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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
EMENTA
Conceito, importância e objeto da disciplina. Introdução à epistemologia jurídica: do conhecimento científico; Empirismo, racionalismo e pensamento dialético no Direito. Relação Jurídica: conceito e elementos. Introdução a normatividade jurídica. Validade, legitimidade, eficácia. Princípios gerais do Direito. Relações do Direito com outras áreas do saber. Breve História do Direito e instituições jurídicas. Codificação no direito brasileiro. Tendências do direito brasileiro contemporâneo. Moral e Direito. Normas de Uso Social. Justiça e Equidade. Ramos do Direito: Direito Público e Direito Privado. Criação do Direito: fontes formais e materiais. Direito objetivo e direito subjetivo. Ato e fato jurídico. Organização Judiciária. Conhecimento jurídico. Técnica Jurídica. Teoria do Ordenamento Jurídico. Escolas do Pensamento Jurídico: Jusnaturalismo, Contratualismo e Escola da Exegese. Historicismo. Orientação sociológica. Positivismo. Realismo. Teoria da norma jurídica. Teoria do ordenamento jurídico e pensamento sistemático. Conceitos operacionais. Grandes sistemas jurídicos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 21ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
NUNES, Luiz Antônio Rizzato. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 3ªEd. São Paulo, Saraiva, 2000.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao Estudo do Direito. 29ª Ed. Rio de Janeiro, Forense, 2001.
KUMPEL, Vitor Frederico. Introdução ao Estudo do Direito. 2ªEd. São Paulo, Método, 2009.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Lei e Norma:
A expressão comum que designa todo o arcabouço de imperativos é norma jurídica. Em um sentido ainda mais amplo, fala-se em “lei”, porque envolve norma jurídica e outros. Exemplo: lei divina, lei natural, lei positiva, lei humana, lei física, lei ética, científica, matemática etc.
Lei, portanto, traz consigo a idéia de que algo ocorre em consequência de um princípio, que expressa as relações necessárias existentes entre seres da natureza, algo que vem da vontade divina ou manifestação da vontade dos homens.
Existem fenômenos. A forma como o intelecto os encara no processo de conhecimento é a relação. A lei é a expressão das relações: expressão linguistica, lógica ou semiótica, porque ocorre por meios de palavras ou signos em geral.
Existem quatro acepções fundamentais de lei: a) no sentido de necessidade: alude às leis científicas, porque determinadas coisas não podem deixar de ocorrer em determinadas condições. A observação de fatos permite a previsibilidade. B) sentido anancástico: se refere às regras de um jogo, vinculada à realização de um objetivo (leis da engenharia ou regras do jogo, regras técnicas. C) sentido ético: normatização da conduta em que existe uma possibilidade de escola, uma opção entre diversos modos de agir. D) sentido jurídico: como sinônimo de norma jurídica, que se refere de modo heterônomo à conduta em sociedade, diz respeito a critérios de julgamento da comunidade. 
Nesses dois últimos se emprega com frequência a palavra norma.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
A conduta humana tende a se libertar dos fatores que a condicionam, obedecendo a própria consciência ou aderindo por vontade própria a padrões de conduta sugeridos pelo homem. É a liberdade. 
Aos modelos sugeridos é que pode empregar corretamente a palavra norma porque elas descrevem uma regularidade, que se espera seja confirmada pelos fatos, mas admitindo-se a possibilidade de não serem confirmadas em razão da liberdade.
Existem quatro tipos fundamentais de normas: religiosas, sociais, morais e jurídicas.
A religiosas formulam modelos de conduta inspirados na crença comum, na fé em uma entidade superior.
As sociais somente se distinguem das jurídicas pelo grau de exigibilidade, diante do rigorismo das normas jurídicas. Derivam da tradição e dependem da identidade do indivíduo com o grupo, com base na educação e cultura deste.
A moral e o direito será estudado mais detalhdamente.
As jurídicas se definem a partir de algumas características nem sempre uniformes entre os autores.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Características das normas jurídicas:
Bilateralidade: as normas possuem dois lados, um direito subjetivo e um dever jurídico.
Generalidade: preceito de ordem geral, que obriga todos em igual situação jurídica. Princípio da isonomia.
Abstratividade: vai possibilitar que a norma atinja maior número de pessoas.
Imperatividade: imposição de vontade. O direito disciplina as maneiras de agir e representa o mínimo de exigências.
Coercibilidade: é a possibilidade do uso de coação, intimidação através de penalidades e o elemento material é a força acionada quando o destinatário da regra não cumpre.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Classificação das normas jurídicas:
A) quanto ao sistema a que pertencem:
Nacionais:
Internacionais/Estrangeiras:
Uniformes
B) quanto a fonte:
Legislativas:
Consuetudinárias:
Jurisprudenciais:
C) quanto ao âmbito espacial de validade:
Gerais: 
Locais:
D) quanto ao âmbito temporal de validade:
Prazo Indeterminado
Prazo Determinado
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
E) Quanto ao âmbito material de validez:
Direito público:
Direito Privado:
F) quanto a hierarquia: ordem de subordinação entre as categorias:
Constitucionais
Lei Complementares
Leis Ordinárias:
Regulamentares
Individualizadas
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
G)quanto a sanção:
Perfeitas:
Mais que Perfeitas:
Menos que Perfeitas:
Imperfeitas:
H) quanto a qualidade:
Positivas (permissivas)
Negativas (proibitivas)
I) quanto as relações de complementação:
Primárias: 
Secundárias:
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
J) quanto a vontade das partes:
Taxativas:
Dispositivas:
 A norma jurídica em si constitui sempre um comando, ordem, prescrição. A natureza da norma jurídica é um dever-ser, um mandamento dirigido a certo destinatário, proibindo, impondo ou permitindo determinada ação ou conduta.
Vigência, efetividade, eficácia e legitimidade das normas jurídicas
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
VIGÊNCIA: é a validade formal. Requisito para que a norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e produza efeitos. Significa que preenche requisitos técnico-formais e se impõe imperativamente aos destinatários. 
A lei passa a existir com sua promulgação, mas, via de regra, sua vigência está condicionada pela vacatio legis.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
EFETIVIDADE: Consiste no fato de a norma ser observada por seus destinatários e aplicadores do direito (aproxima o dever-ser normativo e o ser da realidade social)
EFICÁCIA: a norma produz, realmente, os efeitos sociais planejados. É a observância social da norma. Pressupõe efetividade.
Não depende de observação plena porque a transgressão não retira esse caráter. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
EFETIVIDADE X EFICÁCIA: 
Observância efetiva da norma X alcance do resultado jurídico pretendido pelo legislador.
LEGITIMIDADE: via de regra, a referência para o estudo da legitimidade é o exame da fonte de onde emana a norma. Se a fonte é legítima, a tendência é que a norma também seja.
O desuso poderá levar à ineficácia. O direito pode ter vigência e não ter eficácia, mas não pode ter eficácia sem vigência. 
A vigência delimita a eficácia (direito adquirido)
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
obrigatoriedade e continuidade: Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
Ato jurídico Perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Direito adquirido: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
Coisa julgada: a decisão judicial de que já não caiba recurso.
 
Cessação da eficácia da Lei: por sua revogação expressa ou tácita ou declaração jurídica de invalidade/inconstitucionalidade.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Fontes do direito: 
Fontes Materiais: são fenômenos econômicos ou sociais que determinam o nascimento de uma norma jurídica (Ex. Guerra) 
Fontes Formais: todo o processo ou meio em virtude do qual ocorrer a produção de uma norma jurídica.
Somente as fontes formais é que podem ser consideradas do ponto de vista jurídico, porque as fontes materiais deverão ser estudadas pelas disciplinas afins.
Fontes Estatais:
Fontes Não-Estatais:
Lei: norma geral, abstrata, permanente, emanada do poder competente, obrigatória, escrita. Costume: praticas reiteradas de determinada sociedade que se tornam obrigatórias com o tempo. Doutrina: É o trabalho dos juristas, dos estudiosos do Direito, com objetivo de auxiliar o legislador na reforma das leis. Jurisprudência: Conjunto de decisões dos tribunais. Princípios gerais de direito: são os princípios mais gerais de ética social, direito natural ou axiologia jurídica, deduzidos pela razão humana, baseados na natureza racional e livre do homem e que constituem o fundamento de todo o sistema jurídico. Analogia: aplicação de uma lei de um caso a outro semelhante por omissão legislativa.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Princípios Gerais de Direito:
Carlos Maximiliano: “todo conjunto harmônico de regras positivas é apenas o resumo, a síntese, o substrato de um complexo de altos ditames, o índice materializado de um sistema orgânico, a concretização de uma doutrina, série de postulados que enfeixam princípios superiores. Constituem estes as diretivas, idéias do hermeneuta, os pressupostos científicos da ordem jurídica.”

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