o credor podia vender o devedor como escravo, além do Rio Tibre).
Dessa forma, podemos concluir que, do ponto de vista formal, o grande diferencial do conceito moderno de obrigação para seus antecedentes históricos está no seu conteúdo econômico, deslocando-se a sua garantia da pessoa do devedor para o seu patrimônio. 
Tal modificação valoriza a dignidade humana ao mesmo tempo em que retira a importância central da obrigação do indivíduo no polo passivo, o que possibilitou, inclusive, a transmissibilidade das obrigações, não admitida entre os romanos.
O Código de Napoleão, de 1804 — que, até hoje, é o Código Civil francês — consagrou expressamente tal conquista do Direito Romano, prevendo, em seu art. 2.093, dentre outras disposições, que os bens do devedor são a garantia comum de seus credores (“les biens du débiteur sont le gage commun de ses creanciers”), regra fundamental não somente para aquele direito positivado, mas para toda a construção teórica moderna do Direito das Obrigações, inclusive o brasileiro.
Mas quais são, afinal de contas, os direitos subjetivos que podem ser objeto de uma relação jurídica obrigacional?
4. ÂMBITO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
A relação jurídica obrigacional não é integrada por qualquer espécie de direito subjetivo. Somente aqueles de conteúdo econômico (direitos de crédito), passíveis de circulação jurídica, poderão participar de relações obrigacionais, o que descarta, de plano, os direitos da personalidade: o direito à dignidade; à liberdade à igualdade; à segurança; à cidadania; à vida, à integridade física e psíquica, o direito ao nome; à imagem; o à inviolabilidade da vida privada; à liberdade de pensamento e de expressão; o direito à propriedade; o direito a ser submetido ao justo processo; e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
É bom que se diga, nesse ponto, que o direito de crédito, a que corresponde o dever de prestar, é de natureza essencialmente pessoal, não se confundindo, portanto, com os direitos reais em geral.
Assim, o credor é, em virtude do negócio jurídico, titular de um direito pessoal exercitável contra o devedor, a quem se impõe o dever de prestar (dar, fazer ou não fazer). Não existe, pois, uma pretensão de natureza real no crédito formado. 
O credor não tem poderes de proprietário em relação à coisa ou à atividade objeto da prestação. Não exerce, pois, poder real sobre a atividade do devedor, nem, muito menos, sobre a sua pessoa. Trata-se, portanto, de um direito eminentemente pessoal, cuja correlata obrigação (dever de prestar) é a própria atividade do devedor de dar, fazer ou não fazer.
Em precisa síntese, o genial JOÃO DE MATOS ANTUNES VARELA ressalta o aspecto pessoal das obrigações, quando observa:
“O fim natural da obrigação, seja qual for a modalidade que a prestação revista, é o cumprimento, que representa o meio normal de satisfação do interesse do titular ativo da relação. Quando o tribunal condena o autor da agressão a pagar certa indenização à vítima, o sentido natural da imposição deste dever é que o réu entregue (quanto antes) o dinheiro ao lesado; da mesma forma, se A comprar a B certa coisa, o alcance normal do acordo celebrado entre as partes é que B entregue a coisa (cumprindo a sua obrigação de vendedor: art. 879, al. b.), e que A faça entrega do preço (cumprindo a obrigação correlativa da primeira: art. 879, al. c.)”.
De acordo com a linha de intelecção do grande Mestre, conclui-se que o cumprimento da prestação (atividade do devedor), e não a coisa em si (o dinheiro, o imóvel etc.), constitui o objeto imediato da obrigação, e, por conseguinte, do próprio direito de crédito.
“direito real é aquele que afeta a coisa direta e imediatamente, sob todos ou sob certos respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. O direito pessoal é o direito contra determinada pessoa”.
Capítulo II
Estrutura da Obrigação
Sumário: 1. Noções gerais. 2. Elemento subjetivo: sujeitos da relação obrigacional. 3. Elemento objetivo: a prestação. 4. Elemento ideal: o vínculo jurídico entre credor e devedor.
1. NOÇÕES GERAIS
Entendida a obrigação, em sentido mais abrangente, como a relação jurídica pessoal por meio da qual uma parte (devedora) fica obrigada a cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação patrimonial em proveito da outra (credora), faz-se necessário analisar a sua constituição estrutural.
Em outras palavras: que elementos compõem a relação jurídica obrigacional?
Posto isso, entendemos que a relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais:
a) subjetivo ou pessoal:
— sujeito ativo (credor)
— sujeito passivo (devedor)
b) objetivo ou material: a prestação
c) ideal, imaterial ou espiritual: o vínculo jurídico
Assim, nas relações obrigacionais mais simplificadas, o sujeito passivo (devedor) obriga-se a cumprir uma prestação patrimonial de dar, fazer ou não fazer (objeto da obrigação), em benefício do sujeito ativo (credor).
Note-se, outrossim, a existência de relações jurídicas complexas, nas quais cada parte é, simultaneamente, credora e devedora uma da outra. É o caso da obrigação decorrente do contrato de compra e venda: o vendedor é credor do preço e devedor da coisa; ao passo que o comprador é credor da coisa e devedor do preço.
Analisemos, agora, cada um desses elementos fundamentais.
2. ELEMENTO SUBJETIVO: SUJEITOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
O credor, sujeito ativo da relação obrigacional, é o titular do direito de crédito, ou seja, é o detentor do poder de exigir, em caso de inadimplemento, o cumprimento coercitivo (judicial) da prestação pactuada.
O devedor, por sua vez, sujeito passivo da relação jurídica obrigacional, é a partea quem incumbe o dever de efetuar a prestação.
Os sujeitos da relação — credor e devedor —, podem ser pessoas físicas como jurídicas;
E devem ser determinados, ou, ao menos, determináveis.
Exemplos:
Sujeitos determinados 
Se Caio, por meio de um contrato, torna-se credor de Tício, tendo sido ambos devidamente identificados no título negocial, os sujeitos são determinados.
Sujeito ativo indeterminado
Entretanto, poderá haver indeterminação subjetiva na relação obrigacional quando, por exemplo, um devedor assina um cheque ao portador, não sabendo quem irá recebê-lo no banco, pois a cambial pode circular na praça, restando, momentaneamente, indeterminado o sujeito ativo, credor do valor nele consignado. É também o caso da promessa de recompensa feita ao público (art. 854 do CC/2002). Trata-se de hipóteses em que há indeterminabilidade subjetiva ativa da obrigação.
Sujeito passivo indeterminado
Também poderá ocorrer a indeterminabilidade subjetiva passiva da relação obrigacional. Neste caso, não se pode, de antemão, especificar quem é o devedor da obrigação. É o que acontece com as obrigações propter rem, prestações de natureza pessoal que acedem a um direito real, acompanhando-o em todas as suas mutações. Por exemplo: a taxa condominial ou o Imposto Predial Territorial Urbano são prestações compulsórias, vinculadas à propriedade do imóvel residencial ou comercial, pouco importando quem seja, efetivamente, o seu titular. A obrigação, portanto, não possui sujeito determinado, sendo certo apenas que a pessoa que adquirir o imóvel ficará sujeita ao seu cumprimento.
Obrigação ambulatorial
Sempre que a indeterminabilidade do credor ou do devedor for da própria essência da obrigação examinada estaremos diante do que se convencionou chamar de obrigação ambulatória.
Cumpre-nos referir, ainda, que se as qualidades de credor e devedor fundirem-se, operar-se-á a extinção da obrigação por meio da confusão (art. 381 do CC/2002).
Finalmente, deve ser salientado, para a exata compreensão da matéria, que, na relação obrigacional, podem concorrer figuras secundárias ou coadjuvantes, como os representantes e os núncios.
Representantes legais 
Os representantes, legais (pais, tutores, curadores) ou voluntários (mandatários), agem em nome e no interesse de qualquer dos sujeitos da relação obrigacional (credor ou devedor). Manifestam, portanto, declaração de vontade por conta do representado, vinculando-os, na forma da legislação em vigor.
Os núncios, por sua vez, são meros transmissores da vontade do declarante. Atuam como simples mensageiros da vontade de outrem, sem interferirem efetivamente na relação jurídica. Esta singular figura jurídica, todavia, não é exclusiva do Direito das Obrigações. No Direito de Família, por exemplo, admite-se que o casamento seja contraído por meio de procurador dotado de poderes especiais, consignados em instrumento público. Neste caso, a despeito de a lei referir o termo “mandatário”, o que sugere a existência de representação convencional ou voluntária, a doutrina reconhece haver apenas a colaboração de um núncio ou mensageiro, transmissor da vontade do nubente ausente.
3. ELEMENTO OBJETIVO: A PRESTAÇÃO
Neste ponto, chegamos ao coração da relação obrigacional.
Em princípio, deve-se salientar que a obrigação possui dois tipos de objeto:
a) objeto direto ou imediato;
b) objeto indireto ou mediato.
Objeto Direito ou imediato (atividade positiva ou negativa do devedor)
O objeto Direito ou imediato da obrigação (e, por consequência, do direito de crédito) é a própria atividade positiva (ação) ou negativa (omissão) do devedor, satisfativa do interesse do credor.
Tecnicamente, esta atividade denomina-se prestação, que terá sempre conteúdo patrimonial.
Conceito de Prestação
Sobre o tema, conclusivas são as palavras de ANTUNES VARELA:
“A prestação consiste, em regra, numa atividade, ou numa ação do devedor (entregar uma coisa, realizar uma obra, dar uma consulta, patrocinar alguém numa causa, transportar alguns móveis, transmitir um crédito, dar certos números de lições etc.). Mas também pode consistir numa abstenção, permissão ou omissão (obrigação de não abrir estabelecimentos de certo ramo de comércio na mesma rua ou na mesma localidade; obrigação de não usar a coisa recebida em depósito; obrigações de não fazer escavações que provoquem o desmoronamento do prédio vizinho)”.
Posto isso, já se pode observar que as prestações, que constituem o objeto direto da obrigação, poderão ser:
Prestações de dar coisa certa, poderíamos referir aquela pactuada para a entrega de determinado veículo (um caminhão, por exemplo), por força de um contrato de compra e venda. 
Prestação de dar coisa incerta, por sua vez, existirá quando o sujeito se obriga a alienar determinada quantidade de café, sem especificar a sua qualidade. Quando do cumprimento da obrigação, por óbvio, esta prestação, por meio de uma operação determinada concentração do débito — que consistirá na escolha da qualidade do produto —, converter-se-á em prestação de dar coisa certa, viabilizando o seu adimplemento.
A prestação de fazer, por sua vez, se refere a uma prestação de conduta comissiva, como, por exemplo, pintar um quadro ou cantar uma ária italiana em apresentação pública.
As prestações de não fazer que consistem, sinteticamente, em abstenções juridicamente relevantes. Assim, quando, por força de um contrato, uma parte se obriga perante o seu vizinho a não realizar determinada obra em seu quintal ou um ex-empregado se obriga a não manter vínculo empregatício com outra empresa concorrente da ex-empregadora (cláusula de não concorrência), estaremos diante de uma prestação de fato negativa.­
Característica da prestação
Vale mencionar, ainda, que a prestação, para ser validamente considerada objeto direto da obrigação, deverá ser: lícita, possível e determinada (ou determinável).
Objeto INDIRETO ou Mediato da Obrigação (o bem da vida).
Fixadas tais premissas, fica fácil a compreensão do objeto indireto ou mediato da obrigação.
Trata-se, no caso, do objeto da própria prestação de dar, fazer ou não fazer, ou seja, do próprio bem da vida posto em circulação jurídica. Cuida-se, em outras palavras, da coisa, em si considerada, de interesse do credor. Assim, tomando os dois primeiros exemplos acima apresentados, poderíamos afirmar que o caminhão e o café do tipo escolhido são os objetos indiretos da obrigação.­
Note-se, entretanto, que a distinção entre os objetos direto (prestação) e indireto (bem da vida) da obrigação, nas prestações de fazer, é menos nítida, considerando que a própria atividade do devedor, em si mesma considerada, já materializa o interesse do credor.
Conteúdo da obrigação
Em conclusão, interessa observar, com fundamento na doutrina de ORLANDO GOMES, que o objeto da obrigação não deve ser confundido com o seu conteúdo. Enquanto aquele diz respeito à atividade do próprio devedor (prestação de dar, fazer ou não fazer), este último consiste no “poder do credor de exigir a prestação e a necessidade jurídica do devedor de cumpri-la”. 
Este poder do credor e esta necessidade do devedor, portanto, integram o conteúdo, e não o objeto da obrigação.
4. ELEMENTO IDEAL: O VÍNCULO JURÍDICO ENTRE CREDOR E DEVEDOR
Cuida-se do elemento espiritual ou abstrato da obrigação, consistente no vínculo jurídico que une o credor ao devedor.
Consoante já se disse, a obrigação só poderá ser compreendida, em todos os seus aspectos, se a considerarmos como uma verdadeira relação pessoal — originada de um fato jurídico (fonte) —, por meio da qual fica o devedor obrigado (vinculado) a cumprir uma prestação patrimonial de interesse do credor.
O fato jurídico, fonte da obrigação, por sua vez, não deverá integrar este elemento ideal, uma vez que, por imperativo de precedência lógica, é anterior à relação jurídica obrigacional. Aliás, a obrigação é a própria consequência jurídica do fato, com ele não se confundindo. Assim, o contrato de compra e venda, por exemplo, é o fato jurídico determinante do vínculo obrigacional existente entre credor e devedor.É, portanto, a causa genética da obrigação em si.
Introdução ao Direito das Obrigações
 
 
1. CONSIDERAÇÕES I
NICIAIS
 
O estudo do Direito Civil 
envolve uma gama extremamente extensa 
de conhecimentos especializados, abrangendo todas as relações e 
situações jurídicas realizadas antes mesmo do surgimento da pessoa 
(seja na tutela dos direitos do nascituro, seja, no q
ue diz respeito à 
pessoa jurídica, a disciplina para sua própria criação) até depois de seu 
perecimento (normas regentes das sucessões).
 
 
Por isso, as codificações da modernidade têm apresentado uma 
divisão didática das matérias, estabelecendo uma 
parte ge
ral (com a 
regulação genérica das pessoas, bens e negócios jurídicos) e partes 
especiais, que agrupam regras particulares, sistematizadas em função 
da natureza peculiar das relações jurídicas a que se destinam
.
 
 
O tema abordado 
é justamen
te uma dessas partes especiais, a saber, 
o Direito das Obrigações
.
 
 
2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO DIREITO DAS
 
OBRIGAÇÕES
 
 
Em objetiva definição
, 
trata
-
se do
 
conjunto de 
normas (regras e 
princípios jurídicos) reguladoras das relações patrimoniais entre um 
credor (sujeito ativo) e um
 
devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o 
dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, 
fazer ou não fazer.
 
Valendo des
tacar que 
é por meio das “relações obrigacionais que se 
estrutura o regime econômico
, sob formas definidas de atividade produtiva 
e permuta de bens”
,
 
como já salientou ORLANDO GOMES.
 
 
3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
 
 
Na Grécia antiga, 
não havia, propriamente, uma definição de 
“obrigação”
, embora já houvesse uma certa noção dessa figura jurídica.
 
Introdução ao Direito das Obrigações 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O estudo do Direito Civil envolve uma gama extremamente extensa 
de conhecimentos especializados, abrangendo todas as relações e 
situações jurídicas realizadas antes mesmo do surgimento da pessoa 
(seja na tutela dos direitos do nascituro, seja, no que diz respeito à 
pessoa jurídica, a disciplina para sua própria criação) até depois de seu 
perecimento (normas regentes das sucessões). 
 
Por isso, as codificações da modernidade têm apresentado uma 
divisão didática das matérias, estabelecendo uma parte geral (com a 
regulação genérica das pessoas, bens e negócios jurídicos) e partes 
especiais, que agrupam regras particulares, sistematizadas em função 
da natureza peculiar das relações jurídicas a que se destinam. 
 
O tema abordado é justamente uma dessas partes especiais, a saber, 
o Direito das Obrigações. 
 
2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Em objetiva definição, trata-se do conjunto de normas (regras e 
princípios jurídicos) reguladoras das relações patrimoniais entre um 
credor (sujeito ativo) e um devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o 
dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, 
fazer ou não fazer. 
Valendo destacar que é por meio das “relações obrigacionais que se 
estrutura o regime econômico, sob formas definidas de atividade produtiva 
e permuta de bens”, como já salientou ORLANDO GOMES. 
 
3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Na Grécia antiga, não havia, propriamente, uma definição de 
“obrigação”, embora já houvesse uma certa noção dessa figura jurídica.

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