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Anatomia do aparelho genital masculino Próstata • É um glândula fibromuscular e septada em proximidade do colo da bexiga urinária, a frente do terço inferior do reto, junto ao assoalho verdadeiro da pelve (músculo levantador do ânus e do ramo superior do ísquio) • Entre o reto e a bexiga urinária – vesícula seminal, chegada do ducto deferente, dos ureteres • Mantém a lubrificação da uretra e está no assoalho da pelve menor • Glândula acessória que produz 25% do volume do líquido seminal • Estrutura fibromuscular (músculo liso capaz de dilatar a luz da uretra) • É composta de 30 a 50 glândulas individuais que secretam por ductos individuais • Atravessada pela uretra (verticalmente) e pelos ductos ejaculatórios (pela direita e esquerda) • Cruza anteriormente o ureter e está em proximidade com o m. detrusor e com as vesículas seminais • Não apresenta uma cápsula fibrosa verdadeira, mas sim um tecido fibrótico com fibras nervosas e vasos que a dividem, dividindo-a em septos – transversal (4 cm), vertical (3 cm), anteroposterior (2 cm) • Apresenta em torno de 8 gramas • Espaço de Retzius – posterior a sínfise púbica Partes • Base (superior) • Ápice (inferior) – em direção a musculatura do períneo (estruturação do pênis, envolvimento do esfíncter uretral • Faces inferolaterais em contato com o m. levantador do ânus • Zonas glandulares (30 a 50 glândulas) • Transicional (5% da massa) – está localizada ao redor da uretra e sua hipertrofia oblitera a região pré-prostática (intramural), dificultando a micção (esfíncter uretral interno); envolve 1/3 – 2/3 da uretra prostática • Central (25% da massa) – anterior aos ductos ejaculatórios, posterior a zona transicional e envolvida pela zona periférica • Periférica (70% da massa) – está em contato com a uretra na sua metade inferior e com a parede retal anterior; corresponde as faces inferolaterais • Zona anterior – tecido fibrótico aglandular que fica em contato com o m. levantador do ânus e sínfise púbica • Irrigação arterial - as artérias penetram na junção ao colo vesical em posição posterolateral em relação a base e ao ápice • Artéria vesical inferior • Artéria pudenda interna • Artéria retal média • Drenagem venosa – para a veia ilíaca interna por meio da veia dorsal profunda do pênis • Ocorre junto ao ápice da próstata na região inferior, lateral e posterior • Inervação – plexo hipogástrico inferior (proveniente da lateral do reto e bexiga); nervo pudendo (do plexo lombossacral motricidade do m. esfíncter uretral externo – inerva o ápice da próstata ) Yarlla Cruz Escroto • É um saco cutâneo e fibromuscular que contém o testículo, o epidídimo e porção externa do funículo espermático • É dividido na face medial por um septo que origina as câmaras direita e esquerda • O septo mediano se projeta na pele do escroto, formando uma hafe mediana • Camadas • Pele • Túnica dartos – é um conjunto de fibras musculares lisas que estão em contato com a derme que é rugosa e repleta de folículos sebáceos e pelos • É uma túnica muscular intrínseca a pele • Enruga o escroto • Fáscia espermática externa • Fáscia cremastérica – conjunto de fibras derivadas do m. oblíquo abdominal interno que se projetam através do funículo espermático até o envolvimento do testículo • Fáscia espermática interna (derivada do m. – aderida a lâmina parietal da túnica vaginal que reveste o testículo e o epidídimo • Irrigação arterial • Ramo cremastérico da artéria epigástrica inferior • Ramos escrotais da artéria pudenda interna • Ramos pudendos externos da artéria femoral • Inervação - nervo il ioinguinal, nervo genitofemoral, nervo perineal, nervo cutâneo posterior da coxa Testículo • São as gônadas masculinas • É responsável pela produção de espermatozóides e de testosterona • Pesa de 10 a 14 gramas • O esquerdo é mais baixo do que o direito • Polo superior é inclinado anterolateralmemte • Os funículos espermáticos passam lateralmente em direção ao escroto • A margem posterior prende-se ao funículo espermático, alojando o epidídimo • Envolto pela túnica vaginal - é uma dupla lâmina com líquido seroso, derivada do peritônio • Isola o testículo das camadas do saco escrotal • Extremidade inferior do processo vaginal do peritônio (vida embrionária) • Camadas – lâmina parietal (é densa e apresenta aderência ao saco escrotal) que envolve o testículo e o epidídimo • Lâmina visceral – cor perolácea • Película líquida entre a túnica visceral e vaginal, cujo acúmulo provoca hidrocele • Criptorquidia (testículo não descido) – pode estar no abdômen, anel inguinal profundo, canal inguinal e entre o anel inguinal superficial e escroto • É formado na cavidade abdominal, atravessando a pelve maior, a pelve menor, o canal inguinal e o saco escrotal • Maior risco para tumores e espermatogênese problemática • Túnica albugínea – cápsula verdadeira do testículo que se projeta em direção ao seu hilo, onde se encontra a zona média • Os septos de túnica albugínea possibilitam uma limitação entre o testículo e o epidídimo • Presença de vasos linfáticos, sanguíneos e ductos • Revestimento branco-azulado denso • Túnica vasculosa – antes do parênquima formador de testosterona e de espermatozóides • Plexo vascular junto dos septos testiculares • Irrigação arterial – ramos cremastéricos da artéria epigástrica inferior e artérias testiculares Yarlla Cruz • As artérias testiculares são provenientes da aorta abaixo das artérias renais • Drenagem venosa - as veias gonadais esquerda drenam em ângulo reto para a veia renal esquerda • As veias gonadais direitas drenam para a veia cava • Veias testiculares se anastomosam com as veias epididimais, formando o plexo venoso pampiniforme que cursa ao canal inguinal anterior ao ducto deferente • O plexo é drenado por 2 a 4 veias testiculares Epidídimo • É posterior e lateral ao testículo • O canal deferente está na sua face medial • Todo revestido pelo túnica vaginal (lâminas visceral e parietal) • Armazenamento dos espermatozóides • Partes – cabeça (superior), corpo (posterior ao testículo), cauda (estreitamento do corpo - termina no canal deferente rumo ao funículo espermático) Ducto deferente • Emerge do epidídimo a partir dos dúctulos deferentes e cursam junto da cabeça, do corpo e da cauda do epidídimo • Cursam na parte posterior do funículo espermático junto da musculatura abdomino-pélvica • Condutor de espermatozóides aos ductos ejaculatórios • Apresenta em torno de 45 cm de comprimento • Trajeto – posterior ao funículo espermático, atravessa o canal inguinal, cruza a artéria epigástrica inferior e a artéria ilíaca externa, penetra na pelve menor, cruza o ureter • Junta-se a vesícula seminal na linha mediana inferior da face posterior da bexiga urinária • Na base da próstata, une-se ao ducto seminal, formando o ducto ejaculatório – o ducto deferente termina na próstata (não penetra) Funículo espermático • O testículo embrionário é abdominal e migra, atravessando a parede abdominal, levando um “saco aponeurótico” que suspende a bolsa escrotal • Camadas de revestimento equivalentes às da parede abdominal • Fáscia espermática interna – m. transverso abdominal • Fáscia cremastérica/ músculo cremáster - m. oblíquo abdominal interno • Fáscia espermática externa – m. oblíquo abdominal externo • O nervo iliohipogástrico cursa externamente ao funículo espermático, mas junto ao canal inguinal • O nervo ilioinguinal cursa junto a fáscia cremastérica • Cruza anteriormente o funículo • Artéria pudenda externa superficial e a profunda • Conteúdo do funículo – ducto deferente, artéria testicular (e veias testiculares), vasos linfáticos(4 a 8 vasos), plexo venoso pampiniforme, artéria cremastérica (proveniente da artéria epigástrica inferior), plexo nervoso testicular simpático, nervo genitofemoral (cursa dentro da cavidade abdominal e pélvica junto ao m. psoas que ao cruzar a região inguinal origina o ramo genital que inerva o cremaster – no frio, ele contrai, suspendendo o testículo) Ducto ejaculatório • O ducto deferente ao chegar nas proximidades da cápsula externa da próstata e fundir-se em ampola aos ductos seminais – formação do ducto ejaculatório • 2 cm de comprimento Yarlla Cruz • Apresenta conteúdo espermático e seminal • Atravessando a próstata e chegando até a uretra prostática • Se abre na base da próstata e termina próximo ao utrículo prostático • Abrem-se no colículo seminal (um orifício para cada ducto ejaculatório) Vesícula seminal • 85% do volume ejaculado • 5 cm de comprimento • É formada por diversos lóbulos – semelhança com cacho de uva • Situada entre a parede anterior do reto (terço médio) e parede posterior da bexiga • Entre a bexiga e o reto, localizado na base da próstata • A base superior é inclinada póstero- lateralmente • Emite um ducto (3 mm de diâmetro) que se une ao ducto deferente Glândula bulbouretral • É um par de glândulas acessórias que contribuem com a lubrificação da uretra bulbouretral • Envoltas pelo m. esfíncter externo da uretra que provoca a continência urinária • Se abrem dentro do segmento peniano da uretra Uretra masculina • Inicia-se no óstio interno da uretra (localizado no trígono vesical – ápice inferior) e termina no óstio externo da uretra (localizado na glande peniana) Segmento pré-prostático – frequentemente está estenosado em hiperplasias prostáticas benignas • Apresenta 1 cm de comprimento e está no colo da bexiga urinária • Envolvido por fibras do m. detrusor – esfíncter uretral interno (músculo liso – involuntário) Segmento prostático – apresenta 4 cm de comprimento • Ductos prostáticos se abrem ao redor de toda a sua extensão, junto da parede posterior • Úvula da bexiga – continua como um pregueamento na linha mediana posterior que passa a ser chamar crista uretral (se dilata lateralmente, projetando-se em alto relevo e originando uma dobradura interna, o utrículo prostático que está situado acima da abertura dos óstios ejaculatórios) • Seio prostático – são depressões rasas laterais a crista, na qual se abrem de 15 a 20 ductos prostáticos • Colículo seminal – elevação no meio da crista, onde a uretra se angula em 35 graus • O utrículo prostático apresenta músculo liso e está localizado na linha mediana Segmento membranáceo – é o segmento mais estreito • Está envolvido pelo esfíncter uretral externo – continência urinária • Em contato com o m. puborretal, m. levantador do ânus, m. retrouretral, corpo do períneo, ligamento suspensor do pênis e ligamento puboprostático Uretra peniana – início angulado em quase 90 graus • Segmento bulbar – é o mais largo e angulado • Entre a musculatura do períneo e o corpo esponjoso • Curva-se inferiormente e penetra no corpo esponjoso • Segmento esponjoso – é o mais longo e apresenta uma fenda transversal de 6 mm na glande (dilatação – fossa navicular) • Estreitamento do óstio externo da uretra Yarlla Cruz Pênis • É formado por 3 massas de tecido erétil a partir do triângulo urogenital do períneo (entre a tuberosidades isquiáticas e a sínfise púbica) • Corpos cavernosos direito e esquerdo no dorso peniano • Corpo esponjoso (atravessado pela uretra) no ventre peniano • 50% da estrutura peniana está no períneo (triângulo urogenital), em contato com a sua musculatura e o restante está pedunculada a partir do períneo • M. isquicavernoso • M. bulboesponjoso Corpos cavernosos – se originam na tuberosidade isquiática, caminham junto do ramo inferior do púbis até a sínfise púbica, onde se funde ao seu contralateral • Maior volume da parte pedunculada do pênis • Ambos são envoltos pela mesma túnica albugínea (com septo fibroso mediano que é incompleto distalmente) • Relacionada com o feixe neurovascular dorsal • Possuem como finalidade a ereção e a rigidez peniana Corpo esponjoso – está junto ao corpo do períneo, contendo a chegada da uretra • É cilíndrico desde a sua origem • Circundado pela túnica albugínea • Expande-se distalmente formando a glande peniana (possui o óstio externo da uretra, coroa – dilatação, fossa navicular, prepúcio – pele que envolve o pênis, glândulas prepuciais) Fáscia superficial do pênis/fáscia de Buck – envolve todo o conjunto de corpos cavernosos e esponjosos externamente e se projeta em direção aos corpos cavernosos no mesmo plano da fáscia superficial do m. transverso do períneo • Envolve a túnica albugínea • Está em continuidade com a pele do saco escrotal, a fáscia perineal superficial e a túnica dardos • As fibras musculares não se projetam ao redor do pênis – túnica dardos sem fibras musculares, haja vista que as fibras musculares terminam ao redor do saco escrotal Ligamentos suspensores do pênis – se inserem no término dos músculos perineais (isquiocavernoso e bulboesponjoso) • Fundiforme – são fibras provenientes da linha alba e mantém o direcionamento da parte pedunculada do pênis em direção a parte perineal • Suspensor (triangular) – desde a síntese púbica ao dorso peniano Irrigação arterial • É proveniente de ramos terminais da artéria pudenda interna • Artéria perineal – entre os mm. Bulboesponjoso e isquiocavernoso • Artéria do bulbo peniano • Artéria cavernosa (profunda do pênis) – irrigam os corpos cavernosos via artérias helicianas que atuam na ereção (atuação do viagra) • Artéria dorsal do pênis – entre a síntese púbica e os ramos penianos, sob a fáscia peniana • As artérias do períneo, pênis e escroto – são oriundas das artérias ilíaca interna, pudenda interna e retal inferior Yarlla Cruz Drenagem venosa • Plexo venoso prostático • É equivalente as artérias sobre a túnica albungínea e fáscia peniana • A veia ilíaca interna drena o sangue Inervação • Simpático – T11-L2 • Parassimpática – S2-S4 • Nervo dorsal do pênis (sensorial) • Nervo pudendo – é um dos ramos do plexo lombossacral Ereção • 1 – Estímulo psicogênico encefálico • 2 – Relaxamento dos mm. Isquiocavernoso e bulboesponjoso • 3 – As artérias helicianas irrigam os corpos cavernosos • 4 – Tumescência dos corpos cavernosos que oblitera as veias penianas profundas • 5 – Nervos parassimpáticos liberam óxido nítrico que mantém a dilatação arterial e obliteração das veias • Priapismo – está relacionado a obliteração das veias penianas • Estimulação simpática – as vesículas seminais se contraem, os ductos deferentes se contraem e o m. bulboesponjoso realiza contrações que finalizam a ereção • Fim da estimulação parassimpática – término da liberação de óxido nítrico Yarlla Cruz
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