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Aula 4- O Estado.

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HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO ÀS REFORMAS RELIGIOSAS
Aula 4- O Estado.
1e
Tema da Apresentação
AULA 4- O ESTADO
HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AS REFORMAS RELIGIOSAS
O QUE VAMOS VER HOJE?
Identificaremos os diversos modelos de absolutismo europeu.
Reconheceremos a importância da religião para a formação dos estados nacionais.
Analisaremos comparativamente a estrutura política da península ibérica com a da Inglaterra e da França.
2M
Tema da Apresentação
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Europa século XVI…… Divisão religiosa
 3a
Na Inglaterra o rei Henrique VIII rompe com o Papa e cria no país uma nova Igreja. Através do Ato de Supremacia, o Parlamento reconhece a Igreja Anglicana como sendo a Igreja Nacional da Inglaterra e que o rei é seu chefe supremo. 
A Igreja Anglicana é um novo instrumento de poder e
 torna-se fundamental para a consolidação do absolutismo real. 
Católicos
Luteranos
Calvinistas
Anglicanos
Tema da Apresentação
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França (séculos XVI e XVII)
 4
Tema da Apresentação
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	Europa – sec. XX		 Europa ocidental –sec. XVI 
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Tema da Apresentação
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Refletindo sobre a formação dos estados absolutistas……
	Unificação territorial significa necessariamente centralização de poder? 
	
	Os estados absolutistas resolveram as tensões sociais, políticas e religiosas do período de transição?
	
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Tema da Apresentação
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Absolutismo: Algumas considerações sobre o termo
 
 
 Podemos considerar que a expressão monarquia absolutista assim como o termo absolutismo é um "conceito operacional" que foi criado muito tempo depois do processo histórico que a expressão tentou definir, fruto dos intelectuais do final do século XVIII e dos historiadores liberais do século XIX.
 A expressão de uso corrente à época foi potestas absoluta (latim “pátria potesta”- pátrio poder). 
 Na crítica liberal da Europa ocidental, "absolutismo" expressava os aspectos negativos do poder dos príncipes do Antigo Regime.
A questão nunca foi se deveriam ser governados por um poder arbitrário, mas em quais mãos ele deveria ficar.
A expressão categorizava a natureza específica da soberania exercida pela realeza.
Tema da Apresentação
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Noção de Estado
 
 
8
 A concepção de Estado que se tem hoje não é a mesma das Monarquias Renascentistas.
 Segundo o historiador espanhol José Antonio Maravall 
“(...) se o Estado absolutista, com a relativa novidade de seu poder soberano, é, em certa medida, criação moderna, produz-se sobre um complexo de circunstâncias herdadas, sobre a sobrevivência das formas políticas tradicionais”.
As alterações nas formas de exploração feudal no final da época medieval estavam longe de serem insignificantes(...). Foram precisamente essas mudanças que modificaram as formas de Estado. O absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado.
				(Anderson, 2004) 
				
Tema da Apresentação
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A necessidade de uma ordem política
 
 
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 Diante da instabilidade política e das crises sociais do Antigo Regime, a monarquia absolutista do século XVII foi a esperança de construção da ordem política como uma via de salvação pública. 
 Segundo o historiador francês Roland Mousnier "o absolutismo era o desejo das multidões, que viam sua salvação na concentração dos poderes nas mãos de um homem, encarnação do reino, símbolo vivo da ordem e da unidade almejadas". 
As ideias legitimadoras do poder régio ganharam força e aceitação ao longo dos aproximadamente dois séculos da era dos reis absolutistas. Foram produzidas em meio a contextos históricos quase sempre marcados por crises políticas e lutas sociais.
Tema da Apresentação
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Os casamentos: As alianças políticas
 
 
 
 As diversas casas reais da Europa eram todas aparentadas entre si. A prática do casamento servia para a formação de alianças. 
Várias famílias podem reivindicar o trono, já que são parentes em algum grau. O quadro fica mais acirrado quando o rei morre sem deixar herdeiros. 
10a
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O Estado na península ibérica
 
 
 
PORTUGAL 
Durante a Idade Média, não havia uma identidade nacional. O que havia era o compartilhamento de uma mesma crença, a fé católica. Dessa forma, podemos dizer que os reinos ibéricos foram unificados tendo como base o catolicismo.
 As Cartas de Foral foram a base da administração portuguesa entre os séculos XII e XVI. Regulava a sua administração, limites e privilégios. Era a base do império português.
Em razão da morte precoce de Dom Sebastião e, por consequência, com o fim da dinastia de Avis, o trono foi reinvindicado por vários nobres. Entre 1580 e 1640 Portugal e Espanha são unificados: A União Ibérica.
Sebastianismo: O mito do rei oculto.
O exemplo de Portugal nos aponta que anexação territorial não é sinônimo de absolutismo.
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O Estado na península ibérica
 
 
 
ESPANHA 
 A ascensão da Espanha (Habsburgo) ocupa posição qualitativa distinta no processo geral de formação dos estados nacionais. É inegável o impacto das práticas absolutistas nos demais processos das monarquias renascentistas. 
 Se compararmos a estrutura de poder espanhola com a francesa, considerada absolutista por excelência, veremos que elas apresentam muitas diferenças.
 Os reinos de Aragão e Castela, unidos por Fernando e Isabel, representavam uma base extremamente diversa para a construção de uma monarquia espanhola no final do século XV. 
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Fernando II
Tema da Apresentação
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O Estado na península ibérica
 
 
 
ESPANHA 
 Durante o século XVI, a Espanha foi o mais poderoso império da Europa. Em uma época de relações internacionais instáveis, cabia à Igreja Católica o papel de intermediador nas questões que envolvessem os diversos países e reinos.
 Nesse contexto, a Igreja tem um papel político fortíssimo no Estado espanhol, obviamente, uma tensão para uma monarquia absolutista. Em nenhum outro país católico a Inquisição atuou com tanta veemência. 
 A vantagem obtida com a unificação precoce dura pouco: após a formação dos Estados francês e inglês, a Espanha perde terreno político na Europa, sendo sobrepujada pelos demais países. 
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Tema da Apresentação
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O Estado Francês:
 
 
 
 Entre os séculos XVI e XVIII a “era dos reis” controlava as crises e instabilidades políticas. Na França, após a vitória na Guerra dos Cem Anos, consolida-se o poder monárquico.
 Católicos e protestantes protagonizam guerras religiosas. A doutrina protestante, em especial o calvinismo, faz muitos adeptos na Paris do século XVI.
Tal qual em outras monarquias absolutistas, o Estado Francês se vê obrigado a conciliar interesses entre burguesia e nobreza. Concede aos chamados huguenotes alguns privilégios, como o direito de celebrar cultos em alguns pontos específicos da França.  
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Luis XIV:O Rei Sol
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O Estado Francês:
 
 
 
 A dinastia dos Valois encontrou evidente dificuldade administrativa de gerir um Estado do tamanho da França, com os instrumentos de governo que contava tal dinastia. Com a morte do último Valois, o trono foi entregue a um protestante, Henrique IV, que, para assumi-lo, tem que se converter ao catolicismo.
 Com Henrique IV inaugura-se a dinastia Bourbon, que a princípio estava sob forte influência da Igreja Católica, representados por ministros reais.
 Embora o rei exercesse o poder de direito, quem o exercia de fato era o seu ministro, o cardeal Richelieu. Ele e seus sucessores deram início à construção de uma máquina administrativa capaz de executar o controle e a intervenção diretos da monarquia em toda a França.
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Tema da Apresentação
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O Estado Francês:
 
 
 
 Luis XIV é a melhor representação do absolutismo. Modelo que concentra todas as decisões do Estado em sua figura. Uma prática de governo personalista que ignora as necessidades da população, buscando integralmente manter o equilíbrio entre nobres e a alta burguesia. 
Na França do século XVI identificamos as transformações mais evidentes nas maneiras de se conceber as tarefas e os lazeres no dia-a-dia dos príncipes europeus. A corte francesa era numerosa e a vida na corte era um luxo. 
Segundo Norbert Elias, o poder de Luis XIV era demonstrado através de atos simbólicos presentes tanto nos assuntos públicos quanto nos particulares. 
“O seu despertar, o momento de ir dormir e os amores de Luis XIV eram tão importantes quanto a assinatura de um acordo governamental e eram configuradas com o mesmo nível de organização” (ELIAS, 2001, p. 151). 
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Luis XIV:O Rei Sol
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O Estado Francês:
 
 
 
A corte ignora a miséria e a fome crescente da população. Os impostos triplicam e o peso de todo esse aparato recaía sobre os pobres. Organizam-se levantes regionais contra os altos impostos. As tropas reais eram deslocadas com frequência para o controle destas rebeliões. 
Esse regime só cai no século XVIII, com a Revolução Francesa, quando a situação de miséria da população chega a níveis espantosos. Além disso, a recusa dos sucessores de Luís XIV em fazer as necessárias reformas políticas e administrativas opõe a burguesia ao Estado. Assim, sob a direção dos burgueses, o rei é deposto e um novo período se inaugura na França.
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Tema da Apresentação
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O Estado Inglês
 
 
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 Guerra dos Cem anos(sec. XIV): rivalidade com a França.
 A desorganização política e administrativa da Inglaterra é a razão pela qual o Estado inglês acaba se unificando tardiamente, se comparado com a Península Ibérica.
Seguindo a tradição de casamentos entre casas reais, Henrique VIII toma por esposa a princesa espanhola Catarina de Aragão, católica fervorosa. A escolha a princípio pareceu favorecer a Inglaterra, já que a Espanha era um poderoso império.
 O poder pessoal do monarca foi seguido por instituições de caráter coletivo da classe dominante, com características singulares: Os Parlamentos 
Elizabeth I
Tema da Apresentação
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Características do Estado Inglês
 
 
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Parlamento
Câmara dos Lordes:
Clero e Nobreza	
hereditariedade
Câmara dos comuns:
Burguesia e cavaleiros
Eleitos por voto
Tema da Apresentação
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O Estado Inglês
 
 
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 O rompimento com o catolicismo e o estabelecimento do anglicanismo abrem o caminho para o absolutismo monárquico, que será consolidado no reinado de Elizabeth I.
 Sem dúvida, no tempo de afirmação das grandes monarquias territoriais européias, Elizabeth I representou um dos reinados mais prósperos da história Inglesa. Reuniu os principais recursos e adesões necessários nos momentos mais acentuados de crise pelos quais passou a Inglaterra ao longo de seu reinado.
 Elizabeth I foi reconhecida como aquela que possuía “um corpo de mulher, mas um coração de rei” ou ainda “a rainha-rei”. Nunca casou-se, por isso após a sua morte chega ao fim a Dinastia Tudor.
Tema da Apresentação
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A construção de uma política soberana
 
 
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 Todos os modelos absolutistas foram vigorosamente discutidos na Renascença. 
 Maquiavel escreve um dos tratados políticos mais conhecidos( O Príncipe). Publicado na primeira metade do século XVI. 
 Deve-se conhecer o contexto da Itália para entender a conhecida frase: “os fins justificam os meios”. 
Tema da Apresentação
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Breve síntese do que vimos 
 
 
 
Na formação dos estados absolutistas não há temporalidade uniforme, pois os “tempos” dessas formações na Europa ocidental ou oriental foram caracterizados por uma enorme diversidade em seus sistemas estatais.
Conhecemos alguns:
Absolutismo espanhol sofrendo sua 1a. derrota no século XVI.
 Absolutismo inglês derrubado no século XVII.
Absolutismo Francês durou até o final do século XVIII.
Há também o absolutismo pruciano que perdura até o século XIX, como também o absolutismo russo derrubado somente no século XX. 
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Tema da Apresentação
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Breve síntese do que vimos 
 
 
 
23a
Tema da Apresentação
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Trecho do filme “O mercador de Veneza”
(baseado na obra homônima de William Shakespeare)
http://www.youtube.com/watch?v=3Mpm3FeirH0
 
24r
Tema da Apresentação
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O QUE VIMOS NA AULA 4:
 Identificamos o progressivo desgasta e substituição das estruturas econômicas da Idade Média.
 Compreendemos o que é mercantilismo e em quais práticas ele está amparado.
 Analisamos de que forma a economia moderna cria as condições para a transformação industrial que ocorrerá na Europa do século XVIII. 
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Tema da Apresentação
AULA 4- O ESTADO
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AGORA É COM VOCÊ……
SUGESTÕES DE LEITURA:
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BERCÉ, Yves Marie. O Rei Oculto: Salvadores e impostores. Mitos Políticos populares na Europa Moderna. São Paulo: Edusc, 2003. 
ELIAS, NORBERT. A Sociedade de Corte: Investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 
_____________. O processo civilizador, volume I: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
Artigo: Sobre as origens e o desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente. Historiador Modesto Florenzano.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n71/01.pdf
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Tema da Apresentação
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O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 5....
 As origens do pensamento moderno.
 O papel das universidades na divulgação de uma nova mentalidade.
 Os princípios do renascimento cultural. 
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