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Ebook Pós Ozonioterapia

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Prévia do material em texto

Introdução à ozonioterapia..........................................................................................................................1 
Como gerar ozônio..........................................................................................................................................3
História sobre o ozônio...................................................................................................................................4
Mecanismo de ação.......................................................................................................................................6
Efeitos fisiológicos............................................................................................................................................9
Técnicas de aplicações.................................................................................................................................11
Geradores..........................................................................................................................................................20
Água ozonizada e os benefícios................................................................................................................31
Óleo ozonizado................................................................................................................................................35
Anamnese.........................................................................................................................................................42
Efeitos adversos.............................................................................................................................................48
Gerenciamento de resíduos......................................................................................................................50
Segurança ocupacional...............................................................................................................................51
Quando Procurar outros profissionais...................................................................................................52
Exercícios de fixação.....................................................................................................................................53
SUMÁRIO
1 | Pós Graduação Ozonioterapia
Introdução à ozonioterapia
Ozônio
 O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto o oxigê-
nio é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2). For-
ma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem e, os 
átomos separados, combinam-se individualmente com outras mo-
léculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente pela ação dos 
raios UV ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3.
Figura 1 – Molécula de ozônio
Fonte: Biomedicina estética, 2019
2 | Pós Graduação Ozonioterapia
tempestade, porque a descarga elétrica 
de raios entre nuvens e terra catalisa a 
formação de ozônio a partir do oxigênio 
atmosférico. O nome ozônio vem do gre-
go e significa exalar cheiro, em condições 
normais é um gás incolor, mas na estra-
tosfera é responsável pelo azul do céu.
O ozônio O3 é 10 vezes mais solúvel 
que que o O2. Entre os agentes oxi-
dantes, o ozônio é o terceiro mais for-
te depois de flúor e persulfato, um fato 
que explica a sua elevada reatividade.
 O ozônio é uma molécula gasosa 
natural composta por três átomos de 
oxigênio; enquanto a molécula de oxi-
gênio, muito mais estável, é composta 
por apenas dois átomos. Christian Frie-
drich Schonbein (1799-1868), descobriu 
o ozônio em 1840, quando, trabalhando 
com uma pilha voltaica na presença de 
oxigênio, notou a emergência de um gás 
com um “cheiro elétrico e pungente” que 
poderia ser um tipo de “oxigênio super-
-ativo”. Podemos cheirá-lo durante uma 
 O ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e de oxigê-
nio puro, produzido por um gerador de ozônio. O equipamento promo-
ve uma descarga elétrica entre 13.000 e 15.000 volts nas moléculas de oxi-
gênio, o que possibilita a agregação dos átomos e a formação do gás ozônio.
Fonte: ozone Life, 2019
3 | Pós Graduação Ozonioterapia
Geração de Ozônio
Esquema de um gerador de ozônio medicinal
 Podemos observar que esta re-
ação é reversível, praticamente o que 
significa que o ozônio se decompõe es-
pontaneamente e por isso é dificilmen-
te armazenável. Além disso, a vida do 
ozônio molécula depende da tempe-
ratura, de modo que a 20°C, a concen-
tração de ozônio é reduzida para meta-
de no decurso de 40 min. A 30°C dentro 
de 25 min. Enquanto que à tempera-
tura de -50°C é reduzida para metade 
só depois de três meses. (Bocci, 2014).
 O aparelho deve ser construído 
com os melhores materiais ozônio-resis-
tentes, tais como Inox 316L de aço inoxi-
dável, titânio puro de grau 2, vidro Pyrex, 
Teflon, Viton e poliuretano, evitando qual-
quer material que possa ser libertado de-
vido à oxidação do ozônio. (Bocci, 2014)
 Ozonioterapia é um tratamento 
médico utilizando a mistura de oxigê-
nio em ozônio (de 95% - 99,95% de oxi-
gênio e de 0,05% - 5% de ozônio) como 
um agente terapêutico para o trata-
mento de uma ampla gama de doen-
ças. Uma vez que o ozônio não pos-
sui receptores e o seu mecanismo de 
ação farmacológico é indireto, porque 
atua através dos seus mediadores, a 
resposta depende da transdução de 
Histórico
4 | Pós Graduação Ozonioterapia
Figura 3 - Modulação imunológica
Fonte: patologia clínica, 2018.
1840
 O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich 
Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido 
a uma descarga elétrica. E, pela frequência sistemática com que isto ocorria, o cha-
mou de “ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”.
1857
 O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, 
aparelho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de descargas 
elétricas.
sinais nucleares e mecanismo de ati-
vação (Nrf2: fator nuclear (2 derivada-
-eritróide) e a síntese de proteínas, tais 
como SOD (superóxido dismutase), CAT 
(catalase), GPx (Glutationa peroxida-
se), HO (Heme - oxigenase). (KALIL, 2011).
5 | Pós Graduação Ozonioterapia
1896
 Em 1896, Nicola Tesla, patenteou o primeiro gerador de O3 medicinal e come-
çou a vender a máquina geradora de O3 e óleo ozonizado.
1914-1918
 Durante a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses, utilizaram o 
ozônio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista 
THE LANCET, nos anos 1916 e 1917.
 Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, inicial-
mente para combater a ação de bactérias e germes na pele humana.
1935
 Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, experienciou 
o tratamento com ozônio e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada 
“O tratamento com ozônio na cirurgia”.
 Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de mate-
riais adequados e resistentes à oxidação – como plásticos para aplicação local de 
ozônio em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, 
 1975
 No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo 
e com ela trabalha até hoje. Em meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi (in 
memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em 
inúmeros cursos e congressos.
1979
 Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 1979, 
um ano antes de sua morte, publicou seu livro “O Ozônio Medicinal” – no qual apre-
senta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade 
Médica Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Apli-
cação Preventiva e Terapêutica do Ozônio.
 
1
6 | Pós Graduação Ozonioterapia
Mecanismo de Ação
A reação do ozônio com tantas moléculas implica dois processos fundamentais:
 A primeira reação é conhecida como: “THE OZONE INICIAL REACTION” 
- porque uma pequenaporção de ozônio é, inevitavelmente, consumida 
durante a oxidação de ácido ascórbico e ácidos: úricos, sulfúricos (SH), gru-
pos de proteínas e glicoproteínas. Apesar da albumina, os ácidos ascórbicos 
e úricos dominam a dura reatividade do ozônio (Halliwell, 1996); eles permi-
tem essa primeira reação que é importante, pois ela gera espécies reativas 
de oxigênio (ROS); o que desencadeia vários produtos bioquímicos no san-
gue. A ROS é neutralizada dentro de 0,5-1 minutos pelo sistema antioxidante.
 Em primeiro lugar, o ozônio, 
como qualquer outro gás, dissolve-se 
na água, quer seja do plasma (a parte 
líquida do sangue), nos fluidos extra-
celulares, ou na camada fina de água 
cobrindo a pele e particularmente a 
mucosa do trato respiratório, intesti-
no, vagina, etc. Na temperatura nor-
mal e pressão atmosférica, devido à sua 
alta solubilidade e dependendo da sua 
relativa pressão, um pouco de ozônio dissolve-se na 
água, mas ao contrário do oxigênio, NÃO É EQUILIBRA-DO com o 
ozônio restante na fase gasosa; isso acontece porque o ozônio, sendo um 
oxidante potente, imediatamente reagirá com uma série de moléculas presentes 
em fluidos biológicos. Nomeadamente são: os antioxidantes, as proteínas, os hidra-
tos de carbono e, preferencialmente, os Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs). 
2
7 | Pós Graduação Ozonioterapia
 A segunda reação bem característica é conhecida como “PEROXIDA-
ÇÃO LIPÍDICA” - No plasma hidrofílico, um mol de uma olefina (particularmen-
te ácido araquidônico presente em triglicerídeos plasmáticos e quilomícrons) 
e um mol de ozônio, originam dois moles de aldeídos e um mol de peróxido 
de hidrogénio (H2O2). Estas Duas reações, concluídas em segundos usam a 
dose total de ozônio que gera peróxido de hidrogênio, um oxidante, mas não 
uma molécula radical (geralmente incluído na família ROS) e uma varieda-
de de aldeídos conhecidos como PRODUTOS DE OXIDAÇÃO LIPÍDICA (LOPs).
Como funciona o ozônio?
 As reações bioquímicas e su-
cessiva ocorrem em células diferen-
tes em todo o corpo, assim, deve ficar 
claro que uma boa parte de ozônio é 
consumida pelos antioxidantes pre-
sentes no plasma e apenas a segun-
da reação é responsável pelos efeitos 
tardios biológicos e terapêuticos. Isto 
deveria esclarecer o motivo pelo qual 
uma dose muito baixa de ozônio pode 
ser ineficaz ou equivalente a um place-
bo. ROS incluem vários radicais como 
ânions superóxido (O2), monóxido de 
nitrogênio (NO), peroxinitrito (O = NOO).
 A hidroxila, já mencionada, com-
posto radicais e outros compostos oxi-
dantes como peróxido de hidrogênio e 
ácido hipocloroso (HClO), são compos-
tos potencialmente citotóxicos (Fridovi-
ch, 1995; Pullar et al, 2000; Hooper et al., 
2000), mas felizmente têm uma meia-
-vida curta (normalmente uma fração 
8 | Pós Graduação Ozonioterapia
de segundo) e, tanto o plasma como as 
células, têm antioxidantes capazes de 
neutralizá-los, caso suas concentrações 
não sobreponham a capacidade antio-
xidante. As LOPs geradas após a peroxi-
dação de uma grande variedade de PU-
FAs são heterogêneas e brevemente são 
representados por radicais de peróxido 
(ROO); assim, uma variedade de hidro-
peróxidos (R-OOH) e uma mistura com-
plexa de baixos produtos finais aldeídicos 
de peso molecular, nomeadamente ma-
lonyldialdeyde (MDA), e alquenais, entre 
os quais 4-hidroxi-2,3 transnonenal (4-
HNE), são os mais citotóxicos. A química 
e a bioquímica desses compostos foram 
minuciosamente descritas pelo grupo 
de Esterbauer (1991). Se alguém pensa 
Figura 4–ozônio e plasma
Fonte: Conselho regional de Farmácia, 2019
9 | Pós Graduação Ozonioterapia
Efeitos Fisiológicos
 Deve-se enfatizar que SANGUE EX-
POSTO AO OZÔNIO, SUCEDE UM ESTRES-
SE OXIDATIVO TRANSITÓRIO - necessá-
rio para ativar funções biológicas sem 
efeitos prejudiciais. O estresse deve ser 
adequado (não subliminar) para ati-
var mecanismos fisiológicos, MAS NÃO 
EXCESSIVO - para sobrecarregar o sis-
tema antioxidante intracelular e cau-
sar danos. Assim, uma dose excessiva 
de ozônio ou incompetência em mani-
pular esse gás pode ser prejudicial. Por 
outro lado, doses de ozônio (abaixo do 
limiar), são totalmente neutralizadas 
pela riqueza de antioxidantes plasmáti-
cos e podem produzir apenas um efeito 
placebo. O conceito de que a Ozoniote-
rapia é dotada de um oxidativo agudo, 
incomoda os adversários dessa abor-
dagem porque consideram isso como 
um dano infligido aos pacientes, pos-
sivelmente já sob uma doença crôni-
ca de estresse oxidativo. Portanto, NÃO 
ACREDITAM QUE A OZONIOTERAPIA IN-
DICA UMA RESPOSTA TERAPÊUTICA MUL-
TIVARIADA JÁ BEM DOCUMENTADA EM 
ALGUMAS DOENÇAS. Além disso, NÃO 
promovem O ESTRESSE OXIDATIVO CRÔ-
NICO (COS), DEVIDO A UMA ENDÓGENA 
E DESCONTROLADA HIPEROXIDAÇÃO.
 A RESPOSTA TERAPÊUTICA alcan-
çada após estes repetidos estres-
ses oxidativos, pode ser considerada 
como um Efeito de PRECONDITIONING- 
eventualmente capaz de reequilibrar 
o sistema redox e alterado por estí-
mulos patogenéticos. (BOCCI, 2002).
 Como já mencionado, as concen-
trações sub micromolares de LOPs po-
dem atuar como mensageiros fisioló-
gicos, capazes de reativar um sistema 
biológico despreocupados. Do ponto de 
vista farmacocinético, os vestígios de 
LOPs podem atingir todos os órgãos, em 
particular a medula óssea e o Sistema 
Nervoso Central. Os LOPs são extrema-
mente importantes para informar célu-
las específicas e receptores de um es-
tresse oxidativo mínimo e calculado, que 
pode provocar a resposta adaptativa.
 Em relação aos eritrócitos, as LOPs 
podem influenciar a linhagem eritroblás-
tica, permitindo a geração de células 
com melhores características bioquími-
cas. Estes eritrócitos, durante os quatro 
meses seguintes, são capazes de for-
necer mais oxigênio em tecidos isquê-
micos. A consequência de tratamentos 
repetidos, obviamente dependendo de o 
volume de sangue ozonizado, a concen-
tração de ozônio e o cronograma, é que 
após alguns tratamentos iniciais uma 
10 | Pós Graduação Ozonioterapia
parte (cerca de 0,8% do grupo) de eritró-
citos entrará diariamente na circulação 
e implacavelmente substituirá velhos 
eritrócitos gerados antes da terapia. Isso 
significa que durante a Ozonioterapia 
a população de eritrócitos incluirá não 
apenas células com diferentes idades, 
mas o mais importante, eritrócitos com 
diferentes capacidades bioquímicas e 
funcionais. No curso de terapia de ozô-
nio, já foi medido um aumento marcado 
de G6PD e outras enzimas antioxidan-
tes em eritrócitos jovens. (Bocci, 2014).
 O processo de ativação celular é 
muito dinâmico e não dura para sempre, 
porque as células do sangue possuem 
vida definitiva e uma memória bioquí-
mica limitada; portanto, a vantagem 
terapêutica DEVE SER MANTIDA COM 
MENOS TRATAMENTOS FREQUENTES. A 
toxicidade do ozônio no sangue, fluidos 
biológicos e órgãos internos, podem 
ser totalmente evitados quando a dose 
de ozônio se reduz apenas em parte.
 O sistema antioxidante tem evo-
luído durante os últimos dois bilhões de 
anos como uma defesa essencial con-
tra o oxigênio. É constituído por com-
ponentes de eliminadores, nomeada-
mente albumina, vitaminas C e E, ácido 
úrico, bilirrubina, cisteína, ubiquinol, áci-
do alfa-lipoico, e de antioxidantes in-
tracelulares como: GSH, tioredoxina, 
enzimas (superóxido dismutase, SOD, 
GSH-Px, GSH-Rd, GSH-T, catalase, etc.) 
e proteínas tais como transferrina e ce-
ruloplasmina, capazes de checar ferro 
livre e cobre que, de outra forma, pode 
favorecer a formação de radicais hi-
droxilo. A riqueza e a variedade de an-
tioxidantes extracelulares e intracelula-
res, descrito por Chow e Kaneko (1979), 
Halliwell (1994; 1999a, b; 2001), Frei (1999), 
Holmgren, (1989), Di Mascio et al., (1989), 
Jang et al., (1997), Packer et al., (1997), 
Bustamante et al., (1998) e Chae et al., 
(1999), são capazes de explicar como 
quantidades variadas de ozônio podem 
ser domesticadas, com os resultados 
de estimular vários sistemas biológicos 
sem efeitos deletérios.(BOCCI, 2002).11 | Pós Graduação Ozonioterapia
Técnicas de Aplicação
 O ozônio medicinal pode ser apli-
cado local ou parenteralmente, para 
obter um efeito sinérgico, as várias ro-
tas de aplicação do ozônio podem ser 
usadas combinadas ou isoladamente.
Todas as dosagens terapêuticas 
são divididas em três tipos, de acor-
do com seu mecanismo de ação:
Baixas doses: Estas doses têm um efei-
to imunomodulador e são utilizadas em 
doenças onde há suspeita de que o sis-
tema imunológico esteja muito com-
prometido. Por exemplo, no câncer, 
para idosos e pacientes debilitados, etc.
Doses médias: São imunomoduladores e 
estimulam a enzima antioxidante do sis-
tema de defesa. Eles são mais úteis em 
doenças degenerativas crônicas, como 
diabetes, aterosclerose, doença pulmo-
nar obstrutiva crônica (DPOC), doença 
de Parkinson, Alzheimer e demência senil.
 Doses altas: Eles têm um efeito inibitório 
sobre os mecanismos, que ocorrem em 
doenças auto-imunes: Doenças como 
artrite reumatóide e lúpus. Eles são espe-
cialmente empregados em úlceras ou fe-
rimentos infectados e também são usa-
dos para preparar água e óleo ozonizado.
12 | Pós Graduação Ozonioterapia
 Materiais a serem utilizados: To-
dos os materiais utilizados devem ser 
descartáveis e resistentes ao ozônio, 
como por exemplo: vidro, silicone, aço 
inoxidável 316, plásticos fluoropolímeros, 
politetrafluoretileno PTFE (Teflon®), diflu-
oreto de polivinilideno PVDF (Kynar®), flu-
orocarbono (Viton®), vidro de qualida-
de laboratorial, titânio, e policarbonato.
Os dois princípios básicos que devem ser 
levados em consideração antes da im-
plementação de qualquer processo de 
tratamento de ozônio são os seguintes:
a) Primum non nocere: An-
tes de mais nada, não faça mal.
b) Escalonar a dose: Sem-
pre comece com doses bai-
xas e aumente-as gradualmente.
 A exceção será em úlceras ou 
lesões infectadas, onde o inverso será 
aplicado. Nesse caso, comece com 
uma alta concentração e diminua-a 
de acordo com a melhora na condição 
do paciente. Concentrações mais al-
tas de ozônio não são necessariamen-
te melhores, da mesma maneira que 
ocorre com todos os medicamentos.
Técnicas de Ação Sistêmica
1 Insuflação Retal
 A insuflação retal de ozônio é uma 
via sistêmica. O gás é rapidamente dis-
solvido no conteúdo luminal do intestino, 
onde mucoproteínas e outros produtos 
secretores com atividade antioxidante 
reagem prontamente com o ozônio para 
produzir espécies reativas de oxigênio 
(ERO) e produtos de peroxidação lipídica. 
Esses compostos penetram na mucosa 
muscular e entram na circulação dos 
capilares venosos e linfáticos. Esta téc-
nica não invasiva pode ser utilizada sem 
risco em pacientes pediátricos e idosos, 
e em pacientes com difícil acesso de 
veias para o titular da GAHT. Geralmente 
isso é bem tolerado e permite doses de 
escala semelhantes às usadas pelo titu-
lar da GAHT. Usar sonda retal ou uretral.
 Em adultos iniciar com 20 mcg/ml 
e ir aumentando gradativamente a con-
centração, até o máximo de 40 mcg/ml.
13 | Pós Graduação Ozonioterapia
Auto - hemoterapia maior ou grande Auto - 
hemoterapia (GAHT)
 É um tratamento que envolve a mistura do sangue do paciente com ozônio de 
grau médico( O OZÔNIO é reinfundido imediatamente por infusão intravenosa.) O 
volume de sangue a ser usado varia entre 50 mL e 100. No entanto, volumes sanguí-
neos maiores que 200 mL devem ser evitados para prevenir qualquer risco de dis-
túrbios hemodinâmicos, especialmente em pacientes idosos ou com algum dese-
quilíbrio hemodinâmico.
 Concentrações de ozônio para usos sistêmicos variam de 10 μg /mL a 40. 
Concentrações acima disso devem ser evitadas devido ao aumento do risco de he-
mólise, redução de 2, 3 DPG e anti-oxidante e consequente incapacidade de ativar 
células imunocompetentes.
 • Anticoagulante mais aconselhável usar a solução A de citrato dextro-
se anticoagulante ACD-A, USP (íon citrato livre de 2,13%) ou citrato de sódio 3,8% na 
proporção de 10 mL por 100 mL de sangue a ser ozonizado. A heparina não é acon-
selhável, pois pode induzir trombocitopenia e agregação plaquetária com a exposi-
ção ao O3;
 • Número de sessões e a dose de ozônio dependem da condição geral do 
paciente, da idade e da doença;
 • Pode-se aumentar a dose do ozônio a cada cinco sessões, e os ciclos 
de tratamento variam de 10-20 sessões;
 • As sessões podem até ser diárias, de 2ª a 6ª, sendo mais frequente entre 
2-3 vezes por semana;
 • Os ciclos podem ser repetidos a cada 5-6 meses.
2
 Ensacamento de ozônio ou ga-
seificação em saco plástico é uma 
maneira local de aplicação do ozônio. 
Consiste em encher um saco plástico 
resistente ao ozônio com o O3 / O2 mis-
tura, criando um microambiente ao re-
dor da ferida, permitindo que os tecidos 
do corpo mantenham contato com a 
mistura gasosa. Faixa de concentrações 
de (60, 50, 40, 30, 20) mcg/mL é usa-
do por períodos de (30, 15) min, depen-
dendo do estágio e evolução da ferida. 
 A (60) μg / mL é usado apenas 
em infecções sépticas purulentas, por 
um período muito curto e por não mais 
do que 5 minutos. Depois que a infec-
ção é controlada e o tecido de granula-
ção saudável aparece, a frequência e a 
concentração do procedimento devem 
ser reduzidas para acelerar e induzir o 
processo de cicatrização. É necessário 
umedecer a área e remover todo o ar da 
bolsa por vácuo antes de insuflar o gás 
para dentro da bolsa. No final do pro-
cedimento, o gás ozônio restante deve 
ser aspirado antes de remover a bolsa.
14 | Pós Graduação Ozonioterapia
3 Auto-hemoterapia menor
 A auto-hemoterapia 
menor (MiAH) é um tra-
tamento que envolve a 
mistura do sangue do 
paciente removido 
por via intravenosa (5 
mL-10 mL) sem anti-
coagulante, arrasta-
do para uma seringa 
descartável estéril e livre 
de pirogênio (já conten-
do a mistura ozônio-oxigênio). 
A mistura de sangue e ozônio 
é agitada intensamente e 
reinjetada lentamente por 
via intramuscular, na re-
gião ventroglútea, junto 
com o gás. MiAH é um 
terapia estimulante imu-
nológica, comparável à 
“auto-vacinação”. Sua 
principal indicação refere-
-se a todas as doenças der-
matológicas. Como uma vacina 
4 Nebulização de ozônio ou bolsa ou bag ozonizada
15 | Pós Graduação Ozonioterapia
16 | Pós Graduação Ozonioterapia
6 Ventosa de ozônio
 Usando concentrações variando 
de 15 μg / NmL a 60 μg / NmL, com uma 
variação na duração do tratamento en-
tre 5 e 20 min. Usando uma ventosa, é 
necessário aspirar para remover o ar e o 
ozônio do sino. O vácuo aumenta o fluxo 
sanguíneo e o ozônio pode reagir melhor.
5 Intra-articular, periarticular, paravertebral, intramuscular
 O volume usado depende da o tamanho da articulação: Dedos: (1-2) mL, ou-
tros: (5-20)ml. Concentração: 10 a 20 mcg;
 NUNCA UTILIZAR VOLUMES ACIMA DE 100ML.
 A infiltração da coluna é realizada 
a 2,0 cm do processo espinhoso, usando 
um volume de 5 a 10 mL na concentra-
ção e 10 a 20mcg. A distribuição da agu-
lha é sempre bilateral, lateral ou 2 cm 
acima e 2 cm abaixo da hérnia.
 Uma abordagem prática para o 
tratamento é realizada duas vezes por 
semana nas duas primeiras semanas. 
Uma vez alcançada a melhora clínica, os 
tratamentos devem ser espaçados para 
uma vez por semana, por quatro a seis 
semanas. E então, uma sessão a cada 
15 dias até que um ciclo de 20 sessões 
seja concluído; estes podem ser redu-
zidos quando os sintomas desapare-
cerem. Também foi utilizada frequência 
diferente de administração, e um estudo 
controlado randomizado mostrou efei-
to benéfico após 5 sessões por semana, 
durante três semanas.
17 | Pós Graduação Ozonioterapia
7 Oftalmológico
 Em casos oftalmológicos (ceratite, úlceras de córnea, conjuntivite e quei-
maduras oculares), é utilizado um acessório de vidro especial adaptado ao 
contorno dos olhos. A concentração de ozônio está entre (20 e 30) μg /mL, 
tempo de aplicação 5 min, duas a três sessões por semana. Injeção subcon-
juntival, colocação prévia de colírio anestésico, com volume entre 1-2 mL por 
olho,no fundo do saco, na concentração de 10 a 35 μg /mL com um volume de 
(1-2) mL. O óleo ozonizado, devido às suas propriedades bactericidas e viruci-
das, é recomendável aplicar sob a forma de colírios quatro ou cinco vezes por dia.
8 Insuflação vesico-uretral 
 A mucosa vesical é sensível demais às propriedades oxidativas do ozô-
nio, especialmente na cistite intersticial. Por isso deve sempre iniciar com bai-
xas concentrações 10,15, 20, 25, 30 mcg de 50 a 100ml, ou não usar gás direta-
mente, mas irrigar com água bi- destilada ozonizada. Ozonize 500 mL de água 
bi-destilada a 20μg / Concentração de mL, durante 10 min em fluxo contínuo.
9 Insuflação vaginal
 A insuflação vaginal de ozônio é uma forma de aplicação tópica da 
mistura gasosa, na concentração de 20 a 40mcg. Realizada por meio de 
uma sonda plástica. É um procedimento indolor, indicado em casos de in-
fecções vaginais (corrimento), em especial as candidíases de repetição.
 A lavagem prévia com água destilada ou bidestilada ozonizada em con-
centração de 20mcg, potencializa o efeito da mistura gasosa oxigênio-ozônio.
 
18 | Pós Graduação Ozonioterapia
10 Auricular
 Verifique se o tímpano está intacto. Devido às propriedades de secagem do 
ozônio, é recomendável umedecer o canal auditivo e a membrana do tímpano an-
tes de aplicar o ozônio. Para insuflação, pode ser usada uma seringa ou um fone de 
ouvido especial com um dispositivo condutor de ozônio, ou realizar uma insuflação 
ótica com um estetoscópio modificado com tubos de silicone, conectados entre eles 
com um conector de trava Luer fêmea Y e Y da Kynar, para montar a seringa preen-
chido com ozônio nas concentrações descritas. Ele deve ser administrado manual e 
lentamente, para que o ozônio possa ser absorvido no canal auditivo e na membra-
na timpânica. Se houver um vazamento mínimo de ozônio, a administração deve ser 
feita muito mais lentamente. Concentração: ( 10-25) μg/mL; Indicações: Otite, der-
matite do canal auditivo, sinusite e problemas circulatórios da cabeça e pescoço. 
19 | Pós Graduação Ozonioterapia
11 Micro doses de ozônio nos pontos de disparo e 
acupuntura 
 Verifique se o tímpano está intacto. Devido às propriedades de secagem do 
ozônio, é recomendável umedecer o canal auditivo e a membrana do tímpano an-
tes de aplicar o ozônio. Para insuflação, pode ser usada uma seringa ou um fone de 
ouvido especial com um dispositivo condutor de ozônio, ou realizar uma insuflação 
ótica com um estetoscópio modificado com tubos de silicone, conectados entre eles 
com um conector de trava Luer fêmea Y e Y da Kynar, para montar a seringa preen-
chido com ozônio nas concentrações descritas. Ele deve ser administrado manual e 
lentamente, para que o ozônio possa ser absorvido no canal auditivo e na membra-
na timpânica. Se houver um vazamento mínimo de ozônio, a administração deve ser 
feita muito mais lentamente. Concentração: ( 10-25) μg/mL; Indicações: Otite, der-
matite do canal auditivo, sinusite e problemas circulatórios da cabeça e pescoço. 
Como gerar ozônio
20 | Pós Graduação Ozonioterapia
Como o ozônio se forma? 
 Forma-se quando as moléculas 
de oxigênio (O2) se rompem devido a 
um raio ou a ação radioativa ultravio-
leta que vem do sol. Quando atingi-
das, estas moléculas de (O2) separa-
das, vagam solitárias até se unir com 
outra molécula de (O2) que ainda não 
foi dividida, ocorrendo a transforma-
ção química e o surgimento do (O3).
21 | Pós Graduação Ozonioterapia
Ozônio x Cloro
 Comparado ao cloro, o ozônio 
oferece muitas vantagens no processa-
mento de alimentos e bebidas e na sani-
tização de materiais e superfícies. O cloro 
tem sido utilizado como produto de pri-
meira escolha na indústria de alimentos 
e no tratamento de água, no entanto, sa-
be-se que muitos subprodutos são deri-
vados da ação oxidante do Cloro, como a 
formação de THM (trihalometanos), clo-
raminas, dioxinas que são produzidas na 
reação de cloro com matéria orgânica. 
Estas substâncias são conhecidas como 
carcinogênicas e trazem grande ma-
lefício à saúde de humanos e animais.
22 | Pós Graduação Ozonioterapia
O ozônio no meio ambiente
 O ozônio é uma molécula natu-
ral, instável, composta por três átomos 
de oxigênio. É formado durante uma re-
ação endotérmica reversível, que con-
some 68,4 calorias. No ambiente essa 
reação é catalisada pelos raios UV, que 
são absorvidos, com isso o ozô-
nio controla a irradiação 
destes, protegendo 
os sistemas bioló-
gicos na Terra. É 
considerado um 
agente oxidan-
te, altamen-
te reativo, que 
se decompõe 
espontanea-
mente. Den-
tre os agen-
tes oxidantes o 
ozônio é o tercei-
ro mais poderoso, 
atrás apenas do flúor 
e persulfato. (BOCCI, 2005)
 O ozônio está presente na 
atmosfera terrestre, sendo encontrado 
na estratosfera em concentração máxi-
ma, já que a baixa temperatura diminui 
sua degradação térmica. O oxigênio ra-
refeito, presente na estratosfera, é uma 
de suas principais fontes. (OLIVEIRA, 2008)
 Quando ocorrem tempestades, 
onde há a passagem de elétrons entre a 
superfície terrestre e as nuvens, trovões, 
raios e relâmpagos, ocorre a transfor-
mação do oxigênio em ozônio de um 
jeito semelhante ao que ocorre na es-
tratosfera, podendo ser detectado atra-
vés do olfato, dependendo da 
distância. Dependendo da 
temperatura da região, 
as concentrações 
de ozônio voltam 
ao normal rapi-
damente. (OLI-
VEIRA, 2008)
 O tem-
po de vida da 
molécula de 
ozônio está di-
retamente rela-
cionado à tem-
peratura. Quanto 
maior a temperatu-
ra ambiente, menor o 
tempo de vida do ozônio, e 
consequentemente seu poder de 
ação. A meia vida do ozônio é de 140 mi-
nutos a 0°C, já a 20°C atinge apenas 40 
minutos. (OLIVEIRA, 2008 e BOCCI, 2005 )
 Outra fonte de ozônio de 
grande destaque é a polui-
ção, sendo este denominado ozô-
nio antropogênico, e seus princi-
23 | Pós Graduação Ozonioterapia
pais produtores são os veículos e as indústrias.
 Normalmente na natureza existe o controle natural entre a reação de formação 
do ozônio e de sua dissociação. Mas infelizmente, em consequência da poluição este 
equilíbrio tem sido diretamente afetado. A contínua emissão de gases poluentes como 
monóxido de carbono, dióxido de carbono, enxofre, entre outros, tem favorecido para que 
o nível de concentração de ozônio aumente, causando uma sobrecarga na atmosfera 
e gerando uma alta taxa de toxicidade. Já os derivados do CFCs (cloro, flúor e carbono) 
são capazes de destruir milhares de moléculas de ozônio. (BOCCI, 2005 e OLIVEIRA, 2008)
 Poucos sabem que depois de oito horas, seus resíduos já não existem mais, enquan-
to o restante dos poluentes persiste no ambiente por meses e/ou anos. (OLIVEIRA, 2008)
A camada de ozônio: como é feita
 A camada de ozônio é quem 
protege a terra dos raios ul-
travioletas, absorven-
do-os. Na estratos-
fera, a cerca de 22 
km a partir da su-
perfície da terra, 
há uma cama-
da de ozônio 
que pode atin-
gir uma con-
centração má-
xima de 10 ppmv 
(partes por milhão 
de volume, 1: 106), 
equivalente a 0,02 mi-
crogramas (mcg / ml). A 
manutenção da camada de 
ozônio é muito importante, pois 
absorve a maior parte da 
radiação ultravioleta 
(UV) (<290 nm) emiti-
da pelo sol. Os raios 
UV incluem a ban-
da A (316-400 
nm) responsá-
vel pela bronze-
ado, e bandas B 
e C (a partir de 
100 até 315 nm), 
que são muito 
mais mutagêni-
cos, responsáveis 
por aumentar o enve-
lhecimento da pele e car-
cinogênese, o que tem sido de-
24 | Pós Graduação Ozonioterapia
monstrado pelo aumento progressivo de carcinomas e melanomas nos últimos tempos.
 A natureza foi providencial porque, graças às cianobactérias, logo que o oxi-
gênio começou a aumentar na atmosfera terrestre, cerca de 2,3 bilhões de anos 
atrás, a emissão solar catalisou a produção de ozônio, que, em seguida, pode-
ria controlar a radiação UV e proteger sistemas biológicos na Terra.( BOCCI, 2005)
 Os raios solares atingem os átomos de oxigênio (O2), que em 
grandes altitudes está rarefeito, dissociando-os; logoem segui-
da se reagrupam formando a molécula de ozônio (O3). (OLIVEIRA, 2008) 
Primeiro gerador de ozônio
 Em 1857, o físico Dr. Werner Von Sie-
mens (1816-1892), desenvolveu o primei-
ro gerador de ozônio e chamou de “Ge-
rador de Alta Frequência”, aparelho que 
forma o gás ozônio através de descargas 
elétricas em átomos de oxigênio. Atual-
mente o ozônio é produzido no local, a 
partir do ar ambiente dentro de cápsulas, 
em equipamentos projetados especial-
mente para esta finalidade. Sua gera-
ção é automática, com custo de energia 
inferior ao de uma lâmpada residencial.
 A utilização do ozônio é segura, 
conforme o FDA (Food and Drugs Ad-
ministrations), que considera segu-
ro o uso em água e alimentos. A ABWA 
(American Bottled Water Association) 
recomenda o uso do ozônio no proces-
so de produção de água para consumo.
 
 Na Europa, há décadas utiliza-se 
normalmente o ozônio em água mineral, 
de filtro ou de mesa e em tratamento de 
água de abastecimento da população.
25 | Pós Graduação Ozonioterapia
Gerador de ozônio
 Devido à instabilidade do ozônio, ele precisa ser gerado somente quando 
necessário e usado ao mesmo tempo. O ozonioterapeuta deve ter um gerador de 
ozônio que é seguro, atóxico e reprodutível. O aparelho deve ser construído com os 
melhores materiais ozônio-resistentes.
 Produção de ozônio varia com:
 Voltagem/ frequência
 Espaço entre eletrodos
 Temperatura
 Fluxo de oxigênio: expressado em L/min
A atmosfera do nosso planeta contém uma centena de di-
versos gases.
 N2 :78,08 %
 O2 : 20,95 %
 Argônio: 0,93 %
 Vapor de água com concentração variável 
26 | Pós Graduação Ozonioterapia
Uso Medicinal
 Somente O2 puro (99,9% pureza) – Não pode conter nitrogênio;
 A produção de ozônio é precisa e calibrada;
 Produção de acordo com a janela terapêutica.
Uso Comercial
 Utilizar AR ou PSA;
 A produção de ozônio não é precisa (quantidade X qualidade);
 Uso de materiais não compatíveis.
Fluxo: diretamente relacionado à concentração de ozônio à verificar como o equi-
pamento utilizado opera.
 Excesso de ozônio no ambiente à catalisador
 Garantia e assistência técnica à calibração
 Referências de quem usa os equipamentos
Cuidados na utilização de geradores de ozônio
27 | Pós Graduação Ozonioterapia
Métodos de medição de ozônio
Mecanismos de destruição do ozônio 
Fase Gasosa:
 Método iodométrico
 Método Espectrofotométrico
Fase Líquida:
 Índigo Trissulfonato de potássio (água)
 N dietil-p-fenilenodiamina (DPD)
 Espectrofotométrico (qualquer solvente inerte)
 Método potenciométrico
 Adsorção: uso de carvão ativado não recomendado;
 Catalisação: utilização óxidos metálicos;
 Destruição Química: por reação química – Iodeto de potássio;
 Diluição: por ventilação direta na atmosfera – não recomendado em altas 
concentrações;
 Térmica: no ar de 20 a 100 horas a 21°C
28 | Pós Graduação Ozonioterapia
Ambientação do equipamento 
 Dar preferência a salas com circulação de ar (utilização de ventilador se ne-
cessário);
 Se não for possível, usar um sistema de exaustão.
Uso de materiais resistentes
 Inox 316L
 Vidro borosilicato (Pyrex®)
 Viton®
 Teflon ®
 Silicone
 PVC
 Polietileno
 Polipropileno
Materiais resistentes
Seringas :
 Isentas de Látex (seringas siliconizadas)
 Seringas de Vidro
Frasco de Vidro ou Bolsa?
 Alemanha: frasco a vácuo
 Itália: bolsa - completamente livre de ftalatos.
Sondas: não contém látex
1 µg/ml = 1 mg/1L = 1g/m3 = 1 “gama”
DOSE TOTAL = QUANTIDADE DE OZÔNIO
1 μg = 10-3mg = 10-6g
1g = 103mg = 106 μg
500 μg x 10-3 = 0,5g
29 | Pós Graduação Ozonioterapia
Unidades de medida de o3 em 
aplicações terapêuticas
Concentração de ozônio:
 Se mede em μg/ml (microgramas por mililitro)
 Indica a proporção de ozônio no volume de gás Exemplo: 10 μg de ozônio em 1 
ml de volume = 10 μg/ml
Mede-se em μg (microgramas) ou na unidade mais próxima acima. Indica a quan-
tidade de ozônio total em um volume de gás
Exemplo: Em uma mistura de ozônio-oxigênio com uma concentração de 10 μg/ml, 
contida em uma seringa de 50 ml, resulta uma quantidade de ozônio total de:
10 μg/ml x 50 ml = 500 μg de ozônio
30 | Pós Graduação Ozonioterapia
Exemplo
 Presumir que a quantidade total de ozônio de 200 μg está para ser aplicada;
 Selecione uma concentração de 20 μg/ml e preencha uma seringa de 10 ml: 
(20 μg/ml x 10 ml = 200 μg);
 Selecione uma concentração de 10 μg/ml e preencha uma seringa de 20 ml: 
(10 μg/ml x 20 ml = 200 μg);
 Importância do uso de gás é nos primeiros 30 minutos depois de ter sido ge-
rado;
 Posição em que a seringa é colocada não influencia na manipulação do gás. 
31 | Pós Graduação Ozonioterapia
Benefícios da água ozonizada
Água ozonizada e circulação
 Os benefícios da água no corpo humano se dão em inúmeras esferas. Ajuda no 
funcionamento de diversas funções básicas como o metabolismo, circulação, respi-
ração, frequência cardíaca, digestão, imunidade e eliminação de substâncias tóxi-
cas.
 A água ozonizada, quando inge-
rida, melhora a circulação sanguínea e 
consequentemente a saúde do coração. 
Isto se dá pelo mesmo motivo de que ela 
melhora a qualidade do sangue, através 
da eliminação de impurezas.
 Esta qualidade é essencialmente 
ideal para pessoas com problemas cir-
culatórios melhorando também a circu-
lação das veias capilares.
32 | Pós Graduação Ozonioterapia
Oxigenação do corpo
 O ozônio, após efetuar o seu trabalho de eliminação de 
impurezas, ou seja, após liberar uma de suas moléculas, 
volta ao estado de oxigênio. Desta forma, aquela molécula 
que nos ajudou a liberar impurezas, melhorar a circulação, 
se transforma em oxigênio. Isto melhora diversas funções 
do corpo, como por exemplo, o raciocínio, além de melho-
rar a oxigenação das extremidades. A água ozonizada, ao 
oxidar malignidades, pode também ajudar a quebrar células 
Ozônio na água
 Devido suas características quí-
micas, o ozônio pode ser utilizado na 
produção de água potável destruindo 
bactérias e vírus, como também, no tra-
tamento de diversas doenças crônicas e 
desinfecção de alimentos retardando a 
maturação de 20% a 30%, o que permite 
prolongar consideravelmente o tempo 
de armazenamento. O ozônio tem sido 
usado em estações de tratamento de 
água potável desde 1883, onde a primei-
ra estação de tratamento foi construí-
da na Holanda. A FDA aceitou o ozônio 
como eficaz e seguro agente antimicro-
biológico para o tratamento, armazena-
mento e processamento de alimentos e 
de saneamento de água potável.
33 | Pós Graduação Ozonioterapia
Utilizando água ozonizada
 O ozônio na água e o óleo ozoni-
zado são aplicados em úlceras, lesões 
traumáticas sujas, úlceras torácicas crô-
nicas, escaras, queimaduras, herpética, 
lesões psoriáticas, infecções fúngicas, 
picadas de insetos, infecções dentárias, 
como limpador da cavidade cirúrgica e 
em várias lesões infectadas. (Madri, 2020)
 A aplicação de água ozonizada 
nos alimentos elimina a presença de 
agrotóxicos, coliformes fecais, vírus e 
bactérias que podem estar presentes 
em frutas e verduras que são consu-
midas diariamente em sua casa. Nes-
se caso o ozônio é simplesmente dis-
solvido em água e a sua concentração, 
após 5-8 minutos de borbulhamento, é 
estável e equivalente a ¼ (25%) da con-
centração de ozônio presente na mis-
tura gasosa. Assim, se desejarmos uma 
forte preparação de água ozonizada, 
devemos usar uma concentração de 
ozônio de 80 mcg / ml de gás, que irá 
produzir uma concentração de ozônio 
final de cerca de 20 mcg / ml em água. 
Esta solução é adequada para o trata-
mento de feridas altamente infectadas, 
a fim de eliminar pus, materiais necró-
ticos e bactérias. Por outro lado, uma 
vez que a ferida atinge a proliferação de 
tecidos e remodelação de fases, deve-
mos usar uma solução suave preparado 
com uma concentração de ozônio de 20 
mcg / ml de gás, que irá produzir uma 
concentração de ozônio de apenas cer-
ca de 5 mcg / ml de água. (BOCCI,2005)
34 | Pós Graduação Ozonioterapia
Estabilidade depende da composição de:
 Íons
 pH
Alta reatividadecom íons e matéria orgânica à não segue lei Henry
Estabilidade: manter em recipiente de vidro, fechado, no refrigerador.
Para frutas e verduras:
Para carnes:
 Coloque as frutas, verduras e legumes dentro de 
uma vasilha de vidro com água e inicie a ozonização por 
15min. Este processo irá destruir as bactérias, e agrotóxicos.
 Basta colocar em um recipiente de vidro 
e ozonizar por 20 min. Logo aparecerá uma bo-
lha branca como se fosse uma espuma, este mate-
rial são os hormônios que o ozônio retirou da carne.
Fatores determinantes para a estabilidade 
da água ozonizada
35 | Pós Graduação Ozonioterapia
Água bidestilada:
 5°C a 110 horas
 20°C a 9 horas
Água monodestilada:
 menos de 1 hora
Desvantagem: Perda da efetividade ao longo do tempo
Água ozonizada congelada = 2 semanas de ozônio ativo
Óleo ozonizado
 Ozonização de qualquer óleo ou azeite é realizada por borbulhamento da mis-
tura gasosa (O2 - O3). Um grama do óleo pode ligar-se a 160 mg de ozônio. En-
quanto a água ozonizada permanece eficaz durante um a dois dias, o óleo perma-
nece estável durante dois anos no refrigerador. Ambos atuam como desinfectantes 
potentes e melhoram a cicatrização por estimulação da proliferação de células.
Ozônio + ácidos graxos insaturados > óleo ozonizado
 hidroperoxidos 
 ozonidos
 diperóxidos
 peróxidos e poliperoxidos
Propriedades
- O índice de peróxidos, a temperatura e o tempo influem na conservação;
- Deve ser conservado entre 2°C a 8°C, nestas condições a estabilidade pode chegar 
até 2 anos.
36 | Pós Graduação Ozonioterapia
Aplicações locais de óleos ozonizados
 - PELE: Cicatrização de feridas, diferentes tipos de doenças de pele de causas bac-
terianas e fúngicas;
- CONJUNTIVAL: Indicado em ceratoconjuntivite causada por clamídias e o vírus do 
herpes em gatos, incluindo transplantes de córnea, nas ceratoconjuntivites em coe-
lhos e nas ceratoconjuntivites secas e conjuntivites infecciosas em cães;
- AURICULAR: Aplicar 0,5 ml em cada orifício auricular. Indicado em todos os tipos de 
otites (superficial, intermédia e profunda) causada tanto por fungos (Malassezia), 
bactérias (Staphylococcus intermedius ou Pseudomonas) e inclusive ácaros (sarna 
psoróptica);
 –APLICAÇÃO ORAL: limpeza bucal, gengivites, necrose óssea;
- APLICAÇÃO VAGINAL: tratamento complementar, doenças do sistema reprodutivo 
do gado bovino, tais como retenção da placenta, endometrites pós-parto, entre ou-
tras.
37 | Pós Graduação Ozonioterapia
38 | Pós Graduação Ozonioterapia
Aplicação do ozônio na área de alimentos
HIDROPONIA
O ozônio pode ser adicionado na água de recirculação de hidroponia para controle 
fúngico e bacteriológico da água.
Processos industriais
Aplicações na sanitização de superfícies com redução microbiana e redução da 
contaminação dos ambientes industriais.
Processo da indústria de alimentos
O ozônio pode ser utilizado para controle de biota contaminante de câmaras de ar-
mazenagem e maturação, e na desinfecção de água de lavagem.
Utilização de ozônio em câmara de maturação de salame tipo italiano
O ozônio atuou no controle de bolores e leveduras na superfície do salame e não 
interferiu em seus atributos sensoriais.
39 | Pós Graduação Ozonioterapia
ÁGUA OZONIZADA
Efeitos Bactericida, Fungicida e Virucida
Indicação: Limpeza e Higienização Pré e Pós procedimentos Estéticos
Protocolo
Fonte: www.ozonelife.com.br
 Torre ozonizadora de líquidos
 Torre ozonizadora de líquidos: tem a fun-
ção de adicionar ozônio nos líquidos. Especi-
ficamente em água limpa a função é de adi-
cionar moléculas de ozônio na água, para fins 
de assepsia em locais de interesse. Utilizando 
baixo fluxo de ozônio/oxigênio, com concen-
tração de ozônio de 40 mg/L e fazendo bor-
bulhar por 5 minutos, se atinge até 8 ppm de 
ozônio na água. Coluna em vidro e difusor em 
vidro, com microbolhas. Tampa e mangueiras 
em silicone, com catalisador de ozônio residual.
Fonte: www.ozonelife.com.br
40 | Pós Graduação Ozonioterapia
Frasco ERLENMEYER para ozonizar líquido
Banheira ozonizada e hidrozonioterapia
 Indicado para ozonização de líquidos de forma segura. Onde o ozônio exce-
dente (parte do gás que não se mistura em água), pode ser direcionado para um 
catalisador que tem a função de converter em oxigênio novamente, quem esti-
ver no local não corre risco de intoxicação pelo gás. Tamanhos de 500ml e 1000ml.
 Melhora a respiração celular, recuperação fluxo sanguíneo, aumenta taxa de 
glicólise nos eritrócitos, aumenta ativação de enzimas que participam na limpeza de 
radicais livres;
 Eliminação toxinas capilares e celulares;
 Hidratação;
 Dilatação dos poros;
 Nutrição Celular;
Fonte: www.ozonelife.com.br
41 | Pós Graduação Ozonioterapia
 Ativação da circulação sanguínea e linfática;
 Produz Água Inócua;
 Descongestionante;
 Relaxante;
 Bactericida;
 Fungicida. 
Protocolo
Fonte: www.ozonelife.com.br
Protocolo dos óleos ozonizados
 Aplica-se em feridas, úlceras e lesões infectadas em diferentes con-
centrações, altas, médias e baixas, dependendo do resultado que pre-
tende obter (desinfecção, regeneração) e o tipo de tecido onde se aplica.
42 | Pós Graduação Ozonioterapia
Atendimento
É o primeiro contato com seu cliente, deve sempre seguir uma sequência 
para evitar esquecimentos. 
 Extremamente importante pois é o contato inicial onde o paciente conhece-
rá você, sua empresa, clínica ou consultório. O paciente observa suas condutas e 
o ambiente, portanto apresente um local adequado, compatível com imagem que 
divulgou e com tipo de serviço que você se propõe a oferecer. E fique sempre atento, 
essa é sua oportunidade de mostrar seu profissionalismo, técnicas, soluções para as 
necessidades do cliente e fidelizá-lo.
 Atenção ao uso das expressões: deseje um bom dia ou boa tarde, sempre 
acompanhado de um sorriso, cultive boa conversa e boas informações. Transmita 
segurança ao passar detalhes, e acima de tudo, mostre seriedade e dedicação. 
Anamnese, planejamento e 
atendimento ao paciente
43 | Pós Graduação Ozonioterapia
Anamnese geral
 Neste momento colhe-se os dados, PERGUNTAS exploratórias, informações 
(empatia do profissional = com a segurança cliente)
Queixa (o que a trouxe, o que está incomodando)
Qual o incômodo maior, e a partir desses questionamentos você vai indicar a melhor 
estratégia e procedimentos para resolver ou amenizar o problema.
- Dados pessoais (idade, profissão, já realizou procedimentos, etc)
- Hábitos (nutricionais, exercícios, vícios, etc)
- Estado de saúde (patologias, medicamentos, marcapasso, DIU, próteses...)
- Avaliação clínica: investigação clínica do paciente (rosácea, lúpus, vascularização, 
envelhecimento)
Também podemos dividir a avaliação em regiões como face e corpo.
 Cuide de você, use roupas que imponham respeito como profissional e boa 
aparência. Se atualize e seja sempre embasados cientificamente.
 A finalidade é verificar as reais expectativas do paciente, como o paciente che-
gou até você, se fez qualquer tipo de procedimento anteriormente, avaliar a queixa e 
o que ele busca em seu atendimento. 
44 | Pós Graduação Ozonioterapia
E o que vamos encontrar na face
 acne
 cicatrizes
 discromias
 flacidez
 hipercromias
 rugas
 linhas de expressão
 cicatriz de acne
 papada
 olheiras
E na parte corporal
 gordura localizada
 flacidez cutânea
 estrias
 microvasos/telangiectasias
 discromias
 lipodistrofia ginóide
 Após essa avaliação é chegada a conclusão da possibilidade de tratamento 
determinar o protocolo específico para cada paciente. Explicar com riqueza de deta-
lhes (tempo de duração,como age, o que esperar, as reações no organismo ...).
 Adicionar outros tratamentos para disfunções que não eram a queixa, mas que 
foram detectados para um 2º momento.
Fidelização do paciente
Nesta parte que pode ser executada por você ou uma secretária deve ser organizado:
 Orçamento do tratamento;
 Negociação com cliente;
Avaliação comercial
45 | Pós Graduação Ozonioterapia
 Negociação para a forma de pagamento;
 Confecção e entrega de materiais publicitários;
 Se o tratamento será pacote ou sessão avulsa;
 Agendamento conforme a disponibilidade sua e do cliente;
 Termo de consentimento específico para ozonioterapia; 
 Informações pós procedimentos;
 Fidelização do paciente.
 
 Motivo da consulta;
 Profissão;
 Hábitos sociais;
 Hábitos alimentares;
 Tratamentos anteriores;
 Doenças pré-existentes inclusive as que são consideradas contra-indicações 
para ozonioterapia;
 Características de pele;
 Identificar motivos para atual quadro clínico;
 Buscar informações: como histórico familiar, uso de contraceptivos, gestação, 
aumento de peso, cirurgias, tratamento medicamentoso em curso ou não;
 Motivo da consulta;
 Quais as vias de aplicação que serão utilizadas no tratamento e quantas ses-
sões semanais deverão ser agendadas:
 
Conduta de tratamento
Como construir sua ficha
 
46 | Pós Graduação Ozonioterapia
Registro Fotográfico
 
 Queixa principal;
 Profissão;
 Hábitos sociais;
 Hábitos alimentares;
 Tratamentos anteriores;
 Origem genética;
 Fototipo:pai mãe avô;
 Características estéticas;
 Tratamentos anteriores.
 
 Usado em caso de feridas e tratamento estético e acompanhamento;
 Para obter uma foto de qualidade e fidedigna, escolher um Local adequado, 
com boa luminosidade;
 Fundo: sempre liso sem outras informações a melhor cor específica – Preto 
(sem brilho), mas caso não tenha como pode ser usado o branco;
 Distância e ângulos ideais (padronizados);
 Posicionamento específico;
 Uso de tarjas para identificação;
 Registrar o que foi observado na inspeção e palpação;
 ANTES E DEPOIS (evolução do tratamento).
47 | Pós Graduação Ozonioterapia
Indicações
 
Contraindicações
 
 O ozônio medicinal pode ser indicado para diversos tratamentos, entre eles:
 Problemas circulatórios;
 Diversas doenças e condições do paciente idoso;
 Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zos-
ter;
 Feridas com infecções ou inflamadas de difícil cicatrização como úlceras, feri-
das de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arte-
rial, úlcera diabética, riscos de gangrena;
 Colites e outras inflamações intestinais crônicas;
 Queimaduras;
 Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares;
 Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas;
 Imunoativação geral;
 Terapia complementar para alguns tipos de câncer.
Relativas (para aplicações sistêmicas)
 Hipertireoidismo ou hipertensão descompensados;
 Anemia grave;
 Hemorragia recente de órgãos;
 Caquexia;
48 | Pós Graduação Ozonioterapia
 Patologias com alto estresse oxidativo (compensar primeiro).
 Absoluta:
 Deficiência grave na enzima G6PD
**precaução: gravidez recente ou suspeita (por questões deontológicas)
Efeitos adversos
 
 Os efeitos colaterais mais comuns, podem estar relacionados a má conduta 
em técnica de administração, via de administração, concentração de ozônio admi-
nistrada, etc.
Grau 1 suave 
 Assintomáticos ou sintomas leves: apenas observações clínicas ou de diag-
nóstico, sem intervenção. 
 Alguns pacientes relataram uma breve e transitória sensação de calor local e 
uma leve dor durante a injeção de ozônio. 
 Hematoma no local de infiltração de ozônio em um paciente. 
 Quatro pacientes relataram a sensação de prurido nos lábios e língua no final 
da sessão.
 Três pacientes descreveram náusea e mau gosto na boca durante a reinfusão 
de sangue ozonizado. 
 Um paciente sofreu dispneia durante a administração da terapia. 
 Início de euforia após a aplicação do ozônio em aplicação extracorpórea do 
sangue (EBOO) em 15 pacientes tratados por lesões cutâneas secundárias à isque-
mia arterial.
49 | Pós Graduação Ozonioterapia
Grau 1 suave 
Grau 2 Moderado
Grau 3 Grave 
 Intervenção mínima, local ou não invasiva indicada; atividades instrumentais 
da vida diária (AVD) apropriadas à idade. 
 Início de redução da sensibilidade nas pernas de dois pacientes do grupo tra-
tado com ozônio e corticoides que se normalizaram em duas horas. 
 Cinco pacientes relataram dor lombar e nas pernas, após a injeção de ozônio 
que se normalizou espontaneamente; 
 Oito pacientes apresentaram irritação leve da córnea e dispnéia reversível, 
após a administração de ozônio. 
 Quando o ozônio foi administrado por insuflação retal, foram relatados casos 
de inchaço e constipação. 
 Do ponto de vista médico é significativo, mas não oferece risco de vida, hospi-
talização ou prolongamento de internação, nem incapacidade ou limitação do auto-
cuidado:
 AVC vertebrobasilar - descrito pelo Tratado de Madri, porém sem delimitar o 
número de eventos.
 Uma hemorragia vitreorretiniana bilateral aguda. 
 Um caso de irritação meníngea. 
 Três casos de hepatite viral. 
 Vários casos de complicações infecciosas graves durante o tratamento de pa-
tologias degenerativas da coluna vertebral. 
 Abscesso pré-vertebral agudo, secundário a ozônio intradiscal em aplicação 
de O³ / O² quimonucleólise. 
 Vasoconstrição durante reinfusão rápida usando auto-hemoterapia maior. 
 Complicação purulenta secundária a O³ / O² terapia para o tratamento da dor 
lombar. 
 Relato de caso de espondilodiscite após terapia com O³ / O² para tratamento 
de um disco cervical. 
50 | Pós Graduação Ozonioterapia
Gerenciamento de resíduos
 
 Tem por objetivo minimizar a ge-
ração e proporcionar um destino seguro 
dos resíduos, de forma eficiente, visando 
a proteção dos profissionais que reali-
zam o manejo, a preservação da Saúde 
Pública, dos recursos naturais e do meio 
ambiente.
 Para realizar de forma adequada, 
é necessário que o serviço elabore um 
PGRSS (Plano de Gerenciamento de Re-
síduos do Serviço de Saúde), destacan-
do como atividades de extrema impor-
tância é seguir corretamente as etapas 
pelas quais passarão estes resíduos, 
sendo elas - a geração, segregação, 
acondicionamento, coleta, armazena-
mento, transporte, tratamento e desti-
nação final destes resíduos. Nesta eta-
pa, que deverão ser separados os lixos 
recicláveis.
 Se o serviço não realiza a gestão 
dos resíduos, está sujeito à multas e atu-
ações, já que o gerenciamento integra o 
licenciamento ambiental e pode ser exi-
gido e fiscalizado pelos órgãos de saú-
de.
 O primeiro passo para realização 
a gestão de resíduos de saúde é conhe-
cer os tipos e quantidades de resíduos 
que a organização gera.
Os resíduos são divididos em 5 grupos, de acordo com as suas características:
Grupo A: são aqueles com agentes biológicos e que podem apresentar risco de in-
fecção
Grupo B: são aqueles com presença de substâncias químicas que apresentam risco 
à saúde pública e ao meio ambiente
Grupo C: rejeitos radioativos
Grupo D: são aqueles denominados lixos comuns
Grupo E: são os materiais perfurocortantes e todos os utensílios de vidros quebrados.
51 | Pós Graduação Ozonioterapia
 Para descarte dos resíduos, o primeiro passo do gerador deste resíduo é sem-
pre contactar com a empresa responsável por esta função, combinado data, local e 
tipo de resíduo que deverá ser recolhido. Outra opção de descarte, é verificar a pos-
sibilidade de encaminhar para um Serviço de Saúde, que faça este tipo de serviço. 
Importante também que você possua e tenha sempre em mãos, o licenciamento 
ambiental para realizar a separação dos lixos gerados.
 Lembre-se de consultar a ANVISA sempre que surgirem dúvidas ou que preci-
sar de informação sobre este tema, e para saber se este processo está sendo reali-
zado corretamente.
Segurança ocupacional 
 São as medidas tomadas para 
garantir a segurança do trabalhador, 
enquanto eleexerce sua função, com 
objetivo de reduzir acidentes no am-
biente de trabalho, além de resguardar 
a integridade social, física e mental do 
profissional.
 O uso correto de EPI (Equipamen-
to de proteção individual) é de extrema 
importância para evitar possíveis risco 
à saúde do trabalhador, durante a exe-
cução de determinadas atividades, pois 
desta forma, o profissional encontra-se 
protegido para exercer seu trabalho. 
 EPI mais comuns na área da saúde 
são: no uso de roupas, jalecos, capotes, 
acessórios: estetoscópio, esfigmoma-
nômetro, oxímetro, óculos de proteção, 
luvas descartáveis, tocas descartáveis, 
máscaras descartáveis e N95 e outros 
meios e dispositivos de segurança uti-
lizados durante o trabalho, garantindo 
um serviço de qualidade e com segu-
rança para terapeuta e paciente.
 Ressalta-se que sempre deve ser 
utilizado materiais descartáveis, como 
seringas, sondas, agulhas, escalpes, lu-
vas de procedimentos com ausência 
de látex e demais dispositivos durante 
o atendimento, desta forma, garantindo 
a proteção tanto aos pacientes quan-
to aos profissionais e evitando risco de 
contaminação para ambos.
 Todo insumo agulhado, deve con-
ter dispositivo para proteção da agulha 
após o uso, que deverá ser acionado 
52 | Pós Graduação Ozonioterapia
pelo profissional, para evitar risco de acidentes, por perfuração com material possi-
velmente contaminado.
 Desta forma, conclui-se que a Segurança Ocupacional, é importante para mi-
nimizar risco de acidentes ocupacionais aos profissionais envolvidos e garantir ao 
cliente um serviço de qualidade.
Quando Procurar outros profissionais
 O profissional que realiza a Ozo-
nioterapia deverá realizar avaliação do 
cliente em todas as sessões que ele for 
submetido, e sempre atentar-se a quei-
xas ou manifestações de sintomas de 
agravamento à saúde deste cliente. Ao 
perceber, alterações importantes nos 
sinais vitais (pressão arterial, pulso, fre-
quencia respiratória, temperatura cor-
poral), reações alérgicas, desmaios, al-
terações em exames laboratoriais, entre 
outras manifestações inesperadas, que 
estejam colocando a vida de seu cliente 
em risco, o mesmo deverá ser encami-
nhado para atendimento de profissio-
nais e serviços específicos, que atenda 
estas necessidades, como Posto de Saú-
de ou Hospitais, para que estes sintomas 
sejam resolvidos o mais brevemente.
Durante o atendimento, também é pos-
sível avaliar a necessidade de associar 
outro profissional, por exemplo, fisiote-
rapeuta, médico ou outro especialista, 
para beneficiar ainda mais o atendi-
mento prestado pelo Ozonioterapeuta.
Desta forma, verificamos que a Ozonio-
terapia, poderá ser aplicada muitas ve-
zes como a única Terapia utilizada pelo 
paciente, mas que em alguns momen-
tos, necessitamos de outros profissio-
nais para complementar o atendimento 
ou para ajudar em intercorrências que 
possa aparecer durante o atendimento 
prestado.
53 | Pós Graduação Ozonioterapia
1) Quando foi descoberto o ozônio?
a) Em 1740.
b) Em 1840.
c) Em 1940.
d) Em 1945.
e) Em 1960.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2) Como podemos armazenar o gás ozônio?
a) Em reservatórios plásticos.
b) Em frascos de vidro.
c) Em embalagens metálicas.
d) Embalado à vácuo.
e) Não podemos armazenar.
3) Assinale a alternativa que melhor apresenta as propriedades do ozônio
a) Germicida, combustível e clareador.
b) Clareador, oxidante e emulsificante.
c) Germicida, oxidante e clareador.
d) Aromatizante, germicida e bactericida.
4- Sobre os materiais que devem ser usados na aplicação do ozônio, existe um 
que não pode, qual é?
a) Vidro.
b) Silicone.
c) Látex.
d) Inox.
54 | Pós Graduação Ozonioterapia
5) São as principais aplicações do óleo ozonizado, exceto:
a) Úlceras de pele, gordura localizada, feridas cutâneas.
b) Onicomicose e candidíase de repetição.
c) Infecções da pele: Bacteriana, Fúngica e Viral.
d) Queimaduras.
6) A descoberta do óleo ozonizado se deu pela:
a) Observação de que o ozônio se transforma em um pó quando processado conti-
nuamente através do óleo.
b) Observação de que o ozônio se transforma em líquido quando processado conti-
nuamente através do óleo.
c) Observação de que o ozônio se transforma em um gel quando processado conti-
nuamente através do óleo.
d) Observação de que o óleo fica turvo quando processado continuamente.
7) O ozônio é indicado para várias patologias, exceto:
a) Problemas circulatórios.
b) Feridas com infecções ou inflamadas de difícil cicatrização como úlceras, feridas 
de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial, 
úlcera diabética, riscos de gangrena.
c) Patologias com alto estresse oxidativo (compensar primeiro).
d) Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares.
e) Queimaduras.
8) O ozônio pode ser produzido naturalmente em nosso organismo, exceto:
a) Em hemácias com deficiência de G6PD.
b) Em neutrófilo sem repouso.
c) Em reação catalisada por anticorpos.
d) Em neutrófilos ativados.
55 | Pós Graduação Ozonioterapia
9) Leia as frases abaixo e indique “F” para falsas e “V” para verdadeiras. Em se-
guida, assinale a alternativa correta.
1. ( ) A banheira ozonizada promove ativação da circulação sanguínea e linfática.
2. ( ) A Ozonioterapia é contra-indicada em pacientes com hipertireoidismo.
3. ( ) A Ozonioterapia é contra-indicada em pacientes com Hemocromatose.
4. ( ) O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich 
Schoenbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido 
a uma descarga elétrica.
Escolha uma:
a. 1-F, 2-V, 3-F e 4-V.
b. 1-V, 2-V, 3-F e 4-F.
c. 1-V, 2-V, 3-V e 4-V.
d. 1-F, 2-F, 3-F e 4-V.
 10) Relacione as colunas quanto à aplicação de ozônio: 
 ( A ) ANIMAIS DOMÉSTICOS
 ( B ) DORES ARTICULARES
 ( C ) CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
 ( D ) ESTÍMULO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
 ( E ) MICOSE UNHA
( ) BAG
( )INSUFLAÇÃO RETAL
( ) ÓLEO OZONIZADO
( )APLICAÇÃO LOCAL SUBCUT NEO
( ) AUTO-HEMO MENOR
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11) Dentre as alternativas abaixo, qual não refere aos objetivos do gerenciamento 
de resíduos
a) Minimizar a geração de resíduos
b) Proporcionar um destino seguro para os resíduos produzidos
c) Acumular resíduos no ambiente de trabalho
d) Proteger os profissionais que manuseiam estes resíduos
e) Preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente
12) Qual a ordem correta das etapas pelas quais passarão os resíduos gerados no 
ambiente de trabalho
a) Geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e 
destinação final dos resíduos
b) Segregação, geração, acondicionamento, transporte, armazenamento e desti-
nação final dos resíduos
c) Acondicionamento, coleta, geração, armazenamento, transporte e destinação 
final dos resíduos
d) Geração, acondicionamento, coleta, segregação, transporte, armazenamento e 
destinação final dos resíduos
e) Segregação, coleta, geração, acondicionamento, armazenamento, transporte e 
destinação final dos resíduos
57 | Pós Graduação Ozonioterapia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Schwartz A, Martinez-Sanchez G, Re L. Guía para el uso médico del ozono. Funda-
mentos terapéuticos e indicaciones. Madrid; 2011.
2. Abaam Frank Shallenberger. Principles and Applications of Ozone Therapy - A Prac-
tical Guideline for Physicians. Ed. Createspace; 1ª edição, 2011.
3. Paula Horan. Heal Yourself With Ozone: Practical Suggestions For Oxygen Based 
Approaches To Healing. Editora : Createspace Independent Publishing Platform. 2016.
4. Declaração de Madri sobre Ozonoterapia; 3. edição, 2020
Bibliografia complementar:
1. Aboz.org.br [site na Internet]. São Paulo: Associação Brasileira de Ozonioterapia, His-
tória da ozonioterapia. https://www.aboz.org.br/ozonize-se/historia-da-ozoniotera-
pia/7/. Acesso: 15/01/2021.
2. Quintero, R. Schwartz,A. Ozonotherapy and Legislation.Analysis for its regularization. 
Revista Española de Ozonoterapia. Vol. 2, nº 1, pp.51-90, 2012

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