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45_Direito Empresarial

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
DIREITO EMPRESARIAL
2
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Diniz, Fernanda Paula.
Direito Empresarial / Fernanda Paula Diniz; Vívian Lacerda Moraes. – Serra: Multivix, 2019.
EDITORIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Seja bem-vindo à disciplina de Direito Empresarial! Esta disciplina é centrada na 
análise e no conhecimento dos diversos tipos de sociedades. 
A disciplina será dividida em seis unidades e, ao longo destas, serão discutidos os 
conceitos de empresa, empresário e empresário individual, também chamado de 
unipessoal, bem como dos mais variados tipos societários e suas distinções. 
A necessidade de compreensão da disciplina de Direito Empresarial independe da 
área de atuação escolhida, proporcionando conhecimento fundamental da estrutura 
legal das sociedades e de seus critérios de escolha. 
Para o melhor entendimento dos temas aqui trabalhados, é de fundamental impor-
tância que você, como aluno, participe das atividades, fóruns de discussão, leitura dos 
materiais fornecidos e, materiais extracurriculares, assim como a integração com os 
demais alunos, professores e tutores. Bons estudos!
6
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Objetivos de Aprendizagem da Unidade
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Definir o conceito de Direito Empresarial.
• Identificar os princípios constitucionais voltados à ordem econômica e à ativi-
dade empresarial.
• Descrever o Direito de Empresa, segundo o Código Civil.
• Definir a aplicação das regras de direito civil e de direito empresarial.
• Identificar as sociedades empresariais e simples, suas especificidades dentro 
do contexto legal e seus principais institutos no tocante a constituição, altera-
ção, transformação e extinção.
• Definir as sociedades comerciais em espécie e as cooperativas.
• Definir o conceito de fusão, incorporação, transformação e a cisão.
• Descrever as normas e doutrina pertinentes ao campo do Direito Empresarial. 
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
 > QUADRO 1 - Fixação das características do empresário unipessoal 27
 > QUADRO 2 - Quadro comparativo Empresário Individual X EIRELI 29
 > QUADRO 3 - Assembleia Geral Ordinária x Extraordinária 110
 > QUADRO 5 - Características do registro 124
 > QUADRO 6 - Comparativo entre patente e registro. 125
LISTA DE QUADROS
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DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
 > FIGURA 1 - O empresário 16
 > FIGURA 2 - Esquema de definição de empresa 17> FIGURA 3 - Princípios do nome empresarial 20
 > FIGURA 4 - O comércio 23
 > FIGURA 5 - O empresário individual 25
 > FIGURA 6 - A sociedade 30
 > FIGURA 7 - Tipos de pessoas jurídicas 31
 > FIGURA 8 - Sociedade simples 36
 > FIGURA 9 - Sociedade em comum 43
 > FIGURA 10 - Sócio oculto 47
 > FIGURA 11 - Tipos de sócios da sociedade em conta de participação 48
 > FIGURA 12 - Sociedade em nome coletivo 50
 > FIGURA 13 - Os sócios 52
 > FIGURA 14 - Sociedade 54
 > FIGURA 15 - Sociedade 60
 > FIGURA 16 - O coletivo 62
 > FIGURA 17 - Contrato 66
 > FIGURA 18 - O capital 68
 > FIGURA 19 - Sócio e a empresa 73
 > FIGURA 20 - A administração 77
 > FIGURA 21 - Características dos tipos de administração. 78
 > FIGURA 22 - Relação de sociedade 79
 > FIGURA 23 - Etapas da resolução da sociedade 82
 > FIGURA 24 - Sociedade 86
 > FIGURA 25 - Mercado de Capitais 90
 > FIGURA 26 - Constituição 93
 > FIGURA 27 - Os tipos de subscrição 95
 > FIGURA 28 - Capital 96
 > FIGURA 29 - Ações 99
LISTA DE FIGURAS
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
 > FIGURA 30 - Os tipos de ações e suas características 101
 > FIGURA 31 - Natureza do direito de autor 127
 > FIGURA 32 - A propriedade intelectual 133
 > FIGURA 33 - Ilustrativo sobre a participação recíproca 142
 > FIGURA 34 - A holding 143
 > FIGURA 35 - Constituição de uma subsidiária integral 146
 > FIGURA 36 - O consórcio 149
10
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SUMÁRIO
1UNIDADE
2UNIDADE
1 EMPRESA E EMPRESÁRIO COMERCIAL: COMERCIANTE INDIVIDUAL 15
1.1 EMPRESA E EMPRESÁRIO 16
1.1.1 NOME EMPRESARIAL 17
1.1.2 VERACIDADE, NOVIDADE E ANTERIORIDADE 20
1.1.3 MARCA 21
1.1.4 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 23
1.2 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (UNIPESSOAL) 25
1.2.1 EIRELI - EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 27
1.3 SOCIEDADE EMPRESÁRIA 30
1.4 O SÓCIO E A SOCIEDADE COMERCIAL 31
CONCLUSÃO 33
2 TIPOS SOCIETÁRIOS 35
2.1 TIPOS SOCIETÁRIOS 35
2.1.1 SOCIEDADE SIMPLES 36
2.2 SOCIEDADE EM COMUM 43
2.3 SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO 47
2.4 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 50
2.5 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES 52
2.6 SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES 54
CONCLUSÃO 57
3 SOCIEDADE LIMITADA: CONCEITO 60
3.1 CONCEITO DE SOCIEDADE LIMITADA 60
3.2 NATUREZA DA SOCIEDADE LIMITADA 62
3.2.1 CONTRATO SOCIAL 66
3.2.2 CAPITAL SOCIAL 68
3.2.3 CESSÃO DE QUOTAS 73
3.2.4 PENHORA DE QUOTAS 75
3.2.5 SÓCIO REMISSO 76
3.2.6 ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE 77
3.2.7 DELIBERAÇÕES SOCIAIS 79
3.2.8 RESOLUÇÃO, DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DA SOCIEDADE 
LIMITADA. 82
CONCLUSÃO 83
3UNIDADE
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
4 SOCIEDADE ANÔNIMA 85
4.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SOCIEDADE ANÔNIMA 86
4.2 MODALIDADES 88
4.3 MERCADO DE CAPITAIS 90
4.3.1 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM 91
4.3.2 BOLSA DE VALORES E MERCADO DE BALCÃO 92
4.4 CONSTITUIÇÃO DA S/A 93
4.4.1 SUBSCRIÇÃO PÚBLICA OU CONSTITUIÇÃO SUCESSIVA 94
4.4.2 SUBSCRIÇÃO PARTICULAR OU CONSTITUIÇÃO SIMULTÂNEA 95
4.5 CAPITAL SOCIAL 96
4.5.1 AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL 97
4.5.2 REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 98
4.6 AÇÕES 99
4.6.1 QUANTO À FORMA DE CIRCULAÇÃO 102
4.7 ACIONISTAS 102
4.7.1 ACIONISTA REMISSO 102
4.7.2 ACIONISTA CONTROLADOR 103
4.7.3 ACORDO DE ACIONISTAS 105
4.8 ÓRGÃOS DA SOCIEDADE ANÔNIMA 107
4.8.1 ASSEMBLEIA GERAL 108
4.8.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 110
4.8.3 DIRETORIA 111
4.8.4 CONSELHO FISCAL 111
4.9 DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO DA S/A 111
4.10 TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO 114
4.10.1 TRANSFORMAÇÃO 114
4.10.2 INCORPORAÇÃO 115
4.10.3 FUSÃO 115
4.10.4 CISÃO 115
CONCLUSÃO 116
SUMÁRIO
4UNIDADE
12
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SUMÁRIO
5 PROPRIEDADES: INTELECTUAL E INDUSTRIAL 118
5.1 OS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL 118
5.2 OS DIREITOS DE AUTOR 125
5.3 INFRAÇÕES AO DIREITO AUTORAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS 130
5.3.1 SANÇÕES CIVIS 131
5.3.2 SANÇÕES PENAIS 131
5.3.3 A PROTEÇÃO AO SOFTWARE 133
CONCLUSÃO 135
6 RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADES 137
6.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 137
6.1.1 SOCIEDADES FILIADAS OU COLIGADAS 138
6.1.2 SOCIEDADE CONTROLADA 139
6.1.3 SOCIEDADE DE SIMPLES PARTICIPAÇÃO 140
6.1.4 PARTICIPAÇÃO RECÍPROCA 141
6.2 HOLDING 142
6.2.1 FINALIDADE 144
6.2.2 OBJETIVOS 145
6.2.3 NATUREZA JURÍDICA 145
6.3 SUBSIDIÁRIA INTEGRAL 146
6.4 GRUPO DE SOCIEDADES 148
6.5 CONSÓRCIO 149
6.6 JOINT VENTURE 151
CONCLUSÃO 152
REFERÊNCIAS 153
5UNIDADE
6UNIDADE
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
14
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir o conceito de 
empresário.
> Definir o conceito de empresa.
> Definir o conceito de EIRELI.
> Identificar empresário 
individual e sócio.
> Definir as principais obrigações 
dos sócios, bem como seus 
principais deveres.
> Identificar as normas e 
doutrinas pertinentes ao 
campo do Direito Empresarial.
UNIDADE 1
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
1 EMPRESA E 
EMPRESÁRIO 
COMERCIAL: 
COMERCIANTE 
INDIVIDUAL
A empresa é uma criação humana, resultado da evolução dos povos, ou seja, resulta-
do da evolução da sociedade como um todo. É um meio organizado e otimizado de 
atuação voltado para a maximização dos resultados visados para o trabalho humano. 
Para que exista uma empresa, é necessário empreender, devendo a empresa ter 
como principal foco uma busca incessante por melhores condições para a realiza-
ção de determinada atividade negocial, portanto vale ressaltar que a empresa é uma 
organização, por menor que venha a ser, que pode ser gerida e criada por uma única 
pessoa natural ou mais e/ou por pessoas jurídicas. 
Os conceitos de empresa e empresário são confundidos muitas vezes. A presente 
unidade, por meio de pesquisas bibliográficas, apresenta definições sobre empre-
sa, estabelecimento, empresário, empresário individual. Você verá que trabalho que 
empresa e estabelecimento comercial são coisas distintas. A primeira visa à atividade 
desempenhada, mediante organização de bens e serviços; e o segundo, ao local físi-
co onde se estabelece a empresa. A empresa pode perdurar no tempo, enquanto o 
empresário, ser humano que é, certamente terá um fim. 
Veja, a seguir, no decorrer da unidade os temas necessários para o seu entendimento 
do conteúdo. Vamos lá!?
16
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.1 EMPRESA E EMPRESÁRIO
FIGURA 1 - O EMPRESÁRIO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A legislação brasileira não define o que é empresa, somente o que é empresário.
Empresário é “quem exerce profissionalmente atividade econômica orga-
nizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (BRASIL, 
2002). Diante de tal acepção, pode-se definir empresa como atividade com 
fins lucrativos, organizada para a produção e circulação de bens e serviços.
Dessa forma, pode-se definir a atividade econômica como aquela atividade que visa 
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIALSUMÁRIO
a lucros; organizada porque a atividade é exercida de forma frequente; e profissional 
porque produz e circula bens e serviços no mercado em geral.
FIGURA 2 - ESQUEMA DE DEFINIÇÃO DE EMPRESA
Visa Lucro
atividade econômicaEmpresa é organizada para a produção circulação de bens e serviços.e
Habitual
Profissional Fabricação Venda
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2019.
Entendido o que é empresa, passa-se a analisar o conceito de empresário:
empresário é aquele que, por sua atuação profissional e com intuito de obter 
vantagem econômica, torna a empresa possível. É dele a iniciativa e a respon-
sabilidade pela estruturação material e procedimental da empresa, ainda que 
outros, dentro da organização ou em atividade terceirizada, executem os atos 
que a concretizam. Não se confundem os conceitos de empresário e comer-
ciante. [...] Comerciante é aquele cuja empresa situa-se numa área específica 
da economia, o comércio. É espécie, portanto, do gênero empresário. [...] De 
outra face, é empresário todo aquele que explora, ainda que o faça por meio de 
sociedade ou sociedades das quais é sócio ou acionista (MAMEDE, 2017, p. 32).
O empresário pode ser pessoa natural (empresário individual) ou pessoa jurídica (ex.: 
S/A, Sociedade Limitada, EIRELI). No entanto, deve ficar claro que não é considerado 
empresário quem desenvolve atividade intelectual, de natureza científica, literária e 
artística, por expressa disposição de lei. Assim, uma sociedade de médicos ou advo-
gados não será considerada empresária, mas sim um tipo diferenciado de sociedade, 
será então a sociedade simples.
Para que se constitua uma empresa, são necessários diversos requisitos que serão 
definidos no decorrer desta unidade.
1.1.1 NOME EMPRESARIAL
O nome empresarial é aquele nome através do qual o empresário se torna conhecido 
e é por meio dele que se adquire direitos e obrigações.
18
DIREITO EMPRESARIAL
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
O nome empresarial a ser adotado pode ser razão ou firma social que pode ser utili-
zado tanto pelo empresário individual quanto pela sociedade. No entanto, quando 
se trata de razão individual ou firma individual, esta deve ser formada pelo nome 
do empresário individual, por extenso ou abreviado, que pode ser seguido por um 
elemento distintivo, ou seja, o nome pode ser composto pelo nome do empresário 
individual juntamente ao elemento que distingue sua atividade empresária. Veja o 
exemplo a seguir:
Victória Martins Acabamentista
Juliana da Silva Cabelereira 
Felipe Sampaio Cantos
V.M ME
JS - ME
Quando diz respeito à razão social ou firma social, o nome da sociedade empre-
sária é formado pelos nomes dos sócios, normalmente pelos sobrenomes, devendo 
ser devidamente registrado, afinal não pode haver nomes empresariais repetidos na 
federação.
Lacerda e Granatto Sociedade Limitada
Lacerda e Granatto e Cia.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
O nome empresarial pode ser também a denominação social o qual deve ser forma-
do pela atividade empresarial (objeto), pelo elemento abstrato (algo inventado) e o 
tipo societário (como “sociedade anônima”, ”COMPANHIA” ou “LIMITADA” por exten-
so ou abreviada). Ressalta-se que pode haver no nome empresarial o nome de um 
ou mais sócios, como homenagem (sendo o elemento abstrato), não sendo seu uso 
obrigatório.
DSO Sistemas Hidráulicos Ltda.
BH Vedações Ltda.
Companhia Brasileira de Distribuição
A junta comercial do Paraná descreve de forma didática como deve ser a denomina-
ção social:
A denominação DEVERÁ conter palavras ou expressões que denotem ativida-
de prevista no objeto social da empresa e, caso haja mais de uma atividade, 
deverá ser escolhida qualquer uma delas. Poderá ser usada palavra de uso co-
mum ou vulgar ou expressão de fantasia incomum, gênero, espécie, natureza, 
artísticos e dos vernáculos nacional, letras ou conjunto de letras, denomina-
ções genéricas de atividades, tais como: papelaria, açougue, construção etc. 
A atividade-fim da empresa tem de estar presente no nome da sociedade, 
lembrando-se que, sempre que for compor o nome empresarial com a opção 
denominação social, não serão admitidas expressões genéricas isoladas, co-
mércio, indústria, representação, produção, serviço, consultoria, devendo ser 
feita a pergunta quanto ao nome: é DE QUÊ? Admitindo-se para os nomes 
empresariais citados que, no contrato social, o objeto social contemple a ati-
vidade econômica de cada uma. Os nomes corretos seriam: DATA COMÉRCIO 
DE ALIMENTOS LTDA., SOLUÇÕES INDÚSTRIA DE ELETRÔNICO LTDA. (JUNTA 
COMERCIAL DO PARANÁ, 2011).
Cabe ressaltar que quando há na denominação social a palavra Companhia (abre-
viada ou não), no início ou no meio, significa que é uma sociedade anônima. A abre-
viatura Cia. no fim do nome indica que foram omitidos nomes em uma razão social.
20
DIREITO EMPRESARIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Viação Cometa Ltda.
Construtora Mendes Júnior S/A
Fiat Automóveis S/A
Companhia Aérea Azul
Julio’s Macedo e Cia.
Vale ressaltar que o nome empresarial, por estar ligado ao direito personalíssimo, não 
pode ser transferido a outrem. O empresário pode perder o nome empresarial, caso 
faça modificações, mas não o registre, devido ao fato de as sociedades serem cons-
tituídas com prazo determinado. Nesse sentido, não sendo dada a baixa no nome, 
perde-se a proteção.
1.1.2 VERACIDADE, NOVIDADE E ANTERIORIDADE
Ainda falando sobre o nome empresarial, é necessário ressaltar que, assim como todo 
o direito, este também é regido por princípios, que neste caso são:
FIGURA 3 - PRINCÍPIOS DO NOME EMPRESARIAL
Princípio da 
veracidade
Princípio da 
novidade
Princípio da 
anterioridade
Fonte: Elaborada pela UOL Edtech, 2019.
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DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
Veja a seguir detalhadamente cada um desses princípios.
O princípio da anterioridade está diretamente ligado ao registro do nome empresa-
rial, pois, de acordo com tal princípio, para que o registro seja efetuado, é necessário 
que aquele determinado nome ainda não exista, ou seja, tem de ser algo novo e, a 
partir do momento que este nome foi registrado não poderá haver outro estabeleci-
mento com a mesma denominação social, ou seja, quem registra primeiro é o dono.
O princípio da novidade impede a adoção de nome igual ou semelhante ao de outro 
empresário. Já o princípio da veracidade proíbe a adoção de nome que leve informa-
ção falsa sobre o empresário a que se refere.
Portanto, os princípios norteadores do nome empresarial visam restringir a concorrên-
cia desleal, bem como preservar a reputação do empresário perante seus credores. 
O uso da firma/razão social pode ser facultativo nas sociedades limitadas 
ou nas sociedades por ações; no entanto, é obrigatório nas sociedades em 
nome coletivo e nas comanditas simples. Já a denominação social é usada 
nas sociedades limitadas, bem como nas sociedades anônimas.
Necessário se faz lembrar que, além do nome empresarial, há também mais um 
elemento distintivo para a empresa, que é a marca.
1.1.3 MARCA
A marca não precisa ser a mesma do nome empresarial, ou seja, é qualquer sinal 
distintivo visual (sinal capaz de identificar ou distinguir pessoa/local/produto ou servi-
ços), podendo ser nominativo (sinal constituído por uma ou mais palavras); figurativo 
(desenho, imagem, figura e/ou símbolo) ou misto (sinal constituído pela combina-
ção de elementos nominativos e figurativos) que identifica determinado produto ou 
serviço. 
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A proteção da marca se dá somente em âmbito nacional, de forma a proteger credo-
res, consumidores e a própria empresa por protegê-la da concorrência desleal.
Como exemplo de marcas tem-se o Mc Donald´s, C&A, Nestlé, Yakult entre 
tantas outras que têm suas marcas conhecidas em grandes áreas territoriais, 
mas que muitas vezes têm sua razão social um nome completamente adver-
so daquele em que são conhecidas.
A proteção do nome empresarial se dá a partir do momento em que se 
registra o ato constitutivo, tendo assim proteção automática. No entanto, a 
Lei 8.934 especifica que essa proteção é nacional, mas deve ficar claro que, 
na prática, a lei não é respeitada, e a proteção se torna somente em âmbito 
estadual.
Nem toda expressão é registrável como marca, por exemplo, quando o 
elemento, seja ele nominativo, figurativo ou misto, venha ferir a moral e os 
bons costumes ou até mesmo quando se tratar de nome ou sigla de entida-
des públicas e internacionais.
Para que uma empresa exista, além do nome e da marca, muitas vezes também é 
necessário que haja um estabelecimento comercial.
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SUMÁRIO
1.1.4 ESTABELECIMENTO COMERCIAL
FIGURA 4 - O COMÉRCIO
O estabelecimento comercial é um complexo de bens utilizados pelo empresário no 
exercício de sua atividade. Este é constituído por bens corpóreos (móveis – máquinas, 
estoque, etc. e, imóveis - propriedades) e incorpóreos (ponto, clientela, sinais distin-
tivos, direitos de propriedade industrial), bem como pelas obrigações trabalhistas, 
tributárias e contratuais.
Deve ficar claro que o local onde se situa a empresa não é somente o ponto 
empresarial/comercial, mas é o lugar qualificado para que a atividade empre-
sarial seja exercida, é onde o empresário fica à disposição do consumidor, ou 
seja, um determinado lugar/imóvel passa a ter determinado atributo que, 
antes de a atividade empresarial/comercial se constituir ali, não existia.
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O estabelecimento empresarial/comercial adquire determinadas qualidades que 
fazem com que o consumidor se torne atraído pelo produto/serviço e, por isso, o 
estabelecimento comercial pode vir a se tornar bem de elevado valor patrimonial. 
É diante dessa elevada valorização que o ponto empresarial/comercial se torna algo 
protegido.
Por isso, se locatário, o empresário desfruta de especial proteção legislativa 
para conservar o ponto. Essa tutela exterioriza-se pelo direito de obter reno-
vação do contrato de locação do imóvel ou pela percepção de uma indeni-
zação. É que, sem dúvida, haveria injustificado locupletamento do locador, 
se, retomando o imóvel, pudesse instalar-se com estabelecimento e desfrutar 
da freguesia gerada pelo locatário. Também não se justificaria se o locador se 
beneficiasse com alugueres maiores precisamente como decorrência da valo-
rização produzida pelo locatário. E, também ainda, não teria qualquer sentido 
permitir que as condições de locação ficassem ao alvedrio incondicionado do 
locatário, como uma espécie de usucapião oblíquo em decorrência do exercí-
cio da empresa (FAZZIO JUNIOR, 2018, p.69).
Cumpre acrescentar que a legislação do município estabelece as regras necessárias 
para que o estabelecimento funcione de forma regular e, por isso, é indispensável 
que o empresário obtenha licença de localização e funcionamento, expressas em 
alvará.
Os negócios do ramo de alimentação precisam atender a diversas exigências 
da vigilância sanitária para poder vender alimentos preparados. A cozinha 
deve ser equipada de maneira a garantir a conservação e preparo de alimen-
tos dentro dos padrões técnicos de higiene, entre outros procedimentos.
Um tipo de alvará que se exige a quase todos os tipos de empreendimentos 
é o alvará dos bombeiros que faz com que aquele estabelecimento cumpra 
diversas regras de segurança, como, por exemplo, número mínimo de extin-
tores de incêndio, bem como os tipos corretos a cada tipo de atividade.
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1.2 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (UNIPESSOAL)
FIGURA 5 - O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Empresário individual, também chamado de empresário unipessoal, é a pessoa física 
que sozinha exerce atividade empresarial sem distinção de seu próprio nome, ou seja, 
seu empreendimento deve ser reconhecido por seu próprio nome e, diferentemente 
do que ocorre com a sociedade empresária (que é pessoa jurídica e tem patrimônio 
próprio), não há distinção entre o patrimônio pessoal do empresário unipessoal e o 
patrimônio utilizado no exercício da empresa. Por isso, o patrimônio do empresário 
individual responde por todas as obrigações contraídas pela empresa.
Para ser empresário individual, necessário se faz ter capacidade civil, ou seja, 
ter mais de 18 anos ou mais de 16 anos e ter sido emancipado (se tornado 
maior perante a lei, com autorização dos pais/responsáveis).
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No entanto, deve ficar claro que nem todas as pessoas podem se tornar empresários 
individuais, pois se tem aquelas que são legalmente impedidas, tais como: membros 
do Ministério Público, juízes, policiais, falidos não reabilitados, despachantes adua-
neiros, leiloeiros, prepostos estrangeiros, membros do Poder Legislativo, entre outros, 
porém, mesmo que essas pessoas não possam ser empresários individuais, elas 
podem fazer parte de sociedades.
No artigo 9741 do Código Civil, há exceções quanto à incapacidade para exercer ativi-
dade empresarial de forma unipessoal. No artigo, fica claro que o incapaz (menor, 
doente mental, pessoas com capacidade intelectual reduzida) que receber a empre-
sa de herança ou a pessoa que se torna incapaz depois de iniciar o exercício da ativi-
dade como empresário unipessoal poderá exercer a atividade por intermédio de seus 
representantes ou assistentes, desde que haja autorização. O juiz, além de autori-
zar, deverá determinar um patrimônio que não poderá responder pelo exercício da 
atividade empresarial, que fica protegido até que o empresário se torne novamente 
capaz. Caso o representante ou assistente não possua condições ou habilitação para 
gerir a empresa, poderá ser contratado um administrador, com autorização judicial. 
Se o juiz perceber que o exercício da atividade empresarial está causando danos ao 
incapaz, poderá revogar a autorização.
1 Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa 
antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos 
da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, 
ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos 
adquiridos por terceiros.
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da suces-
são ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que 
conceder a autorização.
§ 3º O registro público de empresas mercantis a cargo das juntas comerciais deverá registrar contra-
tos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma 
conjunta, os seguintes pressupostos:
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;
III – o sóciorelativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado 
por seus representantes legais.
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SUMÁRIO
Em relação às principais características do empresário unipessoal, veja a tabela a 
seguir que explica o que determina este tipo de empresário.
QUADRO 1 - FIXAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO EMPRESÁRIO UNIPESSOAL
CAPACIDADE Ter mais de 18 anos ou ser emancipado.
OBRIGAÇÃO Poderão ser cumpridas com o patrimônio pessoal do empresário.
TITULAR A empresa não poderá ser transferida para outro titular, a não ser em caso de falecimento do empresário ou por autorização judicial.
CAPITAL SOCIAL Não tem valor estipulado.
PESSOAL Não tem mínimo ou máximo de funcionários que podem ser contrata-dos.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2019.
Diferente do empresário unipessoal que responde pela empresa com seu patrimônio 
praticar é o empresário que constitui uma EIRELI (Empresa Individual de Responsa-
bilidade Limitada), conforme pode ser visto em próximo tópico.
1.2.1 EIRELI - EMPRESA INDIVIDUAL DE 
RESPONSABILIDADE LIMITADA
A EIRELI entrou em vigor em 2011, com a Lei 12.441. Este tipo societário é constituído 
por uma única pessoa que será a titular da totalidade do capital registrado, conforme 
artigo 980-A2 do Código Civil.
A lei não especifica se o empresário deverá ser pessoa física ou se poderá ser pessoa 
jurídica; no entanto, se pessoa física, esta pode constituir somente uma EIRELI, embo-
ra possa, simultaneamente, ser sócia de uma ou mais sociedades (MAMEDE, 2018), e, 
se jurídica esta poderá ter mais de uma EIRELI.
2 Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa 
titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no país (BRASIL, 2002).
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Deve ficar claro que há instruções normativas que sugerem que as EIRELIs 
devem ser constituídas somente por pessoa física; no entanto, há doutrinas 
contrárias a isso.
A EIRELI pode ser constituída para serviços de qualquer natureza, inclusive atividades 
não empresárias. Veja o exemplo:
Atividades não empresariais: atividades intelectuais, artísticas, médicas, entre 
outras.
O capital social que deve constituir a EIRELI deverá ser cem vezes o maior salário-
-mínimo vigente no país, que serão exigidos no momento da constituição societária, 
porém não se exige o comprovante de integralização.
Pode-se dizer que a exigência do capital da EIRELI é inconstitucional, visto 
que o alto valor restringe a atividade empresarial a ser desenvolvida.
A empresa individual de responsabilidade limitada pode adotar nome empresarial, 
firma ou denominação; mas é obrigatória a identificação de sua natureza jurídica, o 
que se fará pela inclusão da expressão “EIRELI” (artigo 980-A, § 1º, do Código Civil). Ao 
ser utilizada a denominação, deve ser aplicado o artigo 1.158, § 2º, do Código Civil, 
devendo o nome designar o objeto da empresa.
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DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
Uma empresa constituída por Antônio Brandão, um bar na hospitaleira 
Minas Gerais, pode chamar-se Antônio Brandão EIRELI (firma) ou Bar Chips 
& Chopps EIRELI (denominação).
A EIRELI pode ser constituída de duas formas: originária onde não há sociedade 
anterior, e sim sua constituição pura e simples, e, formação derivada que decorre da 
transformação de uma sociedade ou empresário individual em EIRELI.
Originária: EIRELI constituída inicialmente como EIRELI - Bar Chips & Chopps 
EIRELI.
Derivada: EIRELLI constituída pela dissolução de uma sociedade Limitada - 
Bar Chips & Chopps Ltda. Bar Chips & Chopps EIRELI.
A administração da EIRELI pode ser feita pelo titular da empresa ou por terceiro 
escolhido, no entanto, no caso de morte do titular a EIRELI deverá, em tese, ser extin-
ta, visto que não há especificação em lei quanto à sua continuidade.
QUADRO 2 - QUADRO COMPARATIVO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X EIRELI
EMPRESÁRIO UNIPESSOAL EIRELI
OBRIGAÇÕES Patrimônio Pessoal Patrimônio da Empesa
CAPITAL SOCIAL Não tem 100 vezes o maior salário-mínimo vigen-te no país
CONSTITUIÇÃO Pessoa Física Pessoa física ou jurídica
NOME Próprio Nome Firma ou denominação acompanhada da sigla EIRELI
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2019.
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1.3 SOCIEDADE EMPRESÁRIA
FIGURA 6 - A SOCIEDADE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
As sociedades são as pessoas jurídicas de direito privado que visam ao lucro. Elas 
podem ser simples ou empresárias. As empresárias são aquelas que exercem empre-
sa. As simples, as que não se enquadram entre as empresárias (atividades artísticas, 
científicas e intelectuais, além das cooperativas). 
A sociedade empresária é constituída por pessoa jurídica formada por duas ou mais 
pessoas e bens, como imóveis, máquinas que auxiliam na atividade empresária, 
veículos, entre outros. O Código Civil assim descreve: 
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam 
a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e 
a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais 
negócios determinados. (BRASIL, 2002).
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SUMÁRIO
Portanto, em regra, todas as pessoas, sejam elas capazes ou incapazes, têm capaci-
dade para ser sócio.
As pessoas jurídicas podem ser de dois tipos: direito público ou privado, a primeira 
sendo dividida entre pessoas de direito público interno e externo. Entre as pessoas de 
direito público interno estão a União, estados, Distrito Federal, Territórios, municípios, 
empresas públicas, autarquias e outras criadas por lei; e entre as externas estão os 
Estados estrangeiros e organismos internacionais.
As pessoas jurídicas de direito privado são as associações - união de pessoas sem fins 
lucrativos; fundações - destinação de bens sem fins lucrativos; sociedades; entidades 
religiosas e partidos políticos.
FIGURA 7 - TIPOS DE PESSOAS JURÍDICAS
Pessoa Jurídica
Direito Público: União, 
Estados, Distrito Federal, 
Territórios, Municípios, 
empresas públicas, autarquias 
e outras criadas por lei.
Direito Privado: associações, 
fundações, sociedades, 
entidades religiosas e 
partidos políticos.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2019.
Portanto, deve ficar claro que o instituto da sociedade empresária abrange vários 
tipos de sociedade, mas no sentido geral, entende-se que é a reunião de pessoas que 
tem como objetivo a obtenção de lucro.
1.4 O SÓCIO E A SOCIEDADE COMERCIAL
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Deve ficar claro que sócio e sociedade não se confundem, porém ambos são regidos 
pelo direito que determina seus deveres e direitos que são diferentes de um e de 
outro. Você já viu o que é a sociedade empresária, porém, aqui, também é importan-
te definir o sócio. 
Sócio, é a denominação que recebe cada uma das partes em um contrato de deter-
minada sociedade, comprometendo-se cada um deles a aportar um capital social.
Os sócios não são donos da empresa, que é dona de si mesma, não podendo os 
sócios fazerem o que bem entendem com a ela, pois não fazem parte da empresa, 
mas sim da sociedade. As sociedades sempre nascem de um contrato que limitaas 
ações de cada sócio, descreve seus direitos e deveres e pode também definir quem 
será o administrador da sociedade. 
Apesar de a empresa ser dona de si mesma, as obrigações políticas e econômicas são 
responsabilidades dos sócios. 
Aquele que tem impedimento para ser empresário individual, pode ser sócio, 
mas não pode ser administrador, lembrando-se que não podem ser empre-
sários individuais os membros do Ministério Público, juízes, policiais, falidos 
não reabilitados, despachantes aduaneiros, leiloeiros, prepostos estrangeiros, 
membros do Poder Legislativo, portanto nenhuma dessas pessoas pode ser 
administrador de uma sociedade empresária, apesar de poderem ser sócios.
De forma resumida, pode-se assegurar que o sócio é aquele que financia e estrutura a 
empresa, já que a empresa é a ação, sendo como já explicado nesta unidade, ativida-
de econômica, circulação ou produção de bens e/ou serviços. Portanto, a sociedade 
empresária é uma pessoa jurídica formada pela união de pessoas, sejam elas físicas e/
ou jurídicas, que tem como objetivo a fusão de capitais e habilidades para exploração 
da atividade empresarial. Assim, pode-se dizer que a sociedade empresária é uma 
espécie de empresário que realiza a empresa.
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO
O Direito Empresarial é um importante instrumento de regulação das relações 
empresárias e de proteção ao credor e consumidor, apresentando-se como inovador.
O que se pode observar, a partir do que foi visto nesta unidade, é que a efetividade do 
Direito Empresarial se deve, dentre vários outros motivos, por princípios assim como 
em todas as áreas do direito. Isto porque os princípios servem como norteadores para 
interpretação e aplicação das normas nos casos concretos.
Você viu nesta unidade os conceitos básicos para a compreensão do Direito Empre-
sarial como um todo, pois aqui foram abordados os conceitos iniciais de empresa e 
empresário, sendo debatidos os principais aspectos que formam a empresa, como 
nome, marca e o estabelecimento comercial. Também foi visto nesta unidade a defi-
nição de alguns dos tipos de empresários para que se possa distinguir sem maiores 
dificuldades o empresário individual, também chamado de unipessoal, e o empre-
sário que funda para si uma EIRELI, que tem como qualquer outra instituição vanta-
gens e desvantagens, mas que tem como principal vantagem a utilização de capi-
tal social próprio para o cumprimento de suas obrigações. Aqui também ficou claro 
como se denomina a sociedade empresária e o sócio que são institutos diferentes, 
que não devem ser confundidos, mas que dependem um do outro para existir.
Esta unidade foi desenvolvida com o intuito de apresentar o Direito Empresarial a 
você, para que nas próximas unidades desenvolva uma visão mais ampla dos concei-
tos que serão explanados.
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Identificar os principais tipos 
societários.
> Definir as características mais 
importantes de cada tipo 
societário.
> Identificar as principais 
diferenças entre os tipos 
societários.
UNIDADE 2
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SUMÁRIO
2 TIPOS SOCIETÁRIOS
Nesta unidade será abordada a expansão da compreensão dos tipos empresariais, 
nos quais se deve superar a distinção entre atividades negociais simples e empresa-
riais, não podendo esquecer que o Código Civil (Lei 10.406/02) é que adota a teoria da 
empresa. É preciso compreender as implicações teóricas desse modelo.
Este presente estudo aborda em linhas gerais os diferentes tipos societários: socieda-
de em comum, em conta de participação, em nome coletivo, em comandita simples 
e em comandita por ações.
Há no regramento da matéria societária princípios explícitos, como quando se diz 
que a sociedade é fruto de um contrato plurilateral de organização, e implícitos, 
como aqueles que dizem respeito à conservação da empresa, autonomia de vonta-
de, liberdade de contratar, responsabilidade societária, entre outros.
Saber como funcionam as sociedades empresariais é fundamental para a formação 
dos empreendimentos, e é com base nisso que serão determinadas a constituição do 
patrimônio da empresa e a quota de responsabilidade de cada sócio.
Nesse sentido, a empresa deverá ser um meio organizado e otimizado de atuação 
voltado para a maximização dos lucros. 
2.1 TIPOS SOCIETÁRIOS
O nosso Código Civil, ao tratar do tema de Direito Empresarial, define as pessoas 
jurídicas em duas espécies distintas: as simples e as empresárias. Já o artigo 983 do 
mesmo Código:
Assegurou a essas sociedades a adoção, por qualquer forma ou tipo descritos 
nos artigos 1.039 a 1.092, facultando às sociedades simples a opção por não 
adoção de tipo específico, hipótese em que será regida por suas regras pró-
prias (GUSMÃO, 2015, p. s/p).
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Desta forma, a lei brasileira permite que a pessoa jurídica, seja simples, seja empre-
sária, opte por um tipo societário dentre aqueles previstos no rol presente entre os 
artigos 1039 e 1092. 
Entenda, agora, os tipos societários em espécie que estão presentes na lei brasileira.
2.1.1 SOCIEDADE SIMPLES
FIGURA 8 - SOCIEDADE SIMPLES
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A sociedade simples cobre as lacunas existentes na legislação das mais diversas regras 
das sociedades, principalmente das sociedades limitadas, pois esta é uma sociedade 
personalíssima, o que nas sociedades simples e limitadas quer dizer que a qualidade 
pessoal dos sócios prevalece, ao passo que na sociedade de capitais, como a anôni-
ma, o fator preponderante é a organização.
Para que se possa estudar e compreender melhor as regras que regulam boa parte 
dos tipos societários, é necessário em primeiro lugar estudar o que vem a ser uma 
sociedade simples. 
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A sociedade simples, assim como as sociedades empresárias, é regulamentada pelo 
Código Civil e corresponde ao tipo de sociedade que regula a atividade econômica 
não empresarial, de profissionais intelectuais, por exemplo. 
A constituição da sociedade simples não demanda qualquer forma, sendo 
imprescindível apenas a celebração de um contrato social por instrumento 
particular ou público, com a concludente inscrição no Registro Civil das Pes-
soas Jurídicas do local de sua sede (VENOSA; RODRIGUES, 2018).
O ato constitutivo das sociedades simples – aquele que dá início à socieda-
de – é o contrato social e, para que este seja regular, é necessária a presen-
ça de algumas cláusulas previamente estipuladas, tendo tais cláusulas seus 
elementos previstos no artigo 997 do Código Civil, quais sejam: 
[...]
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pes-
soas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, 
se jurídicas;
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreen-
der qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
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V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em servi-
ços;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administraçãoda sociedade, e seus 
poderes e atribuições;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações so-
ciais (BRASIL, 2002).
O inciso primeiro diz respeito à qualificação dos sócios, ou seja, nos diz que em uma 
sociedade simples os sócios podem ser tanto pessoas jurídicas quanto pessoas natu-
rais. No caso específico em que um dos sócios é uma pessoa natural, as partes devem 
indicar nome, nacionalidade, estado civil, profissão e endereço da pessoa. Já nos 
casos em que um ou ambos os sócios forem pessoa jurídica, é necessário que se faça 
a indicação de nacionalidade, firma ou denominação social, forma pela qual a pessoa 
jurídica se individualiza, e o endereço de sua sede.
A sociedade simples – como prevê o incido II citado acima – terá a denominação 
social como nome adotado, conforme as regras do parágrafo único do artigo 1.155 
do Código Civil. Denominação social é um nome dado a uma empresa, formado por 
uma palavra qualquer ou uma expressão fantasia que pode ou não representar o 
objeto da empresa.
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adota-
da, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção 
da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
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Relembrando, como exemplo de denominação social:
Armazém São Judas
Padaria Irmãos Gerônimo
Já o objeto social da sociedade simples deve representar a atividade empresarial a 
ser executada. Tal especificação é considerada de grande importância, pois é ela que 
define se a sociedade adota a forma empresarial ou não, além de fazer com que sejam 
determinados os deveres da sociedade, como a tributação pela qual responderá.
Um empreendimento com nome “comércio varejista de peças de vestuá-
rio, calçados e acessórios” demonstra que a sociedade se propõe a vender 
roupas, calçados e qualquer acessório para vestuário, como cintos, para 
homens e mulheres, adultos ou crianças.
É necessário compreender que a sede da empresa é o centro das decisões da socie-
dade, não necessariamente sendo o primeiro ponto comercial da sociedade, mas 
sim onde são as tomadas de decisões sobre o andamento da atividade exercida pela 
sociedade. A sociedade simples pode ou não ter tempo determinado de existência, 
no entanto, quando seu tempo for predeterminado, será necessária a manifestação 
expressa nos casos em que houver o desejo de prorrogação das atividades. Com o 
término do prazo estipulado de existência da sociedade e não havendo manifesta-
ção quanto à prorrogação das atividades, a sociedade pode se extinguir pelo simples 
decurso do tempo.
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Com o surgimento da sociedade, também surge o capital social, que deve 
ser formado em moeda corrente, podendo ter como elemento formador 
qualquer bem. Nos casos em que for utilizado bens móveis, este passa a 
compor o patrimônio da empresa.
Todos os sócios são responsáveis pelas perdas, bem como pela participação na distri-
buição do lucro, devendo o lucro ser proporcional ao percentual de participação de 
cada um, exceto nos casos em que houver disposição em contrário, não podendo 
haver cláusulas em que se exclua qualquer dos sócios da repartição dos lucros, bem 
como se estende a obrigação de contribuir de qualquer dos sócios.
Na sociedade simples a responsabilidade dos sócios é subsidiária e ilimitada, ou 
seja, uma vez esgotado o patrimônio da sociedade, respondem pessoalmente e ilimi-
tadamente os sócios, obedecida a proporção da participação de cada um, em que 
todos os sócios respondem, com seu patrimônio, de forma igual pela sociedade. 
Ou seja, as dívidas contraídas pela sociedade podem afetar o patrimônio particular 
dos sócios, sendo que sempre haverá solidariedade entre eles, portanto, se um não 
cumprir com a obrigação os demais terão de cumprir.
Deve-se salientar que todos os atos da sociedade devem ser públicos, ou 
seja, todos os atos societários devem ser devidamente registrados em órgão 
responsável, evitando fraudes contra terceiros e tendo como maior finalida-
de a proteção aos credores, e por isso qualquer pacto que não tenha a devi-
da publicidade só terá validade entre sócios, nunca com relação a terceiros.
Entendida essa noção geral sobre a sociedade simples, entenda mais sobre os direi-
tos e obrigações dos sócios.
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2.1.1.1 DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS
A partir do momento em que a sociedade é implementada, constitui-se também 
a responsabilidade de cada um dos sócios, ressalta-se que a constituição do capital 
social é uma responsabilidade anterior a constituição societária, pois dela provém a 
constituição, ou seja, as obrigações dos sócios necessariamente não ocorrem somen-
te após a formalização da entidade. 
Diferentemente de quando as obrigações começam, anteriormente à constituição 
societária, o término das obrigações sociais ocorre quando a sociedade é extingui-
da, porém os direitos e obrigações já constituídos antes da extinção da sociedade 
permanecem como efeitos residuais. 
2.1.1.2 SUBSTITUIÇÃO DOS SÓCIOS, SÓCIO REMISSO E 
TRANSFERÊNCIA DAS QUOTAS
Como a sociedade simples é uma sociedade de pessoas, as quotas só podem ser 
transferidas e os sócios só podem ser substituídos com consentimento expresso dos 
demais sócios, bem como devida modificação no contrato social, que é o que de fato 
faz com que haja eficácia perante terceiros. No entanto, deve-se esclarecer que o 
sócio que transfere suas quotas a um terceiro não tem suas responsabilidades extin-
tas imediatamente, pois este continua sendo responsável solidário perante a socieda-
de e terceiros por dois anos a partir da averbação do contrato social.
 Assim como em qualquer outra sociedade, na sociedade simples pode haver 
o sócio remisso que é aquele que não quitou total ou parcialmente sua parte 
na sociedade.
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O sócio remisso, na sociedade simples, deverá ser notificado para quitar sua dívida em 
até trinta dias. Vencido o prazo, o sócio deverá pagar o valor principal, bem como os 
danos causados pelo não pagamento. Nas circunstâncias do sócio remisso, os demais 
sócios podem optar pela sua exclusão.
2.1.1.3 DIREITOS PROVENIENTES DA SEPARAÇÃO DO 
SÓCIO E EX-CÔNJUGE/COMPANHEIRO
O artigo 1.027 do Código Civil tem o intuito de proteger o empresário do seu ex-côn-
juge/companheiro e os herdeiros que têm capital investido em quotas societárias, 
pois a entrada dessas partes na sociedade pode não ser viável quando se fala em 
sociedade de pessoas, bem como a retirada de haveres da sociedade poderá afetar 
o desenvolvimento societário e muitas vezes até causar a sua dissolução, por isso os 
herdeiros e o ex-cônjuge/companheiro podem retirar seus créditos durante e a divi-
são periódica de lucros, até que se liquide a dívida.
Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se sepa-
rou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes couber na 
quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que se liquide 
a sociedade.
2.1.1.4 ADMINISTRAÇÃO
O administrador é a pessoa que torna a vontade da sociedade em realidade, mas 
sem subordinação nem poderes de mandato. Na sociedade simples podem ser 
sócios pessoas jurídicas, de direito público ou privado; no entanto, seu administrador 
não precisanecessariamente ser um dos seus sócios, podendo, então, ser um tercei-
ro nomeado, desde que essa nomeação seja realizada em contrato social ou em ato 
apartado seguindo as regras do ato constitutivo (MAMEDE, 2018).
O administrador deve ser uma pessoa diligente e cuidadosa no exercício de sua 
função, além de não poder ser impedida. O administrador que saiba ou que deva 
saber que está agindo em desacordo com a vontade dos demais sócios deve respon-
der por perdas e danos perante a sociedade.
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A administração da sociedade simples pode ser feita de forma conjunta, no entanto, 
para este tipo de administração é necessário a participação dos demais sócios, pois 
deve haver o consentimento destes para quaisquer atos negociais. Ou seja, todos os 
sócios tem poderes de administração, mas que só podem ser exercidos de forma 
conjunta, diferentemente da administração separada, em que cada sócio pode exer-
cer seu poder de administrador de forma individual.
Deve ficar claro que, apesar de ser necessária a anuência dos sócios para que 
sejam tomadas as decisões referentes à empresa, nos casos em que houver 
urgência e puder haver dano irreparável e grave à sociedade, o administrador 
poderá tomar a decisão sem a autorização dos demais.
O administrador terá responsabilidade pessoal perante seus atos quando agir aquém 
aos poderes que lhe foram atribuídos no contrato social, bem como quando a opera-
ção seja estranha ao objetivo da sociedade (VENOSA; RODRIGUES, 2018).
2.2 SOCIEDADE EM COMUM
FIGURA 9 - SOCIEDADE EM COMUM
Fonte: SHUTTERTOCK, 2019.
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A sociedade em comum é aquela que não tem seus atos constitutivos registrados 
em órgão competente (junta comercial, cartório de registro de pessoas jurídicas, etc.), 
e é o caso da sociedade em formação. O registro desses atos constitutivos, os atos que 
dão início de fato à existência de uma sociedade comercial, é uma obrigação de todo 
empresário e sociedade empresária, mas não de uma sociedade em comum.
Diante da falta de registro formal da sociedade, não há a aquisição de personalidade 
jurídica, entretanto, isso não quer dizer que não haja responsabilidade da sociedade 
perante terceiros. Pelo contrário, a sociedade em comum tem capacidade processual 
– pode fazer parte de um processo judicial, tanto no polo ativo quanto no polo passi-
vo – e, por isso, estão sujeitas a falência, mas não tem proteção do nome empresarial, 
não pode requerer sua recuperação judicial, bem como não pode solicitar a falência 
daquele que lhe deve.
Personalidade jurídica é quando um indivíduo deixa de ser apenas pessoa 
física e por meio de um processo de regularização torna-se uma pessoa 
jurídica perante a sociedade, respondendo pelos direitos e deveres da sua 
empresa.
O patrimônio que constitui a sociedade em comum responde pelas obriga-
ções por ela contraídas, no entanto, caso não seja suficiente para quitação 
das dívidas, o patrimônio dos sócios poderá ser atingido de forma solidária, 
ou seja, o credor poderá optar por ir atrás do patrimônio daquele que tiver 
mais condições de quitar o débito, seja a sociedade em comum, sejam os 
sócios ou todos juntos.
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No entanto, as obrigações contraídas pela sociedade, bem como seus bens consti-
tuem patrimônio especial sendo os sócios os titulares dos mesmos. (CATEB, 2009). 
Como se trata de sociedade despersonalizada os terceiros interessados não precisam 
saber quais as limitações de cada sócio e, por isso o Código Civil aduz que a respon-
sabilidade dos sócios é solidária e ilimitada perante terceiros. 
Veja o exemplo a seguir:
Uma empresa tem uma dívida de um milhão de reais, mas seu patrimônio 
é somente de R$ 500.000,00, e esta dívida está sendo cobrada pelo credor. 
Como a empresa não tem patrimônio suficiente para quitar seu saldo, o 
patrimônio dos sócios, de forma solidária, será atingido até o pagamento 
total da dívida. Lembre-se de que há solidariedade quando na mesma obri-
gação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com 
direito, ou com responsabilidade pela dívida toda, como se fosse o único.
Silvio de Salvo Venosa e Cláudia Rodrigues ressaltam que:
No período que medeia entre a criação da sociedade e seu registro, os atos 
praticados por ela são considerados de sociedade irregular, podendo ser, 
contudo, ratificados. O ato de registro, todavia, não é retroativo. Em situação 
semelhante, posicionam-se as sociedades que necessitam de autorização 
governamental, atuando com anomalia até a devida autorização que possibi-
litará o registro (VENOSA; RODRIGUES, 2018, p. 115).
Pode-se, então, dizer que a sociedade em comum é tanto aquela que não possui um 
contrato social devidamente registrado quanto aquela em que existe um contrato 
social, mas ele não foi registrado, ou mesmo teve o processo de registro iniciado e 
não terminado. Tem-se ainda aquelas situações em que o contrato social existe, foi 
devidamente registrado, mas por motivos outros não recebeu a devida autorização 
governamental para o início das atividades.
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Assim sendo, enquanto não são registradas ou enquanto seus registros não são plena-
mente concretizados, as sociedades em comum são regidas pelas normas da socie-
dade simples. E como você verá a seguir, na falta desse registro da sociedade, há a 
necessidade de se fazer uma prova escrita de sua existência.
Mesmo não sendo devidamente registrada, a sociedade em comum pode 
ser acionada judicialmente e, nesses casos, se faz necessária a comprova-
ção de sua existência. Essa comprovação de existência que pode ser feita de 
qualquer forma lícita pelos credores, ou seja, todas as formas permitidas em 
lei de que os credores dispuserem – escrituras públicas, escritos particula-
res como faturas, pedidos, confirmações de realização de pedidos e serviços, 
trocas de e-mails, pelos livros contábeis, etc. – e de forma documental pelos 
sócios.
O Código Civil não descreve quais tipos de provas são necessárias para que se demons-
tre a existência da sociedade, e por isso a doutrina nos diz que se deve usar como 
base, por analogia, para definição dos tipos possíveis de documentos, os critérios defi-
nidos ainda pelo Código Comercial de 1850, tais como:
• Notas dos corretores e certidões extraídas de protocolos.
• Correspondências.
• Livros comerciais.
• Testemunhas.
• Aquisição e alienação de bens em comum.
• Negociação em comum.
Para além da necessidade de comprovação da existência da sociedade em comum, 
tem-se também a forma como se comporta o patrimônio da sociedade.
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Bruno e Heitor resolvem montar uma sociedade chamada B&H Ltda, mas 
não fazem o devido registro dessa sociedade. Mesmo sem o devido regis-
tro, a sociedade formada por Bruno e Heitor tem negócios com a empresa 
Larica Lanches Ltda, fornecendo a eles matéria prima para a produção de 
sanduíches e afins. Bruno e Heitor não honram um de seus compromissos 
com a Larica Lanches, deixando de fornecer parte do insumo contratado. A 
empresa Larica Lanches pode demandar judicialmente a empresa e seus 
bens, assim como os bens de Bruno e Heitor.
Ultrapassada a noção de sociedade em comum, como você viu, veja agora o que é 
uma sociedade em conta de participação.
2.3 SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃOFIGURA 10 - SÓCIO OCULTO
Fonte: SHUTTERTOCK, 2019.
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A sociedade em conta de participação pode ser tratada não como um tipo de socie-
dade, mas sim como um simples contrato associativo, pois existe entre os partici-
pantes um contrato – que pode ser verbal ou escrito – em que uma das partes investe 
no negócio, mas não tem seu nome figurando publicamente durante os processos de 
negociação da empresa – permanecendo como um investidor oculto. Já a outra parte 
atua em seu próprio nome e, por ser o único a ter o nome figurando publicamente na 
empesa, é quem faz contato com a parte interessada.
A sociedade em conta de participação é aquela feita sob contrato participativo ou 
contrato de participação. Esse contrato vem a ser o:
negócio jurídico celebrado para a exploração da atividade econômica pelo 
regime da sociedade em conta de participação. O contrato participativo é 
celebrado entre pessoas – naturais ou jurídicas – que desejam explorar de-
terminada atividade econômica, quando nem todas as pessoas – os sócios 
– desejam figurar nessa condição e, mais importante, não pretendem assumir 
responsabilidade patrimonial pelas obrigações do empresário. (VENOSA; RO-
DRIGUES, 2018, p.118).
Essa espécie societária possui dois tipos diferentes de sócios: o ostensivo e os partici-
pantes.
FIGURA 11 - TIPOS DE SÓCIOS DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Tipos de 
Sócios
Ostensivo Participante
Fonte: elaborada pela UOL Edtech, 2019.
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O sócio ostensivo é aquele responsável pelo negócio em questão, aquele que tem seu 
nome figurando publicamente em todos os registros da empresa. Esse sócio respon-
de ilimitadamente – sua responsabilidade não acaba quando o patrimônio da empre-
sa acaba, estendendo-se para seu patrimônio pessoal – pelas obrigações assumidas 
perante terceiros. Já os sócios participantes, também chamados de sócios ocultos, 
são aqueles que participam apenas dos resultados, conforme pode ser descrito pelo 
artigo 991 do Código Civil, in verbis:
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do 
objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome indi-
vidual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais 
dos resultados correspondentes (BRASIL, 2002).
Sobre essa divisão dos sócios na sociedade em conta de participação, determina o 
Código Civil que:
Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto 
social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual 
e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos 
resultados correspondentes (BRASIL, 2002).
A sociedade em conta de participação surge como uma forma de proteção do patri-
mônio daqueles sócios de determinado empreendimento que tem como intuito 
apenas o investimento no negócio, e não a atuação prática no dia a dia da empresa, 
pois toda responsabilidade do negócio recairá somente sobre o patrimônio do sócio 
ostensivo – o sócio público – da empresa.
É preciso frisar que esse tipo societário não exige formalização – o registro de um 
contrato social em órgão específico como junta comercial ou cartório de registro de 
pessoa jurídica – para sua constituição. Em geral, aqueles que decidem se envolver 
nesse tipo societário optam por fazer o que é comumente denominado como “contra-
to de gaveta”: algo informal, mas que garante uma maior segurança aos envolvidos. 
Vale dizer que mesmo quando não há contrato formal – devidamente registrado – a 
sociedade e suas atividades tem respaldo legal. Como o nome do sócio investidor, 
nesse tipo societário, permanece sempre oculto, a sociedade em conta de participa-
ção sempre terá o nome apenas do sócio ostensivo.
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Um grupo de pessoas é reunido para investir na construção de um edifício 
de apartamentos por meio de uma incorporação predial. O nome que figu-
rará no contrato da incorporação é apenas o da construtora – o sócio osten-
sivo, as pessoas que investem nessa incorporação ficam ocultas e recebem 
apenas os lucros que essa incorporação gerar. Quem responde por quaisquer 
problemas advindos da incorporação imobiliária é apenas a construtora.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é uma sociedade em conta de 
participação, entenda um pouco mais sobre a sociedade e nome coletivo.
2.4 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
FIGURA 12 - SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Fonte: SHUTTERTOCK, 2019.
A sociedade em nome coletivo é um tipo societário em que todos os sócios são solidá-
rios e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a dívida da 
sociedade pode atingir os bens dos sócios. De acordo com o art. 1.039 do Código Civil, 
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essa sociedade é constituída, necessariamente, por pessoas físicas. Nesse sentido, a 
administração desta sociedade cabe exclusivamente aos sócios, não podendo um 
terceiro exercer este papel administrativo (art. 1.042, CC).
Deve ficar claro que a sociedade em nome coletivo é uma sociedade de 
pessoas, e por isso as características de cada indivíduo importa não podendo 
suas quotas serem transferidas sem autorização no contrato social e/ou dos 
sócios nem serem penhoradas.
Cabe ressaltar que o nome empresarial é:
Denominado
firma ou
razão social
Formado
pelo nome
dos sócios
Nome
empresarial
Bruno, Heitor e Ivânia se juntam e resolvem formar uma sociedade empre-
sária para trabalhar com publicidade de diversos tipos. Ao optar pelo tipo 
societário de sociedade em nome coletivo, o nome da empresa de publici-
dade e propaganda pode vir a ser: Bruno, Heitor & Cia; Bruno & Cia; etc.
A sociedade em nome coletivo tem como ato constitutivo o contrato social 
que regulamenta as relações entre sócios, sócio e sociedade e, sócio e terceiro.
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Todas as peculiaridades da sociedade em nome coletivo estão previstas nos 
arts. 1.039 a 1.044 do CC.
Ultrapassada a noção de sociedade em nome coletivo, como você viu, veja a seguir 
sobre a sociedade em comandita simples.
2.5 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
FIGURA 13 - OS SÓCIOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A sociedade em comandita simples é sociedade personificada com capital divido em 
quotas que possui duas modalidades de sócios, sendo eles os: 
• Comanditados.
• Comanditários.
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Os sócios comanditados só podem ser pessoas físicas e são os administradores com 
responsabilidade ilimitada; já os comanditários podem ser pessoas físicas ou jurídi-
cas, têm responsabilidade limitada e provém os fundos para a atividade negocial.
Não pode o sócio comanditário praticar qualquer ato de gestão nem ter o nome na 
firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado 
(artigo 1.047 do Código Civil). Contudo, os sócios comanditários podem participar das 
deliberações da sociedade e fiscalizar as operações sociais, o que não deve ser inter-
pretado como ato de gestão, administração ou mesmo representação. Também se 
permite que o comanditário seja constituído procurador da sociedade, para negócio 
específico, com poderes especiais, o que não fará com que o tipo de sua responsabi-
lidade mude, ou seja, a reponsabilidadecontinua limitada.
João e Henrique decidem constituir uma comandita simples, ambos como 
sócios comanditados, junto com a empresa de TI, Angus Sistemas Eletrôni-
cos Ltda, que investiu 40% do valor do contrato social. No entanto, o adminis-
trador será Henrique, já que João não tem aptidão para tal cargo, bem como 
a Ltda não pode exercer a função de administrador. Porém, apesar de João 
não ser administrador do empreendimento, assim como Henrique pode-
rá responder com seu patrimônio, de forma ilimitada pelas dívidas contraí-
das pela empresa, enquanto a sociedade Ltda que é sócio deles, só poderá 
responder pelas dívidas contraídas, até o limite de suas quotas.
Como na sociedade em nome coletivo, a sociedade em comandita simples 
é uma sociedade de pessoas. No entanto, o sócio comanditário, em caso 
de morte, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus 
sucessores, que designarão quem os represente. 
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Este tipo societário tem como ato constitutivo o contrato social. Seu capital social é 
divido em quotas, e mais uma vez são impenhoráveis e insubstituíveis sem que haja 
a devida autorização.
O nome empresarial adotado é a firma ou razão social e só pode contar o(s) nome(s) 
do(s) sócio(s) comanditado(s), não podendo constar, mesmo que de forma errônea, o 
nome do comanditário, pois este passa a ter responsabilidade ilimitada.
A Klabin S/A tem, entre os acionistas que compõem o seu bloco de controle, 
outra sociedade muito interessante: a George Mark Klabin & Cia Sociedade 
em Comandita. Em 1997, em Curitiba, foi criada a D Agostin & comandita – 
EPP, uma sociedade em comandita simples cujo objeto social é o comércio 
de pneus (MAMEDE, 2018).
Veja a seguir o que constitui a sociedade em comandita por ações.
2.6 SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
FIGURA 14 - SOCIEDADE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
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A sociedade em comandita por ações é uma sociedade com o capital dividido por 
ações e duas modalidades de sócios, os comanditados e comanditários, sendo estes 
responsabilizados da mesma forma que na sociedade em Comandita Simples.
Este tipo de sociedade tem natureza jurídica híbrida, ou seja, tem características de 
sociedade de pessoas e sociedades de capital. Tem como principal característica o 
capital dividido em ações, como acontece com as sociedades anônimas, no entanto, 
os acionistas ocupam as funções administrativas e têm responsabilidade ilimitada. 
Considere, por exemplo, que A, B, C, D e E constituem uma sociedade em 
comandita por ações, possuindo cada um ações que equivalem a um quin-
to do capital social de R$ 50.000,00. Logo, os cinco acionistas serão titulares 
de R$ 10.000,00 em ações. O acionista A vem a falecer e é substituído por 
seu filho. Os acionistas D e E foram escolhidos como administradores. Em 
consequência, teremos que o filho de A e os sócios B e C respondem limita-
damente pelas obrigações sociais, até o valor de R$ 10.000,00; enquanto D 
e E respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, mesmo sendo titu-
lares de ações no valor de R$ 10.000,00. A lei prevê que a responsabilidade 
ilimitada é subsidiária. Portanto, primeiro deverá ser esgotado todo o capital 
social de R$ 50.000,00, para depois serem atingidos os bens pessoais dos 
acionistas D e E. Aqui fica clara a natureza híbrida da sociedade em ques-
tão, visto que o filho de A se tornou acionista sem maiores problemas, ou 
seja, aqui as características de cada sócio não são tão importantes quanto na 
comandita simples. Mais um questionamento que se pode fazer neste caso 
é se os sócios D e E respondem solidariamente ou se há alguma ordem de 
preferência. No entanto, esta pergunta é respondida pelo § 1º do artigo 1.091 
do Código Civil, que aduz que “se houver mais de um diretor, serão solidaria-
mente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais”
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Este tipo societário tem como ato constitutivo o Estatuto Social e tem como 
nome empresarial razão social ou denominação social, sempre vindo acom-
panhados da expressão “em comandita por ações”.
Mendes e Lacerda Comandita por Ações
Distribuidora Mendes e Lacerda Comandita por Ações.
O direito que rege as sociedades em comandita por ações é o Código Civil em seus arti-
gos 1.090 a 1.092, bem como a Lei 6.404/76 que dispõe sobre as sociedades anônimas.
Os artigos que regem a comandita por ações tratam somente sobre a admi-
nistração da sociedade e sobre a assembleia geral, e principalmente o arti-
go 1.090 vem aduzir que as comanditas por ações deverão ser regidas pelas 
normas relativas à sociedade anônima.
Como não há Conselho de Administração, as sociedades em comandita por ações 
só poderão ter como administradores ou gerentes seus acionistas. Além disso, cabe 
ressaltar, que os administradores deverão ser nomeados no estatuto e por tempo 
indeterminado, e somente poderão ser destituídos por deliberação dos administra-
dores que somarem no mínimo dois terços do capital social.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
DIREITO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
Fábio Ulhôa Coelho ensina que:
O regime de comandita por ações é o das anônimas. São ambas sociedades 
de capital e institucionais. Assim, exceção feita às regras próprias, justificáveis 
pela especial responsabilização dos seus acionistas-diretores, aplica-se às 
comanditas por ações as preceituadas para as companhias. Desse modo, as 
ações da comandita podem ser ordinárias ou preferenciais; os titulares des-
sas últimas devem ter vantagens estatutárias na distribuição do resultado e 
podem sofrer restrições ou supressão do direito de voto; a sociedade pode ser 
aberta para fins de captação de recursos junto ao mercado de capitais, ou fe-
chada; os sócios têm direito ao dividendo mínimo definido nos estatutos, etc. 
(COELHO, 2014, p.478).
Portanto, fica claro que a diferença da sociedade em comandita simples e a coman-
dita por ações está no capital social, nas quotas e nas ações.
Você entendeu um pouco mais sobre os vários tipos societários, suas características 
e particularidades, bem como sua importância para as definições das sociedades, 
simples ou empresárias.
CONCLUSÃO
Nesta unidade você pôde entender que dentro da legislação brasileira existem tipos 
distintos de sociedade, que podem ser divididos em duas categorias: simples e 
empresárias, e perceber que a sociedade simples não tem fim comercial, mas suas 
regras são importantes tanto para a definição de sociedade simples quanto para as 
sociedades empresárias não regulares, por analogia.
Compreendeu, também, que dentre os tipos de sociedade empresária tem-se a 
sociedade em comum, que é um tipo de sociedade empresária que não possui um 
contrato social devidamente registrado, mas o próprio exercício de suas atividades 
empresárias demonstra a sua existência.
Além disso, entendeu que a sociedade em conta de participação, apesar de ser uma 
sociedade empresária, configura-se mais como um contrato associativo, e que, por 
meio da sociedade em conta de participação, o sócio que pretende apenas investir 
na sociedade permanece como sócio oculto e aquele que atua sozinho em nome da 
empresa é o sócio ostensivo.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Você compreendeu, ainda, que a sociedade em nome coletivo é o tipo societário em 
que aqueles que se reúnem para formar a sociedade empresária respondem solida-
riamente

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