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Atencao Humanizada e Qualificada a Gestacao, ao Parto, ao Nascimento e ao Recem-Nascido

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, 
ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido 
INTRODUÇÃO 
A Atenção Humanizada e Qualificada à 
Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-
Nascido consiste na ampliação do acesso, 
cobertura, qualidade e humanização da atenção 
obstétrica e neonatal, integrando as ações do 
pré-natal e acompanhamento da criança na 
Atenção Básica com aquelas desenvolvidas nas 
maternidade, assim, conformando-se uma rede 
articulada da atenção. Destaca-se que esta 
atenção é iniciada com a visão abrangente da 
saúde integral da mulher (PAISM) e com a 
promoção da saúde sexual e reprodutiva desde 
a adolescência. 
REDE CEGONHA 
A Rede Cegonha é uma estruturação estratégica 
para implementar uma rede de cuidados com a 
finalidade de assegurar às - mulheres – o direito 
ao planejamento reprodutivo e a atenção 
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério; 
e às – crianças – o direito ao nascimento seguro, 
ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. 
Apesar dos esforços para melhorar a saúde 
materno-infantil, como: 
• Programa de Humanização do Parto e 
Nascimento – PHPN (2000) 
• Pacto pela Redução da Mortalidade Materna 
e Neonatal (2004) 
• Agenda de Atenção Integral à Saúde da 
Criança (2005) 
• Compromisso para Acelerar a Redução da 
Desigualdade na Região Nordeste e Amazônia 
Legal (2009) 
Ainda, se identificam elevadas taxas de 
morbimortalidade materna e infantil, sobretudo 
a neonatal, além de redes de atenção 
fragmentadas e pouco resolutivas e, por isso, 
Rede Cegonha foi criada. 
A Rede Cegonha é uma rede temática que foi 
instituída em 2011, como uma inovadora 
estratégia do Ministério da Saúde no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da 
Portaria nº 1.459. 
Tem como base os princípios do SUS, de modo a 
garantir a universalidade, a equidade e a 
integralidade da atenção à saúde. 
Dessa forma, esta rede se organiza de modo a 
assegurar o acesso, o acolhimento e a 
resolutividade, por meio de um modelo de 
atenção voltado ao pré-natal, parto, 
nascimento, puerpério e sistema logístico, que 
inclui transporte sanitário e regulação. Prioriza: 
- Acesso ao pré-natal de qualidade; 
- Garantia do acolhimento com avaliação e 
classificação de risco e vulnerabilidade; 
- Vinculação da gestante à unidade de 
referência e ao transporte seguro; 
- Segurança na atenção ao parto e 
nascimento; 
- Atenção à saúde das crianças de 0-24 meses 
com qualidade e resolutividade 
- Acesso às ações do planejamento 
reprodutivo. 
AÇÕES 
Entre as ações da Rede Cegonha, tem-se: 
(1) Implantação de Centros de Parto Normal 
(CPN) – na qual a mulher é acompanhada por 
uma enfermeira obstetra, num ambiente 
preparado para que que possa exercer as suas 
escolhas, como se movimentar livremente e ter 
acesso a métodos não farmacológicos de alívio 
da dor. Um fator fundamental neste atendimento 
é a ambiência, com projetos arquitetônicos que 
buscam privilegiar cores harmônicas, conforto 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
luminoso, térmico e acústico. Outro objetivo é 
reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade 
materna e neonatal e as ocorrências de 
cesarianas desnecessárias na rede pública de 
saúde. Ainda, esses centros funcionam em 
conjunto com as maternidades para humanizar 
o parto, oferecendo às gestantes um ambiente 
mais adequado, privativo e um atendimento 
centrado na mulher e na família. 
(2) Implantação das Casas da Gestante, Bebê e 
Puérpera (CGBP) – que é um espaço 
intermediário para aquelas mulheres e bebês 
que precisam de cuidados especiais, 
necessitando estar próximo ao hospital, mas não 
internadas. 
(3) Ampliação e Qualificação de Leitos para 
Gestantes de Alto Risco, UTI e UCI neonatal – 
que garantem às mulheres e bebês um cuidado 
adequado na hora do parto. 
(4) Formação e Capacitação de Enfermeiras 
Obstétricas – visto que estas profissionais são 
estratégicas para a mudança no modelo de 
atenção obstétrico e neonatal. 
(5) Planejamento Reprodutivo – garante o 
acesso a vasectomias e a laqueaduras pelo SUS, 
além da compra e distribuição gratuita de 
diversos métodos contraceptivos. 
OBJETIVOS 
• Implementar um modelo de atenção ao parto 
e ao nascimento com base em evidências 
científicas e nos princípios da humanização; 
• Implementar um modelo de atenção integral 
à saúde da criança, visando uma infância 
mais saudável; 
• Articular redes de atenção de forma a 
garantir acesso, vinculação, acolhimento e 
melhoria da resolutividade; 
• Reduzir a mortalidade materna e neonatal. 
DIRETRIZES 
• Garantia do acolhimento com avaliação e 
classificação de risco e vulnerabilidade, 
ampliação do acesso e melhoria da qualidade 
do pré-natal; 
• Garantia de vinculação da gestante à 
unidade de referência e ao transporte seguro; 
• Garantia das boas práticas e segurança na 
atenção ao parto e ao nascimento; 
• Garantia da atenção à saúde das crianças de 
0-24 meses com qualidade e resolutividade; 
• Garantia do acesso às ações do planejamento 
reprodutivo. 
COMPONENTES 
(1) Pré-Natal 
- Pré-natal na UBS, com captação precoce e 
acolhimento com classificação de risco; 
- Garantia dos exames pré-natal risco habitual; 
- Garantia dos exames de pré-natal de alto 
risco; 
- Vinculação da UBS à maternidade. 
(2) Parto e Nascimento 
- Suficiência de leitos; 
- Ambiência; 
- Direito a acompanhante; 
- Acolhimento com classificação de risco; 
- Boa práticas: segurança; 
- Práticas de gestão: cuidado horizontal e 
conselho gestor. 
(3) Puerpério e Atenção à Criança 
- Aleitamento materno; 
- Acompanhamento da criança; 
- Visita durante a primeira semana; 
- Busca ativa de crianças vulneráveis; 
- Planejamento reprodutivo. 
(4) Transporte e Regulação 
- Transporte seguro 
- Vaga sempre 
- Central de regulação de leitos 
PONTOS DE ATENÇÃO NO TERRITÓRIO 
• Unidade Básica de Saúde 
• Centro de Parto Normal 
• Casa da Gestante, Bebê e Puérpera 
• Maternidade 
• Maternidade de Risco 
• Domicílio 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
FLUXOGRAMA NA ATENÇÃO BÁSICA 
 
LINHA DE CUIDADO DA GESTANTE E DO RN 
 
QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À MULHER 
NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL 
Desafios: 
• Oferta de exames em tempo oportuno 
• Manejo clínico do pré-natal 
• Acolhimento e classificação de risco e 
vulnerabilidades 
• Atendimento às principais urgências 
obstétricas 
• Construção do Plano de Parto pela mulher 
• Coordenação do cuidado ordenamento da 
rede pela Atenção Básica 
Propostas: 
• Pactuação e contratualização da rede 
laboratorial e definição de reponsabilidades a 
nível estadual e municipal 
• Incorporação das tecnologias para 
realização de exames laboratoriais de rotina 
pré-natal com resultado imediato nas UBS 
• Qualificação dos profissionais para atenção à 
intercorrências da gestação 
• Incorporação das características 
comunitárias e epidemiológicas para 
desenvolvimento de ações de combate às 
iniquidades e racismo institucional 
• Protagonismo da Atenção Básica na 
elaboração e atualização do desenho da rede 
de atenção ao parto e ao nascimento 
• Ampliar a capacidade da Atenção Básica no 
atendimento às intercorrências de 
urgência/emergência obstétricas em áreas 
remotas 
OPERACIONALIZAÇÃO 
FASE I – Diagnóstico e Adesão: Ministério da 
Saúde faz a apresentação da Rede Cegonha 
(pressupostos e método) à Apresentação e 
análise da Matriz Diagnóstica nas CIBs à CIB 
realiza a homologação da rede na região à 
Instituição do Grupo Condutor (SES/COSEMS) 
com apoio institucional do Ministério da Saúde. 
FASE II – Desenho da Rede Regional: CGR realiza 
o diagnóstico situacional à Desenho da Rede 
Cegonha à Pactuação do desenho no CGR e 
proposta do plano à Estimular a constituição do 
Fórum. 
FASE III – Contratualização: Proposta da Rede 
Cegonha do município à Desenho da Rede 
Cegonha no município à Contratualizaçãodos 
pontos de atenção à Instituição do Grupo 
Condutor Municipal. 
FASE IV – Qualificação: Pré-natal à Parto e 
nascimento à Puerpério e atenção à criança até 
24 meses à Transporte e regulação. 
FASE V – Certificação: Verificação da 
qualificação dos componentes à Certificação da 
rede à Reavaliação anual da certificação. 
TRIAGEM NEONATAL 
Todo bebê que nasce no Brasil tem direito a 
realizar gratuitamente quatro exames 
importantes para a sua saúde, os quais são 
conhecidos por exames de triagem neonatal, que 
compreende (1) teste do pezinho, (2) teste do 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
olhinho, (3) teste da orelhinha e (4) teste do 
coraçãozinho. 
TESTE DO PEZINHO 
O Teste do Pezinho é uma das principais formas 
de diagnosticar seis doenças que, quanto mais 
cedo forem identificadas, melhores são as 
chances de tratamento. 
Para sua realização, o RN deve ser levado à uma 
UBS entre o 3º e o 5º dia de vida, a qual colhe o 
sangue através de uma picada no calcanhar. 
O teste é feito no pezinho, pois esta é uma região 
bastante irrigada do corpo, facilitando, assim, o 
acesso ao sangue para a coleta da amostra. 
Apesar de muitos bebês chorarem durante o 
exame, este é muito importante para dar as 
melhores condições de desenvolvimento, além de 
ser um exame que não traz riscos ao bebê. 
Portanto, trata-se de um teste rápido, pouco 
invasivo e até menos incomodo do que coleta 
com seringa em uma veia no braço. 
(1) Fenilcetonúria (PKU) – É um dos erros 
metabólicos de herança genética, que leva ao 
acúmulo do aa fenilalanina (FAL) no sangue. 
Sem o diagnóstico precoce e do tratamento 
antes dos 3 meses de vida, a criança com esse 
defeito metabólico apresenta um quadro clínico 
clássico, caracterizado por atraso global do 
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), 
deficiência mental, comportamento agitado ou 
padrão autista, convulsões, alterações 
eletroencefalográficas e odor característico na 
urina. 
Esse defeito metabólico não tem cura e nem 
medicamentos específicos. Portanto, o 
tratamento consiste numa dieta com baixos 
teores de fenilalanina, sendo que os valores de 
fenilalanina no sangue devem ser monitorados 
regularmente. A quantidade de fenilalanina que 
pode ser ingerida varia de acordo com a idade e 
a gravidade da doença, e os alimentos que são 
riscos nesse aa são aqueles fontes de proteínas 
(ex.: carnes, peixes, leites e derivados, ovos, trigo, 
soja e feijão). Assim, a dieta utilizada é 
hipoproteica, suplementada por uma fórmula de 
aa isenta de fenilalanina. 
Estudos realizados em todo o mundo sugerem 
que a suspensão da dieta pode resultar em 
deteriorização intelectual e comportamental, 
sendo, portanto, aconselhável a manutenção da 
dieta por toda a vida. 
(2) Fibrose Cística (FC) – É uma doença 
hereditária grave, que afeta especialmente os 
pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo 
causado pelo aumento da viscosidade do muco. 
Nos pulmões, esse aumento na viscosidade 
bloqueia as vias aéreas propiciando a 
proliferação bacteriana, o que leva à infecção 
crônica, lesão pulmonar e ao óbito por disfunção 
respiratória. Já, no pâncreas, quando os ductos 
estão obstruídos pela secreção espessa, há uma 
perda de enzimas digestivas, levando à má 
nutrição. Os sintomas mais graves e 
complicações incluem desnutrição, diabetes, 
insuficiência hepática e osteoporose. Ainda, 
dentre os demais sintomas que podem estar 
presentes, inclui-se dificuldade de ganho de 
peso, problemas respiratórios, perda de sal pelo 
suor, dor abdominal recorrente, icterícia 
prolongada, pancreatite recorrente, cirrose biliar 
e retardo no desenvolvimento somático. 
O tratamento consiste em acompanhamento 
médico regular, suporte dietético, utilização de 
enzimas pancreáticas, suplementação 
vitamínica (vitaminas A, D, E e K) e fisioterapia 
respiratória. Quando há presença de 
complicações infecciosas, está indicada a 
antibioticoterapia de amplo espectro. Além disso, 
o esquema vacinal habitual deve estar em dia, 
bem como a imunização de crianças com anti-
pneumocócica e anti-hemófilos. 
(3) Doença Falciforme (DC) – É uma doença 
genética, causada por um defeito na estrutura 
da hemoglobina, que faz com que as hemácias 
assumam forma de lua minguante, quando 
expostas a determinadas condições (ex.: febre 
alta, baixa tensão de oxigênio e infecções). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
As alterações clínicas, incluem anemia 
hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, 
insuficiência renal progressiva, AVC, maior 
susceptibilidade a infecções e sequestro 
esplênico. 
O ideal é que o tratamento seja iniciado antes 
dos quatro meses de vida, sendo que as 
principais medidas preconizadas são 
administração de antibioticoterapia profilática 
(esquema especial de vacinação), 
suplementação com ácido fólico e seguimento 
clínico especializado. 
(4) Hipotireoidismo Congênito (HC) – É uma 
emergência pediátrica causada pela 
incapacidade da tireoide do RN em produzir 
quantidade adequadas de hormônios 
tireoidianos, que resulta numa redução 
generalizada dos processos metabólicos. 
Sem o diagnóstico e tratamento precoce, a 
criança terá o crescimento e desenvolvimento 
mental seriamente comprometidos. O 
tratamento consiste na reposição dos hormônios 
tireoidianos deficitários – reposição de 
levotiroxina sódica (hormônio sintético). 
(5) Deficiência de Biotinidase (DBT) – É uma 
doença metabólica hereditária, na qual há um 
defeito no metabolismo da biotina. 
Clinicamente, manifesta-se a partir da sétima 
semana de vida com distúrbios neurológicos e 
cutâneos (ex.: crises epiléticas, hipotonia, 
microcefalia, atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor, alopecia e dermatite 
eczematóide). Ainda, em indivíduos com 
diagnóstico tardio, observam-se distúrbios 
visuais e auditivos, bem como atraso motor e de 
linguagem. 
O tratamento farmacológico é muito simples e de 
baixo custo, consistindo na utilização de biotina 
(vitamina B7) em doses diárias. 
(6) Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) – 
Engloba um conjunto de síndromes transmitidas 
geneticamente, que se caracterizam por 
diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos 
esteroides adrenais. 
As manifestações clínicas dependem da enzima 
envolvida e do grau de deficiência enzimática 
(total ou parcial). O diagnóstico precoce e o 
tratamento adequado melhoram o padrão de 
crescimento podendo normalizá-lo na maior 
parte dos casos, sendo que o tratamento deve 
ser contínuo ao longo da vida. 
O tratamento com corticoides pode reverter estes 
quadros, quando instituído precocemente. No 
caso da perda de sal, o tratamento requer a 
administração de aldosterona (hormônios 
mineralocorticoides) com a máxima urgência e 
monitorização contínua. Além disso, destaca-se 
que a suplementação com cortisona provoca a 
diminuição da síntese de hormônios 
androgênicos, relacionados à virilização. 
Medidas cirúrgicas auxiliam a recompor o 
aspecto anatômico da genitália do sexo feminino 
afetado. 
 
Por fim, destaca-se que o SUS garante o 
atendimento com médicos especialistas – 
Atenção Especializada – a todos os pacientes 
triados. Assim, para as seis doenças detectadas 
no programa, há tratamento adequado, gratuito 
e acompanhamento por toda a vida nos 31 
serviços de referência em triagem neonatal do 
país, presente em todos os estados brasileiros. 
Ainda, este teste está disponível no Brasil todo, 
com 21446 pontos de coleta, distribuídos na rede 
de Atenção Básica, Hospitais e Maternidades. 
TESTE DA DO OLHINHO 
O Teste do Olhinho é um exame simples, rápido e 
indolor, que consiste na identificação de um 
reflexo vermelho homogêneo e simétrico em 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
ambos os olhos, que aparece quando um feixe de 
luz ilumina o olho do bebê. Este pode detectar 
qualquer alteração que cause obstrução do eixo 
visual (ex.: catarata, glaucoma congênito,tumores intraoculares e hemorragias 
intravítreas), cuja identificação precoce pode 
possibilitar o tratamento no tempo certo e o 
desenvolvimento normal da visão. 
 
É recomendado que o exame seja feito pelo 
pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não 
ocorrer, ele deve ser feito logo na primeira 
consulta de acompanhamento. Depois disto, 
continua sendo importante, nas consultas 
regulares de avaliação da criança, com a 
periodicidade definida pelo médico. Ressalta-se 
que, se o pediatra encontrar alguma alteração, a 
criança é encaminhada para avaliação com o 
oftalmologista. 
TESTE DA ORELINHA 
O Teste da Orelhinha é um exame importante 
para detectar se o RN tem problemas na 
audição, devendo ser realizado entre 24-48 
horas na maternidade ou na UBS antes de 
completar 3 meses de vida. É um teste simples, 
gratuito e indolor, que não possui 
contraindicações, durante cerca de 10 minutos. 
É realizado através da colocação de uma sonda 
que envia e recebe sons no ouvido do bebê. 
Assim, o som emitido (semelhante a um clique) 
vibra no tímpano, passando pelo ouvido médio 
até chegar à orelha interna (cóclea). Quando 
estimulada, a cóclea vibra e, então, o som faz o 
caminho de volta e a sonda capta a vibração, 
alegando que o recém-nascido não tem 
problemas. Já, se a sonda não capta a vibração 
de retorno, existe uma alteração auditiva e o 
recém-nascido deverá fazer outros exames. 
 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
O Teste do Coraçãozinho é simples, gratuito e 
indolor, que deve ser feito ainda na maternidade 
entre 24-48 horas após o nascimento. 
Consiste em medir a oxigenação do sangue e os 
batimentos cardíacos do RN com o auxílio de um 
oxímetro – espécie de pulseira – no pulso e no pé 
do bebê. Caso algum problema seja detectado, o 
bebê é encaminhado para um centro de 
referência em cardiopatia para tratamento. 
Destaca-se que, problemas no coração são a 
terceira maior causa de morte em RN e, por isso, 
quanto mais cedo for diagnosticado, melhores 
são as chances de tratamento. 
TESTE DA LINGUINHA 
O Teste da Linguinha é um procedimento usado 
para detectar a anquiloglossia – uma alteração 
no tecido que se estende da língua até a 
cavidade inferior da boca. Assim, o exame avalia 
se o freio da língua é curto, o que pode dificultar 
a pega na amamentação e trazer problemas de 
fala. Portanto, o diagnóstico precoce ajuda a 
prevenir problemas na amamentação, 
mastigação, deglutição e desenvolvimento da 
fala (ex.: língua presa). 
O teste é feito através de um questionário sobre 
a frequência e a qualidade da amamentação, da 
observação da posição da boca do bebê em 
repouso e da língua enquanto chora, e da 
avaliação anatômica do frênulo quanto à 
espessura e à sua fixação no assoalho da boca. 
O tratamento consiste no corte do frênulo para a 
liberação dos movimentos da língua.

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