Buscar

Fund. da epidemiologia aula 8

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Fund. Da epidemiologia
Aula 8: Epidemiologia, Prevenção de doenças e Promoção de Saúde: Planejamento estratégico de ações em Saúde
“medindo” a saude
 Métodos e tecnologias devem ser desenvolvidos e aplicados para abordar a saúde enquanto inverso de morbidade, entendida como “volume global de doença”. E em um segundo momento, metodologias e tecnologias capazes de avaliar positivamente os níveis de saúde em uma dada população devem ser aplicados.
Contagem de indivíduos
Na prática de produção de informação, a Epidemiologia utiliza um conjunto de indicadores da saúde que, se baseiam na contagem de doentes (indicadores de morbidade) ou de falecidos (indicadores de mortalidade). 
  
A contagem de indivíduos sadios é uma estratégia alternativa que tem sido realizada, mas está limitada a avaliações de inquéritos domiciliares locais ou nacionais. 
qualidade de vida que está relacionado a uma sensação de bem-estar (satisfação, felicidade). Dessa forma, o complexo da Qualidade de Vida reflete as condições de saúde de uma população e envolve vários itens, destacando, alimentação e nutrição; habitação; saneamento e meio ambiente; educação; cultura, esporte e lazer; trabalho e renda; previdência e assistência social e; transporte.
Além dos clássicos indicadores de morbidade e mortalidade, atualmente os indicadores de saúde estão cada vez mais relacionados com a capacidade física (habilidades, funcionalidade) e mental (competências, desempenho) e com abordagens positivas referentes ao bem-estar e à qualidade de vida. A saúde referida pelo próprio sujeito ou por terceiros tem sua expressão representada pela palavra. Na prática, as principais dimensões/domínios dos instrumentos de mensuração da saúde individual referem-se a variáveis comportamentais.
Epidemiologia e planejamento em saude
De uma forma geral, os indicadores da saúde devem ser capazes de gerar dados epidemiológicos e estatísticas vitais que permitam comparações internacionais e possibilitem o planejamento, a gestão, a operação e a avaliação de políticas públicas, os sistemas e os serviços de saúde.
O planejamento de ações em saúde e o papel da Epidemiologia na formulação (elaboração), acompanhamento e avaliação de políticas, planos, programas e projetos em saúde destinados à Prevenção de doenças e Promoção de Saúde estão sendo muito investigados por diversos pesquisadores.
A promoção da saúde está relacionada a medidas que não se dirigem a doenças específicas, mas que visam aumentar a saúde e o bem estar dos indivíduos e da coletividade.  A prevenção de doenças exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença, para impedir que ocorra seu estabelecimento. Há a necessidade do conhecimento epidemiológico para o controle e redução do risco de doenças.
O planejamento e a gestão constituem um dos suportes disciplinares da saúde coletiva, juntamente com a epidemiologia e as ciências sociais e humanas em saúde.
o planejamento pode ser considerado uma prática técnica e social. A tecnologia adotada para o planejamento de ações em saúde expressa relações sociais. O planejamento está condicionado às influências e determinações que a estrutura da sociedade faz incidir sobre as ações de saúde. Consequentemente, determinantes políticos, econômicos e ideológicos modulam a extensão e a profundidade da utilização dessa tecnologia de gestão em cada instituição, município, estado ou país.
O planejamento é um compromisso com a ação: planejar é pensar antecipadamente a ação. Somente em um contexto histórico no qual se buscou uma alternativa para a alocação de recursos sem subordinação aos mecanismos de mercado é que o planejamento emerge como um processo social.
Papel da epidemiologia
As ciências sociais e humanas, a filosofia e a arte são imprescindíveis na avaliação das necessidades relacionadas às dimensões positivas da saúde, na perspectiva da promoção da saúde.
a Epidemiologia produz informações necessárias ao planejamento e as ações de vigilância se integram ao conjunto de serviços de saúde para a redução de riscos e da incidência de doenças e óbitos.
Momentos do processo de planejamento de saúde
No processo de planejamento de saúde podem ser destacados quatro momentos, que para fins didáticos podem ser visualizados e descritos de forma separada, entretanto, são momentos simultâneos.
Momento explicativo
No momento explicativo são identificadas as necessidades e os problemas, buscando possíveis explicações sobre a ocorrência e a produção dos mesmos. Algumas técnicas têm sido usadas como a “árvore de problemas” e o “fluxograma situacional”. Estas técnicas ajudam a sistematizar as respostas às seguintes perguntas: quais são os problemas e por que ocorrem?
Momento normativo
No momento normativo procura-se definir o que deve ser feito (objetivos, metas, atividades, recursos).
Momento estratégico
No momento estratégico procura-se confrontar o que deve ser feito e o que pode ser feito, considerando as restrições políticas e financeiras. Nesse momento, se definem estratégias para superação de obstáculos (desenho estratégico) e se estabelecem cursos de ação para o plano, programa ou projeto.
Momento tático-operacional
No momento tático-operacional, um dos mais importantes, busca-se realizar as ações. Neste enfoque não se separa o pensar, o agir, nem o planejamento e a gerência. A operação caracteriza o fazer diante de toda a complexidade do real, sendo mais um ponto de confluência entre o planejamento e a Epidemiologia.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais