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Enfermidades do sistema locomotor de ruminantes

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Enfermidades do sistema locomotor de ruminantes
Clínica de ruminantes
Impacto econômico
Cerca de 80% das lesões em produção se
referem a sistema locomotor.
Escore de claudicação por vezes não
identificado.
Bovino de leite com dificuldade de
locomoção pode reduzir cerca de 15 a 20%
da produção leiteira total.
A taxa de concepção pode reduzir cerca de
5% na presença de lesões podais.
Casos graves ocorre queda de 50% na
produção.
Fatores de risco para claudicações
- Higiene.
- Época do ano.
- Casqueamento.
- Clima
- Umidade.
- Genética.
- Hereditariedade.
- Superlotação.
- Alimentação.
- Produção.
- Traumatismos.
- Instalações.
- Idade.
- Fase de lactação.
Ocorrências das doenças ortopédicas
dependem:
- Sistema de manejo.
- Ambiente.
- Nutrição.
A ausência de exercício prejudica o retorno
venoso digital, diminui a produção de casco e
aumenta a susceptibilidade de invasão
bacteriana.
92% - Cascos dos membros pélvicos.
8% - Cascos dos membros torácicos.
Biomecânica na incidência de lesões
locomotoras
Escore de locomoção grau 0
Postura normal com linha de dorso retilínea
em estação e locomoção, passos firmes com
distribuição correta do peso e apoios.
Escore de locomoção grau 1
Animal com discreta curvatura de dorso,
com capacidade de apoio reduzida de
membro afetado na fase de aterrissagem.
Escore de locomoção grau 2
Pequeno apoio em membro lesado em
repouso, com discreta curvatura de dorso,
rebaixamento de cabeça ao apoio de membro
lesado em aterrissagem.
Escore de locomoção grau 3
Pequeno apoio em membro lesado, com
curvatura evidente de dorso, mesmo em
repouso, rebaixamento da cabeça em apoio
ao membro lesado, relutância ou recusa a
movimentar-se.
Escore de locomoção grau 4
Incapacidade de apoio ou sustentação do
peso no membro lesado, relutância ou recusa
a movimentar-se.
Doença dos cascos
Doença da sola de casco:
- Hematoma de sola.
- Úlcera de sola.
- Doença da linha branca.
- Abscesso de sola.
Doença do talão e região periférica:
- Erosão de talão.
- Dermatite digital.
Doença do tecido interdigital:
- Hiperplasia interdigital (gabarro).
- Podridão de casco (pododermatite).
Outras doenças:
- Laminite.
Hematoma de sola
Derrame sanguíneo do córium.
Sola plana, macia e fina.
Umidade e cascalho.
Sinais clínicos:
- Ausência de claudicação evidente.
- Animal mais lento ao se locomover.
- Hemorragia escura em sola.
Tratamento
Retirar de piso duro - Piquete com solo
macio (cama).
Pedilúvio para endurecimento do casco.
- Formol a 5%.
- Sulfato de cobre 2%.
Utilização de tacos - Casos mais graves com
risco de ulceração.
Úlcera de sola
Também denominada - Pododermatite
séptica circunscrita.
Perda circunscrita do tecido córneo da sola
com exposição do córium.
Dano frequente na região lateral de unhas
posteriores e região medial de unhas
anteriores.
Sinais clínicos:
- Claudicação grau 1 a 2 - mais graves
com exposição de tecido córium e
consequente contaminação evidência
grau 3.
- Inspeção evidenciação das áreas de
perda do córium associado a
sangramentos e hematomas.
Tratamento
Casqueamento e pedilúvio com soluções
antissépticas.
Bota de proteção e perfusão.
Casos graves utilização de tacos.
Doença da linha branca
Separação e penetração de dejetos entre a
sola e a parede (linha branca), causando
geralmente abscedação.
Incidência: alta em bovinos confinados com
higiene deficiente e animais que ficam em
baixadas úmidas.
Fatores predisponentes:
Todos que levem a má qualidade do casco.
- Estábulos sujos e úmidos.
- Crescimento excessivo dos cascos.
- Laminite.
- Piso de cimento muito áspero.
- Pastagens com excesso de umidade.
Sinais clínicos:
- Graus leves tem ausência de
claudicação.
- Graus severos tem presença de
claudicação.
Tratamento
Casqueamento e limpeza do local, retirada
de material necrótico.
Utilização de antissépticos locais.
Erosão de talão
Perda irregular do tecido córneo do talão e
da sola.
Alta em locais com muita lama, umidade, má
higiene (acúmulo de dejetos), laminite
crônica - Casco de má qualidade.
Sinais clínicos:
- Claudicação grau 2 a 3.
- Presença de áreas erosivas com
tecido necrótico em talões.
Tratamento
- Limpeza e debridamento do talão.
- Soluções antissépticas locais -
iodopovidona 5 a 10%.
- Retirar animal de ambiente propício
- alta umidade e acúmulo de dejetos.
- Animais com laminite crônica -
adequar casqueamento e suporte de
tração com tacos, resina ou gesso.
Hiperplasia interdigital (gabarro)
- Crescimento excessivo de tecido
epitelial digital.
- Cauterização cirúrgica em casos
graves.
- Terapia anti-sépticos locais em
contaminações secundárias.
Dermatite digital
Fatores associados a limpeza e umidade:
- Falta de higiene ambiental.
- Evolução para pododermatite.
Tratamento
- Limpeza e pedilúvio à base de
bicarbonato de sódio (5%).
- Anti Sépticos locais (spray de
Oxitetraciclina, iodopovidona).
Pododermatite
Foot rot ou flegmão interdigital.
Infecção da região interdigital e tecidos
moles profundos.
Apresenta caráter agudo-doloroso com
claudicação intensa.
Ocorrência de surtos em épocas de chuvas,
com maior acúmulo de lama e contaminação
ambiental.
Maceração ou traumatismo.
Lesão local: Dichelobacter nodosus
(Bacteroides nodosus) e Fusobacterium
necrophorum (habitante normal do trato
digestivo).
Sinais clínicos:
- Aguda com claudicação severa,
febre, diminuição da produção
leiteira e perda de peso.
- Inflamação do espaço interdigital
com edema e separação das unhas.
- O edema se estende a ambos os
lados da quartela e boleto.
- Lesão interdigital caracterizada por
necrose ou fenda longitudinal com
secreção purulenta - Odor
desagradável.
Tratamento
Limpeza local com curetagem do tecido
necrosado ou fístula - Bandagens com
antibióticos tópicos e anti-sépticos.
Anti-sépticos à base de rifocina,
iodopovidona e formalina.
Utilização de pedilúvio ou botas de irrigação.
Antibioticoterapia sistêmica: 7 dias
(oxitetraciclinas ou penicilina, cloranfenicol
e cefalosporinas).
Associação e perfusão regional em casos
recidivantes.
Os AINES também podem ser utilizados (2
a 3 dias).
Laminite
Inflamação das lâminas do casco, com
descolamento e rotação falangeana.
Processo multifatorial:
- Teoria enzimática.
- Teoria vascular.
- Teoria inflamatória.
- Teoria metabólica.
Responsável por cerca de 60 a 70% das
afecções podais, muitas vezes não
identificada.
Laminite subclínica: associação com úlcera,
abscesso de sola, doença da linha branca e
hematoma de sola, amarelamento solar.
Laminite crônica: ou “casco achinelado” -
resultado de episódios prolongados de
laminite subclínica; Rotação falangeana.
Laminite aguda: dor, aumento do pulso,
calor podal, sensibilidade solar.
Fatores predisponentes
- Doenças sistêmicas (metrite,
mastite).
- Alimentação inadequada (rica em
carboidratos e pobre em fibra).
- Dor por traumatismos, pisos
ásperos, falta de conforto, defeitos
de aprumo e falta de exercício.
O excessivo fornecimento de carboidratos
causa fermentação ruminal excessiva,
deixando o pH abaixo de 5,5. Ocorre a
proliferação de lactobacilos e
Streptococcus bovis, causando acidose
lática ruminal, o que leva a bacteriólise de
bactérias gram-negativas que produzem
endotoxinas.
Ocorre a liberação de mediadores
inflamatórios, levando a vasoconstrição,
anastomoses arteriovenosas, microtrombos
e alteração da permeabilidade capilar.
Consequentemente tem a redução da
perfusão capilar nas lâminas dérmicas,
causando isquemia e hipóxia nas células
queratógenas, inibindo a síntese normal do
casco > Degeneração laminar.
Lesões clínicas associadas à laminite para
classificação de laminite subclínica
Sinais clínicos em casos agudos:
- Manifestação de dor e expressão de
grande ansiedade ao se locomover.
- tremor muscular e relutância à
movimentação.
- Sudorese e aumento da frequência
cardíaca e respiratória.
- Apoio sobre talões.
- Cascos afetadosestão quentes e
com presença de pulso digital, por
vezes edema em região
interfalangiana.
- Posicionamento “acampado”.
Sinais clínicos em casos crônicos:
- Crescimento excessivo dos cascos.
- Perda da elasticidade de sola e
achinelamento do talão.
- Cascos tornam-se quebradiços.
- A claudicação desaparece, porém o
animal deambula de forma errônea.
Diagnóstico:
- Exame clínico - Específico exame
locomotor.
- Escores de claudicação.
- Radiografia.
Tratamento
Iniciado o mais rápido possível e
busca remover a causa ou fator
predisponente e o alívio da dor.
Piquete com forragem e água de boa
qualidade, sem oferta de
concentrado.
Anti-inflamatórios:
-Flunixin-meglumine e fenilbutazona.
Casqueamento e correção das
afecções podais associadas.
Correção do aprumo
Referência - O comprimento na unha
interna.
Abaixamento da unha - Desde o
talão até a pinça.
Moldar as concavidades - Os dois
terços posteriores da unha.
Região dos talões deve ser limpa de
erosões e tecido necrótico.
Prevenção:
- Adoção de medidas que evitem a
acidose lática.
- Evitar o confinamento de animais
muito jovens (abaixo dos 14 meses
de idade).
- Seleção de animais cujas progênies
não apresentem esta condição.
- Adequadas condições de manejo
higiênico sanitário das instalações.
Rachaduras e fissuras de casco
- Decorrentes de manejo inadequado e
excesso de ressecamento da
muralha.
- Condição nutricional.
Fissuras verticais.
Fissuras horizontais.
Dieta e correção de ambiente.
Fissuras com fratura de muralha - utilização
de braçadeiras.
Artrite e sinovite
Inflamação das membranas sinoviais e
articulares.
Etiologia mais frequente é a bacteriana.
Incidência relevante em neonatos.
- Animais hipogamaglobulênicos.
- Baixa ingestão de colostro nas
primeiras 4 a 6h pós-parto.
Etiologia:
- Bezerros e cordeiros – doenças
articulares não específicas, de
origem hematógena secundária a
onfaloflebites ou enterites.
- Corynebacterium pyogenes,
Fusobacterium necrophorum,
Staphylococcus sp.
- Salmonella dublin, Salmonella
thyphimurium e Mycoplasma bovis.
Sinais clínicos:
- Claudicação e dor a manipulação
articular.
- Calor a palpação.
- Aumento de volume articular, casos
graves com ruptura de cápsula.
- Hipertermia e inapetência.
- Perda de peso.
- Taquicardia e taquipnéia.
- Frequentemente articulações
acometidas são jarrete, soldra e
joelho.
Diagnóstico:
- Sinais clínicos e histórico de
alterações perinatais ou
traumatismos.
- Radiografia e ultrassonografia
articular.
- Artrocentese com citologia e cultura
de líquido sinovial.
Tratamento:
Antibioticoterapia sistêmica (amplo
espectro e alta concentração articular,
mínimo 7 dias).
- Penicilinas + aminoglicosídeos.
- Ampicilina.
- Cefalosporinas.
- Tetraciclinas.
- Sulfametaxazole + trimetoprim,
Sulfadiazina + Trimetoprina.
Anti-inflamatórios não esteroidais:
- Flunixin meglumine.
- Fenilbutazona.
- Diclofenaco.
Drenagem e lavagem articular.
Perfusão regional (aminoglicosídeos).
Desvios angulares e flexurais
Angulares:
- Condições congênitas e adquiridas.
Flexurais:
- Contraturas e hiperextensão.

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