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Simulado Criado em: 09/04/2022 às 13:27:33 Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem. O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso. Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações). A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem. 1. [Q2245530] A expressão “Além disso” (terceiro parágrafo) introduz o argumento mais forte apresentado pelo autor do texto para comprovar sua tese acerca do surgimento da linguagem humana. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas aditivas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Petróleo Brasileiro S.A Petrobras - BR / Engenharia Civil / Questão: 26 A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano, conforme dados de 2021. O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é certo. Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais. Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações). Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens subsequentes. 2. [Q2245510] No terceiro parágrafo, o trecho “que separam desse óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados” consiste em uma oração adjetiva restritiva, na medida em que delimita o tipo específico de refinarias a que se refere o texto. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas adjetivas restritivas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Petróleo Brasileiro S.A Petrobras - BR / Engenharia Civil / Questão: 20 Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade pessoal. Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com adaptações). No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, assim como a sua tipologia, julgue os itens a seguir. 3. [Q2245480] A palavra “Agora”, no início do último período, introduz no texto um marco temporal, correspondendo, em sentido, a Atualmente. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbio de tempo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Petróleo Brasileiro S.A Petrobras - BR / Engenharia Civil / Questão: 11 O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.”. De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo. Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações). Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens subsecutivos. 4. [Q2245453] Dado o fato de o vocábulo “mas”, em sua primeira ocorrência no segundo período do primeiro parágrafo, ter sido empregado com sentidos adversativo, de oposição, os sentido originais do texto seriam mantidos caso ele fosse substituído por porém. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas adversativas, Orações coordenadas adversativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Petróleo Brasileiro S.A Petrobras - BR / Engenharia Civil / Questão: 1 É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? “Posso ajudá-lo, cavalheiro?” “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” “Pois não?” “Um... como é mesmo o nome?” “Sim?” “Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.” “Sim, senhor.” “O senhor vai dar risada quando souber.” “Sim, senhor.” “Olha, é pontuda, certo?” “O quê, cavalheiro?” “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na pontatem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?” “Infelizmente, cavalheiro...” “Ora, você sabe do que eu estou falando.” “Estou me esforçando, mas...” “Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?” “Se o senhor diz, cavalheiro.” Luís Fernando Veríssimo. Comunicação. Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 5. [Q2244930] O texto desenvolve um diálogo em que um dos personagens dá orientações ao outro, empregando, para isso, verbos no modo imperativo, como ocorre em “Imagine-se” (primeiro parágrafo), ‘Entende’ (décimo terceiro parágrafo) e ‘Escuta’ (penúltimo parágrafo). c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Imperativo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Analista de TI / Questão: 1 6. [Q2244941] Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o termo ‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função de vocativo no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Vocativo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Analista de TI / Questão: 5 7. [Q2244945] Em ‘Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo’ (décimo terceiro parágrafo), a palavra ‘aí’ expressa ideia de lugar. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbio de lugar. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Analista de TI / Questão: 7 É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? “Posso ajudá-lo, cavalheiro?” “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” “Pois não?” “Um... como é mesmo o nome?” “Sim?” “Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.” “Sim, senhor.” “O senhor vai dar risada quando souber.” “Sim, senhor.” “Olha, é pontuda, certo?” “O quê, cavalheiro?” “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?” “Infelizmente, cavalheiro...” “Ora, você sabe do que eu estou falando.” “Estou me esforçando, mas...” “Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?” “Se o senhor diz, cavalheiro.” ... Luís Fernando Veríssimo. Comunicação. ... Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 8. [Q2244424] Os adjetivos ‘conhecidíssima’ (sétimo parágrafo) e ‘pontuda’ (décimo primeiro parágrafo) qualificam o mesmo termo no texto, mas do emprego do primeiro se depreende mais intensidade que do segundo. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbio de intensidade. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Advogado / Questão: 5 9. [Q2244426] Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o termo ‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função de vocativo no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Vocativo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Advogado / Questão: 6 10. [Q2244430] Em ‘Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo’ (décimo terceiro parágrafo), a palavra ‘aí’ expressa ideia de lugar. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbio de lugar. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Telecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRAS - BR / Especialista em Gestão de Telecomunicações - Área Advogado / Questão: 9 TEXTO 3 https://www.diferenca.com/charge-e-cartum/ 11. [Q2194675] O fato de a primeira fala começar pela conjunção adversativa “mas” dá a entender que há uma ideia já colocada pela imagem e pelo contexto. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas adversativas, Orações coordenadas adversativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado / Questão: 27 12. [Q2194678] “De ser entrevistado” é uma oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo e está na voz passiva. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas substantivas completivas nominais. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado / Questão: 30 TEXTO 2 A bailarina e o morcego 1 Há um morcego voando de madrugada pela rua Montenegro. Sempre depois de duas horas, nunca depois de quatro. Escolhe entre janelas abertas e penetra em quartos de moças, para chupar-lhes o sangue. Faz isso tão de leve que a vítima não 5 acorda, e só de manhã, ao se levantar, sente ardor em pequeno pon- to arroxeado do pescoço. Há quem discuta a identidade do animal, e afirme tratar-se de vampiro humano, como os há na Transilvânia. Falta consistência à afirmação, pois homem algum atingiria o sétimo andar subindo 10 pela fachada dos edifícios. Muitos moradores já viram o morcego e tentaram matá- -lo. Ele escapa, e se diria que não teme represálias, pois voltou pela terceira vez ao quarto de Hercília Fontamara, bailarina do Teatro Municipal. 15 Aos repórteres, Hercília falou que começa a habituar-se ao fato de ser visitada por um morcego que lhe retira algumas gotas de sangue sem maior dano. Ela observou que, a partir da primeira visita, aumentou sua flexibilidade muscular nos ensaios, e que nun- ca dançou tão bem como daí por diante. Espera ter um desempenho 20 perfeito na apresentação de Giselle, se na noite da véspera oferecer um pouco de si mesma ao estimulante quiróptero. https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13274.pdf A partir da estrutura linguística e do sentido do texto, marque se a questão é certa ou errada. 13. [Q2194666] No trecho “Espera ter um desempenho perfeito na apresentação de Giselle”, o verbo “espera” tem um complemento verbal oracional e o verbo “ter” tem um complemento verbal simples. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Complementos verbais. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado / Questão: 18 TEXTO 1 1 O efetivo desenvolvimento das telecomunicações no Bra- sil teve início com os governos militares. Conforme Magalhães (1995), o regime militar de 1964, preocupado com a integração nacionaldo país em sempre tendo como consideração a Doutri- 5 na de Segurança Nacional, e ao mesmo tempo reconhecendo ser fundamental para o desenvolvimento nacional uma infraestrutura moderna de telecomunicações (inclusive postais), tomou uma série de medidas para disciplinar e consolidar esse campo. Nos exércitos, as transmissões ou comunicações militares 10 constituem as tropas especializadas na montagem, exploração e manutenção dos sistemas de informação e de telecomunicações militares. A arma de transmissões ou de comunicações costuma ser definida como "a arma que une as armas". Devido à importância da comunicação nos combates, foram 15 criados, na maioria dos exércitos a arma das comunicações. Em outros, a arma de Engenharia é responsável pelas trocas de infor- mações entre os diversos campos de batalha. No Exército dos EUA, por exemplo, o Corpo de Sinais (Signal Corps) constitui a arma de comunicações que é encarregada de desenvolver, testar, fornecer 20 e gerir as comunicações e sistemas de informação de apoio ao co- mando e controle das forças de armas combinadas. No Exército Brasileiro, a Arma de Comunicações é conheci- da como a Arma do Comando, “responsável por proporcionar as ligações necessárias aos escalões mais altos que exercerão a coor- 25 denação e o controle de seus elementos subordinados antes, durante e após as operações.” Além disso, atua no controle do espectro ele- tromagnético, por meio das 7º. Interprogramas de Mestrado em Co- municação da Faculdade Cásper Líbero http://www.casperlibero. edu.br | interprogramas@casperlibero.edu.br atividades de guerra 30 eletrônica, para impedir ou dificultar as comunicações do inimigo, facilitar as próprias comunicações e obter informações. https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/04/Tiago-C%C3%A9sar- -Agostinho.pdf Considerando a estrutura linguística do texto e sua significação, marque certo ou errado para os itens. 14. [Q2194647] Em “Devido à importância da comunicação nos combates”, a expressão “devido a” é uma locução prepositiva que introduz um adjunto adverbial de causa. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas adverbiais causais. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado / Questão: 10 Texto para os itens de 1 a 8. 1____Atualmente, no Brasil, a temática da reforma tributária tem sido cada vez mais recorrente, sobretudo quando o assunto em pau- ta é o sistema tributário nacional. Entretanto, malgrado existam al- gumas propostas de reformulação tributária pendentes no Congres- 5 so Nacional, é ainda flagrante a desídia dos legisladores ordinários no enfrentamento e avanço do problema, o que transforma a mera letargia política num problema que se agrava constantemente e cor- porifica as desigualdades sociais e o chamado “custo-Brasil”. Por isso, ladeada pelo rearranjo do sistema político, a reforma tributária 10 tem sido frequentemente invocada e simbolizada como a solução de muitas das mazelas da sociedade brasileira na atualidade. A causalidade entre tributação e bem comum, numa perspec- tiva aristotélica, sempre foi uma constante histórica, evoluindo tão somente a própria concepção de bem comum a justificar a tribu- 15 tação, bem como os métodos de imposição e arrecadação fiscal. Durante a Antiguidade, já houve tempos em que os Estados obti- nham os seus recursos por meio de hostilidades e guerras, o que exigia reparações patrimoniais dos perdedores em consequência das despesas havidas com os combates. Em épocas mais recentes, 20 as cobranças mantiveram-se atreladas essencialmente ao poder tira- no dos Soberanos, exigidas sobre uma parcela da produção de seus súditos. Atualmente, é por meio de tributos que os Estados moder- nos exigem do seu povo os recursos necessários para aplicá-los em serviços públicos e buscar as melhorias sociais, assim suportando 25 os gastos contraídos em nome da coletividade. Significa dizer, pois, que os tributos são, e sempre foram, expressão clara de poder. Portanto, é necessário buscar, por meio de uma reforma tri- butária, as alternativas para a melhor efetivação dos direitos fun- damentais. Carlos Henrique Machado e Ubaldo Cesar Balthazar. A Reforma Tributária como Instrumento de Efetivação da Justiça Distributiva: uma abordagem histórica, Florianópolis, SC, Brasil, 2017 (com adaptações). Julgue os itens a seguir, com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto. 15. [Q2166774] O termo “algumas propostas de reformulação tributária pendentes no Congresso Nacional” é complemento verbal direto de “existam”. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Termos integrantes ligados ao verbo, Complementos verbais. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2022 / Tribunal de Contas de Santa Catarina TCE SC - SC / Cargo não definido / Questão: 4 Questão 7 Texto 3 para responder às questões de 5 a 7. 1____É a história da emancipação da escravatura entre nós. Outrora a escravidão pareceria fadada à perpetuidade neste País. Falar em extingui-la seria uma blasfêmia. Fizeram-na 4 esposar a lavoura, cuidando uni-las para sempre. A nação tinha edificado a sua fortuna sobre um crime, consagrando-o nos seus códigos como uma necessidade social. 7____Hoje o princípio emancipador, difundido pela civilização, lavrou por toda a parte. Na Europa e na América desapareceu a escravidão. 10___Só nós alimentamos no seio esta ignomínia. A pressão formidável das ideias cresce de dia para dia em volta de nós como um oceano prenhe de tempestades. 13___No meio de tudo isto o que fez o governo? Nada; absolutamente nada! A fala do trono de 1869 é uma vergonha indelével. O Sr. 16 D. Pedro II que, em 1867 e em 1868, havia proclamado solenemente a urgência da reforma abolicionista, que tinha celebrado compromissos públicos com o País e com a Europa, 19 que alardeava de todo modo tendências humanitárias, vem rasgar aos olhos do mundo o único título meritório com que até hoje podia ufanar-se o despotismo de sua autoridade retratando 22 com o silêncio todas as suas promessas para envolver-se em uma abstenção misteriosa e injustificável. E ainda há quem diga que a emancipação neste País não é 25 questão de partidos! Sim, não devia sê-lo. Mas a índole mesquinha de nossa política tem convertido 28 esse reclamo da consciência nacional em arma de hostilidades. Algum dia, quando a liberdade não for mais o privilégio dos brancos no Brasil, quando a posteridade examinar os 31 nossos feitos com o facho da História na mão, a justiça dos vindouros há de gravar na memória do Partido Conservador o estigma da reprovação eterna, porque ele sacrificou aos 34 interesses momentâneos do poder o interesse imorredouro da verdade; aos cálculos estéreis do egoísmo as necessidades imperiosas do futuro, e à pequenhez das considerações pessoais 37 os direitos inalienáveis de uma raça escravizada. Não protesteis! Se a emancipação, em 1867 e em 1868, era tão urgente, que o imperador a mandava estudar pelo 40 conselho d’Estado, e a consignava nos discursos da coroa como a necessidade capital do País, invocando para ela a reflexão do parlamento, como é que de um ano para o outro esta 43 necessidade urgente e imediata torna-se tão secundária, tão indiferente, tão remota que nem sequer merece ser mencionada na fala do trono? 46___Felizmente, porém, há um preceito e um fato de observação que nos animam. O primeiro é que, desde que a verdade chega a 49 amadurecer com os acontecimentos, cada embaraço com que trabalhamos por contrariá-la é um acréscimo de força para a sua multiplicação. 52___O segundo é o imponente movimento do espírito nacional que se vai formando lentamente no País. A servidão em que temos vivido até hoje, a ausência 55 completa de animação política do País, tem-nos habituado a desdenhar essesfatos, que, sob a modéstia de suas feições, 57 ocultam graves sistemas de regeneração pública. BARBOSA, Ruy (2013-11-06T22:58:59). Obras de Ruy Barbosa. Biblioteca Digital. Edição do Kindle, com adaptações. Tendo em vista a estrutura gramatical do texto, julgue (C ou E) os itens a seguir. 16. [Q2293027] A oração iniciada por “que” (linha 39) introduz uma explicação acerca da oração que inicia o período, sendo classificada como adjetiva explicativa. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas adjetivas explicativas. Fonte: Instituto Americano de Desenvolvimento - IADES 2021 / Instituto Rio Branco IRBr - BR / Terceiro Secretário da Carreira de Diplomata / Questão: 2 Questão 6 Texto 3 para responder às questões de 5 a 7. 1____É a história da emancipação da escravatura entre nós. Outrora a escravidão pareceria fadada à perpetuidade neste País. Falar em extingui-la seria uma blasfêmia. Fizeram-na 4 esposar a lavoura, cuidando uni-las para sempre. A nação tinha edificado a sua fortuna sobre um crime, consagrando-o nos seus códigos como uma necessidade social. 7____Hoje o princípio emancipador, difundido pela civilização, lavrou por toda a parte. Na Europa e na América desapareceu a escravidão. 10___Só nós alimentamos no seio esta ignomínia. A pressão formidável das ideias cresce de dia para dia em volta de nós como um oceano prenhe de tempestades. 13___No meio de tudo isto o que fez o governo? Nada; absolutamente nada! A fala do trono de 1869 é uma vergonha indelével. O Sr. 16 D. Pedro II que, em 1867 e em 1868, havia proclamado solenemente a urgência da reforma abolicionista, que tinha celebrado compromissos públicos com o País e com a Europa, 19 que alardeava de todo modo tendências humanitárias, vem rasgar aos olhos do mundo o único título meritório com que até hoje podia ufanar-se o despotismo de sua autoridade retratando 22 com o silêncio todas as suas promessas para envolver-se em uma abstenção misteriosa e injustificável. E ainda há quem diga que a emancipação neste País não é 25 questão de partidos! Sim, não devia sê-lo. Mas a índole mesquinha de nossa política tem convertido 28 esse reclamo da consciência nacional em arma de hostilidades. Algum dia, quando a liberdade não for mais o privilégio dos brancos no Brasil, quando a posteridade examinar os 31 nossos feitos com o facho da História na mão, a justiça dos vindouros há de gravar na memória do Partido Conservador o estigma da reprovação eterna, porque ele sacrificou aos 34 interesses momentâneos do poder o interesse imorredouro da verdade; aos cálculos estéreis do egoísmo as necessidades imperiosas do futuro, e à pequenhez das considerações pessoais 37 os direitos inalienáveis de uma raça escravizada. Não protesteis! Se a emancipação, em 1867 e em 1868, era tão urgente, que o imperador a mandava estudar pelo 40 conselho d’Estado, e a consignava nos discursos da coroa como a necessidade capital do País, invocando para ela a reflexão do parlamento, como é que de um ano para o outro esta 43 necessidade urgente e imediata torna-se tão secundária, tão indiferente, tão remota que nem sequer merece ser mencionada na fala do trono? 46___Felizmente, porém, há um preceito e um fato de observação que nos animam. O primeiro é que, desde que a verdade chega a 49 amadurecer com os acontecimentos, cada embaraço com que trabalhamos por contrariá-la é um acréscimo de força para a sua multiplicação. 52___O segundo é o imponente movimento do espírito nacional que se vai formando lentamente no País. A servidão em que temos vivido até hoje, a ausência 55 completa de animação política do País, tem-nos habituado a desdenhar esses fatos, que, sob a modéstia de suas feições, 57 ocultam graves sistemas de regeneração pública. BARBOSA, Ruy (2013-11-06T22:58:59). Obras de Ruy Barbosa. Biblioteca Digital. Edição do Kindle, com adaptações Com base nos aspectos semânticos e gramaticais do texto, julgue (C ou E) os itens a seguir. 17. [Q2293016] No texto, a locução “desde que” (linha 48) introduz uma condição. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções subordinativas condicionais. Fonte: Instituto Americano de Desenvolvimento - IADES 2021 / Instituto Rio Branco IRBr - BR / Terceiro Secretário da Carreira de Diplomata / Questão: 4 TEXTO II Fonte: <https://br.pinterest.com/pin/483644447468583611/>. Leia o Poema “Xícara” e responda aos itens de 6 a 10. 18. [Q2178375] No trecho “E me pergunto já em prosa:”, o pronome "me" deve ser utilizado de forma enclítica ao verbo “pergunto”, em decorrência do fator atrativo, “já” – advérbio. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Fatores de ênclise. Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2021 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor Efetivo / Questão: 9 Um espinho de marfim Marina Colasanti 1____Amanhecia o sol e lá estava o unicórnio pastando no jardim da Princesa. Por entre flores olhava a janela do quarto onde ela vinha cumprimentar o dia. Depois esperava vê-la no balcão, e, quando o pezinho pequeno pisava no primeiro degrau da escadaria descendo 5 ao jardim, fugia o unicórnio para o escuro da floresta. Um dia, indo o Rei de manhã cedo visitar a filha em seus aposentos, viu o unicórnio na moita de lírios. Quero esse animal para mim. E imediatamente ordenou a caçada. Durante dias o Rei e seus cavaleiros caçaram o unicórnio nas 10 florestas e nas campinas. Galopavam os cavalos, corriam os cães e, quando todos estavam certos de tê-lo encurralado, perdiam sua pista, confundiam-se no rastro. Durante noites o rei e seus cavaleiros acamparam ao redor das fogueiras ouvindo no escuro o relincho cristalino do unicórnio. 15___Um dia, mais nada. Nenhuma pegada, nenhum sinal da sua presença. E silêncio nas noites. Desapontado, o rei ordenou a volta ao castelo. E logo ao chegar foi ao quarto da filha contar o acontecido. A princesa, penalizada com a derrota do pai, prometeu que dentro de 20 três luas lhe daria o unicórnio de presente. Durante três noites trançou com os fios de seus cabelos uma rede de ouro. De manhã vigiava a moita de lírios do jardim. E no nascer do quarto dia, quando o sol encheu com a primeira luz os cálices brancos, ela lançou a rede aprisionando o unicórnio. 25___Preso nas malhas de ouro, olhava o unicórnio aquela que mais amava, agora sua dona, e que dele nada sabia. A princesa aproximou-se. Que animal era aquele de olhos tão mansos retido pela artimanha de suas tranças? Veludo do pêlo, lacre dos cascos, e desabrochando no meio da testa, espinho de marfim, o 30 chifre único que apontava ao céu. Doce língua de unicórnio lambeu a mão que o retinha. A prin- cesa estremeceu, afrouxou os laços da rede, o unicórnio ergueu-se nas patas finas. Quanto tempo demorou a princesa para conhecer o unicórnio? 35 Quantos dias foram precisos para amá-lo? Na maré das horas banhavam-se de orvalho, corriam com as borboletas, cavalgavam abraçados. Ou apenas conversavam em si- lêncio de amor, ela na grama, ele deitado a seus pés, esquecidos do prazo. 40___As três luas, porém já se esgotavam. Na noite antes da data marcada o rei foi ao quarto da filha lembrar-lhe a promessa. Des- confiado, olhou nos cantos, farejou o ar. Mas o unicórnio que comia lírios tinha cheiro de flor, e escondido entre os vestidos da princesa confundia-se com os veludos, 45 confundia-se com os perfumes. Amanhã é o dia. Quero sua palavra cumprida, disse o rei – virei buscar o unicórnio ao cair do sol. Saído o rei, as lágrimas da princesa deslizaram no pêlo do unicórnio. Era preciso obedecer ao pai, era preciso manter a pro- 50 messa. Salvar o amor era preciso. Sem saber o que fazer, a princesa pegou o alaúde, e a noite inteira cantou sua tristeza. A lua apagou-se. O sol mais uma vez encheu de luz as corolas. E como no primeiro dia em que se ha- viam encontrado a princesa aproximou-sedo unicórnio. E como no 55 segundo dia olhou-o procurando o fundo dos seus olhos. E como no terceiro dia segurou-lhe a cabeça com as mãos. E nesse último dia aproximou a cabeça do seu peito, com suave força, com força de amor empurrando, cravando o espinho de marfim no coração, enfim florido. 60___Quando o rei veio em cobrança de promessa, foi isso que o sol morrente lhe entregou, a rosa de sangue e um feixe de lírios. (COLASANTI, Marina. Um espinho de marfim. In: Um espinho de marfim e outras histórias. L & PM POCKET,1999.) Em relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens seguintes. 19. [Q2115569] A expressão “pastando no jardim da Princesa” (l. 1) denota o modo como o unicórnio estava pastando, sendo classificada como uma oração subordinada adverbial modal reduzida de gerúndio. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas reduzidas, Período composto por subordinação, A sintaxe do período composto, Orações reduzidas de gerúndio. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Defensoria Pública do Rio Grande do Sul DPE RS - RS / Defensor Público / Questão: 27 Verdadeira história de um amor ardente Marina Colasanti 1____Nunca tivera namorada, esposa, amante. Desde jovem vivia só. Entretanto, passando os anos, sentia-se como se mais só ficas- se, adensando-se ao seu redor aquele mesmo silêncio que antes lhe parecera apenas repousante. E, vindo por fim a tristeza instalar-se 5 no seu cotidiano, decidiu providenciar uma companheira que, parti- lhando com ele o espaço, expulsasse a intrusa lamentoza. Em loja especializada adquiriu grande quantidade de cera, co- rantes, e todo o material necessário. Em breves estudos nos alma- naques e tratados aprendeu a técnica. E logo, trancado à noite em 10 sua casa, começou a moldar aquela que preencheria seus desejos. Pronta, surpreendeu-se com a beleza que quase inconsciente- mente lhe havia transmitido. A suavidade opalinada, rózea palidez que aqui e ali parecia acentuar-se num rubor, não tinha semelhança com a áspera pele das mulheres que por ventura conhecera. Nem a 15 elegância altiva desta podia comparar-se à rusticidade quase gros- seira daquelas. Era uma dama de nobre silêncio. E só tinha olhos para ele. Perdidamente a amou. O calor dos seus abraços tornando aquele corpo ainda mais macio, conferia-lhe uma maleabilidade em 20 que todo toque se imprimia, formando e deformando a amada no fluxo do seu prazer. Já há algum tempo viviam juntos, quando uma noite a luz faltou. Começava ele a cansar-se de tanta docilidade. Começava ela a empoeirar-se, turvando em manchas acinzentadas os tons antes 25 translúcidos. Um certo tédio havia-se infiltrado na vida do casal. Que ele tentava justamente combater naquela noite empunhando um bom livro, no momento em que a lâmpada apagou. Sentado na poltrona, com o livro nas mãos prometendo delí- cias, ainda hesitou. 30___Depois levantou-se, e tateando, com o mesmo isqueiro com que há pouco acendera o cigarro, inflamou a trança da mulher, ilu- minando o aposento. Arrastou-a então para mais perto de si, refes telou-se na poltrona. E, sereno, começou a ler à luz do seu passado amor, que queimava lentamente. (COLASANTI, Marina. Verdadeira história de um amor ardente. In: UM ESPINHO DE MARFIM E OUTRAS HISTÓRIAS. L & PM POCKET,1999. Texto adaptado.) Considerando o sentido e as estruturas linguísticas do texto anterior, julgue os itens a seguir. 20. [Q2097780] O advérbio “só” (l. 2) indica o modo como o homem vivia. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbios, Advérbio de modo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios TJDFT - DF / Técnico Judiciário - Área: Administrativa / Questão: 6 Texto 2 Leia o texto a seguir para responder aos itens de 8 a 15. 1 Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, existem assuntos que sempre geram muita polêmica no Brasil, pois inflamam paixões de todos os lados. Há, porém, alguns que defendem certas ideias com argumentos que ora não são relevantes, ora 5 não são decisivos. Hoje, quero registrar que o homem, dono da vida, in- discutivelmente, deve ser, também, dentro de determinadas circunstâncias e segundo certos limites, o dono da sua morte. Aliás, já o é no suicídio − o que significa, desde logo, 10 uma relativização do “direito à vida” − que equivocada- mente é ensinado nas faculdades, em geral, como se fosse algo absolutamente indisponível, o que não é verdade. Vida e morte, em suma, pertencem a Deus, mas não só a Ele. O que o Direito Internacional vigente no Brasil proclama é o 15 seguinte: o direito à vida é inerente à pessoa. Esse direito deve ser protegido por lei e ninguém poderá ser arbitraria- mente privado da vida. Quero enfatizar: ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente. Em consequência, havendo justo motivo, é dizer que, com razões fundadas, não há como 20 deixar de afastar a ilicitude ou a punibilidade da conduta. É importante salientar que eutanásia, etimologicamente, significa “morte boa” ou “morte sem grandes sofrimentos”. Portanto, e desse modo já começam os limites necessários, só se pode falar em eutanásia quando alguém padece graves 25 sofrimentos físicos e (ou) mentais. O que o regime nazista chamou de eutanásia era, na verdade, um holocausto, uma técnica autoritária de eliminação de seres humanos. Já não é esse, exatamente, o caso da denominada “morte assistida”, que foi amplamente praticada pelo Doutor Morte − Jack Ke- 30 vorkian −, que se acha condenado nos Estados Unidos por ter ajudado 130 pessoas a morrer desde 1990. Pensemos em fatos curiosos. A Holanda é o primeiro país a adotar a prática da eutanásia. Em 1903, um movi- mento pró-eutanásia tentou legalizá-la na Alemanha, mas o 30 Parlamento não autorizou. Em 1925, na ex-Checoslováquia, foi autorizada a diminuição ou isenção de pena. Em 1993, na Inglaterra, a justiça autorizou a primeira eutanásia passi- va, com desligamento de aparelhos. Em 1997, o governo de Oregon, Estados Unidos, legalizou a eutanásia, mas a Cor- 40 te Suprema eliminou tal possibilidade. Em 1996, um esta- do australiano aprovou a eutanásia, mas logo depois voltou atrás. A que conclusão podemos chegar? Será a Holanda o primeiro país democrático a sancionar a prática da “morte boa”, que também existe, apesar do nosso horror à morte. 45 Esse horror se deve, segundo Mario Vargas Liosa, à difusão na cultura ocidental da ideia cristã da transcendência e do castigo eterno que ameaçam o pecador. Para que a morte não seja arbitrária, o projeto de lei holandês estabelece que o paciente esteja padecendo “um 50 sofrimento irremediável e insuportável” e seja informado do seu estado terminal − sem solução média razoável para o caso. Além disso, deve haver pedido por escrito, voluntário, estando o paciente lúcido. E, por fim, o médico deve ouvir a opinião de um colega antes de cumprir o pedido. 55 As rígidas exigências revelam bom senso e razoabilidade e afastam, definitivamente, o argumento de que a permissão da eutanásia poderia ter como consequência verdadeiros “homicídios”, particularmente contra pobres. Ao contrário, o pobre, que hoje muitas vezes é vítima de mortes arbitrárias, 60 passaria a ter o mesmo direito dos ricos − que já desfrutam, ainda que na clandestinidade, da chamada “morte digna”. Ressalto, ainda, que os Códigos Penais europeus, em geral, admitem a eutanásia passiva e punem a eutanásia ativa. No Brasil, neste momento, não há disciplina jurídi- 65 ca específica sobre o assunto no Código Penal. Na verdade, quem pratica eutanásia, segundo a jurisprudência, responde por homicídio, eventualmente privilegiado. No Código de Ética dos médicos há proibição expressa no art.66. Apesar disso, sabe-se que é uma prática que comumente o mundo 70 presencia. Na linha das tendênciaseuropeias, posicionou-se a Subcomissão de Reforma do Código Penal, em 1994. O debate sobre o assunto é inadiável, e a proposta legislativa referida serve como ponto de partida. A eutanásia ativa, que consiste no ato de matar o pa- 75 ciente terminal − aplicando-lhe injeção letal, por exemplo − , segundo a perspectiva da Comissão seria um homicídio privilegiado. Previam-se alguns requisitos: pedido da vítima , mal irreversível e incurável e insuportável sofrimento físico e (ou) mental. Quanto à eutanásia passiva − que se 80 dá quando se interrompe uma terapia, com desligamento de aparelhos, por exemplo − , contemplava-se uma causa de exclusão da ilicitude, desde que o médico fosse o autor da medida extrema, houvesse hipótese de morte iminente, pedido com consciência, autorização da família e autorização 85 judicial. Se de um lado não há como negar o avanço da pro- posta, de outro não se pode deixar de criticar o seu excesso de cuidado: a autorização judicial parece ser um exagero. Está claro que o direito à “morte digna” não pode sujeitar-se a tantas idiossincrasias. 90 A meu ver, Sr. Presidente, a eutanásia, qualquer que for a modalidade, a esgotarem todos os recursos terapêuticos e existirem regramentos detalhados e razoáveis, não poderá ser concebida como fato punível, porque não se trata de ato contra a dignidade humana, senão, ao contrário, em favor 95 dela. Pensar de modo diferente levaria ao seguinte paradoxo: quem não padece sofrimento e tenta dar cabo à sua vida por meio do suicídio não é penalmente punível; seria passível de sanção o ato de pôr em prática, não arbitrariamente, o pedido de morte de quem, em condições terminais, já não suporta 100 tanto sofrimento físico e (ou) mental? Somos donos da vida e também da morte. Já é hora de passar a limpo o emaranhado de hipocrisias, paradoxos, obs- curidades e preconceitos que existem em torno da questão da eutanásia, que, em última análise, envolve a própria liber- 105 dade humana, tão restringida pelas barbáries históricas que nada mais exprimem que a volúpia de dominar o homem, para sujeitá-lo escravocratamente a crenças ilógicas e trans- cendentais. A vida e a morte, insisto, pertencem a cada um de nós. Muito obrigado. (Discurso elaborado com base nos argumentos de Luís Flávio Gomes, doutor em Direito Penal e professor honorário da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santa Maria, Arequipa, Peru.) Com base na estrutura e nas ideias do texto 2, julgue os itens a seguir. 21. [Q2088211] Utiliza-se, vez por outra, no discurso, o vocativo. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Vocativo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Senado Federal SF - BR / Policial Legislativo / Questão: 11 Teoria do medalhão (diálogo) — Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros... — Papai... — Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...) — Sim, senhor. — Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade. — Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá? — Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e entende. (...) — Entendo. — Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...). — Mas quem lhe diz que eu... — Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão incompleto. Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações). Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue os itens a seguir. 22. [Q2051212] No trecho “posto indique certa carência de ideias” (último parágrafo), o vocábulo “posto” classifica-se como conjunção explicativa. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções, Classificação das conjunções, Conjunções coordenativas explicativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Secretaria de Estado de Educação de Alagoas SEDUC AL - AL / Professor - Área: Português / Questão: 95 1 A cidade estava apaixonada por si mesma. O ano de 1922 dava sinais de que seria particularmente interessante para São Paulo, que crescia como nunca. O café impulsio- nava a economia e os negócios. As elites procuravam exibir 5 uma identidade social bem construída e as mulheres ganha- vam as ruas. Nesse ambiente novo de procura frenética pela modernidade, pelo progresso e por uma visão mais cosmopo- lita, uma turma de jovens viveu todas as emoções possíveis. Era uma quarta-feira, 18 de janeiro daquele ano, quando 10 duas silhuetas emergiram na neblina densa que teimava em envolver toda São Paulo. Dois amigos inseparáveis, Vicente e Floriano, cantarolavam marchinhas de carnaval numa rua esquecida da cidade. Esta terminava numa pracinha, onde seu Giovanni, pai de Vicente, labutava há anos no velho ar- 15 mazém “Seccos & Molhados”. (Abreu de, Natanael; in Pintando o 7 em 22. Edição própria. Outubro de 2017) ******* O TEXTO I é referência para os itens de 1 a 20. De acordo com o texto, suas ideias fundamentais e estruturas linguísticas básicas, julgue os itens que seguem. 23. [Q1995864] Na linha 13, o pronome relativo “onde” tem função sintática de adjunto adverbial locativo. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Termos acessórios e independentes da oração, Termos acessórios da oração, Adjunto Adverbial. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Departamento de Polícia Federal DPF - BR / Enfermeiro / Questão: 14 TEXTO II Disponível em: https://www.google.com/ search?q=charge+sobre+educa% Julgue os itensde 5 a 9, de acordo com o texto II. 24. [Q1994337] Na fala da professora, a vírgula após a palavra “João” pode ser retirada do trecho, sem causar prejuízo gramatical para o período. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Uso da Vírgula, Vocativo. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor / Questão: 8 Texto CB1A1-I Em meados dos anos 80 do século passado, Haroldo de Campos tentava definir o sentimento geral de uma época marcada pela descrença no projeto estético e ideológico proposto pelo Modernismo. De acordo com o termo criado por ele, estaríamos vivendo um tempo pós-utópico. A designação me parece mais precisa que pós-moderno por dois motivos. Primeiro, porque evita certas ambiguidades — por exemplo, supor que se trata de um período cujo objetivo é encerrar definitivamente a modernidade, o “pós” sugerindo a ruptura radical, e não uma redefinição de caminhos. Depois, porque aponta para a diferença principal entre o imaginário estampado na produção estética ― não só a literária ― da primeira metade do século (e um pouco além) e aquele que temos vivenciado desde, pelo menos, o final dos anos 60 do século passado. Tanto a geração de 20 quanto a de 30 eram guiadas por um projeto definido, ousado. Havia uma luta, havia algo a ser combatido: o gosto aristocrático, a mesmice burguesa, para os modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922; o atraso político, a opressão, as desigualdades sociais, no caso da geração seguinte. Por mais que existam diferenças entre esses dois momentos do Modernismo, há, em ambos, algo de missionário. No balanço do movimento modernista feito por Oswald e, sobretudo, Mário de Andrade, destacam-se, como crítica, o caráter superficial do movimento, sua “festividade”, seu descompromisso com questões estruturais mais “sérias”, o não enfrentamento das mazelas sociais, econômicas e políticas que mereceriam atenção prioritária. Mesmo reconhecendo as inestimáveis contribuições do movimento no sentido de ser um preparador das mudanças sociopolíticas posteriores, Mário condena certa ignorância dos modernistas acerca das verdadeiras condições culturais (em sentido lato) do país. Flávio Carneiro. No país do presente: ficção brasileira do início do século XXI. Rocco Digital. Edição do Kindle (com adaptações). 25. [Q1914290] A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse uma vírgula logo após “inestimáveis contribuições do movimento” (último período do último parágrafo). c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Pontuação, Uso da Vírgula, Mudança de posição/ordem (deslocamento). Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Banco de Sergipe BANESE - SE / Técnico Bancário - Área: Informática - Desenvolvimento / Questão: 9 Texto para os itens de 1 a 17. 1 ____ Em diversas campanhas e ações de empresas nesses tempos de pandemia, muito se tem ouvido falar de responsabilidade social corporativa – entendida como a 4 responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio do comportamento ético e transparente. O objetivo da 7 empresa socialmente responsável é, como o dos demais atores sociais, também colaborar na transformação do mundo em um lugar melhor, por meio de sua atuação e do 10 exemplo de suas ações, sem prejuízo de sua manutenção no mercado de forma lucrativa e segura. Ainda é cedo para afirmar que o mundo corporativo 13 estará indubitavelmente imerso na verdadeira responsabilidade social corporativa, realizando ações que, começando pelos seus próprios colaboradores e clientela, 16 valorizem, de fato, o ser humano, o meio ambiente e a sociedade. Apesar disso, é possível analisar tendências do que se espera das empresas daqui para a frente e como 19 práticas que emergiram em um momento de reinvenção e adaptação influenciarão o futuro corporativo. É válido o questionamento sobre o que vale a pena 22 ser preservado ou construído. Em muitas empresas, os desafios do universo corporativo foram drasticamente expostos nos primeiros dias da pandemia, como 25 descompasso na tomada de decisões, ausência de cooperação, comunicação difusa, recursos digitais defasados e, o mais importante, falta de empatia com o ser humano. 28 Tais obstáculos precisam ser mapeados, corrigidos e superados, para que a empresa possa se adaptar à nova realidade. 31 ___ O “normal”, qualquer que seja a sua acepção, jamais será o mesmo. As empresas precisaram adaptar-se à realidade do home office e do isolamento social, o que 34 permitiu reflexões e aprendizados que impactarão a forma como se concebem o ambiente físico e as atividades presenciais. Torna-se essencial o investimento em tecnologia 37 e inovação, sem mais espaço para pensamentos resistentes ao mundo digital. As necessidades do funcionário que trabalha de casa precisarão ser antecipadas, os seus custos 40 com a prestação dos serviços avaliados e tomadas todas as medidas preventivas para se evitar o esgotamento profissional e mesmo o assédio moral. 43 ___ As ferramentas digitais de trabalho remoto conquistaram espaço na vida corporativa e demandaram investimentos e aprendizados. Em especial, as plataformas de 46 comunicação mostraram-se essenciais na execução de reuniões virtuais e teleconferências. Quando vencida a pandemia, tais medidas se tornarão hábito, incorporando-se 49 na rotina das empresas, de seus colaboradores e clientes, e exigirão uma série de adaptações à nova realidade, inclusive em proteção e segurança de dados. 52 ___ Mesmo as corporações que continuaram funcionando ou voltarem a funcionar em ambiente de escritório físico já tiveram ou terão de se adaptar, 55 ajustando-se para a continuidade ou retorno seguro às atividades. O distanciamento de bancadas de trabalho, a disposição abundante de itens de higiene, o reforço na 58 limpeza dos ambientes, o rodízio de escalas, o fornecimento de meios alternativos ao transporte público e cuidados acentuados com a saúde do colaborador e de sua família são 61 apenas alguns exemplos dessa necessária adaptação. Contudo, a verdadeira mudança será nas relações entre sociedade e empresas. Conduta ética e relações 64 comerciais justas deverão ser incorporadas na rotina e cultura das empresas, valorizando o indivíduo, o meio ambiente e a sociedade. Joelson Dias e Lorrane Calado Mendes. A responsabilidade social corporativa na pandemia da covid-19: um novo mundo dos negócios é possível? Internet: < jornalahora.com > (com adaptações). Com base na leitura do texto, julgue os itens de 1 a 7. 26. [Q1885025] O emprego do acento indicativo de crase em “às atividades” (linhas 55 e 56) justifica-se pela regência do substantivo “retorno” (linha 55) e pela anteposição de artigo definido ao termo “atividades”. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Substantivos, Morfossintaxe do período, Regência verbal, Emprego do sinal indicativo de crase, Regras práticas de ocorrência de crase, Sintaxe de regência, Regência nominal. Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2021 / Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Região CREFITO 4 - MG / Analista - Área: Contábil / Questão: 7 TEXTO III Senhoras e senhores, vão emboras, por favores. A fera não tolera sofredores. Disponível em: <https://arnaldoantunes.com.br/new/sec_livros_view.php?id=12&texto=189> 27. [Q1836227] Na segunda estrofe, nota-se que não existe sujeito gramatical para o verbo “tolera” certificado pela regra do verbo na terceira pessoa do singular. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Regência verbal, Sintaxe de regência, Regência nominal. Fonte: Centro de Seleção ede Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor / Questão: 14 TEXTO II Os desastres de Sofia 1 Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele. O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros 5 contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, 10 ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho: – Cale-se ou expulso a senhora da sala. Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me 15 mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser o objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente prote- 20 ger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão curvos. (...) Disponível em: <https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/ Colegial/Os-Desastres-De- Sofia-81500.html>. 28. [Q1824673] Na linha 13, a presença da preposição em “da sala” justifica- se pela regência do verbo bitransitivo “expulso”, na mesma linha. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Morfossintaxe do período, Regência verbal, Classificação dos verbos quanto à predicação (transitividade), Sintaxe de regência, Regência nominal. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Polícia Civil do Alagoas PC AL - AL / Agente e Escrivão / Questão: 15 Texto para os itens de 1 a 12. 1 Não há fenômeno psicológico mais relevante para o homem comum do que as emoções, seja na vida normal, seja nos estados patológicos, tanto é que, em 1872, Charles 4 Darwin dedicou um de seus livros ao estudo da expressão das emoções no homem e nos animais. Elas foram examinadas na filosofia grega, e filósofos mais recentes, 7 como Espinoza e Descartes, trataram extensamente do assunto. Na literatura de ficção, assim como nos mitos, as emoções humanas desempenham papel central. É no 10 patrimônio cultural, e não na introspecção, que escritores e filósofos colhem sua matéria-prima. A linguagem cotidiana do homem comum tem um conjunto de palavras 13 que designam variações ou tipos de emoções. A cultura não apenas fornece os nomes de um conjunto de emoções. Oferece, também, um discurso sobre suas causas e 16 consequências. Teria sido muito natural, portanto, que a construção da psicologia tivesse priorizado as emoções entre todos os seus assuntos, mas não foi isso que se 19 verificou ao longo do século XX. As emoções não são necessariamente conscientes. O cérebro foi projetado pela evolução para 22 usar informações derivadas do ambiente e do próprio organismo a fim de regular, funcionalmente, o comportamento e o próprio corpo, e isso reúne aspectos 25 cognitivos e emocionais, tais como aprendizagem com amor, ciúme e nojo. O termo cognição é, às vezes, usado para se referir 28 a um tipo de pensamento deliberado, voltado para a solução de um problema, como na matemática ou no jogo de xadrez, um pensamento frio, isento de paixão. Na 31 perspectiva evolucionista, o conceito de cognição tem de servir para todas as atividades cognitivas, quentes ou frias, e não para algum subconjunto de operações. As emoções, 34 nessa perspectiva, podem ser compreendidas como forças impulsionadoras, moldadas pela seleção natural, que motivam o sujeito à ação, levando-o a fazer uso de suas 37 capacidades cognitivas. Assim como as estruturas físicas, as capacidades cognitivas e emocionais evoluíram para resolver problemas 40 de significado adaptativo. Acrescenta-se a isso a compreensão funcional de que as emoções existem para levar o indivíduo a desejar as coisas que levaram os seus 43 ancestrais hominídeos a serem bem-sucedidos em termos de aptidão abrangente (seleção no nível do gene, determinada pela sobrevivência de todos os indivíduos de 46 dada população portadores desse gene) no ambiente de adaptação evolutiva (AAE) no qual eles viveram, cuja origem é estimada em mais de dois milhões de anos. Logo, o ser 49 humano reage com alegria quando a busca de alvos biossociais significativos é bem-sucedida e reage com raiva ou tristeza quando é frustrada. Angela Donato Oliva et al. Razão, emoção e ação em cena: a mente humana sob um olhar evolucionista. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 22, n.o 1, jan./abr./2006, p. 53-62 (com adaptações). Julgue os itens de 5 a 12, relativos à estruturação linguística do texto. 29. [Q1661360] Na linha 27, o emprego do acento indicativo de crase em “às vezes” justifica-se pela regência da forma nominal “vezes”. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Regência verbal, Emprego do sinal indicativo de crase, Regras práticas de ocorrência de crase, Sintaxe de regência, Regência nominal. Fonte: Instituto Quadrix - Quadrix 2021 / Conselho Regional de Psicologia da 14ª Região CRP 14 - MS / Agente de Orientação e Fiscalização / Questão: 9 Texto CB1A1-I Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de 1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul. No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas. Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei, afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples centavo”. Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações). A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue os itens que se seguem. 30. [Q1749261] No trecho “construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros” (terceiro parágrafo), a expressão “até mesmo”está empregada com o mesmo sentido do advérbio sobretudo. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbios, Classificação dos advérbios. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Agência Nacional de Mineração ANM - BR / Técnico em Segurança de Barragens / Questão: 10 Texto I O QUE É ARTE? 1 Dizer o que seja arte é coisa difícil. Um sem número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procuran- do situá-lo, definindo esse conceito. Mas, se buscarmos uma resposta clara e definitiva, iremos nos decepcionar: elas são 5 divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pre- tenderem exclusivas, propondo-se como solução única. Desse ponto de vista, a empresa é desencorajadora: o esteta francês Étienne Gilson, num livro notável, Introdução às Artes do Belo, diz que “não se pode ler uma história das 10 filosofias da arte sem sentir um desejo irresistível de fazer outra coisa”, tantas e tão diferentes são as concepções sobre a natureza da arte. Coli, Jorge; in O que é Arte. Ed. Brasiliense. 10ª edição. 1989 Utilize o texto I como referência para responder aos itens de 1 a 10. Com relação aos sentidos fundamentais do texto e suas estruturas linguístico-gramaticais, julgue os itens que seguem. 31. [Q1743877] A última oração do texto classifica-se como subordinada adverbial causal justaposta. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções subordinativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Secretaria de Educação do Distrito Federal SEDF - DF / Professor Temporário / Questão: 9 Texto I 1 Preguiça e covardia são as causas que explicam por que uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da orientação alheia, ainda permanecem, com gosto e por toda a vida, na condição de 5 menoridade. As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-se como seus tutores. É tão confortá- vel ser menor! Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor que tem consciência por mim, um médico que me prescreve uma dieta etc.: então não preciso me 10 esforçar. Não me é necessário pensar, quando posso pagar; outros assumirão a tarefa espinhosa por mim. A maioria da humanidade vê como muito perigoso, além de bastante difícil, o passo a ser dado rumo a maioridade, uma vez que tutores já tomaram para si de bom grado a sua 15 supervisão. Após terem previamente embrutecido e cuidado- samente protegido seu gado, para que essas pacatas criaturas não ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram andar por conta própria. Tal perigo, porém, não 20 é assim tão grande, pois, após algumas quedas, aprenderiam finalmente a andar; basta, entretanto, o exemplo de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por completo para que não façam novas tentativas. Kant. Resposta à pergunta: Que é esclarecimento? Tradução de Pedro Caldas. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Zahar, 4.ª edição, 2008 (com adaptações). A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do Texto I, julgue os próximos itens. 32. [Q1738856] As conjunções “porém” (l. 20), “pois” (l. 20) e “entretanto (l. 21) poderiam ser corretamente substituídas por contudo, por que e no entanto, sem alteração da correção gramatical, da coesão e dos sentidos do texto. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas adversativas, Orações coordenadas adversativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Polícia Militar do Alagoas PM AL - AL / Soldado Combatente / Questão: 3 TEXTO I 1 MIGRAMUNDO: A impressão que se tem é que a situação no Acre é ainda mais grave que a verificada em meados de 2020, quando ganhou destaque na imprensa um movimento inverso, o de migrantes em situação 5 vulnerável tentando entrar no Brasil. Isso procede? LETÍCIA MAMED – Sim, pois, no mês de fevereiro, houve o represamento de número expressivo de imigrantes – cerca de 500 pessoas, das mais variadas nacionalidades, idades e situações migratórias – em três ou quatro dias. Segundo a 10 Polícia Federal local, com base em números de janeiro de 2021, a movimentação de imigrantes pela região foi considerada abaixo da média para o período. Contudo, o represamento deles no lado brasileiro da fronteira, impedidos de seguir viagem pelo território peruano, contribuiu para a formação de 15 aglomerações, agravando os riscos de propagação do vírus e suas eventuais variantes, assim como a tensão política na região. Além disso, é preciso contextualizar que essa situação acontece em um momento de aumento progressivo de casos e óbitos por Covid-19 em todo o estado, com saturação e 20 estrangulamento dos sistemas de saúde público e privado, surto de dengue e enchentes dos rios acreanos, provocadas pela intensidade do atual período de chuvas na Amazônia. Na última semana, os registros fotográficos da situação dos imigrantes represados ganharam destaque na mídia e 25 evidenciaram o delicado contexto. Na última semana, em razão da emergência humanitária, sanitária e financeira, o governo estadual solicitou intervenção federal, o que motivou a visita de comitivas da Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania, e do Ministério da Mulher, da 30 Família e dos Direitos Humanos, que estiveram, no último dia 19, na cidade de Assis Brasil para conhecer de perto a situação. Na fronteira, as comitivas do governo brasileiro tentaram dialogar com os representantes do governo peruano, que permaneceu inflexível quanto à passagem dos imigrantes, 35 especialmente após a tentativa frustrada deles de furar o bloqueio policial no dia 16. As tratativas diplomáticas entre os dois governos seguem há mais de uma semana, mas sem indícios de uma solução amistosa. Em campo, as comitivas conseguiram convencer parte dos imigrantes 40 que estavam acampados na ponte a retornar aos abrigos improvisados na cidade de Assis Brasil, nos quais podem permanecer em segurança. Nos últimos dois dias surgiram informações de que alguns grupos decidiram tentar seguir viagem pelo território boliviano, onde também 45 foram duramente reprimidos e retornaram para o lado brasileiro da tríplice fronteira. Também há registro de que alguns, diante da situação, decidiram regressar às cidades nas quais residiam nos estados do Sul e Sudeste do país. Em articulação, os governos estadual e federal decidiram 50 por intensificar a veiculação de informações na mídia sobre o fechamento da fronteira peruana e o agravamento da pandemia no Acre, com o intuito de demover as pessoas com intenção de se deslocar até a região. Da mesma forma, as polícias ampliaram o alerta para desarticular a operação de redes de coiotagem 55 que tendem a se fortalecer diante do fechamento das fronteiras. Extraído de: <https://migramundo.com/o-que-osacontecimentos- no-acre-mostram-sobre-as-migracoesno- brasil-segundo-pesquisadora/>, em 04/03/2021 (com adaptações). Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, uma entrevista do portal MigraMundo com a professora Letícia Mamed, da Universidade Federal do Acre, sobre as migrações no Brasil e na América, julgue os itens. 33. [Q1736836] O elemento coesivo “Contudo” (l. 12), que expressa uma ideia de oposição, pode ser corretamente substituído por Entretanto ou No entanto. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções coordenativas adversativas, Orações coordenadas adversativas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Polícia Civil do Distrito Federal PCDF - DF / Escrivão de Polícia / Questão: 2 Texto para os itens de 11 a 15 1 ___Em tempos de preocupações com a disseminação mun- dial do coronavírus,participantes da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) que debateu a vio- lência contra a mulher, nesta segunda-feira (9), alertaram 5 para o que consideram uma epidemia brasileira que merece tanta atenção das autoridades, do Parlamento e da sociedade quanto a direcionada à doença que teve origem na China e hoje atinge dezenas de países: o feminicídio. — A situação é grave, existe a epidemia do coronavírus, 10 que muda até nossas relações, nossas formas de nos cum- primentar, mas o feminicídio é epidemia também, que exige uma resposta imediata aos agressores porque já está virando endemia, tal a gravidade da situação. É possível que um país maltrate e violente tanto suas mulheres? — questionou a 15 pedagoga Abigail Pereira. Registre-se, inclusive, que o Brasil é o quinto país com mais feminicídios no mundo — em 2018, foram registrados 1.206 casos no Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ante 1.151 em 2017). Os passos para alterar 20 esse quadro, segundo os palestrantes, passam pela educação desde a base, pelo estímulo às mulheres (ou a seus parentes, vizinhos e amigos) para denunciar as agressões e pelo investimento estatal. De acordo com os debatedores, é preciso que as 25 crianças passem a ter visão crítica das agressões, por meio da educação, se tornando mais conscientes no futuro, e que as mulheres tenham acolhimento e proteção familiar nas casas de abrigo ao decidirem denunciar agora, já que muitas vezes se sentem impedidas por depender financeiramente de seus 30 agressores ou temer pelo destino de seus filhos. Os debatedores também frisaram a importância de as próprias mulheres saberem reconhecer os vários tipos de vio- lência de que podem ser vítimas: física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e outras. https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/03/09/ educacao-e-fundamental-na-luta-contra-o-feminicidio-dizem- -debatedores 34. [Q1722572] No trecho “Registre-se, inclusive, que o Brasil é o quinto país com mais feminicídios no mundo”, a oração destacada classifica-se em subordinada substantiva objetiva direta. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Orações subordinadas substantivas objetivas diretas, Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas, Orações subordinadas substantivas. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Procuradoria Geral do Distrito Federal PGDF - DF / Analista Jurídico - Área Contabilidade / Questão: 15 Texto para os itens de 1 a 10. Onde foi parar a empatia? 1__ Desde 2019, a palavra empatia é apontada como a expres- são do ano. Mas arrisco dizer que, a cada ano, ela realmente se torna mais necessária. No dicionário, uma das definições para empatia é a capacidade de se identificar com outra pessoa, 5 sentir o que ela sente. É o famoso se colocar no lugar do outro. Quando a pandemia de Covid-19 teve início, em março do ano passado, muita gente (me incluo) pensou que a empatia seria a palavra de ordem da sociedade. Que passar por uma tra- gédia em comum faria que as pessoas, de fato, começassem a 10 pensar em comunidade por experienciar dramas semelhantes. O problema é que, diferentemente do que foi dito, nunca estivemos no mesmo barco. A pandemia evidenciou muitas desigualdades. Se você ainda tem dúvidas, faça uma pesquisa na internet e busque imagens de ônibus lotados de pessoas 15 com máscaras nas grandes cidades. São pessoas se arris- cando em condições precárias para trabalhar e manter servi- ços essenciais. Em contrapartida, preste atenção a qualquer feriado, quando a parte da sociedade que, em geral, pode se isolar 20 aderindo ao home office, prefere viajar. Isso aconteceu no último fim de semana, quando São Paulo decretou um feriadão de 10 dias aproveitando a Semana Santa para tentar diminuir os casos de Covid-19. A intenção era tirar as pessoas das ruas, evitando que 25 elas tivessem que ir trabalhar. O resultado foi o contrário, com alto volume de carros em direção ao litoral paulista. Alguns turistas contaminados só não entraram nas cidades litorâneas porque foram obrigados a passar por um teste de Covid-19 nas barricadas. 30_ Em momentos como este, nota-se que a situação é absurda. Vale questionar: cadê a empatia? Enquanto olharmos apenas para a nosso umbigo e pensarmos única e exclusivamente em nós, será difícil conter a pandemia, que já parece interminável no Brasil. Onde foi parar a tal empatia de 35 que tanto falamos? Está mais do que na hora de encontrar. Adriana Izel, Correio Braziliense, 30/3/2021 (com adaptações). 35. [Q1722561] No trecho “Quando a pandemia de Covid-19 teve início, em março do ano passado, muita gente (me incluo, inclusive) pensou que a empatia seria a palavra de ordem da sociedade. Que passar por uma tragédia em comum faria que as pessoas, de fato, começassem a pensar em comunidade por experienciar dramas semelhantes”, os vocábulos destacados são, respectivamente, conjunção integrante, pronome relativo e pronome relativo. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Conjunções subordinativas integrantes. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Procuradoria Geral do Distrito Federal PGDF - DF / Analista Jurídico - Área Contabilidade / Questão: 4 Texto 2A1-II Cresce rapidamente, em quase todos os países, o número de pessoas na prisão ou que esperam prováveis sentenças de prisão. Em quase toda parte, a rede de prisões está se ampliando intensamente. Os gastos orçamentários do Estado com as forças da lei e da ordem, principalmente os efetivos policiais e os serviços penitenciários, crescem em todo o planeta. Mais importante, a proporção da população em conflito direto com a lei e sujeita à prisão cresce em ritmo que indica uma mudança mais que meramente quantitativa e sugere uma “significação muito ampliada da solução institucional como componente da política criminal” — e assinala, além disso, que muitos governos alimentam a pressuposição, que goza de amplo apoio na opinião pública, de que “há uma crescente necessidade de disciplinar importantes grupos e segmentos populacionais”. A proporção da população que cumpre sentenças de prisão é distinta em cada país, refletindo idiossincrasias de tradições culturais e histórias de pensamento e de práticas penais, mas o rápido crescimento parece ser um fenômeno universal em toda a ponta “mais desenvolvida” do mundo. Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Tradução: Marcus Penchel. Rio de Janeiro, Zahar, 1999, p. 122-123 (com adaptações). Ainda com relação ao texto 2A1-II, julgue os itens subsecutivos. 36. [Q1721019] A palavra “idiossincrasias” (segundo parágrafo) poderia ser substituída por compatibilidades sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos do texto. c) Certo e) Errado Disciplinas/Assuntos vinculados: Língua Portuguesa > Advérbio de intensidade. Fonte: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB - CESPE/CEBRASPE 2021 / Departamento de Polícia Federal DPF - BR / Agente de Polícia Federal / Questão: 17 TEXTO II O QUE O CORPO FALA? 1 É a linguagem corporal que realmen- te mostra o amor, o cuidado, que demonstra que estamos respeitando, seguindo regras. Há tantas coisas que a linguagem não verbal faz por nós... Por exemplo, se alguém morre, buscamos o abraço. Essa expressão pelo cor- po nos torna mais empáticos”. É dessa forma passional que Joe Navarro, ex-agente do FBI e um dos maiores especialistas em comporta- 10 mento não verbal do mundo, define o conceito estudado por ele e compartilhado no livro O que todo corpo fala, que chegou este ano ao Brasil pela editora XYZ, após vender mais de um milhão de cópias no exterior. (CORREIO BRAZILIENSE; in Caderno Diversão e Arte. Brasília, 16/04/2021). O TEXTO II é fundamento para a resolução dos itens de 13 a 20. 37. [Q1688175] A última vírgula do texto tem caráter absolutamente
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