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Aula+I

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
EMENTA
Conceito, importância e objeto da disciplina. Introdução à epistemologia jurídica: do conhecimento científico; Empirismo, racionalismo e pensamento dialético no Direito. Relação Jurídica: conceito e elementos. Introdução a normatividade jurídica. Validade, legitimidade, eficácia. Princípios gerais do Direito. Relações do Direito com outras áreas do saber. Breve História do Direito e instituições jurídicas. Codificação no direito brasileiro. Tendências do direito brasileiro contemporâneo. Moral e Direito. Normas de Uso Social. Justiça e Equidade. Ramos do Direito: Direito Público e Direito Privado. Criação do Direito: fontes formais e materiais. Direito objetivo e direito subjetivo. Ato e fato jurídico. Organização Judiciária. Conhecimento jurídico. Técnica Jurídica. Teoria do Ordenamento Jurídico. Escolas do Pensamento Jurídico: Jusnaturalismo, Contratualismo e Escola da Exegese. Historicismo. Orientação sociológica. Positivismo. Realismo. Teoria da norma jurídica. Teoria do ordenamento jurídico e pensamento sistemático. Conceitos operacionais. Grandes sistemas jurídicos.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Conhecimento científico X Conhecimento vulgar
A linguagem indicativa serve para descrever objetos, representá-los. A linguagem prescritiva diz como as pessoas devem agir. O direito se apresenta sob a forma de linguagem prescritiva: Leis.
São admitidos dois tipos de linguagem prescritiva: 
Imperativa: ordem dirigida a uma conduta
Valorativa: indica sentido do dever com base em valores.
O conhecimento é resultado de uma série de procedimentos mentais chamados abstratos. O grau de abstração vai determinar se o conhecimento é vulgar, científico ou filosófico.
O homem é sujeito que acumula conhecimentos de si e do mundo. É o senso comum. A ciência busca organizar e sistematizar o conhecimento do homem. O cientista é um ser preocupado com a veracidade e a comprovação de seu conhecimento. Enquanto o senso comum é difuso, desorganizado, assistematizado e advém de várias fontes desordenadas e simultâneas, o conhecimento científico tenta ser coerente, coeso, organizado, sistemático, ordenado e orientado a partir de fontes específicas e muitas vezes pré-constituídas. Se o conhecimento científico produz uma primeira abstração, elaborando conceitos falando dos fenômenos, o conhecimento filosófico produz novos conceitos, falando dos fenômenos de maneira distante.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aristóteles: Ciências Teóricas: aquelas que tem por intuito obter determinado conhecimento sem qualquer finalidade de aplicação (Físicas ou Naturais: elaboradas pelo homem ou natureza. Matemática ou formal: busca a quantidade. Metafísica: busca a essência do ser humano.
Ciências Práticas: buscam obter o conhecimento com finalidade prática.
Morais: estabelecem o limite à conduta humana.
Produtiva ou artística: regula o que o Homem produz
Wilhem Dilthey propôs uma classificação das ciências em:
	Ciências Naturais: tem como objetivo fenômenos físico-naturais através da explicação que vai ordenar os fatos de forma objetiva, sem atribuir se é bom ou ruim.
	Ciências do Espírito:
			Subjetivo: o mundo dos pensamentos
			Objetivo: são aqueles que estudam tudo o que é produzido pelo homem, o 		que é materializado, ou seja, são as ciências humanas, cujo objetivo são os 		fatos e objetivos exteriorizados pela mente humana, atribuindo um juízo de 		valor, uma tomada de posição.
CIÊNCIA JURÍDICA: é a parte do conhecimento científico que tem como objeto de estudo o fenômeno jurídico tal como se encontra caracterizado no tempo e no espaço. Tem como objeto de estudo o Direito Positivo (todo direito que produziu ou ainda está produzindo efeitos na sociedade)
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Paulo Nader (IED, 31ª Ed): Matéria de iniciação, que fornece ao estudante as noções fundamentais para compreensão do fenômeno jurídico. Não é, em si, uma ciência, mas um sistema de idéias gerais estruturado para atender necessidades pedagógicas.
Paulo Dourado Gusmão (IED, 41ª Ed.): Destina a dar ao iniciante na ciência jurídica as noções e os princípios jurídicos fundamentais indispensáveis ao raciocínio jurídico, bem como noções sociológicas, históricas, filosóficas necessárias à compreensão do direito na totalidade de seus aspectos.
Rizzato Nunes: A Ciência do Direito é uma ciência de investigação de condutas que têm em vista um ‘dever-ser’ jurídico, isto é, a Ciência do Direito investiga e estuda as normas jurídicas. Estas prescrevem aos indivíduos certas regras de conduta que devem ser obedecidas. 
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
A Introdução ao Estudo do Direito teve início na França, no princípio do século XIX e daí se propagou para o restante do Mundo.
No Brasil, a IED entrou no programa jurídico pelo Decreto 19.852/1931.
Tem natureza epistemológica: epistemo= ciências / logia= estudo
Objeto de estudo é a Ciência do Direito ou Ciência Jurídica
Objetivos:
Oferecer uma visão panorâmica do fenômeno ou ordenamento jurídico e comporta subdivisões, entre elas direito público e direito privado.
As divisões do direito se relacionam, determinado que uma área complete a outra.
Determinar os conceitos que serão utilizados pela ciência jurídica
Localizar o Direito no Mundo da Cultura. Relaciona o Direito com as culturas criadas pelo Homem.
Conhecer e estudar o método utilizado pela ciência do Direito, ou seja, conhecer o método jurídico.
Definição: Os conhecimentos da disciplina são decorrentes das diversas áreas do saber, cujo objetivo é proporcionar ao estudante do direito os elementos indispensáveis para o estudo dessa ciência, por exemplo, o método e vocábulo jurídico que proporcionam também uma visão geral do ordenamento jurídico bem como a complementaridade das disciplinas que o compõem.
Mariano Henrique - A Resolução nº 3 de 02/02/1972 do então Conselho Federal de Educação mudou a disciplina de Introdução ao Ensino de Direito para Introdução ao Estudo do Direito. A Portaria nº 1.886, de 30/12/1994 do Ministério da Educação e Desporto confirmou o caráter obrigatório da disciplina, denominando de Introdução ao Direito. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Direito, instituídas pelo Conselho Nacional de Educação, Resolução nº 9 de 29/09/2004, pretende assegurar aos acadêmicos, "sólida formação geral, humanística e axiológica, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociai..."
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Etimologicamente o termo “direito” pode ser ligado a reto (rectum), a mandar, ordenar (jus), ou ao termo indicar (diké)
Sob o enfoque dos estudos jurídicos contemporâneos, o termo “direito” comporta pelo menos três concepções:
A de ciência, correspondendo ao conjunto de regras próprias utilizadas pela Ciência do Direito;
A de norma jurídica, como a Constituição e demais leis e decretos, portarias, etc.
A de poder ou prerrogativa, quando se diz que alguém tem a faculdade, o poder de exercer um direito;
A de fato social; quando se verifica a existência de regras vivas existentes no meio social;
A de Justiça, que surge quando se percebe que certa situação é direito porque é justa.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
CONCEITO: sistema de idéias gerais que fornece as noções fundamentais para a compreensão do fenômeno jurídico
IMPORTÂNCIA: Não é uma ciência em si, mas funciona como elo entre o conhecimento do ensino médio, a cultura geral, e a cultura específica do Direito. É fundamental do ponto de vista da adaptação do estudante. O estudante tem a sua disposição dados que tornarão possível no futuro o raciocínio jurídico.
OBJETO: O objeto da ciência do direito é constituído pelas normas jurídicas, as quais, efetivamente enunciam que o comportamento dos homens têm um sentido ideal, um dever ser, cuja realização depende da adesão livre da vontade daquele para
o qual a norma se direciona, ou seja, está condicionada ao uso da liberdade de cada um. Os conceitos gerais, como o de Direito, fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica, por serem aplicáveis a todos os ramos do Direito, são objeto de estudo da disciplina. Porém, conceitos específicos como o de crime, mar territorial, ato de comércio, desapropriação, aviso prévio, fogem à disciplina.
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LEI COMPLEMENTAR 95/98
Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:
        I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste;
        II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens;
        III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso;
        IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos;
        V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;
        VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso;
        VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;
        VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.
        Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse propósito, as seguintes normas: 
        I - para a obtenção de clareza:
        a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando;
        b) usar frases curtas e concisas;
        c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;
        d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;
        e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;
        II - para a obtenção de precisão:
        a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;
        b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;
        c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;
        d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;
        e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;
        f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
        g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões ‘anterior’, ‘seguinte’ ou equivalentes; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
        III - para a obtenção de ordem lógica:
        a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei;
        b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;
        c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
        d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.
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A Resolução nº 3 de 02/02/1972 do então Conselho Federal de Educação mudou a disciplina de Introdução ao Ensino de Direito para Introdução ao Estudo do Direito. A Portaria nº 1.886, de 30/12/1994 do Ministério da Educação e Desporto confirmou o caráter obrigatório da disciplina, denominando de Introdução ao Direito. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Direito, instituídas pelo Conselho Nacional de Educação, Resolução nº 9 de 29/09/2004, pretende assegurar aos acadêmicos, "sólida formação geral, humanística e axiológica, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais..."

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