AD2 ELABORAÇÃO DE ROTEIROS

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RIO DE JANEIRO – CENTRO
João Pedro Santos Pacheco
Matrícula: 17116100019
Disciplina: Elaboração de Roteiros 
Polo: Campo Grande
DETALHES ESPECÍFICOS:
O Centro do Rio de Janeiro traduz memórias, práticas culturais e sociais da população residente. Configura-se como objeto de estudo e possibilidade de ensino patrimonial, sendo capaz de promover verdadeiras mudanças ligadas, sobretudo, ao processo de valorização e preservação do local, além de incentivar a participação da comunidade específica nas discussões sobre uma prática turística mais sustentável, almejando induzir positivamente a formação dos indivíduos, elevando-os ao entendimento do seu papel na sociedade moderna.
	O objetivo principal do roteiro proposto é estabelecer uma relação entre a Educação Patrimonial e o Turismo, a fim de oportunizar uma atividade turística capaz de ressignificar tanto o ideal de turismo como atividade unicamente econômica, assim como contribuir no processo de revitalização do Centro, ao passo que foca em patrimônios culturais presentes na localidade. 
Para tanto, tem como público-alvo moradores da cidade do Rio de Janeiro, bem como municípios vizinhos que almejam conhecer mais sobre uma parte da cidade que foge do eixo praia e sol, ao passo que apresenta uma atividade que percorrerá pontos históricos fundamentais para a sociedade local. Afinal, o Centro do Rio de Janeiro abriga um conglomerado de patrimônios – materiais e imateriais, dentre outros, proponho uma excursão que irá percorrer três pontos turísticos presentes na região central do município carioca: Pier Mauá, Theatro Municipal (Cinelândia) e Arcos da Lapa.
 A visitação de patrimônios histórico-culturais terá como foco apresentar a relevância desse patrimônio para a comunidade e a importância do turismo como atividade econômica capaz de auxiliar na manutenção positiva desses locais.
O recorte espacial se deu com a seguinte definição em mente relacionada a questão de patrimônio: “São edificações e são paisagens naturais. São também as artes, os ofícios, as formas de expressão e os modos de fazer. São as festas e os lugares a que a memória e a vida social atribuem sentido diferenciado: são as consideradas mais belas, são as mais lembradas, as mais queridas.” (Manual de Aplicação - Iphan. P.8) 
ROTEIRO DETALHADO:
8h – A partida da van da excursão se dará neste horário, tendo em mente uma saída da rodoviária de Campo Grande. (Obs: Outros pontos de partida ou embarque poderão ocorrer, desde que previamente acordados);
9h30 – Primeira parada: Arcos da Lapa
Os Arcos da Lapa já fazem parte dos cartões postais da cidade. Historicamente, o Aqueduto da Carioca foi por muito tempo utilizado para levar água da nascente até a população da cidade. Com o tempo, os Arcos foram ganhando novas dimensões e funções, contudo, atualmente os entornos do local são referência de boemia e diversão à noite. Durante o dia, os Arcos se apresentam como uma imponente estrutura de cimento que viabiliza a passagem do famoso bondinho de Santa Tereza, além de proporcionar lindas fotos. 
Esta primeira parada durará em média 30 minutos. O guia deverá narrar de forma breve, ainda embarcados na van, a história do local. Permitindo posteriormente que os participantes desçam para tirar fotos, sempre sob supervisão do guia.
10h15 – Segunda parada: Pier Mauá
O píer foi criado nos anos 1950 com a intenção de receber navios para a Copa do mundo que ocorreria no Brasil na época. Anos depois, foi elaborado um projeto de revitalização daquela área, assim sendo, dentre outras obras, foi criado o chamado Museu do Amanhã, o qual oferece um espaço narrativo que relata possibilidades de um futuro, por meio de grandes questões da humanidade, como “De onde viemos? Para onde vamos?”.
Em torno do Museu, há uma vista incrível de toda a Baía de guanabara, assim como outras estruturas locais, como os prédios grafitados que permitem um visual magnífico digno de muitos registros fotográficos.
Aqui, os participantes terão duas opções: comprar o ingresso para entrar no museu (Visita com duração de 1h aproximadamente) ou fazer uma caminhada pelo local, onde geralmente aos finais de semana ocorrem atividades culturais diversas.
11h30 – Almoço
Aqui ambos os grupos serão reunidos para irmos juntos até o restaurante escolhido, o qual apresenta um cardápio variado, com pratos típicos locais (Flórida Bar e Restaurante). Para um maior e melhor conforto dos turistas, será disponibilizado 1h30 para que todos possam almoçar com calma e seguirmos juntos para a última parada.
13h15 - Última parada: Theatro Municipal
Para fechar o roteiro, uma visita ao ilustre Theatro Municipal. O local está presente em nossa cidade desde a segunda metade do século XIX. Ao longo dos anos, o espaço foi aberto e fechado várias vezes e por diversos motivos político-econômicos. Hoje, após muitos anos de existência, problemas enfrentados, questões mal resolvidas e muitas outras coisas, é possível afirmar que sua história se associa diretamente a da cidade do Rio de Janeiro.
Após um dia de passeios externos com longas caminhadas, a ideia é fechar o passeio com uma atividade artística, no conforto do ar-condicionado, no interior do Theatro Municipal. Em dia previamente agendado, os indivíduos poderão assistir algum espetáculo que estiver em cartaz. A ideia é que desfrutem de uma experiência cultural única e fundamental a qualquer indivíduo.
	(Obs: Os horários poderão ser alterados em virtude do horário da peça)
REFERÊNCIAS 
FONSECA FILHO, A. da S. Educação e turismo – um estudo sobre a inserção do turismo no ensino fundamental e médio. 2007. 185 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
GOODEY, Brian. Interpretação e comunidade local. In: MURTA, Stela Maris; ALBANO, Celina (org). Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: UFMG, Território Brasilis, 2002.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: IPHAN, 1999.
IPHAN. Rio de Janeiro (RJ). In: IPHAN. [S. l.]. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/383/. Acesso em: 2 abr. 2022.
KROHN, Ellen Christina Ribeiro et al. Educação Patrimonial: Programa Mais Educação. [S. l.: s. n.], 2018. Disponível em: https://graduacao.cederj.edu.br/ava/pluginfile.php/1085085/mod_resource/content/1/Patrim%C3%B4nio%20Cultural%20-%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20para%20o%20Patrim%C3%B4nio%20Cultural%20-%20Parte%202.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.
LUCENA, Felipe. Theatro Municipal. [S. l.], 2018. Disponível em: https://diariodorio.com/historia-do-theatro-municipal/. Acesso em: 2 abr. 2022.
LUCENA, Felipe. A história dos Arcos da Lapa. [S. l.], 2018. Disponível em: https://diariodorio.com/historia-dos-arcos-da-lapa/. Acesso em: 2 abr. 2022.
MUSEU DO AMANHÃ. Sobre o Museu. In: MUSEU DO AMANHÃ. Sobre o Museu. São Paulo, 2016. Disponível em: https://museudoamanha.org.br/pt-br/content/maua-360-aula-inaugural-seminario#:~:text=O%20p%C3%ADer%20onde%20hoje%20se,aconteceria%20no%20Brasil%20naquele%20ano. Acesso em: 2 abr. 2022
ZANIRATO, Silvia Helena. Patrimônio cultural: a percepção da natureza como um bem não renovável. Revista Brasileira de História. São Paulo: 2006. Disponível em: https://graduacao.cederj.edu.br/ava/pluginfile.php/1521441/mod_resource/content/1/Patrim%C3%B4nio%20cultural%20a%20percep%C3%A7%C3%A3o%20da%20natureza%20como%20um%20bem%20n%C3%A3o%20renov%C3%A1vel.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.