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Partes e Procuradores Quarta-feira, 13 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Wolney 1 Estágio II Direito Processual do Trabalho Partes e Procuradores OBSERVAÇÕES GERAIS: Desconsiderem os erros ortográficos. Esse material de estudos é referente ao dia 13 de março de 2015. O material aborda todo o assunto ministrado pelo(a) professor(a) no dia 13 de março de 2015, levando em consideração os principais pontos que deverão merecer mais atenção. Para melhor fixação do assunto o material é composto de: Teoria Questões de concurso Referências bibliográficas: José Cairo Jr - Curso de Direito Processual do Trabalho (2014) - 7a ed.: Rev. ampliada e atualizada; Curso de Direito Processual do Trabalho - 11ª Ed. 2013 - Carlos Henrique Bezerra Leite Wolney de Macedo – Áudio aula - 13 de março de 2015. Bons estudos! Partes e Procuradores Quarta-feira, 13 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Wolney 2 1. SUJEITOS DO PROCESSO E SUJEITOS DA LIDE “Parte é quem pede e contra quem se pede tutela jurisdicional” – Moacyr Amaral Santos Os principais sujeitos do processo são: As partes (autor e réu) – tem interesse jurídico em sair vencedora na lide; as partes são sujeitos do processo e sujeitos da lide. Os terceiros intervenientes também são sujeitos do processo e da lide (auxiliares da Justiça permanentes ou eventuais e terceiros (p. ex.: testemunhas, licitantes e outros). O juiz – como representante do Estado é sujeito do processo cujo papel é compor o conflito com imparcialidade e justiça, fazendo atuar o ordenamento jurídico. O juiz é, pois, sujeito (desinteressado) do processo no que concerne à pretensão deduzida pelas partes; logo, ele não é sujeito da lide. O processo é formado, ordinariamente, pelo autor e pelo réu. O autor é aquele que propõe a ação e ocupa o polo ativo da relação processual; o réu, aquele contra quem é proposta a ação e ocupa o polo passivo da aludida relação. Podem ser partes tanto o empregado quanto o empregador. Recebe a denominação de reclamante, quando assume a posição ativa no âmbito da relação processual. É chamado de reclamado, quando assume a posição passiva. Podem ser parte em uma relação processual trabalhista, ordinariamente, todos aqueles que tem personalidade jurídica (capacidade de ser parte ou legitimação de ad processum). 2. CAPACIDADE DE SER PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL Capacidade de ser parte, capacidade processual e capacidade postulatória constituem espécies de pressupostos processuais relativos às partes, mas são inconfundíveis. 2.1. Capacidade de ser parte Todo aquele que tem personalidade jurídica tem capacidade de ser parte, o que não pode ser confundido com a possibilidade de ser o titular de direitos e obrigações de índole material. Desse modo quem pode ser parte é aquele que, em tese, pode ser o titular de direitos e obrigações (qualquer pessoa que inicia o nascimento com vida). Assim, todo ser humano tem capacidade de ser parte, independentemente de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação, seja para defender-se. É, pois, um direito universal conferido a toda pessoa humana. Os ordenamentos jurídicos reconhecem às pessoas jurídicas a capacidade de ser parte, uma vez que também podem ser titulares de direitos e obrigações. Partes e Procuradores Quarta-feira, 13 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Wolney 3 2.2. Capacidade de estar em juízo ou capacidade processual (ad processum) Toda pessoa que possui capacidade civil plena também possui capacidade processual, isto é, capacidade para estar em juízo na condição de autor, réu ou terceiro. Corresponde à capacidade de praticar atos jurídicos da vida civil, o que pressupõe, evidentemente a capacidade de ser parte. Assim, a plena capacidade, para pessoa física, é adquirida aos dezoito anos, inclusive para estar em juízo, presentemente, sem a necessidade de ser representado por outra pessoa. Há casos em que, embora tenha capacidade de ser parte, o titular do direito material não tem capacidade processual, isto é, capacidade de estar em juízo. É o que ocorre, por exemplo, com os absolutamente incapazes. Com menos de 16 anos o trabalhador será representado, com idade entre 16 e 18 anos ele será assistido. 2.3. Capacidade Postulatória (jus postulandi) É a capacidade para postular em juízo. Trata-se de autorização reconhecida a alguém pelo ordenamento jurídico para praticar atos processuais. No processo civil, o jus postulandi é conferido apenas aos advogados. Trata-se de um pressuposto processual referente às partes, pois estas devem estar representadas em juízo por advogados. Nos domínios do processo do trabalho, a capacidade postulatória é facultada (há exceção, Súmula n. 425 do TST) diretamente aos empregados e aos empregadores, nos termos do art. 791 da CLT. Posso atuar, em regra, sem constituir um advogado (isso não acontece com frequência) porque a capacidade postulatória é atribuída às partes. Convém advertir que o TST editou, uma Súmula n. 425, in verbis: JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Como se vê, esta nova súmula restringe o jus postulandi das partes à instância ordinária (Varas e TRTs) ou seja, se faz necessário o advogado até o 2º grau de jurisdição. Partes e Procuradores Quarta-feira, 13 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Wolney 4 Exercício / Questões de concurso 1. Prova: TRT 21R (RN) - 2012 - TRT - 21ª Região (RN) - Juiz - 1ª Parte Disciplina: Direito Processual do Trabalho | Assuntos: 4. Partes e Procuradores no Processo do Trabalho Leia as assertivas abaixo e marque a resposta correta sobre a representação processual no Processo do Trabalho perante os Tribunais, tendo em vista a jurisprudência pacificada do Tribunal Superior do Trabalho: I. Conquanto o art. 791 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que assegura aos empregados e empregadores reclamarem pessoalmente perante a Justiça do Trabalho, essa faculdade não alcança os recursos perante o Tribunal Superior do Trabalho; II. É possível às partes, nos termos do art. 791 da CLT, apresentarem recursos perante os Tribunais Regionais do Trabalho; III. Para a propositura de ação rescisória, a ação cautelar e o mandado de segurança, exige-se que a parte esteja representada por advogado; IV. Interposto o recurso para o Tribunal, não é possível ao recorrente protestar pela juntada posterior da procuração; V. Verificando o relator a ausência de procuração outorgada ao advogado subscritor do recurso, pode ser facultado prazo ao recorrente para o saneamento dessa nulidade relativa, tendo em vista o princípio do máximo aproveitamento dosatos processuais. a) todas as assertivas estão corretas; b) apenas as assertivas I e II estão corretas; c) apenas as assertivas II, III e IV estão corretas; d) apenas as assertivas I, II, III e IV estão corretas; e) apenas as assertivas I e V estão corretas. Partes e Procuradores Quarta-feira, 13 de março de 2015 Discente: Bruno C. Borges Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ Docente: Wolney 5 2. Prova: CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário - Área Administrativa Disciplina: Direito Processual do Trabalho | Assuntos: Partes e Procuradores no Processo do Trabalho O jus postulandi aplica-se de forma pacífica no primeiro grau de jurisdição, tanto nas ações trabalhistas quanto nos mandados de segurança, habeas corpus e habeas data. a) Certo b) Errado 3. Prova: CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário - Área Judiciária Disciplina: Direito Processual do Trabalho | Assuntos: 1. Fontes e Princípios do Processo do Trabalho , 4. Partes e Procuradores no Processo do Trabalho Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o jus postulandi não é mais permitido no processo do trabalho. a) Certo b) Errado
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