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Direito dos médicos - Camila Furlan TXXI - 25-04

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–
Direito dos médicos 
Agravo, constrangimento público, danos à imagem, desagravo público 
É direito do médico: 
• Exercer a medicina sem discriminação por questões religiosas, sexuais, 
nacionalidade, cor, etnia, orientação sexual, idade, condição social, opinião 
política ou de qualquer outra natureza 
• Baseia-se na CF de 1988 – direitos e garantias fundamentais 
• Indicar procedimento adequado ao paciente, desde que as práticas sejam 
reconhecidas cientificamente – princípio da autonomia profissional 
• Apontar as falhas em normas, contratos, práticas internas das instituições em 
que trabalhe quando indignas da prática da profissão ou prejudiciais a si 
mesmo/ao paciente/a terceiros com dever de se dirigir ao comitê de ética e, 
obrigatoriamente, à comissão de ética e ao CRM de sua jurisdição 
• Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada, em que 
condições de trabalho sejam indignas/possam prejudicar a saúde do paciente ou 
a sua própria 
o Nesse caso, deve comunicar o comitê de ética e CRM 
o São nesse caso os princípios da não maleficência, beneficência 
• Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição 
pública ou privada não ofereça condições adequadas para a prática profissional 
ou não remunerar justa e dignamente, ressalvadas as situações de EU, devendo 
comunicar sua decisão ao CRM 
o Tem direito de greve – ver abaixo 
• O direito de greve é assegurado pela CF do país 
o É assegurado esse direito, devendo o trabalhador decidir sobre 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam defender 
o A lei definirá os serviços e atividades essenciais. 
• A assistência médica ou hospitalar é caracterizada como atividade essencial 
o Essa assistência caracteriza-se por necessidades inadiáveis da 
comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente 
à sobrevivência, à saúde e à segurança da população 
• Estabelece o direito dos médicos de reivindicar melhores condições de trabalho, 
desde que o movimento não prejudique o atendimento mínimo da população 
o Sendo vedado ao médico o fato 
o Desse modo, o médico não pode defender-se de possível infração ética 
dizendo que seguia os ditames do movimento grevista; 
o Importante: se movimento grevista está vigente, a escala de plantão 
deve ser feita e executada normalmente pelos médicos, isto é, 
atendimentos necessários de UE para assistir a população devem ser 
mantidos 
• Internar e assistir seus pacientes em hospitais seus pacientes em hospitais 
privados ou públicos, ainda que não faça parte do corpo clínico, respeitadas as 
normas técnicas (são requisitos necessários para compor o corpo clínico – culpa 
em vigilância é a vigília do profissional pela instituição) aprovadas pelo CRM da 
jurisdição. 
• Requerer desagravo público ao CRM, sendo uma sessão em que um 
conselheiro/outro médico irá proferir uma oração contra a acusação realizada ao 
médico em questão 
–
• O procedimento é normatizado através dos médicos inscritos nos CRM. 
o Ex: médico ofendido pede ao conselheiro para que emita nota oficial 
contra a acusação 
• Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência, 
capacidade profissional, o tempo dedicado ao paciente, evitando que acúmulo 
de encargos ou de consultas venha a prejudicá-lo. 
o Princípio da autonomia profissional no âmbito público ou privado assim 
como no consultório particular 
• Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos legalmente, sejam 
contrários aos ditames de sua consciência – questão da autonomia profissional 
• Estabelecer honorários de forma justa e digna 
o Para exercer a medicina com honra e dignidade requer boas condições 
de trabalho e ser remunerado de forma justa 
o Médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade 
profissional, tanto por remuneração digna e justa como por condições de 
trabalho compatíveis com o exercício de sua profissão 
Agravo 
• Pode ser ofensa, injúria, afronta e o dano que alguém pratica contra outrém pela 
forma escrita, verbal, vias de fato ou lesão corporal 
o É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem 
o O instrumento legal de reparação contra o agravo é o desagravo público 
Desagravo público 
• É a reparação a uma ofensa ou injúria sofrida pelo profissional no ato de sua 
função ou em razão dela 
• É o instrumento de garantia da dignidade profissional assim como um meio de 
defesa a reputação dos profissionais 
• O médico inscrito no CRM, quando ofensa for comprovada em virtude de sua 
profissão, em cargo ou função privativa, terá direito ao desagravo público 
promovido pelo conselho regional (CR) competente de ofício ou a seu pedido. 
Exemplo: uma reportagem na TV que disse inverdades acerca de um médico ou de um 
grupo de médicos 
Recusa terapêutica (RT) 
• Paciente menor de idade ou incapaz: em caso de discordância entre médico e 
representante legal/assistente legal/familiares, cabe ao médico comunicar o fato 
às autoridades competentes (MP, polícia, conselho tutelar) 
• A recusa não deve ser aceita quando caracterizar abuso de direito, o qual 
caracteriza-se por: 
o Colocar em risco saúde de terceiros 
o Recusa ao tratamento de doença transmissível ou qualquer outra que 
exponha a comunidade ao risco de contaminação 
• A recusa a partir de gestantes deve ser analisada: 
o Binômio (mãe e feto), podendo o ato materno configurar abuso de direito 
o Em relação ao feto~ 
–
• O médico assistente, ao rejeitar a recusa terapêutica, deve registrar em 
prontuário e comunicar o diretor técnico para as providencias serem tomadas 
• É direito do médico a objeção de consciência diante da recusa terapêutica do 
paciente 
o A objeção de consciência consiste no direito do médico em se abster do 
atendimento diante da recusa terapêutica do paciente, não realizando 
procedimentos que sejam contrários àquilo em que acredita. 
o A objeção de consciência, por finalizar a relação médico-paciente, impõe 
ao médico o dever de comunicar o diretor técnico, para garantir 
assistência ao paciente com outro profissional 
• Em caso de objeção de consciência em consultório, o médico deve registrar no 
prontuário a interrupção da relação, dando ciência ao paciente e podendo 
comunicar o fato ao CRM 
• Na ausência de outro profissional, em casos de UE e quando a recusa trouxer 
danos à saúde do paciente, a relação com ele não pode ser interrompida por 
objeção de consciência; o médico deve adotar o tratamento indicado, 
independentemente da recusa do paciente. 
• Situações de UE com perigo iminente de morte, o médico deve adotar todas as 
condutas para garantir a vida do paciente, ainda que haja recusa terapêutica. 
• Recusa terapêutica deve ser prestada por escrito e com 2 testemunhas quando 
a ausência desta trazer perigo de morte ao paciente 
o São permitidas outras formas de registro da RT – desde que a maneira 
a ser registrada a RT seja incluída no prontuário 
• Não configura infração ética ou omissiva a adoção da RT

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