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Introdução à ozonioterapia..........................................................................................................................1 Como gerar ozônio..........................................................................................................................................3 História sobre o ozônio...................................................................................................................................4 Mecanismo de ação.......................................................................................................................................6 Efeitos fisiológicos............................................................................................................................................9 Técnicas de aplicações.................................................................................................................................11 Geradores..........................................................................................................................................................20 Água ozonizada e os benefícios................................................................................................................31 Óleo ozonizado................................................................................................................................................35 Anamnese.........................................................................................................................................................42 Efeitos adversos.............................................................................................................................................48 Gerenciamento de resíduos......................................................................................................................50 Segurança ocupacional...............................................................................................................................51 Quando Procurar outros profissionais...................................................................................................52 Exercícios de fixação.....................................................................................................................................53 SUMÁRIO 1 | Pós Graduação Ozonioterapia Introdução à ozonioterapia Ozônio O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto o oxigê- nio é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). For- ma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem e, os átomos separados, combinam-se individualmente com outras mo- léculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente pela ação dos raios UV ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3. Figura 1 – Molécula de ozônio Fonte: Biomedicina estética, 2019 2 | Pós Graduação Ozonioterapia tempestade, porque a descarga elétrica de raios entre nuvens e terra catalisa a formação de ozônio a partir do oxigênio atmosférico. O nome ozônio vem do gre- go e significa exalar cheiro, em condições normais é um gás incolor, mas na estra- tosfera é responsável pelo azul do céu. O ozônio O3 é 10 vezes mais solúvel que que o O2. Entre os agentes oxi- dantes, o ozônio é o terceiro mais for- te depois de flúor e persulfato, um fato que explica a sua elevada reatividade. O ozônio é uma molécula gasosa natural composta por três átomos de oxigênio; enquanto a molécula de oxi- gênio, muito mais estável, é composta por apenas dois átomos. Christian Frie- drich Schonbein (1799-1868), descobriu o ozônio em 1840, quando, trabalhando com uma pilha voltaica na presença de oxigênio, notou a emergência de um gás com um “cheiro elétrico e pungente” que poderia ser um tipo de “oxigênio super- -ativo”. Podemos cheirá-lo durante uma O ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e de oxigê- nio puro, produzido por um gerador de ozônio. O equipamento promo- ve uma descarga elétrica entre 13.000 e 15.000 volts nas moléculas de oxi- gênio, o que possibilita a agregação dos átomos e a formação do gás ozônio. Fonte: ozone Life, 2019 3 | Pós Graduação Ozonioterapia Geração de Ozônio Esquema de um gerador de ozônio medicinal Podemos observar que esta re- ação é reversível, praticamente o que significa que o ozônio se decompõe es- pontaneamente e por isso é dificilmen- te armazenável. Além disso, a vida do ozônio molécula depende da tempe- ratura, de modo que a 20°C, a concen- tração de ozônio é reduzida para meta- de no decurso de 40 min. A 30°C dentro de 25 min. Enquanto que à tempera- tura de -50°C é reduzida para metade só depois de três meses. (Bocci, 2014). O aparelho deve ser construído com os melhores materiais ozônio-resis- tentes, tais como Inox 316L de aço inoxi- dável, titânio puro de grau 2, vidro Pyrex, Teflon, Viton e poliuretano, evitando qual- quer material que possa ser libertado de- vido à oxidação do ozônio. (Bocci, 2014) Ozonioterapia é um tratamento médico utilizando a mistura de oxigê- nio em ozônio (de 95% - 99,95% de oxi- gênio e de 0,05% - 5% de ozônio) como um agente terapêutico para o trata- mento de uma ampla gama de doen- ças. Uma vez que o ozônio não pos- sui receptores e o seu mecanismo de ação farmacológico é indireto, porque atua através dos seus mediadores, a resposta depende da transdução de Histórico 4 | Pós Graduação Ozonioterapia Figura 3 - Modulação imunológica Fonte: patologia clínica, 2018. 1840 O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica. E, pela frequência sistemática com que isto ocorria, o cha- mou de “ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”. 1857 O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, aparelho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de descargas elétricas. sinais nucleares e mecanismo de ati- vação (Nrf2: fator nuclear (2 derivada- -eritróide) e a síntese de proteínas, tais como SOD (superóxido dismutase), CAT (catalase), GPx (Glutationa peroxida- se), HO (Heme - oxigenase). (KALIL, 2011). 5 | Pós Graduação Ozonioterapia 1896 Em 1896, Nicola Tesla, patenteou o primeiro gerador de O3 medicinal e come- çou a vender a máquina geradora de O3 e óleo ozonizado. 1914-1918 Durante a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses, utilizaram o ozônio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917. Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, inicial- mente para combater a ação de bactérias e germes na pele humana. 1935 Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, experienciou o tratamento com ozônio e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada “O tratamento com ozônio na cirurgia”. Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de mate- riais adequados e resistentes à oxidação – como plásticos para aplicação local de ozônio em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, 1975 No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo e com ela trabalha até hoje. Em meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi (in memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em inúmeros cursos e congressos. 1979 Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 1979, um ano antes de sua morte, publicou seu livro “O Ozônio Medicinal” – no qual apre- senta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade Médica Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Apli- cação Preventiva e Terapêutica do Ozônio. 1 6 | Pós Graduação Ozonioterapia Mecanismo de Ação A reação do ozônio com tantas moléculas implica dois processos fundamentais: A primeira reação é conhecida como: “THE OZONE INICIAL REACTION” - porque uma pequenaporção de ozônio é, inevitavelmente, consumida durante a oxidação de ácido ascórbico e ácidos: úricos, sulfúricos (SH), gru- pos de proteínas e glicoproteínas. Apesar da albumina, os ácidos ascórbicos e úricos dominam a dura reatividade do ozônio (Halliwell, 1996); eles permi- tem essa primeira reação que é importante, pois ela gera espécies reativas de oxigênio (ROS); o que desencadeia vários produtos bioquímicos no san- gue. A ROS é neutralizada dentro de 0,5-1 minutos pelo sistema antioxidante. Em primeiro lugar, o ozônio, como qualquer outro gás, dissolve-se na água, quer seja do plasma (a parte líquida do sangue), nos fluidos extra- celulares, ou na camada fina de água cobrindo a pele e particularmente a mucosa do trato respiratório, intesti- no, vagina, etc. Na temperatura nor- mal e pressão atmosférica, devido à sua alta solubilidade e dependendo da sua relativa pressão, um pouco de ozônio dissolve-se na água, mas ao contrário do oxigênio, NÃO É EQUILIBRA-DO com o ozônio restante na fase gasosa; isso acontece porque o ozônio, sendo um oxidante potente, imediatamente reagirá com uma série de moléculas presentes em fluidos biológicos. Nomeadamente são: os antioxidantes, as proteínas, os hidra- tos de carbono e, preferencialmente, os Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs). 2 7 | Pós Graduação Ozonioterapia A segunda reação bem característica é conhecida como “PEROXIDA- ÇÃO LIPÍDICA” - No plasma hidrofílico, um mol de uma olefina (particularmen- te ácido araquidônico presente em triglicerídeos plasmáticos e quilomícrons) e um mol de ozônio, originam dois moles de aldeídos e um mol de peróxido de hidrogénio (H2O2). Estas Duas reações, concluídas em segundos usam a dose total de ozônio que gera peróxido de hidrogênio, um oxidante, mas não uma molécula radical (geralmente incluído na família ROS) e uma varieda- de de aldeídos conhecidos como PRODUTOS DE OXIDAÇÃO LIPÍDICA (LOPs). Como funciona o ozônio? As reações bioquímicas e su- cessiva ocorrem em células diferen- tes em todo o corpo, assim, deve ficar claro que uma boa parte de ozônio é consumida pelos antioxidantes pre- sentes no plasma e apenas a segun- da reação é responsável pelos efeitos tardios biológicos e terapêuticos. Isto deveria esclarecer o motivo pelo qual uma dose muito baixa de ozônio pode ser ineficaz ou equivalente a um place- bo. ROS incluem vários radicais como ânions superóxido (O2), monóxido de nitrogênio (NO), peroxinitrito (O = NOO). A hidroxila, já mencionada, com- posto radicais e outros compostos oxi- dantes como peróxido de hidrogênio e ácido hipocloroso (HClO), são compos- tos potencialmente citotóxicos (Fridovi- ch, 1995; Pullar et al, 2000; Hooper et al., 2000), mas felizmente têm uma meia- -vida curta (normalmente uma fração 8 | Pós Graduação Ozonioterapia de segundo) e, tanto o plasma como as células, têm antioxidantes capazes de neutralizá-los, caso suas concentrações não sobreponham a capacidade antio- xidante. As LOPs geradas após a peroxi- dação de uma grande variedade de PU- FAs são heterogêneas e brevemente são representados por radicais de peróxido (ROO); assim, uma variedade de hidro- peróxidos (R-OOH) e uma mistura com- plexa de baixos produtos finais aldeídicos de peso molecular, nomeadamente ma- lonyldialdeyde (MDA), e alquenais, entre os quais 4-hidroxi-2,3 transnonenal (4- HNE), são os mais citotóxicos. A química e a bioquímica desses compostos foram minuciosamente descritas pelo grupo de Esterbauer (1991). Se alguém pensa Figura 4–ozônio e plasma Fonte: Conselho regional de Farmácia, 2019 9 | Pós Graduação Ozonioterapia Efeitos Fisiológicos Deve-se enfatizar que SANGUE EX- POSTO AO OZÔNIO, SUCEDE UM ESTRES- SE OXIDATIVO TRANSITÓRIO - necessá- rio para ativar funções biológicas sem efeitos prejudiciais. O estresse deve ser adequado (não subliminar) para ati- var mecanismos fisiológicos, MAS NÃO EXCESSIVO - para sobrecarregar o sis- tema antioxidante intracelular e cau- sar danos. Assim, uma dose excessiva de ozônio ou incompetência em mani- pular esse gás pode ser prejudicial. Por outro lado, doses de ozônio (abaixo do limiar), são totalmente neutralizadas pela riqueza de antioxidantes plasmáti- cos e podem produzir apenas um efeito placebo. O conceito de que a Ozoniote- rapia é dotada de um oxidativo agudo, incomoda os adversários dessa abor- dagem porque consideram isso como um dano infligido aos pacientes, pos- sivelmente já sob uma doença crôni- ca de estresse oxidativo. Portanto, NÃO ACREDITAM QUE A OZONIOTERAPIA IN- DICA UMA RESPOSTA TERAPÊUTICA MUL- TIVARIADA JÁ BEM DOCUMENTADA EM ALGUMAS DOENÇAS. Além disso, NÃO promovem O ESTRESSE OXIDATIVO CRÔ- NICO (COS), DEVIDO A UMA ENDÓGENA E DESCONTROLADA HIPEROXIDAÇÃO. A RESPOSTA TERAPÊUTICA alcan- çada após estes repetidos estres- ses oxidativos, pode ser considerada como um Efeito de PRECONDITIONING- eventualmente capaz de reequilibrar o sistema redox e alterado por estí- mulos patogenéticos. (BOCCI, 2002). Como já mencionado, as concen- trações sub micromolares de LOPs po- dem atuar como mensageiros fisioló- gicos, capazes de reativar um sistema biológico despreocupados. Do ponto de vista farmacocinético, os vestígios de LOPs podem atingir todos os órgãos, em particular a medula óssea e o Sistema Nervoso Central. Os LOPs são extrema- mente importantes para informar célu- las específicas e receptores de um es- tresse oxidativo mínimo e calculado, que pode provocar a resposta adaptativa. Em relação aos eritrócitos, as LOPs podem influenciar a linhagem eritroblás- tica, permitindo a geração de células com melhores características bioquími- cas. Estes eritrócitos, durante os quatro meses seguintes, são capazes de for- necer mais oxigênio em tecidos isquê- micos. A consequência de tratamentos repetidos, obviamente dependendo de o volume de sangue ozonizado, a concen- tração de ozônio e o cronograma, é que após alguns tratamentos iniciais uma 10 | Pós Graduação Ozonioterapia parte (cerca de 0,8% do grupo) de eritró- citos entrará diariamente na circulação e implacavelmente substituirá velhos eritrócitos gerados antes da terapia. Isso significa que durante a Ozonioterapia a população de eritrócitos incluirá não apenas células com diferentes idades, mas o mais importante, eritrócitos com diferentes capacidades bioquímicas e funcionais. No curso de terapia de ozô- nio, já foi medido um aumento marcado de G6PD e outras enzimas antioxidan- tes em eritrócitos jovens. (Bocci, 2014). O processo de ativação celular é muito dinâmico e não dura para sempre, porque as células do sangue possuem vida definitiva e uma memória bioquí- mica limitada; portanto, a vantagem terapêutica DEVE SER MANTIDA COM MENOS TRATAMENTOS FREQUENTES. A toxicidade do ozônio no sangue, fluidos biológicos e órgãos internos, podem ser totalmente evitados quando a dose de ozônio se reduz apenas em parte. O sistema antioxidante tem evo- luído durante os últimos dois bilhões de anos como uma defesa essencial con- tra o oxigênio. É constituído por com- ponentes de eliminadores, nomeada- mente albumina, vitaminas C e E, ácido úrico, bilirrubina, cisteína, ubiquinol, áci- do alfa-lipoico, e de antioxidantes in- tracelulares como: GSH, tioredoxina, enzimas (superóxido dismutase, SOD, GSH-Px, GSH-Rd, GSH-T, catalase, etc.) e proteínas tais como transferrina e ce- ruloplasmina, capazes de checar ferro livre e cobre que, de outra forma, pode favorecer a formação de radicais hi- droxilo. A riqueza e a variedade de an- tioxidantes extracelulares e intracelula- res, descrito por Chow e Kaneko (1979), Halliwell (1994; 1999a, b; 2001), Frei (1999), Holmgren, (1989), Di Mascio et al., (1989), Jang et al., (1997), Packer et al., (1997), Bustamante et al., (1998) e Chae et al., (1999), são capazes de explicar como quantidades variadas de ozônio podem ser domesticadas, com os resultados de estimular vários sistemas biológicos sem efeitos deletérios.(BOCCI, 2002).11 | Pós Graduação Ozonioterapia Técnicas de Aplicação O ozônio medicinal pode ser apli- cado local ou parenteralmente, para obter um efeito sinérgico, as várias ro- tas de aplicação do ozônio podem ser usadas combinadas ou isoladamente. Todas as dosagens terapêuticas são divididas em três tipos, de acor- do com seu mecanismo de ação: Baixas doses: Estas doses têm um efei- to imunomodulador e são utilizadas em doenças onde há suspeita de que o sis- tema imunológico esteja muito com- prometido. Por exemplo, no câncer, para idosos e pacientes debilitados, etc. Doses médias: São imunomoduladores e estimulam a enzima antioxidante do sis- tema de defesa. Eles são mais úteis em doenças degenerativas crônicas, como diabetes, aterosclerose, doença pulmo- nar obstrutiva crônica (DPOC), doença de Parkinson, Alzheimer e demência senil. Doses altas: Eles têm um efeito inibitório sobre os mecanismos, que ocorrem em doenças auto-imunes: Doenças como artrite reumatóide e lúpus. Eles são espe- cialmente empregados em úlceras ou fe- rimentos infectados e também são usa- dos para preparar água e óleo ozonizado. 12 | Pós Graduação Ozonioterapia Materiais a serem utilizados: To- dos os materiais utilizados devem ser descartáveis e resistentes ao ozônio, como por exemplo: vidro, silicone, aço inoxidável 316, plásticos fluoropolímeros, politetrafluoretileno PTFE (Teflon®), diflu- oreto de polivinilideno PVDF (Kynar®), flu- orocarbono (Viton®), vidro de qualida- de laboratorial, titânio, e policarbonato. Os dois princípios básicos que devem ser levados em consideração antes da im- plementação de qualquer processo de tratamento de ozônio são os seguintes: a) Primum non nocere: An- tes de mais nada, não faça mal. b) Escalonar a dose: Sem- pre comece com doses bai- xas e aumente-as gradualmente. A exceção será em úlceras ou lesões infectadas, onde o inverso será aplicado. Nesse caso, comece com uma alta concentração e diminua-a de acordo com a melhora na condição do paciente. Concentrações mais al- tas de ozônio não são necessariamen- te melhores, da mesma maneira que ocorre com todos os medicamentos. Técnicas de Ação Sistêmica 1 Insuflação Retal A insuflação retal de ozônio é uma via sistêmica. O gás é rapidamente dis- solvido no conteúdo luminal do intestino, onde mucoproteínas e outros produtos secretores com atividade antioxidante reagem prontamente com o ozônio para produzir espécies reativas de oxigênio (ERO) e produtos de peroxidação lipídica. Esses compostos penetram na mucosa muscular e entram na circulação dos capilares venosos e linfáticos. Esta téc- nica não invasiva pode ser utilizada sem risco em pacientes pediátricos e idosos, e em pacientes com difícil acesso de veias para o titular da GAHT. Geralmente isso é bem tolerado e permite doses de escala semelhantes às usadas pelo titu- lar da GAHT. Usar sonda retal ou uretral. Em adultos iniciar com 20 mcg/ml e ir aumentando gradativamente a con- centração, até o máximo de 40 mcg/ml. 13 | Pós Graduação Ozonioterapia Auto - hemoterapia maior ou grande Auto - hemoterapia (GAHT) É um tratamento que envolve a mistura do sangue do paciente com ozônio de grau médico( O OZÔNIO é reinfundido imediatamente por infusão intravenosa.) O volume de sangue a ser usado varia entre 50 mL e 100. No entanto, volumes sanguí- neos maiores que 200 mL devem ser evitados para prevenir qualquer risco de dis- túrbios hemodinâmicos, especialmente em pacientes idosos ou com algum dese- quilíbrio hemodinâmico. Concentrações de ozônio para usos sistêmicos variam de 10 μg /mL a 40. Concentrações acima disso devem ser evitadas devido ao aumento do risco de he- mólise, redução de 2, 3 DPG e anti-oxidante e consequente incapacidade de ativar células imunocompetentes. • Anticoagulante mais aconselhável usar a solução A de citrato dextro- se anticoagulante ACD-A, USP (íon citrato livre de 2,13%) ou citrato de sódio 3,8% na proporção de 10 mL por 100 mL de sangue a ser ozonizado. A heparina não é acon- selhável, pois pode induzir trombocitopenia e agregação plaquetária com a exposi- ção ao O3; • Número de sessões e a dose de ozônio dependem da condição geral do paciente, da idade e da doença; • Pode-se aumentar a dose do ozônio a cada cinco sessões, e os ciclos de tratamento variam de 10-20 sessões; • As sessões podem até ser diárias, de 2ª a 6ª, sendo mais frequente entre 2-3 vezes por semana; • Os ciclos podem ser repetidos a cada 5-6 meses. 2 Ensacamento de ozônio ou ga- seificação em saco plástico é uma maneira local de aplicação do ozônio. Consiste em encher um saco plástico resistente ao ozônio com o O3 / O2 mis- tura, criando um microambiente ao re- dor da ferida, permitindo que os tecidos do corpo mantenham contato com a mistura gasosa. Faixa de concentrações de (60, 50, 40, 30, 20) mcg/mL é usa- do por períodos de (30, 15) min, depen- dendo do estágio e evolução da ferida. A (60) μg / mL é usado apenas em infecções sépticas purulentas, por um período muito curto e por não mais do que 5 minutos. Depois que a infec- ção é controlada e o tecido de granula- ção saudável aparece, a frequência e a concentração do procedimento devem ser reduzidas para acelerar e induzir o processo de cicatrização. É necessário umedecer a área e remover todo o ar da bolsa por vácuo antes de insuflar o gás para dentro da bolsa. No final do pro- cedimento, o gás ozônio restante deve ser aspirado antes de remover a bolsa. 14 | Pós Graduação Ozonioterapia 3 Auto-hemoterapia menor A auto-hemoterapia menor (MiAH) é um tra- tamento que envolve a mistura do sangue do paciente removido por via intravenosa (5 mL-10 mL) sem anti- coagulante, arrasta- do para uma seringa descartável estéril e livre de pirogênio (já conten- do a mistura ozônio-oxigênio). A mistura de sangue e ozônio é agitada intensamente e reinjetada lentamente por via intramuscular, na re- gião ventroglútea, junto com o gás. MiAH é um terapia estimulante imu- nológica, comparável à “auto-vacinação”. Sua principal indicação refere- -se a todas as doenças der- matológicas. Como uma vacina 4 Nebulização de ozônio ou bolsa ou bag ozonizada 15 | Pós Graduação Ozonioterapia 16 | Pós Graduação Ozonioterapia 6 Ventosa de ozônio Usando concentrações variando de 15 μg / NmL a 60 μg / NmL, com uma variação na duração do tratamento en- tre 5 e 20 min. Usando uma ventosa, é necessário aspirar para remover o ar e o ozônio do sino. O vácuo aumenta o fluxo sanguíneo e o ozônio pode reagir melhor. 5 Intra-articular, periarticular, paravertebral, intramuscular O volume usado depende da o tamanho da articulação: Dedos: (1-2) mL, ou- tros: (5-20)ml. Concentração: 10 a 20 mcg; NUNCA UTILIZAR VOLUMES ACIMA DE 100ML. A infiltração da coluna é realizada a 2,0 cm do processo espinhoso, usando um volume de 5 a 10 mL na concentra- ção e 10 a 20mcg. A distribuição da agu- lha é sempre bilateral, lateral ou 2 cm acima e 2 cm abaixo da hérnia. Uma abordagem prática para o tratamento é realizada duas vezes por semana nas duas primeiras semanas. Uma vez alcançada a melhora clínica, os tratamentos devem ser espaçados para uma vez por semana, por quatro a seis semanas. E então, uma sessão a cada 15 dias até que um ciclo de 20 sessões seja concluído; estes podem ser redu- zidos quando os sintomas desapare- cerem. Também foi utilizada frequência diferente de administração, e um estudo controlado randomizado mostrou efei- to benéfico após 5 sessões por semana, durante três semanas. 17 | Pós Graduação Ozonioterapia 7 Oftalmológico Em casos oftalmológicos (ceratite, úlceras de córnea, conjuntivite e quei- maduras oculares), é utilizado um acessório de vidro especial adaptado ao contorno dos olhos. A concentração de ozônio está entre (20 e 30) μg /mL, tempo de aplicação 5 min, duas a três sessões por semana. Injeção subcon- juntival, colocação prévia de colírio anestésico, com volume entre 1-2 mL por olho,no fundo do saco, na concentração de 10 a 35 μg /mL com um volume de (1-2) mL. O óleo ozonizado, devido às suas propriedades bactericidas e viruci- das, é recomendável aplicar sob a forma de colírios quatro ou cinco vezes por dia. 8 Insuflação vesico-uretral A mucosa vesical é sensível demais às propriedades oxidativas do ozô- nio, especialmente na cistite intersticial. Por isso deve sempre iniciar com bai- xas concentrações 10,15, 20, 25, 30 mcg de 50 a 100ml, ou não usar gás direta- mente, mas irrigar com água bi- destilada ozonizada. Ozonize 500 mL de água bi-destilada a 20μg / Concentração de mL, durante 10 min em fluxo contínuo. 9 Insuflação vaginal A insuflação vaginal de ozônio é uma forma de aplicação tópica da mistura gasosa, na concentração de 20 a 40mcg. Realizada por meio de uma sonda plástica. É um procedimento indolor, indicado em casos de in- fecções vaginais (corrimento), em especial as candidíases de repetição. A lavagem prévia com água destilada ou bidestilada ozonizada em con- centração de 20mcg, potencializa o efeito da mistura gasosa oxigênio-ozônio. 18 | Pós Graduação Ozonioterapia 10 Auricular Verifique se o tímpano está intacto. Devido às propriedades de secagem do ozônio, é recomendável umedecer o canal auditivo e a membrana do tímpano an- tes de aplicar o ozônio. Para insuflação, pode ser usada uma seringa ou um fone de ouvido especial com um dispositivo condutor de ozônio, ou realizar uma insuflação ótica com um estetoscópio modificado com tubos de silicone, conectados entre eles com um conector de trava Luer fêmea Y e Y da Kynar, para montar a seringa preen- chido com ozônio nas concentrações descritas. Ele deve ser administrado manual e lentamente, para que o ozônio possa ser absorvido no canal auditivo e na membra- na timpânica. Se houver um vazamento mínimo de ozônio, a administração deve ser feita muito mais lentamente. Concentração: ( 10-25) μg/mL; Indicações: Otite, der- matite do canal auditivo, sinusite e problemas circulatórios da cabeça e pescoço. 19 | Pós Graduação Ozonioterapia 11 Micro doses de ozônio nos pontos de disparo e acupuntura Verifique se o tímpano está intacto. Devido às propriedades de secagem do ozônio, é recomendável umedecer o canal auditivo e a membrana do tímpano an- tes de aplicar o ozônio. Para insuflação, pode ser usada uma seringa ou um fone de ouvido especial com um dispositivo condutor de ozônio, ou realizar uma insuflação ótica com um estetoscópio modificado com tubos de silicone, conectados entre eles com um conector de trava Luer fêmea Y e Y da Kynar, para montar a seringa preen- chido com ozônio nas concentrações descritas. Ele deve ser administrado manual e lentamente, para que o ozônio possa ser absorvido no canal auditivo e na membra- na timpânica. Se houver um vazamento mínimo de ozônio, a administração deve ser feita muito mais lentamente. Concentração: ( 10-25) μg/mL; Indicações: Otite, der- matite do canal auditivo, sinusite e problemas circulatórios da cabeça e pescoço. Como gerar ozônio 20 | Pós Graduação Ozonioterapia Como o ozônio se forma? Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem devido a um raio ou a ação radioativa ultravio- leta que vem do sol. Quando atingi- das, estas moléculas de (O2) separa- das, vagam solitárias até se unir com outra molécula de (O2) que ainda não foi dividida, ocorrendo a transforma- ção química e o surgimento do (O3). 21 | Pós Graduação Ozonioterapia Ozônio x Cloro Comparado ao cloro, o ozônio oferece muitas vantagens no processa- mento de alimentos e bebidas e na sani- tização de materiais e superfícies. O cloro tem sido utilizado como produto de pri- meira escolha na indústria de alimentos e no tratamento de água, no entanto, sa- be-se que muitos subprodutos são deri- vados da ação oxidante do Cloro, como a formação de THM (trihalometanos), clo- raminas, dioxinas que são produzidas na reação de cloro com matéria orgânica. Estas substâncias são conhecidas como carcinogênicas e trazem grande ma- lefício à saúde de humanos e animais. 22 | Pós Graduação Ozonioterapia O ozônio no meio ambiente O ozônio é uma molécula natu- ral, instável, composta por três átomos de oxigênio. É formado durante uma re- ação endotérmica reversível, que con- some 68,4 calorias. No ambiente essa reação é catalisada pelos raios UV, que são absorvidos, com isso o ozô- nio controla a irradiação destes, protegendo os sistemas bioló- gicos na Terra. É considerado um agente oxidan- te, altamen- te reativo, que se decompõe espontanea- mente. Den- tre os agen- tes oxidantes o ozônio é o tercei- ro mais poderoso, atrás apenas do flúor e persulfato. (BOCCI, 2005) O ozônio está presente na atmosfera terrestre, sendo encontrado na estratosfera em concentração máxi- ma, já que a baixa temperatura diminui sua degradação térmica. O oxigênio ra- refeito, presente na estratosfera, é uma de suas principais fontes. (OLIVEIRA, 2008) Quando ocorrem tempestades, onde há a passagem de elétrons entre a superfície terrestre e as nuvens, trovões, raios e relâmpagos, ocorre a transfor- mação do oxigênio em ozônio de um jeito semelhante ao que ocorre na es- tratosfera, podendo ser detectado atra- vés do olfato, dependendo da distância. Dependendo da temperatura da região, as concentrações de ozônio voltam ao normal rapi- damente. (OLI- VEIRA, 2008) O tem- po de vida da molécula de ozônio está di- retamente rela- cionado à tem- peratura. Quanto maior a temperatu- ra ambiente, menor o tempo de vida do ozônio, e consequentemente seu poder de ação. A meia vida do ozônio é de 140 mi- nutos a 0°C, já a 20°C atinge apenas 40 minutos. (OLIVEIRA, 2008 e BOCCI, 2005 ) Outra fonte de ozônio de grande destaque é a polui- ção, sendo este denominado ozô- nio antropogênico, e seus princi- 23 | Pós Graduação Ozonioterapia pais produtores são os veículos e as indústrias. Normalmente na natureza existe o controle natural entre a reação de formação do ozônio e de sua dissociação. Mas infelizmente, em consequência da poluição este equilíbrio tem sido diretamente afetado. A contínua emissão de gases poluentes como monóxido de carbono, dióxido de carbono, enxofre, entre outros, tem favorecido para que o nível de concentração de ozônio aumente, causando uma sobrecarga na atmosfera e gerando uma alta taxa de toxicidade. Já os derivados do CFCs (cloro, flúor e carbono) são capazes de destruir milhares de moléculas de ozônio. (BOCCI, 2005 e OLIVEIRA, 2008) Poucos sabem que depois de oito horas, seus resíduos já não existem mais, enquan- to o restante dos poluentes persiste no ambiente por meses e/ou anos. (OLIVEIRA, 2008) A camada de ozônio: como é feita A camada de ozônio é quem protege a terra dos raios ul- travioletas, absorven- do-os. Na estratos- fera, a cerca de 22 km a partir da su- perfície da terra, há uma cama- da de ozônio que pode atin- gir uma con- centração má- xima de 10 ppmv (partes por milhão de volume, 1: 106), equivalente a 0,02 mi- crogramas (mcg / ml). A manutenção da camada de ozônio é muito importante, pois absorve a maior parte da radiação ultravioleta (UV) (<290 nm) emiti- da pelo sol. Os raios UV incluem a ban- da A (316-400 nm) responsá- vel pela bronze- ado, e bandas B e C (a partir de 100 até 315 nm), que são muito mais mutagêni- cos, responsáveis por aumentar o enve- lhecimento da pele e car- cinogênese, o que tem sido de- 24 | Pós Graduação Ozonioterapia monstrado pelo aumento progressivo de carcinomas e melanomas nos últimos tempos. A natureza foi providencial porque, graças às cianobactérias, logo que o oxi- gênio começou a aumentar na atmosfera terrestre, cerca de 2,3 bilhões de anos atrás, a emissão solar catalisou a produção de ozônio, que, em seguida, pode- ria controlar a radiação UV e proteger sistemas biológicos na Terra.( BOCCI, 2005) Os raios solares atingem os átomos de oxigênio (O2), que em grandes altitudes está rarefeito, dissociando-os; logoem segui- da se reagrupam formando a molécula de ozônio (O3). (OLIVEIRA, 2008) Primeiro gerador de ozônio Em 1857, o físico Dr. Werner Von Sie- mens (1816-1892), desenvolveu o primei- ro gerador de ozônio e chamou de “Ge- rador de Alta Frequência”, aparelho que forma o gás ozônio através de descargas elétricas em átomos de oxigênio. Atual- mente o ozônio é produzido no local, a partir do ar ambiente dentro de cápsulas, em equipamentos projetados especial- mente para esta finalidade. Sua gera- ção é automática, com custo de energia inferior ao de uma lâmpada residencial. A utilização do ozônio é segura, conforme o FDA (Food and Drugs Ad- ministrations), que considera segu- ro o uso em água e alimentos. A ABWA (American Bottled Water Association) recomenda o uso do ozônio no proces- so de produção de água para consumo. Na Europa, há décadas utiliza-se normalmente o ozônio em água mineral, de filtro ou de mesa e em tratamento de água de abastecimento da população. 25 | Pós Graduação Ozonioterapia Gerador de ozônio Devido à instabilidade do ozônio, ele precisa ser gerado somente quando necessário e usado ao mesmo tempo. O ozonioterapeuta deve ter um gerador de ozônio que é seguro, atóxico e reprodutível. O aparelho deve ser construído com os melhores materiais ozônio-resistentes. Produção de ozônio varia com: Voltagem/ frequência Espaço entre eletrodos Temperatura Fluxo de oxigênio: expressado em L/min A atmosfera do nosso planeta contém uma centena de di- versos gases. N2 :78,08 % O2 : 20,95 % Argônio: 0,93 % Vapor de água com concentração variável 26 | Pós Graduação Ozonioterapia Uso Medicinal Somente O2 puro (99,9% pureza) – Não pode conter nitrogênio; A produção de ozônio é precisa e calibrada; Produção de acordo com a janela terapêutica. Uso Comercial Utilizar AR ou PSA; A produção de ozônio não é precisa (quantidade X qualidade); Uso de materiais não compatíveis. Fluxo: diretamente relacionado à concentração de ozônio à verificar como o equi- pamento utilizado opera. Excesso de ozônio no ambiente à catalisador Garantia e assistência técnica à calibração Referências de quem usa os equipamentos Cuidados na utilização de geradores de ozônio 27 | Pós Graduação Ozonioterapia Métodos de medição de ozônio Mecanismos de destruição do ozônio Fase Gasosa: Método iodométrico Método Espectrofotométrico Fase Líquida: Índigo Trissulfonato de potássio (água) N dietil-p-fenilenodiamina (DPD) Espectrofotométrico (qualquer solvente inerte) Método potenciométrico Adsorção: uso de carvão ativado não recomendado; Catalisação: utilização óxidos metálicos; Destruição Química: por reação química – Iodeto de potássio; Diluição: por ventilação direta na atmosfera – não recomendado em altas concentrações; Térmica: no ar de 20 a 100 horas a 21°C 28 | Pós Graduação Ozonioterapia Ambientação do equipamento Dar preferência a salas com circulação de ar (utilização de ventilador se ne- cessário); Se não for possível, usar um sistema de exaustão. Uso de materiais resistentes Inox 316L Vidro borosilicato (Pyrex®) Viton® Teflon ® Silicone PVC Polietileno Polipropileno Materiais resistentes Seringas : Isentas de Látex (seringas siliconizadas) Seringas de Vidro Frasco de Vidro ou Bolsa? Alemanha: frasco a vácuo Itália: bolsa - completamente livre de ftalatos. Sondas: não contém látex 1 µg/ml = 1 mg/1L = 1g/m3 = 1 “gama” DOSE TOTAL = QUANTIDADE DE OZÔNIO 1 μg = 10-3mg = 10-6g 1g = 103mg = 106 μg 500 μg x 10-3 = 0,5g 29 | Pós Graduação Ozonioterapia Unidades de medida de o3 em aplicações terapêuticas Concentração de ozônio: Se mede em μg/ml (microgramas por mililitro) Indica a proporção de ozônio no volume de gás Exemplo: 10 μg de ozônio em 1 ml de volume = 10 μg/ml Mede-se em μg (microgramas) ou na unidade mais próxima acima. Indica a quan- tidade de ozônio total em um volume de gás Exemplo: Em uma mistura de ozônio-oxigênio com uma concentração de 10 μg/ml, contida em uma seringa de 50 ml, resulta uma quantidade de ozônio total de: 10 μg/ml x 50 ml = 500 μg de ozônio 30 | Pós Graduação Ozonioterapia Exemplo Presumir que a quantidade total de ozônio de 200 μg está para ser aplicada; Selecione uma concentração de 20 μg/ml e preencha uma seringa de 10 ml: (20 μg/ml x 10 ml = 200 μg); Selecione uma concentração de 10 μg/ml e preencha uma seringa de 20 ml: (10 μg/ml x 20 ml = 200 μg); Importância do uso de gás é nos primeiros 30 minutos depois de ter sido ge- rado; Posição em que a seringa é colocada não influencia na manipulação do gás. 31 | Pós Graduação Ozonioterapia Benefícios da água ozonizada Água ozonizada e circulação Os benefícios da água no corpo humano se dão em inúmeras esferas. Ajuda no funcionamento de diversas funções básicas como o metabolismo, circulação, respi- ração, frequência cardíaca, digestão, imunidade e eliminação de substâncias tóxi- cas. A água ozonizada, quando inge- rida, melhora a circulação sanguínea e consequentemente a saúde do coração. Isto se dá pelo mesmo motivo de que ela melhora a qualidade do sangue, através da eliminação de impurezas. Esta qualidade é essencialmente ideal para pessoas com problemas cir- culatórios melhorando também a circu- lação das veias capilares. 32 | Pós Graduação Ozonioterapia Oxigenação do corpo O ozônio, após efetuar o seu trabalho de eliminação de impurezas, ou seja, após liberar uma de suas moléculas, volta ao estado de oxigênio. Desta forma, aquela molécula que nos ajudou a liberar impurezas, melhorar a circulação, se transforma em oxigênio. Isto melhora diversas funções do corpo, como por exemplo, o raciocínio, além de melho- rar a oxigenação das extremidades. A água ozonizada, ao oxidar malignidades, pode também ajudar a quebrar células Ozônio na água Devido suas características quí- micas, o ozônio pode ser utilizado na produção de água potável destruindo bactérias e vírus, como também, no tra- tamento de diversas doenças crônicas e desinfecção de alimentos retardando a maturação de 20% a 30%, o que permite prolongar consideravelmente o tempo de armazenamento. O ozônio tem sido usado em estações de tratamento de água potável desde 1883, onde a primei- ra estação de tratamento foi construí- da na Holanda. A FDA aceitou o ozônio como eficaz e seguro agente antimicro- biológico para o tratamento, armazena- mento e processamento de alimentos e de saneamento de água potável. 33 | Pós Graduação Ozonioterapia Utilizando água ozonizada O ozônio na água e o óleo ozoni- zado são aplicados em úlceras, lesões traumáticas sujas, úlceras torácicas crô- nicas, escaras, queimaduras, herpética, lesões psoriáticas, infecções fúngicas, picadas de insetos, infecções dentárias, como limpador da cavidade cirúrgica e em várias lesões infectadas. (Madri, 2020) A aplicação de água ozonizada nos alimentos elimina a presença de agrotóxicos, coliformes fecais, vírus e bactérias que podem estar presentes em frutas e verduras que são consu- midas diariamente em sua casa. Nes- se caso o ozônio é simplesmente dis- solvido em água e a sua concentração, após 5-8 minutos de borbulhamento, é estável e equivalente a ¼ (25%) da con- centração de ozônio presente na mis- tura gasosa. Assim, se desejarmos uma forte preparação de água ozonizada, devemos usar uma concentração de ozônio de 80 mcg / ml de gás, que irá produzir uma concentração de ozônio final de cerca de 20 mcg / ml em água. Esta solução é adequada para o trata- mento de feridas altamente infectadas, a fim de eliminar pus, materiais necró- ticos e bactérias. Por outro lado, uma vez que a ferida atinge a proliferação de tecidos e remodelação de fases, deve- mos usar uma solução suave preparado com uma concentração de ozônio de 20 mcg / ml de gás, que irá produzir uma concentração de ozônio de apenas cer- ca de 5 mcg / ml de água. (BOCCI,2005) 34 | Pós Graduação Ozonioterapia Estabilidade depende da composição de: Íons pH Alta reatividadecom íons e matéria orgânica à não segue lei Henry Estabilidade: manter em recipiente de vidro, fechado, no refrigerador. Para frutas e verduras: Para carnes: Coloque as frutas, verduras e legumes dentro de uma vasilha de vidro com água e inicie a ozonização por 15min. Este processo irá destruir as bactérias, e agrotóxicos. Basta colocar em um recipiente de vidro e ozonizar por 20 min. Logo aparecerá uma bo- lha branca como se fosse uma espuma, este mate- rial são os hormônios que o ozônio retirou da carne. Fatores determinantes para a estabilidade da água ozonizada 35 | Pós Graduação Ozonioterapia Água bidestilada: 5°C a 110 horas 20°C a 9 horas Água monodestilada: menos de 1 hora Desvantagem: Perda da efetividade ao longo do tempo Água ozonizada congelada = 2 semanas de ozônio ativo Óleo ozonizado Ozonização de qualquer óleo ou azeite é realizada por borbulhamento da mis- tura gasosa (O2 - O3). Um grama do óleo pode ligar-se a 160 mg de ozônio. En- quanto a água ozonizada permanece eficaz durante um a dois dias, o óleo perma- nece estável durante dois anos no refrigerador. Ambos atuam como desinfectantes potentes e melhoram a cicatrização por estimulação da proliferação de células. Ozônio + ácidos graxos insaturados > óleo ozonizado hidroperoxidos ozonidos diperóxidos peróxidos e poliperoxidos Propriedades - O índice de peróxidos, a temperatura e o tempo influem na conservação; - Deve ser conservado entre 2°C a 8°C, nestas condições a estabilidade pode chegar até 2 anos. 36 | Pós Graduação Ozonioterapia Aplicações locais de óleos ozonizados - PELE: Cicatrização de feridas, diferentes tipos de doenças de pele de causas bac- terianas e fúngicas; - CONJUNTIVAL: Indicado em ceratoconjuntivite causada por clamídias e o vírus do herpes em gatos, incluindo transplantes de córnea, nas ceratoconjuntivites em coe- lhos e nas ceratoconjuntivites secas e conjuntivites infecciosas em cães; - AURICULAR: Aplicar 0,5 ml em cada orifício auricular. Indicado em todos os tipos de otites (superficial, intermédia e profunda) causada tanto por fungos (Malassezia), bactérias (Staphylococcus intermedius ou Pseudomonas) e inclusive ácaros (sarna psoróptica); –APLICAÇÃO ORAL: limpeza bucal, gengivites, necrose óssea; - APLICAÇÃO VAGINAL: tratamento complementar, doenças do sistema reprodutivo do gado bovino, tais como retenção da placenta, endometrites pós-parto, entre ou- tras. 37 | Pós Graduação Ozonioterapia 38 | Pós Graduação Ozonioterapia Aplicação do ozônio na área de alimentos HIDROPONIA O ozônio pode ser adicionado na água de recirculação de hidroponia para controle fúngico e bacteriológico da água. Processos industriais Aplicações na sanitização de superfícies com redução microbiana e redução da contaminação dos ambientes industriais. Processo da indústria de alimentos O ozônio pode ser utilizado para controle de biota contaminante de câmaras de ar- mazenagem e maturação, e na desinfecção de água de lavagem. Utilização de ozônio em câmara de maturação de salame tipo italiano O ozônio atuou no controle de bolores e leveduras na superfície do salame e não interferiu em seus atributos sensoriais. 39 | Pós Graduação Ozonioterapia ÁGUA OZONIZADA Efeitos Bactericida, Fungicida e Virucida Indicação: Limpeza e Higienização Pré e Pós procedimentos Estéticos Protocolo Fonte: www.ozonelife.com.br Torre ozonizadora de líquidos Torre ozonizadora de líquidos: tem a fun- ção de adicionar ozônio nos líquidos. Especi- ficamente em água limpa a função é de adi- cionar moléculas de ozônio na água, para fins de assepsia em locais de interesse. Utilizando baixo fluxo de ozônio/oxigênio, com concen- tração de ozônio de 40 mg/L e fazendo bor- bulhar por 5 minutos, se atinge até 8 ppm de ozônio na água. Coluna em vidro e difusor em vidro, com microbolhas. Tampa e mangueiras em silicone, com catalisador de ozônio residual. Fonte: www.ozonelife.com.br 40 | Pós Graduação Ozonioterapia Frasco ERLENMEYER para ozonizar líquido Banheira ozonizada e hidrozonioterapia Indicado para ozonização de líquidos de forma segura. Onde o ozônio exce- dente (parte do gás que não se mistura em água), pode ser direcionado para um catalisador que tem a função de converter em oxigênio novamente, quem esti- ver no local não corre risco de intoxicação pelo gás. Tamanhos de 500ml e 1000ml. Melhora a respiração celular, recuperação fluxo sanguíneo, aumenta taxa de glicólise nos eritrócitos, aumenta ativação de enzimas que participam na limpeza de radicais livres; Eliminação toxinas capilares e celulares; Hidratação; Dilatação dos poros; Nutrição Celular; Fonte: www.ozonelife.com.br 41 | Pós Graduação Ozonioterapia Ativação da circulação sanguínea e linfática; Produz Água Inócua; Descongestionante; Relaxante; Bactericida; Fungicida. Protocolo Fonte: www.ozonelife.com.br Protocolo dos óleos ozonizados Aplica-se em feridas, úlceras e lesões infectadas em diferentes con- centrações, altas, médias e baixas, dependendo do resultado que pre- tende obter (desinfecção, regeneração) e o tipo de tecido onde se aplica. 42 | Pós Graduação Ozonioterapia Atendimento É o primeiro contato com seu cliente, deve sempre seguir uma sequência para evitar esquecimentos. Extremamente importante pois é o contato inicial onde o paciente conhece- rá você, sua empresa, clínica ou consultório. O paciente observa suas condutas e o ambiente, portanto apresente um local adequado, compatível com imagem que divulgou e com tipo de serviço que você se propõe a oferecer. E fique sempre atento, essa é sua oportunidade de mostrar seu profissionalismo, técnicas, soluções para as necessidades do cliente e fidelizá-lo. Atenção ao uso das expressões: deseje um bom dia ou boa tarde, sempre acompanhado de um sorriso, cultive boa conversa e boas informações. Transmita segurança ao passar detalhes, e acima de tudo, mostre seriedade e dedicação. Anamnese, planejamento e atendimento ao paciente 43 | Pós Graduação Ozonioterapia Anamnese geral Neste momento colhe-se os dados, PERGUNTAS exploratórias, informações (empatia do profissional = com a segurança cliente) Queixa (o que a trouxe, o que está incomodando) Qual o incômodo maior, e a partir desses questionamentos você vai indicar a melhor estratégia e procedimentos para resolver ou amenizar o problema. - Dados pessoais (idade, profissão, já realizou procedimentos, etc) - Hábitos (nutricionais, exercícios, vícios, etc) - Estado de saúde (patologias, medicamentos, marcapasso, DIU, próteses...) - Avaliação clínica: investigação clínica do paciente (rosácea, lúpus, vascularização, envelhecimento) Também podemos dividir a avaliação em regiões como face e corpo. Cuide de você, use roupas que imponham respeito como profissional e boa aparência. Se atualize e seja sempre embasados cientificamente. A finalidade é verificar as reais expectativas do paciente, como o paciente che- gou até você, se fez qualquer tipo de procedimento anteriormente, avaliar a queixa e o que ele busca em seu atendimento. 44 | Pós Graduação Ozonioterapia E o que vamos encontrar na face acne cicatrizes discromias flacidez hipercromias rugas linhas de expressão cicatriz de acne papada olheiras E na parte corporal gordura localizada flacidez cutânea estrias microvasos/telangiectasias discromias lipodistrofia ginóide Após essa avaliação é chegada a conclusão da possibilidade de tratamento determinar o protocolo específico para cada paciente. Explicar com riqueza de deta- lhes (tempo de duração,como age, o que esperar, as reações no organismo ...). Adicionar outros tratamentos para disfunções que não eram a queixa, mas que foram detectados para um 2º momento. Fidelização do paciente Nesta parte que pode ser executada por você ou uma secretária deve ser organizado: Orçamento do tratamento; Negociação com cliente; Avaliação comercial 45 | Pós Graduação Ozonioterapia Negociação para a forma de pagamento; Confecção e entrega de materiais publicitários; Se o tratamento será pacote ou sessão avulsa; Agendamento conforme a disponibilidade sua e do cliente; Termo de consentimento específico para ozonioterapia; Informações pós procedimentos; Fidelização do paciente. Motivo da consulta; Profissão; Hábitos sociais; Hábitos alimentares; Tratamentos anteriores; Doenças pré-existentes inclusive as que são consideradas contra-indicações para ozonioterapia; Características de pele; Identificar motivos para atual quadro clínico; Buscar informações: como histórico familiar, uso de contraceptivos, gestação, aumento de peso, cirurgias, tratamento medicamentoso em curso ou não; Motivo da consulta; Quais as vias de aplicação que serão utilizadas no tratamento e quantas ses- sões semanais deverão ser agendadas: Conduta de tratamento Como construir sua ficha 46 | Pós Graduação Ozonioterapia Registro Fotográfico Queixa principal; Profissão; Hábitos sociais; Hábitos alimentares; Tratamentos anteriores; Origem genética; Fototipo:pai mãe avô; Características estéticas; Tratamentos anteriores. Usado em caso de feridas e tratamento estético e acompanhamento; Para obter uma foto de qualidade e fidedigna, escolher um Local adequado, com boa luminosidade; Fundo: sempre liso sem outras informações a melhor cor específica – Preto (sem brilho), mas caso não tenha como pode ser usado o branco; Distância e ângulos ideais (padronizados); Posicionamento específico; Uso de tarjas para identificação; Registrar o que foi observado na inspeção e palpação; ANTES E DEPOIS (evolução do tratamento). 47 | Pós Graduação Ozonioterapia Indicações Contraindicações O ozônio medicinal pode ser indicado para diversos tratamentos, entre eles: Problemas circulatórios; Diversas doenças e condições do paciente idoso; Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zos- ter; Feridas com infecções ou inflamadas de difícil cicatrização como úlceras, feri- das de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arte- rial, úlcera diabética, riscos de gangrena; Colites e outras inflamações intestinais crônicas; Queimaduras; Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares; Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas; Imunoativação geral; Terapia complementar para alguns tipos de câncer. Relativas (para aplicações sistêmicas) Hipertireoidismo ou hipertensão descompensados; Anemia grave; Hemorragia recente de órgãos; Caquexia; 48 | Pós Graduação Ozonioterapia Patologias com alto estresse oxidativo (compensar primeiro). Absoluta: Deficiência grave na enzima G6PD **precaução: gravidez recente ou suspeita (por questões deontológicas) Efeitos adversos Os efeitos colaterais mais comuns, podem estar relacionados a má conduta em técnica de administração, via de administração, concentração de ozônio admi- nistrada, etc. Grau 1 suave Assintomáticos ou sintomas leves: apenas observações clínicas ou de diag- nóstico, sem intervenção. Alguns pacientes relataram uma breve e transitória sensação de calor local e uma leve dor durante a injeção de ozônio. Hematoma no local de infiltração de ozônio em um paciente. Quatro pacientes relataram a sensação de prurido nos lábios e língua no final da sessão. Três pacientes descreveram náusea e mau gosto na boca durante a reinfusão de sangue ozonizado. Um paciente sofreu dispneia durante a administração da terapia. Início de euforia após a aplicação do ozônio em aplicação extracorpórea do sangue (EBOO) em 15 pacientes tratados por lesões cutâneas secundárias à isque- mia arterial. 49 | Pós Graduação Ozonioterapia Grau 1 suave Grau 2 Moderado Grau 3 Grave Intervenção mínima, local ou não invasiva indicada; atividades instrumentais da vida diária (AVD) apropriadas à idade. Início de redução da sensibilidade nas pernas de dois pacientes do grupo tra- tado com ozônio e corticoides que se normalizaram em duas horas. Cinco pacientes relataram dor lombar e nas pernas, após a injeção de ozônio que se normalizou espontaneamente; Oito pacientes apresentaram irritação leve da córnea e dispnéia reversível, após a administração de ozônio. Quando o ozônio foi administrado por insuflação retal, foram relatados casos de inchaço e constipação. Do ponto de vista médico é significativo, mas não oferece risco de vida, hospi- talização ou prolongamento de internação, nem incapacidade ou limitação do auto- cuidado: AVC vertebrobasilar - descrito pelo Tratado de Madri, porém sem delimitar o número de eventos. Uma hemorragia vitreorretiniana bilateral aguda. Um caso de irritação meníngea. Três casos de hepatite viral. Vários casos de complicações infecciosas graves durante o tratamento de pa- tologias degenerativas da coluna vertebral. Abscesso pré-vertebral agudo, secundário a ozônio intradiscal em aplicação de O³ / O² quimonucleólise. Vasoconstrição durante reinfusão rápida usando auto-hemoterapia maior. Complicação purulenta secundária a O³ / O² terapia para o tratamento da dor lombar. Relato de caso de espondilodiscite após terapia com O³ / O² para tratamento de um disco cervical. 50 | Pós Graduação Ozonioterapia Gerenciamento de resíduos Tem por objetivo minimizar a ge- ração e proporcionar um destino seguro dos resíduos, de forma eficiente, visando a proteção dos profissionais que reali- zam o manejo, a preservação da Saúde Pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Para realizar de forma adequada, é necessário que o serviço elabore um PGRSS (Plano de Gerenciamento de Re- síduos do Serviço de Saúde), destacan- do como atividades de extrema impor- tância é seguir corretamente as etapas pelas quais passarão estes resíduos, sendo elas - a geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazena- mento, transporte, tratamento e desti- nação final destes resíduos. Nesta eta- pa, que deverão ser separados os lixos recicláveis. Se o serviço não realiza a gestão dos resíduos, está sujeito à multas e atu- ações, já que o gerenciamento integra o licenciamento ambiental e pode ser exi- gido e fiscalizado pelos órgãos de saú- de. O primeiro passo para realização a gestão de resíduos de saúde é conhe- cer os tipos e quantidades de resíduos que a organização gera. Os resíduos são divididos em 5 grupos, de acordo com as suas características: Grupo A: são aqueles com agentes biológicos e que podem apresentar risco de in- fecção Grupo B: são aqueles com presença de substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente Grupo C: rejeitos radioativos Grupo D: são aqueles denominados lixos comuns Grupo E: são os materiais perfurocortantes e todos os utensílios de vidros quebrados. 51 | Pós Graduação Ozonioterapia Para descarte dos resíduos, o primeiro passo do gerador deste resíduo é sem- pre contactar com a empresa responsável por esta função, combinado data, local e tipo de resíduo que deverá ser recolhido. Outra opção de descarte, é verificar a pos- sibilidade de encaminhar para um Serviço de Saúde, que faça este tipo de serviço. Importante também que você possua e tenha sempre em mãos, o licenciamento ambiental para realizar a separação dos lixos gerados. Lembre-se de consultar a ANVISA sempre que surgirem dúvidas ou que preci- sar de informação sobre este tema, e para saber se este processo está sendo reali- zado corretamente. Segurança ocupacional São as medidas tomadas para garantir a segurança do trabalhador, enquanto eleexerce sua função, com objetivo de reduzir acidentes no am- biente de trabalho, além de resguardar a integridade social, física e mental do profissional. O uso correto de EPI (Equipamen- to de proteção individual) é de extrema importância para evitar possíveis risco à saúde do trabalhador, durante a exe- cução de determinadas atividades, pois desta forma, o profissional encontra-se protegido para exercer seu trabalho. EPI mais comuns na área da saúde são: no uso de roupas, jalecos, capotes, acessórios: estetoscópio, esfigmoma- nômetro, oxímetro, óculos de proteção, luvas descartáveis, tocas descartáveis, máscaras descartáveis e N95 e outros meios e dispositivos de segurança uti- lizados durante o trabalho, garantindo um serviço de qualidade e com segu- rança para terapeuta e paciente. Ressalta-se que sempre deve ser utilizado materiais descartáveis, como seringas, sondas, agulhas, escalpes, lu- vas de procedimentos com ausência de látex e demais dispositivos durante o atendimento, desta forma, garantindo a proteção tanto aos pacientes quan- to aos profissionais e evitando risco de contaminação para ambos. Todo insumo agulhado, deve con- ter dispositivo para proteção da agulha após o uso, que deverá ser acionado 52 | Pós Graduação Ozonioterapia pelo profissional, para evitar risco de acidentes, por perfuração com material possi- velmente contaminado. Desta forma, conclui-se que a Segurança Ocupacional, é importante para mi- nimizar risco de acidentes ocupacionais aos profissionais envolvidos e garantir ao cliente um serviço de qualidade. Quando Procurar outros profissionais O profissional que realiza a Ozo- nioterapia deverá realizar avaliação do cliente em todas as sessões que ele for submetido, e sempre atentar-se a quei- xas ou manifestações de sintomas de agravamento à saúde deste cliente. Ao perceber, alterações importantes nos sinais vitais (pressão arterial, pulso, fre- quencia respiratória, temperatura cor- poral), reações alérgicas, desmaios, al- terações em exames laboratoriais, entre outras manifestações inesperadas, que estejam colocando a vida de seu cliente em risco, o mesmo deverá ser encami- nhado para atendimento de profissio- nais e serviços específicos, que atenda estas necessidades, como Posto de Saú- de ou Hospitais, para que estes sintomas sejam resolvidos o mais brevemente. Durante o atendimento, também é pos- sível avaliar a necessidade de associar outro profissional, por exemplo, fisiote- rapeuta, médico ou outro especialista, para beneficiar ainda mais o atendi- mento prestado pelo Ozonioterapeuta. Desta forma, verificamos que a Ozonio- terapia, poderá ser aplicada muitas ve- zes como a única Terapia utilizada pelo paciente, mas que em alguns momen- tos, necessitamos de outros profissio- nais para complementar o atendimento ou para ajudar em intercorrências que possa aparecer durante o atendimento prestado. 53 | Pós Graduação Ozonioterapia 1) Quando foi descoberto o ozônio? a) Em 1740. b) Em 1840. c) Em 1940. d) Em 1945. e) Em 1960. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 2) Como podemos armazenar o gás ozônio? a) Em reservatórios plásticos. b) Em frascos de vidro. c) Em embalagens metálicas. d) Embalado à vácuo. e) Não podemos armazenar. 3) Assinale a alternativa que melhor apresenta as propriedades do ozônio a) Germicida, combustível e clareador. b) Clareador, oxidante e emulsificante. c) Germicida, oxidante e clareador. d) Aromatizante, germicida e bactericida. 4- Sobre os materiais que devem ser usados na aplicação do ozônio, existe um que não pode, qual é? a) Vidro. b) Silicone. c) Látex. d) Inox. 54 | Pós Graduação Ozonioterapia 5) São as principais aplicações do óleo ozonizado, exceto: a) Úlceras de pele, gordura localizada, feridas cutâneas. b) Onicomicose e candidíase de repetição. c) Infecções da pele: Bacteriana, Fúngica e Viral. d) Queimaduras. 6) A descoberta do óleo ozonizado se deu pela: a) Observação de que o ozônio se transforma em um pó quando processado conti- nuamente através do óleo. b) Observação de que o ozônio se transforma em líquido quando processado conti- nuamente através do óleo. c) Observação de que o ozônio se transforma em um gel quando processado conti- nuamente através do óleo. d) Observação de que o óleo fica turvo quando processado continuamente. 7) O ozônio é indicado para várias patologias, exceto: a) Problemas circulatórios. b) Feridas com infecções ou inflamadas de difícil cicatrização como úlceras, feridas de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial, úlcera diabética, riscos de gangrena. c) Patologias com alto estresse oxidativo (compensar primeiro). d) Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares. e) Queimaduras. 8) O ozônio pode ser produzido naturalmente em nosso organismo, exceto: a) Em hemácias com deficiência de G6PD. b) Em neutrófilo sem repouso. c) Em reação catalisada por anticorpos. d) Em neutrófilos ativados. 55 | Pós Graduação Ozonioterapia 9) Leia as frases abaixo e indique “F” para falsas e “V” para verdadeiras. Em se- guida, assinale a alternativa correta. 1. ( ) A banheira ozonizada promove ativação da circulação sanguínea e linfática. 2. ( ) A Ozonioterapia é contra-indicada em pacientes com hipertireoidismo. 3. ( ) A Ozonioterapia é contra-indicada em pacientes com Hemocromatose. 4. ( ) O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga elétrica. Escolha uma: a. 1-F, 2-V, 3-F e 4-V. b. 1-V, 2-V, 3-F e 4-F. c. 1-V, 2-V, 3-V e 4-V. d. 1-F, 2-F, 3-F e 4-V. 10) Relacione as colunas quanto à aplicação de ozônio: ( A ) ANIMAIS DOMÉSTICOS ( B ) DORES ARTICULARES ( C ) CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS ( D ) ESTÍMULO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ( E ) MICOSE UNHA ( ) BAG ( )INSUFLAÇÃO RETAL ( ) ÓLEO OZONIZADO ( )APLICAÇÃO LOCAL SUBCUT NEO ( ) AUTO-HEMO MENOR 56 | Pós Graduação Ozonioterapia 11) Dentre as alternativas abaixo, qual não refere aos objetivos do gerenciamento de resíduos a) Minimizar a geração de resíduos b) Proporcionar um destino seguro para os resíduos produzidos c) Acumular resíduos no ambiente de trabalho d) Proteger os profissionais que manuseiam estes resíduos e) Preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente 12) Qual a ordem correta das etapas pelas quais passarão os resíduos gerados no ambiente de trabalho a) Geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos b) Segregação, geração, acondicionamento, transporte, armazenamento e desti- nação final dos resíduos c) Acondicionamento, coleta, geração, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos d) Geração, acondicionamento, coleta, segregação, transporte, armazenamento e destinação final dos resíduos e) Segregação, coleta, geração, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos 57 | Pós Graduação Ozonioterapia REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Schwartz A, Martinez-Sanchez G, Re L. Guía para el uso médico del ozono. Funda- mentos terapéuticos e indicaciones. Madrid; 2011. 2. Abaam Frank Shallenberger. Principles and Applications of Ozone Therapy - A Prac- tical Guideline for Physicians. Ed. Createspace; 1ª edição, 2011. 3. Paula Horan. Heal Yourself With Ozone: Practical Suggestions For Oxygen Based Approaches To Healing. Editora : Createspace Independent Publishing Platform. 2016. 4. Declaração de Madri sobre Ozonoterapia; 3. edição, 2020 Bibliografia complementar: 1. Aboz.org.br [site na Internet]. São Paulo: Associação Brasileira de Ozonioterapia, His- tória da ozonioterapia. https://www.aboz.org.br/ozonize-se/historia-da-ozoniotera- pia/7/. Acesso: 15/01/2021. 2. Quintero, R. Schwartz,A. Ozonotherapy and Legislation.Analysis for its regularization. Revista Española de Ozonoterapia. Vol. 2, nº 1, pp.51-90, 2012
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