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� O capitalismo é o sistema econômico baseado na lei da oferta e da procura, cuja maior finalidade é a obtenção de lucro (acumulo de capital). � O sistema capitalista apresentou grande dinamismo ao longo de sua história e foi se transformando à medida que os desafios à sua expansão foram surgindo. � Com, o tempo sobrepôs a outros sistemas de produção, até se tornar hegemônico, o que é incontestável nos dias de hoje. Esse sistema é também chamado de economia de mercado. Características do sistema capitalista � Predomínio da propriedade privada dos meios de produção, ou seja, terras fábricas, minas, bancos, entre outros. � Divisão da sociedade em classes: os capitalistas, donos do meios de produção, e os trabalhadores, que vendem sua força de trabalho para os capitalistas. � Mecanismos de mercado regidos pelos grandes grupos capitalistas. Há uma busca constante pelo lucro, que é investido em novas tecnologias para a obtenção de maior rentabilidade e, consequentemente, maiores lucros. � Crises cíclicas que ocorrem em determinados momentos históricos devido a fatores relacionados à superprodução a problemas políticos. � Relações de trabalho com o predomínio do trabalho assalariado. As fases do capitalismo � Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma- se dividir o capitalismo em quatro fases: 1. Capitalismo comercial; 2. Capitalismo industrial; 3. Capitalismo financeiro; 4. Capitalismo técnico-científico informacional. Capitalismo comercial � Estendeu-se do fim do século XV até o século XVIII e foi marcada pela expansão marítima das potências econômicas da Europa Ocidental na época (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc.) � Nessa época, as trocas comerciais proporcionaram grande acumulo de capitais. A economia funcionava segundo a doutrina mercantilista. � O mercantilismo foi uma doutrina econômica adotada pelas monarquias nacionais nos séculos XV ao XVIII e baseava-se na intervenção do Estado na economia. � O objetivo era acumular riquezas por meio da instalação de colônias e da estruturação do comércio mundial. Isso incluía a manutenção de uma balança comercial favorável. � Um dos principais objetivos dos países europeus passou a ser exploração de recursos naturais das colônias e a ampliação do mercado. � Estabeleceu-se, assim, uma divisão internacional do trabalho (DIT). As colônias passaram a constituir uma economia complementar em que vendiam produtos a baixos preços, compravam a preços mais elevados e produziam apenas o que a metrópoles não produziam, café, algodão, açúcar. Capitalismo industrial � Corresponde a fase da Primeira e da Segunda Revolução industrial ocorridos no final do século XVIII, na Europa Ocidental (Reino Unido). � Um de seus aspectos mais importantes foi o aumento da capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização de máquinas hidráulicas e a vapor, com grande incremento no volume de mercadorias produzidas e conseqüente necessidade de ampliação do mercado consumidor em escala mundial. � Foi também marcado por uma crescente aceleração da circulação de pessoas e mercadorias, graças à expansão das redes de transporte terrestre e marítimo. � O comércio não era mais a essência do sistema. Nessa nova fase, o lucro provinha principalmente da produção de mercadorias realizada por trabalhadores assalariados. � O regime assalariado é, a relação de trabalho mais adequada ao capitalismo e se disseminou à medida que o capital se acumulava em grande escala nas mãos dos donos dos meios de produção, gerando lucro para o capitalista e mais-valia ao trabalhador. � O papel do Estado começou a mudar nesta época. A doutrina que melhor correspondia aos anseios da burguesia era a o liberalismo econômico. � Adam Smith em seu livro a riqueza das nações, defendia o individuo contra o poder do Estado e acreditava que cada um, ao buscar seu próprio interesse, contribuiria para o interesse coletivo de modo mais eficiente. � O Estado não deveria mais atuar nem intervir na economia, mas apenas garantir a livre concorrência entre as empresas(laissez-faire, laissez-passer). � Os princípios liberais aplicados às trocas comerciais internacionais redundaram na defesa do livre comércio, ou seja, da redução e até abolição das barreiras para a livre circulação das mercadorias. Capitalismo financeiro � Surge no final do século XIX, sendo marcante o processo de concentração e centralização de capitais. Empresas foram criadas e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, casas comerciais, corretores. � Houve fusões e incorporações que resultaram na formação de monopólios e oligopólios. � Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo, fazendo surgir as multinacionais. � O crescente aumento da produção e a industrialização expandiu- se para outros países, acirrou-se a concorrência. � Foi nesse contexto que ocorreu a expansão imperialista(neocolonial) no século XIX, na África e na Ásia – Conferência de Berlim(1884-1885), como forma de explorar matéria prima e gerar novos mercados consumidores. � Essa partilha imperialista consolidou a Divisão Internacional do Trabalho pela, qual as colônias se especializaram em fornecer matérias primas baratas para os países centrais e destes comprando os produtos manufaturados. � A DIT marcou a organização do espaço sob o capitalismo. As relações centro-periferia foram, em grande parte, fundamentadas pela divisão entre os países industriais e os países primários exportadores. � A DIT, no entanto, não é inalterável; ela se modifica de acordo com a conjuntura internacional. As crises do capitalismo levam a reestruturações econômicas e espaciais, podendo mudar o papel dos países nessa divisão. � Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a formação do bloco socialista, uma nova DIT se apresentou. Alguns países subdesenvolvidos passaram a exportar além de matérias primas também produtos industrializados(economias emergentes). As crises do sistema capitalista � A primeira grande crise do capitalismo ocorreu com a grande guerra provocados pelo imperialismo das grandes potências. Ressentimentos nacionalistas e rivalidades políticas e econômicas provocavam crises permanentes. � O progresso da indústria, a necessidade de escoar os produtos industrializados e a busca por novas matérias primas e alimentos contribuíram pelas novas conquistas coloniais. � A internacionalização do capital, que atraiu a oposição do nacionalismo econômico abalou os fundamentos da civilização européia, pôs em risco sua hegemonia e abriu espaço para entrada de novos personagens no cenário econômico mundial A crise econômica de 1929 � O enxugamento dos recursos financeiros internos provocou diminuição da quantidade de moeda corrente para compra de produtos. Houve aumento excessivo da produção por parte das empresas durante a década de 1920. � Com o tempo, o mercado consumidor não era mais capaz de absorver a produção industrial o que levou a diminuição da produção e ao desemprego. � Uma onda de especulação nas bolsas de valores. Os investidores eram atraídos por lucros que não eram mais gerados no sistema produtivo. Cada um comprava as ações pela “certeza” que as venderia por um preço mais elevado. OS EFEITOS DA CRISE � Em outubro de 1929, ocorreu a quebra da bolsa em New York: Os preços das ações despencaram. Os investidores correram para se desfazer de seus papéis, a qualquer preço. � A crise de 1929 foi o marco inicial de um período de recessão econômica e desemprego que se estendia em todo mundo. Em muitos países, o Estado passou a interferir na economia. � O New Deal(novo acordo), programa econômico e social, voltado ao combate ao desemprego e á ajuda aos carentes. Na Europa cria-se o “Estado do bem-estar social”. Uma política de garantia de saúde, educação e aposentadoria aos cidadãos. � CARTEL – Conjunto de empresas que atuam no mesmo setor da economia e estabelece acordos visando à ampliação de suas margens de lucro. � TRUSTE – É o resultado de processos de concentração e centralização de capitais, que levam a fusões e incorporações de uma mesma cadeia produtiva em determinado setor da produtividade. � MONOPÓLIOS – Situação em que uma única empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço. Quando o mercado é dominado por uma estrutura monopolista, os preços são fixados pela empresa monopolizadora e não pelas leis de mercado, garantindo-lhe superlucros. As praticas do capitalismo financeiro � OLIGOPÓLIOS – Conjunto de empresas que domina determinado setor da economia ou produto colocado no mercado. Em geral, impõe preços abusivos e elimina a possibilidade de concorrência, através da aquisição de pequenas empresas. Verifica-se oligopolização no setor automobilístico farmacêutico e química fina estabelecendo cotas de produção em áreas que exigem grandes investimentos. � HOLDING – Conjunto de empresas dominadas por uma empresa central que detém a maioria ou parte significativa das ações das subsidiárias (formam os conglomerados). Os maiores conglomerados do mundo são norte americano e japonês. General Eletric / General Motors – Estados Unidos; Sony – Japão; Fiat – Itália. holding A reordenação econômica pós guerra - 1945 � Na conferência de Bretton Woods em julho, de 1944 nos Estados Unidos lançou-se um plano que visava garantir a reconstrução e a estabilidade da economia mundial. � Durante a conferência foram constituídos dois organismos atuantes no cenário político econômico e financeiro mundial: � BIRD – Financiar a reconstrução dos países devastados pela guerra; visa também o desenvolvimento dos países membros. � FMI – Zelar pela estabilidade financeira mundial, garantir empréstimos a curto prazo aos países que estivessem com dificuldades para fechar seu balanço de pagamento. O FMI zelaria também pela estabilidade das taxas de câmbio e pelo padrão de referência do dólar. � Para completar as medidas econômicas foi constituído em 1947 o GATT que mais tarde passou a ser denominado de OMC. O objetivo estimular o comércio mundial combatendo medidas protecionistas. � ONU – Criada com o objetivo de preservar a paz e a segurança no mundo. Além de promover a cooperação internacional para resolver questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias. � O conselho pode investir disputas e conflitos internacionais ou no interior de um país, propor soluções visando acordos de paz e adotar sanções diplomáticas e bloqueio econômico.
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