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MELANOMA - definição, clínica, diagnóstico, tratamento

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Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
MELANOMA 
 
• É a neoplasia maligna mais comum em varias regiões do mundo 
• Incidência de 5% entre tumores cutaneous 
• Pior prognóstico – ate 80% de mortalidade 
• Incidência aumentou drasticamente no mundo 
• Origem nos melanócitos da pele 
• Determinam a resposta da pele frente a exposição à luz UV 
• Pode ter origem a partir de um nevo 
• Em 70% se origina de lesão nova 
FATORES DE RISCO 
• Exposição solar → 90% UVA, 10% UVB (1000x mais eficiente de causar queimaduras de pele) 
• Exposição intermitente é mais associada que exposição continua 
• Fenótipo do paciente 
• Historia familiar e genética → via de sinalização MAPK 
• Melanoma prévio 
• Presença de nevo congênito, xeroderma pigmentoso (intolerância total ao sol) e nevo 
displásico 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Extensivo Superficial 
• É o mais frequente – 50% 
• Crescimento horizontal, sobrevida 60-70% 
• Em maioria parte superior do dorso em ambos os sexos, região tibial 
em mulheres 
• Caracteriza-se por lesão numular discretamente elevada, de 
coloração negra, rósea ou esbranquiçada. 
Nodular 
• Crescimento vertical, sobrevida 15-30% 
• Segundo subtipo de melanoma mais comum → 15-30% 
• Rápida evolução, frequentemente medida em semanas ou meses. 
• Lesão nodular, em placa ou polipoide de coloração negro-azulada 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
• Localizações preferenciais o tronco nos homens e as pernas nas mulheres. 
Lentigo Maligno 
• É a forma clínica menos agressiva 
• Comum na face das pessoas idosas 
• Correspondendo a 2 a 5% dos casos 
• Apresenta fase de crescimento radial mais longa de todos os 
subtipos clínicos. 
• Mácula tipo sarda, plana, com formato irregular e diferentes 
tonalidades de marrom em um fundo de fotoenvelhecimento. 
Lentiginoso Acral 
• É o tipo mais frequente entre os japoneses, negros, hispânicos e índios 
americanos 
• Ocorrem nas regiões palmares, plantares e falanges terminais, 
podendo ser periungueais e subungueais. 
• Clinicamente nota-se mácula enegrecida, de crescimento irregular. 
• O melanoma acral inicia como lesão nodular que posteriormente 
sofre ulceração. 
DIAGNOSTICO 
• Avaliação dermatoscópica e confirmado pela histologia. 
• Sintoma mais comum no início → prurido. 
o Sensibilidades, sangramento e ulceração podem ocorrer com a evolução da lesão. 
• Classificação do ABCDE: 
o Assimetria da lesão, uma metade não possui simetria com a outra metade; 
o Borda irregular: borda recortada ou denteada; 
o Variação da Cor, zonas enegrecidas, azuladas, esbranquiçadas ou rosadas; 
o Diâmetro mais que 6 mm, o maior eixo da lesão é medido; 
o Elevação que está frequentemente presente. 
Biópsia 
• Exame histopatológico confirma o diagnóstico 
• Exérese da lesão deve ser feita com 1 a 2 mm de margem e incluir o tecido celular subcutâneo. 
• O laudo da biópsia deve relatar o diagnóstico, a classificação de Breslow e de Clark, presença 
ou não das margens na apresentação, de ulcerações, dentre outros esclarecimentos 
o Auxilia na avaliação da lesão e conduta terapêutica. 
• A espessura de Breslow é medida feita a partir do topo da camada granulosa até o ponto mais 
profundo em que são identificadas células malignas; 
o Em caso de lesão ulcerada, a medida deve ser feita a partir da base da úlcera 
o Melanoma in situ não permite a medida de Breslow, pois não há invasão abaixo da 
camada basal. 
• A classificação de Clark é a invasão da derme – retirado da última atualização da UICC. 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
 
 
• Imunohistoquimica 
• S100, HMB45, MART-1 
ESTADIAMENTO 
• Leva em consideração o Breslow e presença ou não de ulceração 
• Quanto menor o estagio menos exames necessários 
• Exame físico geral, seguido do exame locorregional e dermatológico global, inclusive com 
exame das mucosas, avaliação da lesão primária, cadeias linfonodais e lesões à distância. 
Estádio Clínico I/II 
• Rx tórax + LDH (sangue), que servem de linha de base no seguimento dos pacientes. 
• US ABD → com especial interesse na área hepática, documenta eventuais lesões congênitas, 
tais como hemangiomas, que poderiam serem confundidos com lesões secundárias. 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch ONCOLOGIA MEDICINA UNESC – Turma 192 
Estágio Clínico III 
• Presença de linfonodos 
• TC de tórax e abdome, incluindo pelve (primários abaixo da cicatriz umbilical) 
o PET-scan se tiver acesso 
• RNM cerebral → melanoma com avidez para cérebro 
 
• Estádio I: T1-T2aN0M0 (sobrevida em 10 anos: 90%); 
• Estádio II: T2b-T4bN0M0 (sobrevida em 10 anos: 60%); 
• Estádio III: qqTN1-3M0 (sobrevida em 10 anos: 45%); 
• Estádio IV: qqTqqNM1 (sobrevida em 10 anos: 10%). 
TRATAMENTO 
❖ Melanoma Breslow 1 a 4mm (T1a-T3b), linfonodo clínico negativo 
o Sem indicação de dissecção linfonodal 
o Mapeamento linfático e LNS dependendo do risco 
• pT1 < ou igual 0,8mm sem ulceração 
o Margem de 1cm sem indicação de sentinela 
• pT1 < ou igual 0,8mm com ulceração ou pT > 0,8mm a < ou igual 4mm 
o Margem de 1cm a 2cm = até 2,0mm + sentinela 
o Margem de 2cm = acima de 2mm + sentinela 
• Interferon?? Benefício questionável 
• Imunoterapia pT4pN0 = no momento com estudo aberto Fase III 
 
❖ Tumores > 4mm (T4) ou N+ 
• Cirurgia de ressecção com margem de 2cm 
• Pesquisa de sentinela – sentinela + = 
observação/dissecção 
o Linfonodo CLINICAMENTE positivo = dissecção 
linfonodal 
• Quimioterapia 
• TESTAR MUTAÇÃO BRAF V600. 
o Sem mutação de BRAF, imunoterapia por 1 ano 
(nivolumabe/pembrolizumab) 
o Com mutação de BRAF, além de nivolumabe 
ou antiBraf por 1 ano. 
Melanoma Metastático 
• Alta taxa de óbitos 
• Possibilidade de ressecção? – cura 
• Quimioterapia paliativa – dacarbazine/paclitaxel – 
baixas taxas de resposta <20% 
o Bioquimioterapia – toxicidade limitante 
• Radioterapia – dor, mtx SNC (temodal) 
• BRAF V600 = drabafenib / vemurafenib 
• MEK = trametinib / comibetinib 
• CTLA4 
• PD1/PDL1

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