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Teoria Geral do Estado Resumida

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TEORIA GERAL DO ESTADO
Naturalismo/Contratualismo
Corrente naturalista: sustenta a existência de uma sociedade natural, como se a própria natureza exigisse que o homem vivesse em sociedade. Aristóteles era um forte defensor dessa corrente. Define o homem como um ser “eminentemente social”, onde a sociedade é fundamental para seu desenvolvimento. Apenas um ser superior viveria isoladamente. 
Santo Tomás de Aquino, seguidor de Aristóteles afirmava ser o homem um animal político, que vê na sociedade uma forma de defender seus direitos e bens. Ele afirmava que o homem apenas não viveria em sociedade em casos de doença mental ou extrema inteligência. 
Para Aristóteles, havia participação igualitária por parte de todos os cidadãos, e por essa se deu o desenvolvimento da democracia ateniense. 
Corrente Contratualista: os pensadores dessa corrente defendem que o homem vive em sociedade por vontade própria, um ato consciente chamado de contrato. 
Teoria da separação de poderes – Montesquieu
Constituição americana de 1787.
Congresso
Faz as leis, mas não influencia diretamente na ação governamental, mas pode impedir nomeação de alguns funcionários e celebração de tratados. 
Executivo
Pode, por vezes, pressionar o congresso.
Tribunais 
Mantém independência, pode anular atos ilegais do executivo e atos incosntitucionais do legislativo. 
Pode ser chamado de sistema de freios e contrapesos.
A sociedade, formação do estado, sua relação com o direito e elementos essenciais.
Pode-se definir sociedade como a reunião de pessoas com a mesma origem e que são regidas por regras comuns de convivência. A sociedade política de maior destaque é o estado, que coordena a sociedade de forma que os objetivos pessoais de cada membro não inviabilizem os objetivos dos demais membros. O bem comum é o objetivo de todos. 
Conceito de estado
Organização política, dotada de poder soberadno, cujas prescrições possuem força jurídica obrigatória para toda a população de determinado território ou país constituído por uma ou mais nações. 
O estado é dotado de soberanis que é a absoluta independência para resolver assuntos internos e externos. É um poder ao qual nenhum outro pode se contrapor. Existe uma força jurídica obrigatória, que são normas obrigatórias em todo o estado (direito positivo). E existem sanções que correspondem às infrações das normas jurídicas. 
Possui o estado um aparato de força e coerção para aplicar tais sanções. O estado é uma pessoa jurídica criado pela vontade popular para sobrepor-se a ela por meio da soberania e das normas de conduta por ele fixadas. 
O estado federal brasileiro
No Brasil há uma repartição de competências, a participação dos estados membros nas decisões do governo e a possibilidade dos membros estabelecerem suas póprias constituições, desde que estas não destoem da Constituição. 
Dois são os principais requisitos para a fortificação e manutenção do sistema federativo: 1)existência de uma constituição rígida; 2)existência e viabilidade de controle das leis para que não haja confronto à lei maior (cláusulas pétreas). 
Os estados membros são dotados de autonomia e a união é detenta da soberania, ou seja, os estados, embora autônomos, não podem ferir o texto da lei maior. 
Exemplo de cláusulas pétreas
Art. 60 da CF: trata da emenda à constituição federal, casos em que se “altera a constituição”, criando emendas para a mesma.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Poder x Estado x Direito x Democracia
Não há, nem pode haver estado sem poder. 
A soberania é exercida de forma popular, através do sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos. O povo é titular legítimo do poder. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
 V - a filiação partidária;    Regulamento
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Nacionalidade e Cidadania 
Nacionalidade é o “status” do indivíduo perante a sociedade estatal. Ou ele é nacional ou estrangeiro. 
A CF considera nacional a pessoa que se vincula ao Brasil pelo nascimento ou pela naturalização. 
O estrangeiro é protegido pelo art. 5º da CF, mas sofre algumas restrições em direitos políticos e certas atividades referidas no art. 12 §3º da CF. 
Art. 12. São brasileiros:
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
Cidadão: conceito para designar os nacionais no goxo dos direitos políticos e participantes do estado. A nacionalidade é:
Jus sanguinis: nacional é todo aquele que for filho de nacionais, são os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiros (direito de sangue). 
Jus solis: nacionais são todos aqueles nascidos em seu território. 
Primária/Originária
Resultante do fato natural, do próprio nascido no território brasileiro. 
Secundária/Adquirida
Poderá ser adquirida voluntariamente após o nascimento. 
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desdeque estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
A nacionalidade primária pode ser adquirida pelos jus solis e pelos casos dispostos nas alínas “a,b e c” do art. 12 –CF. 
Nascidos no Brasil: evidentemente nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro, desde que, qualquer deles esteja a serviço da república. 
No caso de nascidos no estrangeiro com pai ou mãe brasileiros que não estejam a serviço da república, a emenda 3/94 alterou a condição e não pode mais ser registrado no consulado brasileiro. Então, quando não residir no Brasil, a pessoa é apátrida. 
Existem casos em que a pessoa pode vincular-se a diversos ou, pelo menos a mais de um estado, sendo chamado de polipátrida. 
A emenda 3/94 determina que o cidadão pode, a qualquer momento pela condição de brasileiro. 
No que diz respeito à organização externa, oo sistemas dos partidos podem ser:
Partido único – unipartidarismo
No estado existe um só partido, mas não significa que o sistema vigente seja antidemocrático, já que são travadas discussões políticas dentro do próprio partido, e não em partidos opostos. 
Bipartidarismo
Sistema de dois partidos. Característica da Inglaterra e EUA (democrata/republicano)
Pluripartidarismo
Multiplicidade de partidos, é regra em nosso país. A CF assegura aos partidos políticos a fidelidade e disciplina partidária, podendo definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Poder Constituinte 
Trata da supremacia da constituição, ou seja, sendo esta rígida, é lei suprema e base da ordem jurídica, subordinando-se a ela todas as demais leis. 
A CF é pedra angular do sistema jurídico político do país, conferindo validade e legitimidade aos poderes do estado. 
O poder constituinte exprime a vontade política da própria sociedade, sendo o povo o titular desse poder que delega os representantes especialmente eleitos para representa-los. 
Poder constituinte originário: exercido através de convenção constitucional ou assembléia constituinte no qual o grupo discute e aprova suas regras. Por vezes, a deliberação pode ser submetida à votação popular pelo ideal democrático. Inaugura a nova constituição. É originário porque o poder constituinte substitui a constituição. 
Poder constituinte derivado: é subordidano, condicionado e limitado, pois provém do originário (constituição em vigor). Este poder abrange dois subtipos: 
Poder constituinte derivado reformador: reforma a cosntituição que já tenho.
Poder consituinte derivado decorrente: decorre da constituição principal dos estados. 
Constituições, conceitos e formas
Conceito constituição: é lei fundamental e suprema de um estado, que contém normas referentes à estrutura do estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder governador, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Também individualiza os órgãos competentes para edição de normas jurídicas, legislativas e administrativas. 
As constituições podem ser classificadas:
Quanto ao seu conteúdo
Materiais: conjunto de regras codificadas ou não. Identificam a forma e estrutura do estado, o sistema de governo, a divisão e funcionamento dos poderes, o modelo econÔmico, os direitos, deveres e garantias fundamentais. Ex: art 1º (identifica o titular do poder constituinte); 2º (enumera as funções do estado) e 18 (identifica as unidades autônomas da federação). 
Formais: regras codificadas cujo conteúdo não é, necessariamente constitucional, isto é, embora conste no texto da carta magna e mereçam importância, se forem dispensadas, não teria cunho essencial ao núcleo da lei maior. 
Quanto à forma
Escritas (dogmáticas): conjunto de regras sistematizadas num único documento, organizada, representado por texto completo. 
Não escrita: conjunto de regras baseadas nos usos e costumes reunidos em documentos esparsos. 
Quanto à elaboração
Dogmática: elaborada de acordo com os dogmas sociais e políticos da época, representam a realidade daquele momento.
Históricas: são fruto da lenta e gradual evolução da sociedade, representam a atual situação do estado. Documentos históricos são fundamentais para sua elaboração. 
Quanto à origem
Promulgadas: elaboradas por representantes do povo em assembléia constituinte. Fruto do poder democrático (votadas). 
Outorgadas: impostas pelos governantes, sem participação popular. 
Cesaristas: elaboradas pelo governante e levadas a refereno popular. 
Quanto à estabilidade
Imutáveis: aquelas cujo texto não pode sofrer alteração.
Rígidas: aquelas cujas alterações no texto dependem de processo legislativo especial, mais difícil que o legislativo ordinário para sua alteração. 
Flexíveis: aquelas que podem ser alteradas por processo legislativo ordinário, não exigindo procedimento especial, como acontecem com as constituições não escritas e costumeiras. 
Semi-rígidas: aquelas que podem ser alteradas em parte por procedimento legislativo ordinário e, em parte, por processo especial. O procedimento legislativo especial só é exigido para alterar suas normas materialmente constitucionais. 
Quanto à sua finalidade
Sintéticas: aquelas que regulamentam exclusivamente os princípios e normas gerais da organização do estado e do poder. Todos os atos contidos na própria CF devem ser compatíveis ao texto. 
Analíticas: aquelas que estendem seu aspecto de atuação a matérias sem conteúdo materialmente constitucional, em verdade, estendendo a previsão a todos os assuntos. 
Nas constituições analíticas, o elenco dos princípios e normas fundamentais acabam por se enquadrarem no próprio texto da lei maior mesmo em casos de enfoque de regras infra constitucionais. 
Estudiosos da CF apresentam outras classificações denominadas dualistas ou pactuadas, nominalista e semântica. Na 1ª, efetiva-se um compromisso entre rei e o poder legislativo, sujeitando-se o monarca aos esquemas constitucionais e resultando a CF em dois princípios: monárquicos e democráticos. 
Na CF nominalista, o texto contém direcionamento para os problemas concretos, bastando à mera aplicação das normas constitucionais para resolver problemas concretos. 
Semântica 
Constituição Federal onde a interpretação de suas normas dependem de averiguação de seu conteúdo significativo, da análise do conteúdo sociológico, ideológico para maior aplicação político normativa social de texto constitucional. 
A CF do Brasil é classificada como: formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica e eclética, formada por diversas ideologias ao oposto de CF ortodoxa. 
Intervenção federal 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II- repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Estado de defesa
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
Estado de sítio 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.

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