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HEPATITES

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HEPATITE A 
 
 - Transmissão: basicamente fecal-oral, podendo 
ocorrer também via pessoa a pessoa, água/ ali-
mentos contaminados e raramente sangue.  
Viremia: início dos sintomas (às vezes até um pou-
co antes) e vai até o final da icterícia (30 a 50 dias 
– geralmente 40 dias).  
Grupos de risco: pessoas que vivem ou viajam 
para países endêmicos, pessoas que convivem 
com infectados, contatos sexuais e drogadictos.  
QUADRO CLÍNICO 
• Início com quadro gripal inespecífico: febre 
baixa, prostração intensa, anorexia e muitos 
sintomas gastrointestinais. 
• Evolui com a tríade clássica: colúria, hipocolia 
e icterícia. É um dos diagnósticos mais fáceis 
porque tem uma clínica muito característica. 
• Geralmente cursa com hepatomegalia, po-
dendo ocorrer esplenomegalia eventualmen-
te.  
O tempo de evolução é longo: 30 – 40 dias. 15% 
dos pacientes apresentarão quadro prolongado 
ou sintomas recorrentes.  
DIAGNÓSTICO 
• Dosagem de anti HVA-IgM: fica positiva em 
cerca de 1 a 2 meses – nos 15% acima pode 
ficar positive até 6 meses. 
• Depois HVA-IgG se torna positiva por toda a 
vida (lembrando que podemos ter a IgG por-
que a pessoa teve a doença ou por vacina-
ção). 
PROFILAXIA 
Vacina anti HvA 
• SUS: dose única aos 15 meses. 
• No entanto, tanto a SBP quanto a sociedade 
brasileira de imunizações recomendam 2 do-
ses (15 meses e depois aos 18 meses). Com 2 
doses há proteção de 100%, com apenas uma 
dose, a proteção é um pouco mais baixa. 
HEPATITE B 
 
 Os indivíduos que tem HBsAg + (antígeno de su-
perfície) são infectantes. Se o indivíduo tiver HBe-
Ag (que representa replicação viral), ele é muito 
mais infectante do que aquele que possui apenas 
o HBsAg +. Isso é importante para entendermos a 
transmissão no RN.  
 - Transmissão: via percutânea ou mucosa, exposi-
ção ao sangue infectado ou fluidos corporais que 
contenham sangue infectado (apenas sangue, 
sêmen e saliva são infecciosos). Na criança, 2 for-
mas de transmissão são mais preocupantes: peri-
natal (vertical) e intrafamiliar (compartilhamento 
de objetos, como escova de dentes, e contato 
com feridas).  
Grupos de risco: múltiplos parceiros sexuais e uso 
de drogas. 
 - Transmissão perinatal 
 MÃE risco de hepatite crônica 
 HbsAg+ e HbeAg+ ——————> 70-90% 
 HbsAg+ e HbeAg- ——————-> 10% 
Quando a mãe possui HBsAg + e HBeAg +, a 
chance de transmissão para a criança (e dela 
mesmo apresentar um quadro crônico) é de 
70-90%. Quando apenas HBsAg é +, essa chance 
diminui para 10%. Isso demonstra a importância da 
avaliação da sorologia materna. 
Reinfecções são mais comuns em adultos enquan-
to infecções crônicas são mais comuns quando a 
infecção aconteceu na infância. 
DIAGNÓSTICO 
• Hepatite B aguda: HBsAg+ (sempre) e anti HBc 
IgM+. 
• Hepatite B crônica: HBsAg+ e anti HBc IgG+. 
Normalmente, o que é pedido é o anti HBc 
total, que estará aumentado às custas do 
aumento de IgG.  
•  Dependendo da fase, o HBeAg e o anti Hbe + 
também.  
• PCR e quantificação viral só serão usados 
para quem já está em tratamento para o 
acompanhamento da carga viral.  
PROFILAXIA 
Vacina anti HVB 
• SUS: vacina ao nascer (primeiras 12 horas de vida 
– se for realizada, independentemente da soro-
logia materna, o RN estará protegido), depois 
repetir aos 2, 4 e 6 meses (pentavalente). 
• Também está disponível para adolescentes até 
19 anos e para todos os pacientes de áreas de 
risco (área da saúde principalmente).  
 
HEPATITE C 
Possui altas taxas de cronificação (80%) e há pos-
sibilidade de infecções recorrentes (não adquire 
imunidade). Raramente há infecção aguda.  O 
virus C se multiplica principalmente à nível hepáti-
co, mas também possui tropismo por células fago-
cíticas mononucleares do sangue.  
Grupos de risco:  
• Múltiplos parceiros sexuais 
• Uso de drogas 
• Pessoas que receberam fatores de coagula-
ção antes de 1990 
• Receptores de órgãos sólidos e transfusão 
• Crianças que nascem de mãe infectada (risco 
intermediário) 
• Trabalhadores da saúde 
Transmissão:  
• Sangue contaminado: geralmente pelo uso 
de drogas injetáveis . Indivíduos que com risco 
de infecção pelo VHC,VHB e HIV estão asso-
ciados. 
• Transmissão perinatal: risco menor que no VHB 
– aqui é cerca de 4%. No entanto, se a mãe 
for HIV+, o risco passa para 19%. 
Diagnóstico: 
• Dosagem de anticorpos anti-VHC (20-150 
dias): significa contato com o vírus. Nos paci-
entes sintomáticos (raro), são detectados no 
início dos sintomas em 50-70% dos casos. Pode 
estar negativo em imunodeprimidos.  
• PCR na viremia: significa que o virus está circu-
lante. Detectável 7 – 21 dias após a exposi-
ção.  
• Quantificação viral: apenas quando for tratar 
o paciente.  
Na criança <18 meses com IgG+ para hepatite C 
(mãe sabidamente portadora) -> fazer PCR por-
que IgG atravessa a barreira placentária. -> Fazer 
com 3m, repetir 6 a 12 meses após. 
Hepatite C em crianças: se foi feito um PCR em 
uma criança e deu positivo, é preciso acompa-
nhá-la por 3 anos – muitas vezes a viremia cede 
respontaneamente.  -> repetir RNA-HVC 
Não há vacinas – apenas medidas de prevenção.  
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA 
FULMINANTE 
Vírus A: rara, mas devastadora 
Vírus B: principal causa nos países onde ele é en-
dêmico e em muitos países desenvolvidos. 
Mortalidade em até 845. Crianças com Hb-
sAg e anti Hbe positivos filhos de mãe com 
HB crônica tem risco grande nos primeiros 
meses. 
Vírus C também associada a IHF.

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