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Amanda Ribeiro DEFINIÇÃO O pneumotórax ocorre quando o ar penetra e se acumula no espaço pleural Óbito decorrente de ptx espontâneo é raro. O tabagismo aumenta a probabilidade de ptx espontâneo em 22x/homem e 8x/mulheres. O ptx espontâneo 1º ocorre na ausência de trauma ou evento precipitante = bolhas ou lesões subpleurais Pacientes com mais risco são os que tem historia de tabagismo, síndrome de Marfan, homocistinuria ou HF de ptx. Pacientes com ptx espontâneo primário tendem a ser homens altos, magros e jovens. O ptx espontâneo 2º ocorre como complicação de uma doença pulmonar subjacente. DPOC é a mais comum 70% - infecção respiratória por Pneumocystis jirovecii, fibrose cística e tb. Ptx traumático é resultado de uma lesão penetrante ou contusa no tórax. Ptx hipertensivo pode complicar do ptx 1º/2º. FISIOPATO Gas dentro do espaço pleural Pressao alveolar é maior que a pressão intrapleural e ela é menor que a pressão atmosféricas. Se houver uma comunicação entre um alvéolo e o espaço pleural os gases irão pro espaço pleural até o gradiente de pressão não existir mais ou a comunicação anormal for interrompida. Ptx hipertensivo ocorre quando a pressão intrapleural fica maior que a pressão atmosférica – o acumulo de pressão no espaço pleural resulta em hipoxemia e Insf resp. pela compressão do pulmão. CLASSIFICAÇÃO Pneumotórax espontâneo: ausência de trauma precedente ou evento precipitante. subdividido em: Pneumotórax primário: ocorre sem doença pulmonar clinicamente aparente Pneumotórax secundário: ocorre como complicação de uma doença pulmonar subjacente, incluindo Pneumotórax catamenial secundário à endometriose torácica. Pneumotórax traumático: resultado de uma lesão penetrante ou contusa no tórax. Podem resultar de lesão acidental ou não acidental. O pneumotórax iatrogênico é uma forma de pneumotórax traumático acidental e ocorre como resultado de complicações relacionadas às intervenções médicas. Pneumotórax hipertensivo: ocorre quando a pressão intrapleural excede a pressão atmosférica na expiração e com frequência durante a inspiração. Pneumotórax ex-vácuo: ocorre quando o rápido colapso do pulmão produz uma diminuição na pressão intrapleural - Atelectasia do lobo superior direito. O aumento da pressão intrapleural negativa faz com que as moléculas de nitrogênio gasoso migrem dos capilares pulmonares para o espaço pleural. – tosse ou dispneia QUADRO CLINICO A maioria tem dispneia e dor torácica PTX HIPERTENSIVO Dispneia e dor torácica ipsilateral de inicio súbito. A maioria dos casos de pts espontâneo primário ocorre em repouso Os sintomas são mais graves no PTX 2º do que o do PTX 1º Ex vácuo = tosse pela Obstrucao de VA. Dispneia EXAME FISICO Ptx hipertensivo = aumento do EIC, hiperressonancia/timpanismo na percurssao e traqueia se desloca ao hemitorax contralateral. Pode haver perda da consciência. Ptx 1º = diminuição da excursão torácica, hiperinsuflacao ipsilateral do hemitorax com MV diminuídos e hiperressonancia/timpanismo à percussão Ptx 2º = ptx 1ª e olhar achados pela da respiração Amanda Ribeiro EXAMES DE IMAGEM Vitimas de trauma com lesões torácicas sempre devem ser avaliados quanto ao PTX O hipertensivo é uma emergência, onde o hemitorax envolvido deve ser descomprimido imediatamente. Sem esperar rx. Rx de tórax é primeira linha e mostra uma linha pleural visceral Ptx 2º o pulmão doente esta hipertransparente. Volumes de menos de 50 mL de gás pleural podem ser vistos na posição ereta. Pelo menos 100 mL de gás intrapleural são necessários para visualizar um pneumotórax nos pacientes em supino. Tc mais sensível que rx = casos de enfisema subcutâneo, pcts em UTI DX DIFERENCIAL Exacerbação aguda na asma = com sibilo expiratório e contrição torácica Exacerbação da DPOC = febre, aumento da tosse e alteração da cor da expectoração Embolia pulmonar Isquemia miocárdica Derrame pleural = dor, mas quanto mais liquido menos dor. Exame físico com diminuição do frêmito, macicez a percussão e MV diminuídos. Dispneia com o liquido ABORDAGEM Remover o ar do espaço pleural e diminuir a recorrência Ttt inicial = oxigenoterapia suplementar, aspiração percutânea do ar no espaço pleural e toractomia com dreno torácico. Pleurodeese – limita a recorrência. Introdução de uma substancia no espaço pleural que irrita as superfícies pleurais com a adesão subsequente das pleuras HIPERTENSIVO Não secundário a trauma: Descompressão com inserção imediata de uma canula de grande calibre no espaço pleural através do 2º EIC na linha hemiclavicular ou 4/5ºEIC na linha axilar media. Chiado confirma o dx. Secundário a trauma = toracostomia aberta para descompressão. 4/5º EIC na linha axilar media como ttt de 1ª linha. PTX ESPONTANEO PRIMARIO Estaveis com podem ser ttt de modo conservador com alto fluxo de O2 suplementar (10L/min) e conduta expectante. Ptx grande = aspiração por agulha percutânea. Cateter IV no Espaço Pleural na interseção na linha médio clavicular e o 2º/3º EIC. Pode fazer a drenagem com dreno intercostal. PTX ESPONTANEO SECUNDARIO Estáveis e pequeno = dreno torácico (<1 cm), O2 suplementar de alto fluxo (10L/min) e conduta expectante. Pptx moderado (1 a 2 cm) = aspiração com agulha e se fracassar – dreno torácico ou cateter de calibre pequeno. Grande (>2cm) = dreno torácico ou cateter de calibre pequeno no espaço pleural. COMPLICAÇÕES Edema pulmonar com reexpansao Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) relacionada à pleurodese por talco. DERRAME PLEURAL A pleura é formada por 2 membranas seroas. Pleura visceral e a parietal O espaço pleural é um espaço virtual delimitado pelas duas pleuras e que contém uma pequena quantidade de líquido (0,1ml/kg) com a função de lubrificação, facilitando o deslizamento pleural. Os derrame pleural pode ou não estar associados a doença da pleura Os causados por doenças da pleura em si assemelham-se ao plasma (exsudatos), enquanto os que ocorrem com uma pleura normal são ultrafiltrados do plasma (transudatos). As pressões oncóticas e hidrostáticas regulam o movimento do líquido entre a pleura. Um desequilíbrio desta relação pode causar acúmulo anormal de transudato. Processos inflamatórios ou malignos, por sua vez, podem promover aumento da permeabilidade da membrana capilar e Amanda Ribeiro pleural ou bloqueio linfático, o que permite o acúmulo de exsudato. MEDICAMENTOS associados a derrame pleural = Metotrexato, amiodarona, fenitoina, nitrofurantoina e BB SINTOMAS Dor, tosse seca e dispneia Dor pleurítica = pontada, varia com movimentos respiratórios, moderada intensidade. Nos processos embólicos e ptx = súbita Grau proporcional a qtd de liq EXAME FISICO Tórax com percussão maciça, frêmito ausence, ausência/diminuição de MV. Turgência jugular, S3 Galopante, edema periférico = ICC Ictus de Vd propulsivo ou TVP = TEP Linfadenopatia ou hepatoesplenomegalia = neoplasia e ascite Sinal de Lemos Torres corresponde a um abaulamento expiratório localizado nos últimos espaços intercostais, principalmente à expiração forçada nos pequenos e médios derrames. Sinal de Litten corresponde a ausência da visualização da depressão intercostal inspiratória no hemitórax acometido. Sinal de Signorelli corresponde a mudança do som claro pulmonar durante a percussão da coluna vertebral. Parábola de Damoiseau delimita o limite superior do derrame pleural. AVALIAÇÃO INICIAL POR IMAGEM Os liqudos se acumulamna parte inferior da cavidade torácica devido aos pulmões ter menor densidade que o liquido. Rx PA liquido >200 ml pra obliterar o recesso costofrênico lateral RX perfil 50ml já altera o recesso costofrenico posterior USG se duvida e ajuda na localização da punção nos DP pequenos N é necessário rx de controle de rotina, só se for ar durante punção, tosse, dor torácica ou dispneia. TORACONCETESE Se o derrame >10 mm na RX de decúbito lateral ou na USG. Se o paciente tiver ICC com derrame bilateral de tamanhos semelhantes, afebril e sem dor torácica, pode fazer diurético Toracocentese indicada se houver derrame unilateral ou sem melhora após 48 h do inicios dos diuréticos No inicio é usada pra dx Se o pct tiver dispneia ao repouso a terapêutica serve pra retirar ate 150 ml. ANALISE DE LIQUIDO PLEURAL APARENCIA Aspecto sanguinolento sugere malignidade, tromboembolismo pulmonar ou trauma; Líquido leitoso pode indicar quilotórax ou pseudoquilotórax; Aspecto purulento define empiema; Odor pútrido pode indicar infecção por anaeróbios; Odor de urina sugere provavelmente urinotórax. TRANSUDATO X EXSUDATO Criterio de LIGHT = três parâmetros, bastando um positivo para caracterizar como exsudato: proteína pleural/sérica > 0,5; LDH pleural/sérico > 0,6; LDH > 2/3 do limite superior da normalidade para nível sérico. Pct com ICC que utiliza diuréticos medir o gradiente da albumina. O valor da albumina serica menos albumina pleural maior 1,2g/dl. Proteína pleural maior que 2,9 g/dl e colesterol pleural maior que 43 mg/dl também sugerem tratar-se de exsudato Amanda Ribeiro CELULARIDADE TOTAL E DIFERENCIAL predomínio de neutrófilos no líquido pleural (> 50% das células) indica processo agudo = derrame parapneumônico, tromboembolismo pulmonar e (TB) aguda. predomínio de linfócitos (> 50% das células), as principais causas são malignidade e TB. Uma proporção muito alta de linfócitos (> 80%) sugere TB, linfoma, derrame reumatoide crônico, sarcoidose e pós- revascularização do miocárdio. Derrame eosinofílico = contagem de eosinófilos ≥ 10% das células. As causas mais comuns são a presença de ar ou sangue no espaço pleural, derrames parapneumônicos, síndrome de Churg- Strauss, linfoma, infarto pulmonar, parasitoses, derrames por medicamentos e malignidade. PH PLEURAL Normal = ph 7,60 Transudatos 7,40 e 7,55 Exsudatos 7,30-7,45 <7,30 – acidose do liquido pleural = malignidade, derrame infeccioso complicado, AR, TB. ADA –ADENOSINA DEAMINASE Diagnóstico diferencial entre causa maligna e TB em um derrame linfocítico, mas com esfregaço e cultura negativa. O valor de corte usado para TB é > 40 U/l. Pode ser encontrada elevada também no empiema e artrite reumatoide. COLESTEROL E TRIGLICERIDEOS Aspecto leitoso = quilotorax e pseudoquilotorax valores de triglicerídeos > 110mg/dl = quilotórax; valores de triglicerídeos < 50mg/dl e colesterol > 200mg/dl indica peseudoquilotórax. TESTES PARA CANCER Citologia é um exame rápido e minimamente invasivo se suspeita de malignidade A taxa do dx é maior para adenocarcinoma Toracoscopia é o procedimento de escolha nos pacientes com suspeita de câncer com citologia negativa. BACTERIOSCOPIA E CULTURAS Importantes para diagnóstico e orientação da antibioticoterapia nos derrames pleurais infecciosos Cultura para germes piogênicos é positiva em cerca de 60% dos casos Derrame tuberculoso, a baciloscopia é frequentemente negativa, com sensibilidade de no máximo 5%. INVESTIGAÇÃO INVASIVA Bx pleural percutânea = pleura é acometida difusamente, como nos casos de TB pleural e granuloma não caseoso da artrite reumatoide, Toracoscopia = se toracocentese inconclusiva Cirurgia torácica vídeo assistida = precisa de anistia geral Broncoscopia DP INDETERMINADO Após uma completa investigação, incluindo biópsia por toracoscopia, um número significativo de pacientes com exsudato ainda permanece sem diagnóstico. A maioria dos casos de derrame indeterminado apresenta um curso benigno, com resolução espontânea TTT DERRAME PARAPNEUMONICO E EMPIEMA Uso de atb empírico Toracocentese apenas em derrames pequenos ou moderados (menos da metade do hemitorax) com gram e culturas negativas e ph > 7,2 Drenagem pleural é para DP parapneumonico de grande volume, gram e cultura positivas, ph < 7,2, liquido pleural turvo ou francamente purulento Para retirar o dreno precisa de drenagem <100 ml/dia. Toracoscopia é preconizada quando a drenagem pleural foi ineficaz, necessitando de uma higiene mais eficaz da cavidade pleural. DERRAME PLEURAL TB O esquema terapêutico é igual ao das demais formas, com uso de 4 drogas combinadas (RIPE) em um mesmo Amanda Ribeiro comprimido por 2 meses, seguido de 2 drogas (RI) por mais 4 meses DERRAME PLEURAL NEOPLASICO PALIATIVO Sobrevida 4 meses. Controlar de forma duradoura o derrame, aliviar os sintomas e reexpandir o pulmão. Uma opção terapêutica amplamente difundida é a inserção de cateteres pleurais de longa duração. DERRAME PLEURAL RECIDIVANTE NÃO NEOPLASICO Pacientes assintomáticos não necessitam abordagem. A toracocentese de repetição é apropriada para derrames que não reacumulam rapidamente. Nos casos de rápido reacúmulo de líquido pleural, a pleurodese se torna uma boa opção terapêutica. Os cateteres tunelizados de longa duração com drenagem externa intermitente também são usados. CANCER DE PULMÃO Doença maligna mais comum no mundo Principal causa de mortalidade por ano O ca de pulmão é o 2º tipo de câncer de maior incidência em homens e o 4 º tipo em mulheres. 1º próstata H / 1º mama – M FATORES DE RISCO Uso do tabaco (passivo tb) HF + pra ca de pukmai Inifeccoes pulmonar de repetição Sem prevalência de câncer de pulmão relacionado com outros fatores de risco = amianto, fumaca da combustão da lenha e radônio. Doenças pulmonares previas Poluição ambiental Idade avançada CLINICA A maioria assintomáticos Sintomas podem varias desde tosse persistente, perda de peso (+10kg 6meses, + 5 kg em 1 mês), anorexia ou hiporexia, apatia, adinamia. Pneumonia recorrente, hemoptise, dispneia, dor torácica, rouquidão (compressão do nervo laríngeo recorrente). Sintomas das Síndromes paraneoplasicas: síndrome endócrina que ocorre concomitante com as neoplasias. 1. Síndrome de horner = compressão pelo tumor do tronco simpático = ptose palpebral, miose, anidrose, enoftalmia 2. Sindrome de Pancoast = dor no ombro e parestesia = compressão do plexo braquial 3. Síndrome da veia cava superior = edema em face e mmii, turgência jugular, dispneia. CLASSIFICAÇÃO HISTOLOGICA Tumores centrais = carcinoma de pequenas células e carcinoma epidermoide Tumores periféricos = adenocarcinoma e carcinoma de grandes células CPCP = CARCINOMA DE PEQ CEL As taxas diminuíram dps de 1990 e as de adenocarcinoma aumentaram Ota cell = mais agressivo das neoplasias pulmonares. Intimamente ligado ao tabagismo Tem pior prognostico Inoperável Boa resposta com radio Manifestações com síndromes paraneoplasicas pq é um tumor indiferenciado Dx pela cultura do escarro, mas a maioria só dx quando há metástase. CARCINOMA EPIDERMOIDE Escamoso ou espinocelular Subtipo + comum em não fumantes. Cavitações em imagens CPCNP = CA PULMONAR DE CELULAS NÃO PEQUENAS DX EM FASES MAIS avançadas, pouca taxa de sobrevida 70% dos pcts tem doença avançada. Pouco diferenciadas DX E ESTADIAMENTO TNM Imagem = TC contrastada + histopatológico Imunohistoquimica Amanda Ribeiro TTT Cirurgia = segmentectomia, lobectomia ou exérese de um pulmão Quimio = adjuvante Radio = adjuvante = efeito regional Prognostico em neo malignas é 5 anos METASTASES Pcp para linfonodos hilares, cervicais e pericárdicas. Hematogenica = supra-renais e cérebro Nódulo único = lesão menor ou igual a 3 cm deve avaliar = Idade, tabagismo, tamanho do tumor, caract do tumor (tempo de crescimento, margens e calcificações. Benignidade = realizar avaliação seriada com exames de imasgem. Persistência do padrão = reavaliar 2 em 2 anos. Malignidade = propedêutica invasiva pra ver o melhor ttt DX DIFERENCIAL Pneumonia Tb Infecção fungica Abscesso pulmonares
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