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Urologia - Neoplasias Urogenitais

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Urologia 
 Aluna: Priscila Behrens 
 Prof. Dr. Bruno Sarmento 
Disfunção Erétil 
Revisando a Anatomia 
Inervação do Pênis: 
Autonômica: responsável pela parte funcional do posto de vista erétil. Confluem para formar a 
inervação do plexo pélvico que inerva o pênis 
• Simpática (T11 – L2): relacionada com descargas adrenérgicas (adrenalina, reação fuga 
ou luta, stress) – contrária à ereção, responsável pela detumescência peniana; 
o Importante para controle da efetiva drenagem e circulação peniana, evitando o 
priapismo. 
• Parassimpática (S2 – S4): responsável pela vasodilatação, pelo relaxamento dos corpos 
cavernosos e pela ereção. 
Sensorial: é dada por uma via diferente da autonômica, e a inervação motora é responsável pela 
contração dos músculos ísquio e bulbo cavernosos. 
 
Estruturas mais importantes na haste peniana: 
Corpos Cavernosos: 
• Estruturas corpóreas em número par (direito e esquerdo), com artéria central em cada 
corpo; 
• No corpo do pênis aplainam-se para frente, unindo-se na base da glande; 
• As vênulas atravessam o corpo cavernoso na direção obliqua e essas vênulas promovem 
a drenagem sanguínea - tende a aumentar a pressão no momento da ereção; 
• Ponto de fixação caudal – crura (ramo isqui-púbico > pelve óssea), após bifurcação dos 
mesmos. 
 
Corpo Esponjoso: 
• Se localiza na parte mais ventral do pênis abaixo dos corpos cavernosos, há apenas um 
e também é erétil; 
• Normalmente tem duas arteríolas e se comporta como uma estrutura de proteção da 
uretra esponjosa, por rodeá-la; 
• Não está relacionado com rigidez peniana, mas ao volume; 
• Sua extremidade posterior se dilata e forma o bulbo no nível da raiz do pênis; 
• Sua extremidade anterior⁄ distal se dilata e forma a glande. 
 
 
 
 
Os corpos cavernosos e o 
corpo esponjoso são 
formados pelo tecido erétil. 
 Urologia 
 Aluna: Priscila Behrens 
 Prof. Dr. Bruno Sarmento 
Revisando a Fisiologia da Ereção 
 
Paciente que tem lesão raquimedular em região lombar baixa (sacral), esse paciente tende a 
perder a capacidade de ter ereção a partir do toque no pênis, chamada de ereção reflexo, mas 
continua mantendo a capacidade em estímulo visual. 
Paciente com lesão raquimedular em região mais alta, como a torácica, o paciente tende a 
continuar tendo a capacidade de ereção a partir do toque, mas perde a capacidade de ereção 
em estímulo visual. 
Paciente tetraplégico, em modo geral, tem a capacidade erétil abolida em todas as situações. 
Resumo: traumas raquimedulares em diferentes alturas podem ter diferentes repercussões 
sobre função erétil do homem. 
1: Medicamentos como inibidores de fosfodiesterase (Viagra, Cialis, Levitra, Helleva etc) não 
induzem a ereção, elas agem impedindo a degradação dos GMP cíclicos, evitando escape de 
sangue do pênis e fazendo com que o paciente consiga progressivamente melhorar a ereção. Se 
o paciente tomar e não tiver estímulo, dificilmente terá ereção. 
 
Qualquer tipo de estímulo físico ou psicológico precisa ter integração com o SNC para que leve 
o estímulo até o órgão efetor (pênis). Primeiro o pênis ganha volume para depois ganhar rigidez, 
com a compressão das vênulas. 
1 
 Urologia 
 Aluna: Priscila Behrens 
 Prof. Dr. Bruno Sarmento 
Epidemiologia 
• Acomete mais idosos, aumentando a taxa de prevalência de acordo com a idade devido 
a doenças vasculares como HAS, DM2, Síndrome metabólica, Desequilíbrio hormonal – 
quando ocorre em jovens as causas são diferentes, como traumas e psicogênica; 
• 20 – 30 novos casos a cada 1.000 habitantes por ano; 
• Estima-se que afeta mais de 150 milhões de homens no mundo e se espera que esse 
número duplique até 2030. 
 
Fatores de Risco 
• Diabetes Mellitus – a prevalência da DE entre 20% a 85; 
• Doenças Cardiovasculares – aproximadamente 35% dos homens com hipertensão tem 
algum tipo de disfunção erétil; 
• Dislipidemia – níveis altos de colesterol e lipoproteínas de baixa densidade estão 
significativamente relacionados com a disfunção erétil moderada e severa; 
• Síndrome metabólica e sobrepeso – especialmente em pessoas obesas, devido ao estilo 
de vida sedentário e falta de exercícios; 
• Trauma / Cirurgia – particularmente se danificam os nervos e artérias relacionados com 
a fisiologia da ereção; 
• Condições psicológicas – idade, cigarro, ingestão de álcool, predisposição genética 
• Farmacológica – antipsicóticos, anti-hipertensivos (betabloqueadores, HCTZ), 
antidepressivos (fluoxetina), anti-parkinsonianos, opioides, anti-histamínicos, 
anfetaminas, barbitúricos, diuréticos (losartana, espironolactona); 
• Doença de Peyronie – dor durante ereção, enrijecimento peniano; 
• Causas emocionais – ansiedade, depressão, estresse; 
• Neurogênica – esclerose múltipla, radioterapia, AVC etc. 
 
Diagnóstico 
É realizada uma história clínica e sexual do paciente para distinguir entre problemas de ereção, 
ejaculação, orgasmo e desejo sexual. 
• Exames físicos (mal formações, placas fibróticas, lesões, micropênis, criptorquidico 
lateral etc); 
• Exames laboratoriais (hemograma, glicemia, hemoglobina glicosilada, testosterona 
total, SHBG, testosterona biodisponível, albumina, eixo hipotálamo hipofisário – FSH, LH 
e Prolactina, T4livre e TSH – disfunções tireoidianas podem ter influência); 
• Exames neurológicos (traumas tóraco-lombo-sacros); Sorologia HTLV. 
• Exames psicossexual – paciente ansioso, com agitação psicomotora, em uso de 
medicamentos psiquiátricos. 
• Teste de ereção fármaco-induzido com prostaglandina e controle USG com doppler – 
Geralmente feito quando o tratamento de primeira linha não surtiu efeito, injeta no 
corpo cavernoso e instantaneamente ocorre a ereção. Principal complicação: Priapismo. 
o O teste pode falhar quando o paciente tem um comprometimento vascular 
sério ou por stress e não faz o mecanismo das vênulas. 
 Urologia 
 Aluna: Priscila Behrens 
 Prof. Dr. Bruno Sarmento 
Classificação 
 
 
Tratamento 
• Primeira Linha 
Paciente jovem com disfunção erétil por origem psicogênica, pode ser prescrito um placebo. 
o Farmacoterapia oral – inibidores de fosfodiesterase; 
▪ Contraindicação formal para o uso de inibidores de fosfodiesterase: 
Paciente cardiopata, com doença arterial coronariana, principalmente 
que usa nitrato. 
o Bomba a vácuo (mecanismo manual ou elétrico, faz um garrote no pênis e faz 
pressão negativa ocorrendo a ereção – precisa fazer o garrote na base do pênis 
para manter a ereção). 
▪ Complicações: lesão de uretra, isquemia peniana, redução da 
sensibilidade etc. 
 
 
 Urologia 
 Aluna: Priscila Behrens 
 Prof. Dr. Bruno Sarmento 
• Segunda Linha 
o Medicamento intracavernosa 
▪ Complicação: PRIAPISMO 
o Injeções uretrais (não veiculado mais no Brasil por baixa aceitação) 
 
 
• Terceira Linha 
o Implantação de Prótese Maleável (Semi rígida) 
▪ Filamento de metal, geralmente de prata ou de platina, revestido por 
silicone. Confere rigidez ao pênis; 
▪ Paciente fica com ereção o tempo inteiro – rigidez para a vida toda, 
quando estimulado aumenta o volume. 
 
o Implantação de Prótese Inflável 
▪ Substitui toda a estrutura dos corpos cavernosos e a bombinha fica na 
bolsa testicular, quando quer ereção aperta essa bombinha. 
▪ Bolsa feita de soro fisiológico.

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