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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE-UFAC 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO-CCSD 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA II 
 
 
PROF. DRª GREICIANE ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO-ACRE 
2021 
 
 
JULIANA DA SILVA ABREU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO-ACRE 
2021 
Portfólio apresentado a Prof. 
Drª Greiciane Rocha como 
exigência avaliativa da 
disciplina de Enfermagem em 
Emergência II 
 
 
Sumário 
Introdução: .................................................................................................................................. 4 
Diário de Aulas Práticas .......................................................................................................... 5 
11/11/2021 ................................................................................................................................ 5 
12/11/2021 ................................................................................................................................ 9 
17/11/2021 .............................................................................................................................. 12 
18/11/2021 .............................................................................................................................. 17 
Autoavaliação: ......................................................................................................................... 20 
Conclusão: ................................................................................................................................ 21 
 
 
 
 
Introdução: 
Este relatório foi desenvolvido para a disciplina de Enfermagem em Emergência 
II, com objetivo de abordar as percepções adquiridas ao longo das aulas práticas. 
Nesse sentido, será explanado sobre as vivências adquiridas ao longo dos 
quatro encontros práticos. 
 
 
Diário de Aulas Práticas 
11/11/2021 
No primeiro encontro prático, foi abordado sobre o Trauma Torácico e Trauma 
Abdominal, realizando uma breve revisão sobre o conteúdo, simulações 
realísticas, bem como, uma recapitulação dos materiais necessários para 
intubação, drenagem torácica e como coletar gasometria. 
Trauma Torácico: 
No trauma torácico, foi explanado sobre os cuidados de Enfermagem ao realizar 
admissão do paciente na emergência, realizando avaliação primária de seu 
quadro clínico e estabilização. 
Quando o paciente chega, a equipe deve estar organizada e preparada para 
prestar os cuidados iniciais ao paciente, cada profissional deve ficar responsável 
por alguma intervenção, para que ocorra uma boa dinâmica de atendimento. 
Deve-se realizar exame físico seguindo a sequencia de inspeção, palpação, 
percussão e ausculta. 
 O SAMU vai passar um breve histórico do que aconteceu (profundidade das 
lesões, lesão penetrante ou contusa, arma de fogo, arma branca, sexo do 
agressor, se teve óbitos, objeto utilizado, acidente, queda, etc) e a partir disto a 
equipe vai nortear os seus cuidados. Seguindo o XABCDE do trauma. 
XABCDE do Trauma: 
Primeiramente, conecta-se o oxímetro e manguito no paciente; 
X: Vai avaliar hemorragias e suas características, observando a quantidade e 
aspecto do sangue e em seguida realizando curativo compressivo, quando se 
trata de um sangramento arterial, para conter esse sangramento o quanto antes; 
A: Vai avaliar a obstrução das vias aéreas (chiclete, prótese, comida, etc). Nesse 
sentido, existem duas manobras que podem ser realizadas para desobstrução, 
a manobra de Chin Lift elevando o membro (não deve ser realizada em lesão 
cervical), bem como a manobra de Jaw Thrust com a tração da mandíbula sem 
Figura 1: Manobra de Chin Lift 
Figura 2: Manobra de Jaw Thrust 
 
 
a elevação do pescoço, ambas as manobras são desnecessárias se o paciente 
estiver conversando, pois já é um indicativo que não há obstrução; 
B: Vai avaliar a respiração, quanto a expansibilidade torácica, uso de 
musculatura acessória, simetria do tórax, velocidade da respiração, saturação, 
fornecer oxigenoterapia; 
C: Se o paciente não estiver com acesso, realiza-se acesso calibroso (14,16,18), 
reposição volêmica com Ringer Lactato, administração de hemocomponentes, 
medicação; 
D: Vai avaliar o estado neurológico, aplicando a escala de coma de Glasgow, 
observando resposta verbal, motora, abertura ocular, e quando não é possível 
testar a escala; 
• 13-15 leve 
• 9-12 moderado 
• 3-8 grave (paciente precisa ser entubado) 
E: Vai em busca do histórico do paciente (comorbidades, uso de medicamentos, 
alergias, etc), identifica demais lesões, possíveis complicações, e também 
realiza a prevenção de hipotermia. 
Durante a realização do XABCDE, muitas intercorrências podem surgir, a equipe 
deve estar atenta aos SSVV e complicações do trauma, deve ter todos os 
materiais necessários por perto e quando solicitado montar as bandejas para os 
procedimentos. 
Material para Instalação de dreno torácico: 
• Dreno de tórax 
• Lâmina de bisturi 
• Esparadrapo 
• Gazes 
• Clorexidina sabão e alcoólica 
• Soro Fisiológico para selo d’água 
• Fio Nylon 2.0 
• Luva estéril 
Simulação Realística: 
Paciente foi admitido na Emergência, vítima de 3 tiros na região torácica, alguém 
passou de moto atirando e o mesmo foi encontrado sentado, porta AVP, PA: 
100X60 mmHg, P: 110 bpm, R: 18, SO2 periférico: 95%, ECG: 7. 
X: Realizado curativo compressivo na região torácica, não foi identificado os 
orifícios de saída das balas; 
A: Realizado manobra de Chin Lift com elevação do membro para desobstrução; 
B: Não foi identificado nenhuma anormalidade na respiração, mas a saturação 
começou a decaír e foi necessário realizar ventilação; 
 
 
C: Fluidoterapia em curso com ringer lactato; 
D: Pontuação 7 (grave), paciente precisou passar por intubação, administrado 
Fentanil e auxilio ao médico durante o procedimento; 
E: Realizado avaliação das demais lesões e prevenção de hipotermia com manta 
térmica. 
Bandeja de Intubação: 
• Luva estéril 
• Seringa de 10 ml para insuflar o cuff 
• Lâmina de intubação laringoscópica 
• Cabo 
• Cânula de intubação (tubo) 
• Sonda de aspiração 
• 3 Esparadrapo para fixação do tubo 
• Estetoscópio 
• Ambu 
 
Trauma Abdominal: 
No trauma abdominal, foi explanado sobre os cuidados de Enfermagem ao 
realizar admissão do paciente na emergência, realizando avaliação primária de 
seu quadro clínico e estabilização. 
O exame físico deve seguir uma ordem de inspeção, ausculta, percussão e 
palpação. 
Quando o paciente possuir fratura na pelve, imediatamente deve-se realizar a 
estabilização com lençol (faz-se um traçado e amarra na maca) ou dispositivo 
apropriado se disponível na unidade. 
Figura 3: Intubação de paciente com 
pontuação de ECG 7 
Figura 4: Bandeja de Intubação 
 
 
Deve-se coletar o máximo de informações com o SAMU, ou quando vem por 
conta própria, coletar todo o histórico com o acompanhante. 
Ademais, assim como o Trauma Torácico, o XABCDE do trauma deve ser 
realizado. 
Material para Ventilação: 
• Máscara 
• Bolsa-válvula (ambu) 
• Reservatório (p/aclopar) 
O ritmo da ventilação deve ser 1 ventilação a cada 6 segundos, que devem dar 
entre 10-12 ventilações por minuto. 
Simulação Realística: 
Paciente foi admitido na Emergência, vítima de acidente de trânsito, 
politraumatizado, sem capacete, desorientado, lesão contusa, com fratura na 
pelve, PA: 90X60 mmHg, P: 140 bpm, SO2 periférico: 98% e foi caindo pra 89%. 
X: Não foi identificado sangramento evidente, lesão contusa, paciente pode estar 
com sangramento interno; 
A: Foi realizado manobra de Jaw Thrust para desobstrução, pois o paciente foi 
encontrado sem capacete e pode ter lesionado a cervical; 
B: Paciente encontra-se taquicardíaco, com saturação decaíndo, usando 
musculatura acessóriapara respiração, foi instalado máscara de Venturi com 12 
L de oxigênio por minuto, paciente não obteve melhora e iniciou-se a ventilação; 
C: Foi realizado acesso venoso periférico calibroso, administração de 
hemocomponente e Ringer lactato, e também a coleta de gasometria; 
D: Aplicado a Escala de Coma de Glasgow; 
Figura 5: Região que a máscara deve 
cobrir 
Figura 6: Posicionamento da máscara 
 
 
E: Realizado avaliação das demais lesões onde foi identificado fratura na pelve, 
dessa maneira, foi feita a estabilização com lençol e prevenção de hipotermia 
com manta térmica. 
Gasometria: 
Realiza-se a coleta de sangue arterial, utilizando seringa de 5-3 ml, ou até 
mesmo a de insulina, lava a seringa com heparina e retira por completo. A própria 
pressão sob o êmbolo faz com que o sangue flua e não precise aspirar. O sangue 
pode ser colhido na artéria radial, braquial, femoral, entre outras. 
Antes da coleta, precisa fazer o teste de Allen, comprimindo simultaneamente as 
duas artérias radial e ulnar, pedindo ao paciente que feche e abra várias vezes 
a mão, retira-se os dedos da artéria ulnar e a coloração rosada deve voltar, 
indicando uma boa circulação. 
O ângulo da agulha vai depender do físico do paciente, quando o paciente tem 
mais tecido adiposo, fica mais difícil a coleta, sendo necessário o profissional 
escolher qual a melhor angulação. 
 
Acidose 7,35 PH 7,45 Alcalose 
Hipocapnia 35 CO2 45 hipercapnia 
Hipoxemia 80 PO2 100 hipexomia 
22 HCO3 26 
-2 BE +2 
 
12/11/2021 
No segundo encontro prático, foi abordado sobre o Trauma raquimedular, trauma 
musculoesquelético, trauma cranioencefálico, falando brevemente sobre as 
características de cada um, além de uma simulação de atendimento, e realização 
de imobilização e retirada de capacete. 
Trauma Raquimedular: 
No trauma raquimedular, foi explanado sobre os cuidados de Enfermagem ao 
realizar admissão do paciente na emergência, realizando avaliação primária de 
seu quadro clínico e estabilização. 
Nesse tipo de trauma, a medula espinhal é lesionada e quanto mais alta a lesão, 
maior será o comprometimento, causando tetra ou paraplegia. Deve-se levar em 
consideração se foi uma rotação brusca, uma colisão lateral, flexão violenta, 
entre outros. 
É muito comum ocorrer a síndrome de Brown-Séquard, onde os efeitos clínicos 
ocorrem do lado oposto da lesão. 
O paciente com trauma raquimedular deve ser imobilizado e transportado com 
todo cuidado, para não ocasionar mais lesões. 
Desse modo, como todos os demais traumas, deve-se realizar o XABCDE. 
 
 
Trauma Musculoesquelético: 
Esse tipo de trauma geralmente não mata, mas há múltiplas fraturas, e pode 
ocasionar embolia gordurosa, embolia pulmonar, lesão na artéria femoral, entre 
outros. 
O paciente deve ser imobilizado o quanto antes para evitar mais lesões, as 
periferias distais precisam ser observadas quanto a coloração, se a pele está fria 
e pegajosa, se as talas estão muito apertadas. Os sangramentos devem ser 
contidos com curativos compressivos. 
É administrado analgésicos para controle da dor, corticoides para reduzir edema 
e evitar a compressão da medula, bem como a administração de vacina 
antitetânica ou soro antitetânico. 
O XABCDE do trauma deve ser realizado e esse paciente após estabilizado, vai 
para RX e tomografia. 
Trauma Cranioencefálico: 
No trauma cranioencefálico, foi explanado sobre a sua gravidade e morfologia, 
apresentando suas principais características. 
Quanto a gravidade o TCE pode ser leve (13-15), moderado (9-12) e grave (3-
8), necessitando de intubação quando escore menor que 8. 
Quanto a morfologia, pode ser fraturas de crânio de calota (exposta ou fechada, 
com ou sem afundamento, linear vs estrelada) ou basilares (com ou sem perda 
de liquido cefalorraquidiano e com ou sem paralisia do VII nervo). Além de lesões 
intracranianas, que podem ser focais decorrentes de acidente vascular cerebral 
(epidural, subdural e intracerebral) ou difusas, com um pior prognostico, 
chamada de LAD, com vários pontos de sangramento (por concussão, 
contusões múltiplas, lesão hipóxica/ isquêmica e lesão axonal). 
Devemos nos atentar para os sinais clínicos, pois a partir deles é possível 
identificar a região lesionada. Sinal de Battle, olho de guaxinim, rinorreia e 
otorreia, são indicativos de lesão em base de crânio. 
O paciente deve ser imobilizado para evitar mais lesões e passar pelo XABCDE 
do trauma. 
Simulação Realística: 
Paciente foi admitida na emergência, imobilizada em maca rígida, vítima de 
politraumatismo por colisão de sua bicicleta com moto, escoriações nos 
cotovelos, joelhos, dorso do pé D e região da carótida, desorientada, 
apresentando sinal de Battle, rinorreia, atorreia, olho de guaxininim, PA: 100X60 
mmHg, P: 110 bpm, SO2 periférico 93% , aumento para 96% com colocação de 
máscara de venturi, ECG: 12. 
X: Foi retirado o colar cervical, imobilizando o pescoço, para visualizar o 
ferimento na região da carótida e descartar possível sangramento arterial, as 
demais escoriações foi realizado limpeza e curativo; 
 
 
A: Foi realizado desobstrução das vias aéreas com manobra de Jaw Thrust, pois 
a paciente pode ter lesionado a cervical; 
B: Não foi identificado assimetria no tórax, uso de musculatura acessória, ou 
anormalidade na respiração, mas foi necessário colocar máscara de venturi com 
12 litros de oxigênio por minuto por conta da saturação de 93%; 
C: Foi realizado acesso calibroso, fluidoterapia com Ringer lactato e coleta de 
gasometria; 
D: Paciente apresentou Glasgow 12, com gravidade moderada, mas com risco 
de evoluir para forma grave; 
E: Foi identificado sinal de Battle, rinorreia, otorreia e olho de guaxinim, sendo 
indicativo de lesão em base de crânio. 
Foi realizado manobra para retirada de maca rígida, primeiro solta as cintas, 
depois estabiliza-se a cervical, e rola a paciente para lateral, e na contagem de 
3 retira-se a maca de uma vez. 
 
 
Retirada de Capacete: 
Para a retirada do capacete, posiciona o paciente em decúbito dorsal, uma 
pessoa fica responsável por imobilizar o pescoço segurando-o e outra fica 
responsável por abrir a cinta, retirar o capacete, movimentando para cima e para 
baixo, puxando-o até sair por completo, e logo em seguida já deve pôr o colar 
cervical. 
Figura 8: Retirada de capacete 
Figura 7: Paciente com TCE 
 
 
Imobilização: 
Para realizar a imobilização, utiliza-se talas e as envolve com atadura, os 
tamanhos das talas são de acordo com a região fraturada, e as mesmas devem 
acomodar os membros sem deixar ficar passando, precisa ficar rente a tala. 
 
 
17/11/2021 
No terceiro encontro prático, foi abordado sobre a Ressuscitação cardio-
pulmonar (RCP), tanto o suporte básico como também o suporte avançado. 
A ressuscitação cardio-pulmonar é um conjunto de procedimentos realizados 
para manter a circulação sanguínea e a ventilação, até que o paciente retorne 
sua circulação e respiração espontânea. 
Quando a pessoa é encontrada sem pulso e sem respiração no ambiente extra-
hospitalar, a RCP pode ser iniciada, tanto por pessoas leigas ou profissionais da 
saúde, esse será o suporte básico de vida. 
Quando a parada cardio-respiratória acontece no ambiente hospitalar, a RCP 
deve ser realizada pela equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, que 
será o suporte avançado de vida. 
Suporte Básico de vida 
Paciente é encontrado caído e desacordado. O que devo fazer? 
• Chamo pelo paciente para ver se há alguma resposta, se não tiver resposta, 
checo pulso e respiração por no mínimo 5 segundos. Confirmada a parada 
cardio-respiratória, peço ajuda para que alguém acione o SAMU e vá em 
busca de um DEA. 
• Realizo desobstrução das vias aéreas (retirando corpo estranho). 
• Inicio as compressões torácicas (utilizando região hipotênar das mãos, 
comprimindo 6 cm do tórax) até o SAMU chegar. Se eu tiver uma máscara 
pocket posso realizaras compressões e ventilações, que são 30 
compressões para 2 ventilações, realizando por 2 minutos e checando se 
Figura 9: Imobilização de quadril, tíbia e fíbula 
 
 
houve retorno de pulso. Se não possuir a máscara pocket, realizo apenas as 
compressões. 
• Se tiver o DEA, realizo as compressões e ventilações por 2 minutos, checo 
se houve retorno de pulso, não teve, posiciono as pás na região infra 
clavicular D e linha médio axilar E, para que o desfibrilador identifique se há 
um ritmo chocável ou não. 
• Se tiver ritmo chocável (TVSP/FV), peço para que todo mundo se afaste e 
aciono o choque, após o choque retiro as pás, volto para as compressões e 
avalio se houve retorno de pulso, não teve, posiciono novamente as pás e 
verifico se há ritmo chocável. 
• Se for ritmo não chocável (AESP/Assistolia), não realizo o choque, tiro as pás 
e retorno para as compressões, após 2 minutos, verifico se há retorno de 
pulso, não teve, posiciono novamente as pás para identificar se há ritmo 
chocável ou não. 
• Fico realizando esses procedimentos até o SAMU chegar, se tiver alguém 
para alternar as compressões, a cada 2 minutos vai trocando, da forma mais 
rápida possível. 
• Geralmente são 7 vezes 30 compressões, que equivalem a 2 minutos. 
 
 
Suporte Avançado de vida: 
Paciente está internado e é identificado a PCR, o que fazer? 
• Imediatamente inicia as compressões e ventilações (30:2), aciona-se a 
equipe para que traga o carrinho de parada, medicamentos, placa rígida, 
material para via aérea avançada e se prepare para a ressuscitação. 
As intervenções podem ser divididas, uma pessoa fica responsável pela 
ventilação, um para controlar o tempo, um para manusear o DEA, um 
para medicação, um para realizar as compressões e um líder para a 
equipe. 
Figura 10: Suporte básico de vida 
 
 
• Após chegada da equipe com todo material, coloca-se a placa rígida debaixo 
do paciente, para que haja compressões de qualidade. 
• Posiciona a cânula de Guedel, escolhendo o tamanho a partir da mensuração 
da boca até extensão da mandíbula, ela vai auxiliar na ventilação, fazendo 
com que o paciente mantenha a boca aberta, isso é feito de forma imediata, 
até que o médico venha e realize a intubação orotraqueal. 
• Realiza-se as compressões e ventilações (30:2) por 2 minutos, checa a 
presença de pulso na carótida, não tem pulso, posiciona as pás do DEA e 
verifica se é ritmo chocável ou não. Se for chocável, peço para que todo 
mundo se afaste e aciono o choque. Se não chocável, retomo as 
compressões. 
Quando se trata de um Cardioversor, apenas o médico pode manusear, 
o enfermeiro fica responsável por regular a voltagem, se for um aparelho 
bifásico (120-200J), e o médico não determinar a carga, sempre usar a 
maior carga e mantê-la, se ele determinar vai subindo gradativamente. 
Se for um aparelho monofásico (360 J), só utiliza essa carga. 
• Quando ritmo chocável, após o primeiro choque, realiza-se o acesso venoso 
periférico. 
• Após segundo choque, é realizado intubação (via aérea avançada) e as 
ventilações passam a ser 1 a cada 6 segundos de forma continua, totalizando 
10-12 ventilações por minuto. E administra Adrenalina 1 mg a cada 3-5 
minutos, seguida por flush de 10 ml e elevação do membro, para facilitar o 
retorno venoso. 
• Após terceiro choque, administra Amidarona 300 mg a cada 5 minutos, se 
for preciso administrar novamente utiliza-se 150 mg, seguida por flush de 10 
ml e elevação do membro, para facilitar o retorno venoso. 
A amidarona só é utilizada em ritmo chocável (FV/TVSP). 
• Quando é ritmo não chocável, já realiza a intubação e o acesso venoso 
periférico, iniciando a administração de Adrenalina 1 mg a cada 3-5 minutos, 
seguida por flush de 10 ml e elevação do membro, para facilitar o retorno 
venoso. 
As medicações administradas devem ser comunicadas em voz alta, para 
que toda equipe ouça, e tudo deve ser documentado. 
• Segue-se esse esquema, 30 compressões para 2 ventilações por 2 minutos, 
quando não há via aérea avançada, seguida por verificação de pulso e 
posicionamento das pás para identificar ritmo chocável. 
• Quando via aérea avançada, 1 ventilação a cada 6 segundos (10-12 por m), 
por 2 minutos de compressões, seguida por verificação de pulso e 
posicionamento das pás para identificar ritmo chocável. 
• Se não há retorno da circulação espontânea, identifico as possíveis causas 
reversíveis, e inicio as intervenções para correção. 
5 Hs: 5 Ts: 
Hipovolemia PneumoTórax hipertensivo 
Hipóxia Tamponamento cardíaco 
Hidrogênio (acidemia) Toxinas 
Hipo/hipercalemia Trombose pulmonar 
 
 
Hipotermia Trombose coronária 
 
• Se há retorno da circulação espontânea, ofertar oxigênio, transferir para UTI 
se tiver vagas, avaliar nível de consciência, administrar medicações CPM, 
realizar coleta de sangue para realização de exames e monitorar o paciente, 
pois ele pode ter outras PCR. 
A Capnografia é um guia de qualidade da RCP, se PETCO2 < 10 mmHg é 
indicativo que as compressões não foram boas, entre 10-25 mmHg compressões 
razoáveis, acima de 25 mmHg quer dizer que as compressões foram eficazes. 
 
 
Ritmos: 
• Assistolia: ausência de atividade elétrica (ritmo não chocável). 
• Atividade Elétrica sem pulso: tem atividade elétrica, mas o paciente está sem 
pulso (ritmo não chocável). 
Figura 11: Suporte avançado de vida 
Figura 12: Assistolia 
 
 
 
• Taquicardia ventricular sem pulso: ventrículos acelerados com ausência de 
pulso (ritmo chocável). 
 
• Fibrilação ventricular: ausência de atividade elétrica organizada (ritmo 
chocável). 
 
 
Figura 13: AESP 
Figura 14: TVSP 
Figura 15: FV 
 
 
18/11/2021 
No quarto encontro prático, foi explanado sobre choque, intoxicação, a 
Enfermeira Bruna abordou brevemente sobre as síndromes coronarianas e 
houve uma recapitulação sobre o posicionamento dos eletrodos. 
Choque: 
O choque é um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, pode ser 
classificado como hipovolêmico (com déficit de volume), distributivo que pode 
ser séptico (patógeno), anafilático (resposta imune) e neurogênico (com defeito 
no vaso). Bem como, choque cardiogênico (problema no coração) e choque 
obstrutivo (tromboembolismo). 
São sinais e sintomas comumente encontrados em todos os tipos de choque a 
taquicardia/bradicardia, sudorese, rebaixamento de consciência, hipotensão, 
hipotermia, letargia, palidez, pele fria e pegajosa. 
Geralmente, o paciente adentra a unidade por trauma e o choque é uma de suas 
complicações, sendo necessário ficar atento e monitorar ativamente o quadro 
clinico do mesmo. 
No choque hipovolêmico, instala-se a máscara de venturi, monitora os SSVV, 
realiza acesso venoso periférico bilateral, por conta do hemocomponente, realiza 
sondagem vesical e monitora o volume de urina (+50 ml/h). A sondagem 
nasogástrica é S/N, deve-se coletar sangue para realização de exames e como 
demais traumas, aplica-se o ABCDE. 
Intoxicação: 
Na intoxicação, é relevante saber sobre qual foi o produto utilizado, a quantidade 
de produto utilizado, o tempo de exposição e o tempo que o paciente foi atendido 
e trazido para o hospital. 
O objetivo dos cuidados é a descontaminação, assim, precisamos saber sobre 
as vias de contaminação, se foi pela pele, lavar com água abundante e sem 
friccionar, se foi pelo TGI, em menos de 2 horas faz-se a lavagem gástrica com 
soro fisiológico gelado, quando ocorreu a mais de 2 horas usa-se o carvão 
ativado, que atua adsorvendo a substância tóxica, diminuindo a quantidade 
disponível para absorção pelo sistema digestório. 
O profissional de saúde deve se paramentar, para evitar contaminação e aplicar 
o ABCDE. 
Síndromes coronarianas: 
Quando o paciente chega na unidade relatando dor intensa no peito, PA elevada, 
saturação alterada, devemos imediatamente buscar uma maca para esse 
paciente deitar, pois é um indicativo de síndrome coronariana. 
Nas síndromescoronarianas, a abordagem inicial é o MOVE, que deve ser 
realizado em 10 minutos: 
M: Deve-se monitorizar a frequência cardíaca, pressão arterial e saturação; 
 
 
O: Fornecer oxigenoterapia de 4 litros/minuto; 
V: Usar vasodilatadores (nitroglicerina sublingual) e realizar acesso venoso; 
E: Realizar o eletrocardiograma, nas 12 derivações, procurando identificar onde 
não está tendo atividade elétrica. Quando ocorre no ventrículo E é perigoso por 
conta do débito cardíaco, pois ele é responsável pelo bombeamento para a 
grande circulação; 
Existe um teste que pode ser aplicado para identificar o risco desse paciente, 
chamado de Escore de Heart, com cinco variáveis: 
• História: sinais e sintomas, histórico familiar, hábitos, entre outros 
• ECG: eletrocardiograma para avaliar as derivações 
• Anos: pacientes idosos tem uma maior predisposição por conta da rigidez 
vascular 
• Riscos: presença de comorbidades 
• Troponina: enzima que indica o nível de lesão cardíaca 
As medicações utilizadas, são representadas pela sigla MONABCH: 
M: morfina (precisa tomar bastante cuidado, não pode administrar tudo de uma 
vez, perguntar em quanto diluir e administrar lentamente); 
O: oxigênio 2-4 litros/minuto; 
N: Nitroglicerina (sublingual); 
A: Antiplaquetário (AAS) dose inicial de 200 mg; 
B: Betabloqueador; 
C: Clopidogrel; 
H: Heparina; 
Assim como os demais, aplica-se o ABCDE. 
Posicionamento dos eletrodos: 
V1: No quarto espaço intercostal da borda esternal D 
V2: No quarto espaço intercostal da borda esternal E 
V3: Fica entre V2 e V4 
V4: No quinto espaço intercostal E, na linha hemiclavicular 
V5: No quinto espaço intercostal E, na linha axilar inferior 
V6: No quinto espaço intercostal E, na linha axilar média 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16: Posicionamento dos eletrodos 
 
 
Autoavaliação: 
Essa nova modalidade de ensino durante a pandemia tem sido desafiadora, 
acabamos perdendo as vivências adquiridas no ambiente hospitalar, que são 
cruciais para o desenvolvimento de técnica, olhar clínico, trabalho em equipe, 
documentação, entre outras experiencias, que são contempladas durante o 
estágio. 
No entanto, percebo que essa simulação de atendimento no laboratório, foi 
extremamente necessária, para o protagonismo do acadêmico, pois foi possível 
identificar falhas em procedimentos, falha de aprendizado, falha de comunicação 
em equipe, entre outros, que possibilitou a busca do conhecimento, não se 
prendendo apenas em ter um bom desempenho, mas em fixar o conteúdo e 
aprender mais sobre, com a consciência que são vidas em jogo e não tem como 
fugir, precisa se aprimorar, buscar conhecimentos, dominar o assunto. 
 Nesse sentido, considero que o aprendizado na disciplina de Enfermagem em 
Emergência II tem sido satisfatório, todo conteúdo foi bem esmiuçado, houve 
muitas reflexões, referências enriquecedoras, as dúvidas foram sanadas, a 
didática proposta de avaliação permitiu que estudássemos por entender que é 
algo importante e que fará toda diferença na formação, não apenas para atingir 
uma média. 
Desse modo, foi uma experiencia muito positiva e agregadora, superando todos 
os desafios encontrados. Realizando tudo que foi possível dentro desses quatro 
dias, com os materiais presentes e os improvisados, com intuito do aprendizado 
em emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: 
Ao fim do trabalho, pode-se concluir que a elaboração do portfólio ampliou o 
conhecimento a respeito de Enfermagem em emergência e forneceu uma nova 
ferramenta para guardar informações relevantes e percepções adquiridas. 
Desse modo, percebe-se que documentar o que foi aprendido e realizado, 
promove o desenvolvimento reflexivo do indivíduo e estimula o processo de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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