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ACADÊMICA: ANNA RITA MILIOSI MOTTA
MEDICINA 		TURMA XXVII
CMF II 	 Prof. NESTOR
NEUROTRANSMISSORES EXCITATÓRIOS
Acetilcolina
A acetilcolina é secretada por neurônios de diversas áreas do sistema nervoso mas especificamente por terminais das grandes células piramidais do córtex motor, vários tipos diferentes de neurônios nos gânglios da base, neurônios motores que inervam os músculos esqueléticos, neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo, neurônios pós ganglionares do sistema nervoso parassimpático e alguns neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. Em muitos casos, esse neurotransmissor possui efeito excitatório, embora também apresente efeitos inibitórios em algumas terminações nervosas parassimpáticas periféricas, como a inibição do coração pelo nervo vago.
A partir da estimulação parassimpática do coração, pelos nervos vagos, ocorre a liberação da acetilcolina que possui dois efeitos principais: primeiro, ele diminui o ritmo do nodo sinusal e segundo, ele reduz a excitabilidade das fibras juncionais átrio-ventriculares (A-V) entre a musculatura atrial e o nodo A-V, reduzindo a transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos. 
Nos núcleos da base, a acetilcolina age do córtex para os núcleos caudado e putâmen.
Acredita-se que a acetilcolina aumenta a ocorrência do sono REM (sono com movimentos rápidos dos olhos apesar de a pessoa ainda estar dormindo). Isso porque, neurônios secretores de acetilcolina na formação reticular da porção superior do tronco cerebral podem, a partir das extensas fibras eferentes, ativar muitas partes do cérebro.
Além disso, a acetilcolina e norepinefrina são secretadas por fibras nervosas simpáticas ou parassimpáticas. As fibras que secretam acetilcolina são as COLINÉRGICAS. Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos, tanto no sistema nervoso simpático como no parassimpático. Logo, acetilcolina aplicada nos núcleos da base excitarão tanto os pós-ganglionares simpático e parassimpático sendo que todos ou quase todos os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos são colinérgicos enquanto a maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos são adrenérgicos. Entretanto, as fibras nervosas pós-ganglionares simpáticas para as glândulas sudoríparas, musculo piloeretores dos pelos e alguns vasos sanguíneos são colinérgicas.
Então, todas ou quase todas as terminações nervosas do sistema parassimpático secretam acetilcolina enquanto quase todas as terminações nervosas simpáticas secretam norepinefrina (poucas secretam acetilcolina). Portanto, a ACETILCOLINA É UM TRANSMISSOR PARASSIMPÁTICO provocando, portanto, efeitos parassimpáticos.
Antes que a acetilcolina ou a norepinefrina possam estimular um órgão efetor, elas devem primeiro se ligar a RECEPTORES específicos nas células efetoras. O receptor fica na parte externa da membrana celular, ligado como grupamento prostético a uma molécula proteica que atravessa toda a membrana celular. Quando a substância transmissora se liga ao receptor, ocorre alteração da estrutura da molécula proteica que, se alterada, excita ou inibe a célula por causar alteração da permeabilidade da membrana ou ativar/inativar enzimas, ligada do outro lado do receptor proteico, onde ele proemina para o interior da célula.
A acetilcolina ativa dois tipos de receptores: MUSCARÍNICOS e NICOTÍNICO. Os fármacos específicos estimulam ou bloqueiam um dos dois receptores. Os receptores muscarínicos são encontrados em todas as células efetoras estimuladas pelos neurônios colinérgicos pós-ganglionares simpático e parassimpático. Os receptores nicotínicos são encontrados nos gânglios autônomos nas sinapses entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares simpático e parassimpático. Além disso, também estão presentes em muitas terminações nervosas não autônomas como nas junções neuromusculares e músculos esqueléticos.
Norepinefrina
A norepinefrina é secretada por terminais de diversos neurônios cujos corpos celulares estão localizados no tronco cerebral e no hipotálamo. Especificamente, os neurônios secretores de norepinefrina, localizados no locus ceruleus (Cerúleo) situado na ponte, enviam fibras nervosas para áreas encefálicas muito disseminadas no encéfalo auxiliando no controle da atividade geral e na disposição da mente, tal como aumento do nível de vigília. Além disso, também é secretada pela maioria dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático, onde excita alguns órgãos e inibe outros. É um neurotransmissor excitatório, ligando-se em poucas áreas a receptores inibitórios. 
A partir da estimulação simpática do coração pelas terminações nervosas ocorre a liberação de norepinefrina. A norepinefrina estimula os receptores adrenérgicos beta-1 o qual, acredita-se que aumente a permeabilidade das fibras aos íons sódio e cálcio, ocorrendo, enfim, aumento da frequência cardíaca.
Nos núcleos da base, a norepinefrina age em múltiplas vias gerais do tronco cerebral para diversos gânglios da base e até em outras partes do telencéfalo. 
A acetilcolina e norepinefrina são secretadas pelos nervos autônomos do músculo liso, embora não sejam secretadas pela mesma fibra nervosa. Quando a acetilcolina excita uma fibra muscular, a norepinefrina a inibe e quando a acetilcolina inibe uma fibra, a norepinefrina a excita. Isso ocorre porque ambos excitam ou inibem o músculo liso ligando-se a receptores proteicos na superfície da membrana muscular, uns receptores são excitatórios e outros inibitórios. Logo, o tipo do receptor determina se o músculo liso será excitado ou inibido e também determina qual dos neurotransmissores causa cada um.
Além disso, a acetilcolina e norepinefrina são secretadas por fibras nervosas simpáticas ou parassimpáticas. As fibras que secretam norepinefrina são as ADRENÉRGICAS, termo derivado de adrenalina – nome alternativo na epinefrina. 
A norepinefrina ativa dois tipos de receptores: ALFA E BETA. Os receptores BETA são divididos em beta¹, beta² e beta³ porque determinadas substancias químicas afetam apenas certos receptores beta. Além disso há os receptores alfa¹ e alfa². A norepinefrina e a epinefrina secretadas no sangue pela medula adrenal, têm efeitos diferentes na excitação dos receptores alfa e beta. A norepinefrina excita principalmente os receptores alfa mas excita os receptores beta em menor grau. Já a epinefrina excita ambos os receptores de forma semelhante.
Os receptores alfa, num geral, causam vasoconstrição, dilatação da íris, relaxamento intestinal, contração dos esfíncteres intestinais, contração pilomotora, contração do esfíncter vesical e, especialmente o receptor alfa² inibe a liberação de neurotransmissor. Os receptores beta¹ agem na cardioaceleração, o aumento da força do miocárdio e na lipólise (recebe glicose do fígado resultante da quebra do glicogênio diante hipoglicemia). Os receptores beta² agem na vasodilatação, no relaxamento uterino e intestinal, na broncodilatação, calorigênese, glicogenólise (consiste na conversão de glicogênio em glicose) e relaxamento da parede da bexiga. Já o receptor beta³ atua especialmente na termogênese. 
Glutamato
O glutamato é secretado por terminais pré-sinápticos, em muitas vias sensoriais aferentes, assim como em diversas áreas do córtex cerebral. Age, especialmente, em neurônios granulares que, em geral, possuem axônios curtos e funcionam, por isso, como interneurônios que transmitem sinais neurais por curtas distancias, como para o próprio córtex.
Acredita-se que o glutamato seja a substancia neurotransmissora secretada nas terminações nervosas para a dor do tipo A da medula espinhal. Essas fibras são responsáveis pela recepção de sinais dolorosos rápidos desencadeados por estímulos mecânicos ou térmicos na medula proveniente dos nervos periféricos.
Na retina, parte sensível à luz do olho, os bastonetes e cones liberam glutamato em suas sinapses com as células bipolares, isto é, células que transmitem sinais verticalmente dos bastonetes, cones e células horizontais para a camada plexiforme interna,onde fazem sinapse com as células ganglionares e amácrinas. As células amácrinas são interneurônios da retina e ela podem secretar GABA, glicina, dopamina, acetilcolina e indolamina, todas funcionando como transmissores inibitórios. Os neurotransmissores das células bipolares, horizontais e plexiformes não são totalmente conhecidos, mas pelo menos algumas das células horizontais liberam transmissores inibitórios
Acredita-se que o Glutamato seja o neurotransmissor liberado nas sinapses durante a despolarização da membrana das células ciliadas para excitação fibras nervosas auditivas. Além disso, esse neurotransmissor também pode estar ligado a receptores gustatórios, em especial o L-glutamato, presente em alimentos “umami” (deliciosos).
As ações do glutamato no SNC são mediadas por dois tipos de receptores. Aqueles que desencadeiam respostas celulares após a geração de segundos mensageiros ou da adeadenilato ciclase funcionalmente acopladas à proteína G regulatória (metabotrópicos). Outros tipos de receptores são os ionotrópicos por serem constituídos por canais catiônicos seletivos. Os metabotrópicos possuem 8 tipos de receptores (mGluR1 – mGluR8) sendo que esses receptores participam de uma serie de efeitos que incluem aumento da excitabilidade neuronal e modulação da atividade sináptica. Além disso, os mGluR podem também exercer efeitos excitatórios sobre os neurônios diretamente através da geração de correntes catiônicas não seletivas. Já os ionotrópicos (iGluRs) são divididos nos seguintes subtipos: AMPA, NMDA e cainato.
ATP
ATP, além de participar do metabolismo energético, também é estocado em vesículas pré-sinápticas e liberado após despolarização neuronal, atuando em receptores ionotrópicos e metabotrópicos do tipo P2. Foi reconhecido, então, que o ATP era prontamente clivado por hidrólise enzimática, formando ADP, AMP e adenosina. Supunha-se que deveria existir uma complexa família de receptores de membrana especializados em responder aos diferentes produtos de reação da hidrólise do ATP e foi, então identificado e caracterizado 19 receptores purinérgicos distintos. Os receptores de adenosina, são os receptores A1 e A2a. Quando ativados, os receptores A1 inibem a liberação de transmissores, como o glutamato e a dopamina, e inibem a atividade neuronal por hiperpolarização pós-sináptica. Já os receptores A2a apresentam um importante efeito modulatório sobre o sistema dopaminérgico.
Os receptores A1 estão amplamente distribuídos no SNC principalmente no hipocampo, córtex, tálamo e cerebelo. Já os receptores A2a estão em áreas dopaminérgicas além de ser encontrado no hipocampo.
Diversos estudos mostraram que ATP pode ser co-liberado de vesículas sinápticas de neurônios, se tornando acessível às células gliais que circundam as sinapses. Estudos farmacológicos de receptores revelaram que a maior parte das células gliais do sistema nervoso (astrócitos, oligodendrócitos, células de Schwann, células de Müller e micróglia) expressam receptores purinérgicos. A liberação de ATP de muitas células é uma resposta fisiológica ou patofisiológica ao estresse mecânico, hipóxia ou inflamação. Além disso, evidências morfológicas e bioquímicas sugerem que o ATP pode ser liberado a partir de células gliais por exocitose dependente de Ca2+. 
NEUROTRANSMISSORES INIBITÓRIO
Glicina
A glicina é secretada principalmente nas sinapses da medula espinal. Esse aminoácido exerce papel importante como neurotransmissor inibitório em interneurônios e motoneurônios espinhais. Além disso, atua nas porções mais rostrais do SNC e na retina.
O receptor para a glicina (GlyR) é um membro da superfamília de canais iônicos ligantes-dependentes que partilha propriedades com o GABA, sendo permeável a ânions e contendo canais capazes de exibir múltiplos estados de condutância.
GABA (ácido gama-aminobutírico)
O GABA é secretado por terminais nervosos situados na medula espinal, no cerebelo, nos nícleos da base e em diversas áreas do córtex. Age, especialmente, em neurônios granulares que, em geral, possuem axônios curtos e funcionam, por isso, como interneurônios que transmitem sinais neurais por curtas distancias, como para o próprio córtex. Praticamente todos os neurônios centrais são sensíveis à ação do GABA e, por não atravessas a barreira hematoencefálica, deve ser produzida à nível local, sendo sua matéria-prima o GLUTAMATO, um aminoácido que também é utilizado como neurotransmissor central.
Nos núcleos da base, o GABA age no núcleo caudado e putâmen para o globo pálido e substância negra. Por ser um neurotransmissor inibitório, o GABA age nas alças do feedback do córtex pelos gânglios da base e de volta ao córtex, deixando-as negativas, promovendo a estabilidade do sistema motor. 
No caso dos terminais nervosos, o GABA é liberado nas terminações pré-sinápticas. Esse neurotransmissor vai abrir os canais aniônicos permitindo a difusão de um grande numero de íons cloreto para o terminal nervoso. As cargas negativas desse íon inibem a transmissão sináptica porque cancelam boa parte do efeito excitatório dos íons sódio com carga positiva que também entram nos terminais quando chega o potencial de ação. 
O GABA exerce suas funções fisiológicas através da interação com duas classes de receptoes, designados GABAA e GABAB sendo que ambos coexistem em muitas áreas cerebrais. O principal existente nos vertebrados é o GABAA e o GABAB está localizado pré-sinapticamente e pós-sinapticamente, sobretudo nos dendritos (pós).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Guyton, A. & Hall. TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA. 12ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Silva, Penildon. 	FARMACOLOGIA. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
http://www.uff.br/neuroimuno/Dissertacao%20Mestrado%20Erick%20Loiola.pdf
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol28/n3/artigos/art160.htm

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