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URGÊNCIAS UROLÓGICAS - Thaynara Silva

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URGÊNCIAS UROLÓGICAS 
Emergências cirúrgicas 2022/1- Thaynara Silva 
Trauma renal, uretral, de bexiga, hematúria, escroto agudo e trauma genital masculino. 
Trauma renal 
Dor em Flanco/ lombalgia 
Hematúria 
Equimose em flanco, pode até ter hematoma 
Dor à palpação abdominal (pode ter DB +) 
 
Trauma de alta intensidade. Tapinha não causa trauma renal 
Geralmente NÃO causa peritonite, rim é retroperitoneal. Zona 2 do retroperitôneo. 
Diagnóstico: TC Abdominal com Contraste venoso 
 Extravasou Contraste  Grau IV 
 
 
 
Tratamento: 
 Único que o tratamento é cirúrgico é o Grau V 
 Outros graus dependem da estabilidade do paciente (I-IV estável=> tto conservador) 
 Tratamento para qualquer grau de trauma renal deve-se internar o paciente e no mínimo semi-intensiva, 
controle de série vermelha e nova TC em 48h em caso de paciente estável. 
 Só faz renorrafia em casos que não se pode fazer embolização arterial em paciente estáveis. 
 Se paciente instável, a opção é renorrafia, por laparotomia, laparoscopia. 
 Trauma renal não tem indicação de passar cateter duplo J 
 Tratamento conservador: Acompanhamento rigoroso em UTI, repouso absoluto. 
 
A TC mostrou hematoma em expansão, a serie vermelha caiu fazer embolização, se não tiver pode fazer rafia. Se 
instável, laparotomia ou laparoscopia e renorrafia. 
Complicações: 
 Urinoma: Extravasamento de urina 
 Infecção de urinoma-> abscesso perinefrético-> drenagem percutânea ou cirúrgica. 
 Hipertensão arterial secundária 
 
Trauma ureteral 
Etiologia: 
 Iatrogenia intraoperatória, histerectomia... (80%) 
 Traumática (20%)- Arma branca e PAF 
Apresentação clínica: 
 Secção ureteral: extravasamento de urina, drenagem pela incisão ou vagina, febre, peritonite 
 Ligadura ureteral: dor, náuseas, vômitos, febre, íleo paralítico 
 Ligadura ureteral bilateral: Anúria, uremia. 
Classificação 
 
Diagnóstico: 
 Pielografia retrógada- Padrão ouro 
 TC e urografia excretora- menor acurácia 
Tratamento: 
 Conservador: Duplo J por 3 semaanas 
 Anastomose primária se secção com cotos próximos 
 Transureteroanastomose (implanta um ureter de um lado em outro lado. 
 
Trauma vesical 
Etiologia: 
 Iatrogenia: Cesárea, histerectomia, RTU 
 
Apresentação clínica: 
 Dor suprapúbica 
 Hematúria franca 
 Oligoanúria, 
 Possível relação com trauma de bacia. 
 
Se lesão extraperitoneal (55%)  urina pode ficar no espaço de Retzus 
 
Se lesão intraperitoneal (38%)  pode ter distensão abdominal, íleo paralítico. Extravasamento de contraste para o 
peritônio na cistografia retrógada. 
 
Diagnóstico: 
 Uretrocistografia retrógrada (exame de escolha) Borramento perivesical> extreperitoneal. Se não estiver 
disponível-> Uro-TC (Cistotomografia com contraste) 
Se desenhando alças> Intravesical. 
 
Tratamento: 
 Intraperitoneal: Tratamento cirúrgico. Laparotomia ou videolaparoscopia e rafia de bexiga com fios 
absorvíveis + SVD cerca de 4-6 semanas 
 Extraperitoneal: Tratamento conservador com SVD por 2 a 4 semanas, dreno suprapúbico se for mais de 6 hrs 
do trauma para drenar a urina. É conservador porque tem tamponamento pelas estruturas adjacentes. 
 
Trauma de uretra 
Etiologia: 
 A causa mais comum de trauma uretral é iatrogênica por passagem de SVD 
 Lesões de uretra anterior (peniana e bulbar) 
 Lesões de uretra posterior (membranosa e prostática) 
Uretra peniana-> Fratura de pênis 
Uretra posterior/ membranosa-> alta energia. Fratura pélvica 
Uretra bulbar-> maior incidência “queda a cavaleiro” 
Apresentação clínica: 
 Tem que ter Uretrorragia. 
 Pode ter próstata flutuante 
 Bexigoma, globo vesical 
 Hematoma escrotal 
Uretrorragia + Globo Vesical Palpável + História do Trauma 
Tem que saber se a lesão á anterior ou posterior, se é completa ou incompleta. 
A principal causa de trauma peniana é agressão, a segunda é iatrogenia e o terceiro é trauma de pênis. 
Diagnóstico: 
 Uretrografia retrógrada. Consigo definir se é completa ou incompleta. Se incompleta: sondagem guiada por 
cistoscopia. Com sonda por 4-6 semanas. Se completa faz derivação (cistostomia). Nunca fazer sonda vesical 
se trauma de uretra (risco de falso trajeto). Fazer punção suprapúbica com abocath 1 cm acima da sínfise 
púbica, tira a dor do paciente e encaminha. 
 Contraste iodado a 30% 
 Se houver lesão, veremos extravasamento de contraste. 
Não se prender a classificação. 
O principal causa de trauma de uretra é o trauma por sondagem vesical, quando insufla o balonete na uretra. 
Tratamento: 
Conduta  Punção de Alívio: 1 cm acima da sínfise púbica, inserir abocate calibroso em 90º; aspirar o máximo 
possível e retirar o abocath 
 Uretra bulbar- queda a cavaleiro: 
Cateterismo delicado sonda 14 por 4 dias 
Falha= via endoscópica 
Impossibilidade= cistostomia e observação 
 Lesão parcial de uretra bulbar 
Lesões complexas= exploração cirúrgica 
 Uretra peniana- fratura de pênis 
Rafia. Exceto se for só da mucosa uretral, com conduta conservadora. 
Exploração cirúrgica 
 Uretra posterior 
Cateterismo delicado 
Falha= cistostomia e reconstrução tardia 
Trauma genital Testículo, pênis e escroto 
Trauma de escroto: 
Se lesão de albugínea por contiguidade-> exploração escrotal mais rafia testicular, rafia primaria. 
Se não tiver lesão albugínea só hematoma-> conduta conservadora (suspensório escrotal, gelo, repouso, analgésico) 
 
Trauma de testículo: dor, equimose local, dismorfismo testicular (um testículo diferente do outro).. 
 Diagnóstico: USG com Doppler de Testículo 
 Se Lesão de Albugínea: cirurgia, rafia. 
 Se NÃO Lesão Albugínea: conservador 
 
Trauma de pênis> se não tiver pênis em beringela não teve lesão do corpo cavernoso 
 Diagnóstico: USG de Pênis 
 Tratamento: Rafia Primária 
 Principal Complicação: Doença de Peronie 
Escroto agudo 
Dor testicular < 6h 
Torção de testículo x orquiepidimite 
Torção de testículo: geralmente pacientes mais jovens. 
 Testículo desviado para cranial, testículo mais horizontalizado 
 Conduta: Exploração testicular com orquidopexia se testículo viável ou orquiectomia se inviável; 
orquidopexia do testículo contralateral. 
Orquiepididimite: Pacientes mais velhos e sinais de infecção. Principal causa na infância é caxumba (orquite viral) 
 Diagnóstico: USG com doppler. 
 Conduta: repouso, suspensório escrotal, Cipro 500 mg 12/12h por 14 dias, analgésicos, orientações 
Hematúria 
Nem toda hematúria é urgência ! 
Principais causas: infecção e litíase. 
Quando uma hematúria é urgência? Quando tem 
 Instabilidade hemodinâmica; 
 Presença de coágulos 
 Queda de Ht/Hb 
Principal é Neoplasia de bexiga (Homem >70 anos tabagista com hematúria indolor, macroscópica e recorrente) outro 
são pessoas que usam anticoagulante que fazem procedimento. 
Tratamento: sonda vesical de três vias com irrigação continua grossa pelo menos 22 fr. 
Ser não der certo, cauterização do foco de sangramento. 
Se não melhorar: formalização da bexiga>> formol na bexiga> cauterização química. 
Se não melhorar: embolização das artérias vesicais. 
Se não melhorar: cistectomia.

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