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2 PLANO DE ENSINO CÓDIGO DO CURSO CURSO 005 LETRAS CÓDIGO DA HABILITAÇÃO HABILITAÇÃO 001 002 Licenciatura Português-Inglês Licenciatura Português-Espanhol CÓDIGO DA DISCIPLINA DISCIPLINA SEM CH ANO 056010 Gramática Textual 5º 80 2015/1 DOCENTE Profa.Clarissa Feder EMENTA O texto como objeto de pesquisa: conceitos de texto, princípios de textualização, condições de produção, organização/ tessitura textual, coesão e coerência, a construção do sentido, processamento textual, gêneros textuais. OBJETIVOS Refletir sobre noções de texto. Desenvolver um olhar crítico sobre os principais tipos de textos e sua construção, seguindo fundamentos epistemológicos. Compreender e/ou distinguir: 1. concepções de língua, texto, sentido e gênero textual; 2. coesão e coerência 3. outros fatores de textualidade; 4. texto e contexto; 5. relações lógicas e relações discursivas e/ou pragmáticas; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Linguagem; texto e discurso; tipos e gêneros de discurso; coesão e coerência textual; produção de texto; mecanismos de produção textual. METODOLOGIA Aulas teórico-expositivas; produção de parágrafos e textos de diversos gêneros. Noções fundamentais sobre a estrutura e conteúdo: coesão, coerência, clareza, informatividade e adequação. Revisão e reescrita orientada dos textos produzidos. AVALIAÇÃO Avaliação continuada e processual, por produção de textos diversos e avaliação dissertativa. 3 ATIVIDADE COMPLEMENTAR CH MOD Reescrever/corrigir um texto da Internet (buscar em fontes como Wikipédia, Blogs, Sites noticiosos) com o objetivo de melhorar aspectos como: · Coerência · Coesão · Organização textual · Pontuação · Adequação vocabular · Outros fatores de textualidade Mostrar o texto original e o modificado e justificar as alterações realizadas. 10 hrs Obrigatória BIBLIOGRAFIA BÁSICA FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1999. FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2007. KOCH, Ingedore V. & ELIAS, Vanda M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR DIONÍSIO, A. P. MACHADO; A. R. BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. KOCH, Ingedore. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2014. KOCH, Ingedore V. & ELIAS, Vanda M. Ler e escrever – estratégias de produção textual. Paulo: Contexto, 2009. KOCH, Ingedore. As tramas do texto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. MARCUSHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. 4 PLANEJAMENTO DAS AULAS CÓDIGO DO CURSO CURSO 005 LETRAS CÓDIGO DA HABILITAÇÃO HABILITAÇÃO 001 002 Licenciatura Português-Inglês Licenciatura Português-Espanhol CÓDIGO DA DISCIPLINA DISCIPLINA SEM CH ANO 056010 Gramática Textual 5º 80 2015/1 DOCENTE Profa.Clarissa Feder SEMANA ASSUNTO/TEMA DESENVOLVIMENTO/ESTRATÉGIAS 1ª Semana Conceito de texto. Processos de produção textual: noção de língua, texto, textualidade e processos de textualização. Critérios de textualização. Aula expositiva e estudo de textos. 2ª Semana A leitura como atividade essencial para a produção escrita: reflexões sobre o que ler, como ler e por que ler. Aula expositiva e estudo de textos. 3ª Semana Tipologias textuais: narração, descrição, dissertação, injunção Aula expositiva e estudo de textos. 4ª Semana O que é escrita? Escrita: foco na língua, no escritor e na interação. Escrita e ativação de conhecimentos: linguístico, enciclopédico, textual e interacional. Aula expositiva e estudo de textos. 5ª Semana Elaboração de parágrafo Aula expositiva e estudo de textos. 6ª Semana Organização tópica e processo referencial. Aula expositiva e estudo de textos. 7ª Semana Pontuação. Aula expositiva e estudo de textos. 8ª Semana Pontuação. Aula expositiva e estudo de textos. 9ª Semana Procedimentos e recursos da coesão: repetição, substituição, associação e conexão Aula expositiva e estudo de textos. 10ª Semana Procedimentos e recursos da coesão: repetição, substituição, associação e conexão. Aula expositiva e estudo de textos. 11ª Semana Coerência textual Aula expositiva e estudo de textos. 12ª Semana Coesão versus coerência Aula expositiva e estudo de textos. 13ª Semana Gêneros textuais I Aula expositiva e estudo de textos. 14ª Semana Gêneros textuais I : prática de escrita Aula expositiva e estudo de textos. 5 15ª Semana Gêneros textuais II Aula expositiva e estudo de textos. 16ª Semana Gêneros textuais II: prática de escrita Aula expositiva e estudo de textos. 17ª Semana Revisão Aula expositiva e estudo de textos. 18ª Semana Avaliação regimental Aula expositiva e estudo de textos. 19ª Semana Vista de provas / 2ª chamada Aula expositiva e estudo de textos. 20ª Semana Reavaliação Aula expositiva e estudo de textos. 6 Aula 1: Conceito de Texto Texto – uma definição complexa Muitas são as vezes em que nos deparamos com a palavra texto, porém, menos frequentemente procuramos definir qual é o seu significado ou origem. Afinal, o que é um texto? Como podemos identificar um texto? A palavra texto vem do latim textum que significa tecido, entrelaçamento. O texto seria então o resultado de uma combinação perfeita de “fios” (orações) tendo como resultado uma costura (texto propriamente dito). Segundo Platão e Fiorin (2000, p. 17), dificilmente podemos definir o que é um texto. Entretanto, esses autores nos dão algumas características do que um texto deve apresentar. Para eles, um texto deve conter coerência de sentido, pois não podemos apenas disponibilizar algumas frases sem conectá-las adequadamente umas às outras. Ao utilizarmos os conectivos adequados estaremos interligando as orações e diminuiremos o risco de comprometer a ideia central do texto. Além disso, devemos levar em consideração não só o indivíduo que produziu determinado texto, mas também o ambiente em que ele está inserido. Esses fatores terão uma grande influência no resultado final de seu trabalho. Vamos trabalhar com a ideia de que texto é uma forma de comunicação coerente dotada de sentido (que está ligada aos implícitos e pressupostos) e que possui um objetivo. Sendo assim, podemos considerar como texto: fábula, notícia, receitas, história em quadrinhos, entre outros, ou seja, adotamos a visão de que ao escrevermos, produzimos gêneros textuais específicos que cumprem funções comunicativas determinadas. Ressaltamos que existem os textos não verbais, tais como quadros, figuras, gráficos, gestos, etc. Entretanto, o nosso foco é o texto verbal escrito. SILVA JACINTO LOPES DOS SANTOS, Graciela; PATRIOTA SILVA, Solimar. Produção Textual: concepção de texto, gêneros textuais e ensino. Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1086. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/tomo_1/096.pdf>. Acesso em 05 de fev 2015. 7 Aula 2: A leitura como atividade essencial. Reflexões sobre o que ler, como ler e por que ler ELIAS, Vanda Maria.; KOCH, Ingedore V. Ler e compreender os sentidos do texto. 3.ed. São Paulo: Contexto, 2014.8 9 10 Aula 3: Tipologias textuais: narração, descrição, dissertação, injunção SILVA JACINTO LOPES DOS SANTOS, Graciela; PATRIOTA SILVA, Solimar. Produção Textual: concepção de texto, gêneros textuais e ensino. Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 1086. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/tomo_1/096.pdf>. Acesso em 05 de fev 2015. Quando nos referimos a gêneros e tipos textuais, geralmente ocorrem algumas dúvidas quanto a diferença de um e de outro. Devemos esclarecer tais dúvidas, a fim de que tenhamos mais segurança para trabalhar com textos em sala de aula. Para nortear nossa apresentação, utilizamos os conceitos de Marcuschi (2010). Segundo esse autor, os gêneros textuais são “maleáveis”, ou seja, são criados e utilizados de acordo com a necessidade de comunicação do indivíduo. O avanço da tecnologia tem sido um grande aliado na criação de diversos gêneros. Encontramos os gêneros textuais em diversas situações que envolvam algum tipo de comunicação em nosso cotidiano. Sendo assim, são gêneros textuais: carta, receita, e mail, piada, anúncio publicitário, charge, poema, bilhete, artigo científico, entre, literalmente, uma infinidade de outros textos. Por outro lado, o tipo textual está relacionado à estrutura gramatical de um determinado texto. São tipos textuais: narração, descrição, argumentação, injunção e exposição. Existem em caráter reduzido, tais como os que acabamos de apresentar. Um gênero textual pode conter trechos com diversas características do tipo textual. Por exemplo, uma carta pode apresentar a descrição de um lugar, a narrativa de acontecimentos e a argumentação de pontos de vista e opiniões. A tabela 1, abaixo, nos mostra de uma forma mais detalhada as características principais dos gêneros textuais e tipos textuais: Tabela 1: Características de Tipos e Gêneros Textuais (com base em Marcuschi, 2010) 11 MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Ângela Paiva; MACHADO, Ana Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. De acordo com Luiz Antonio Marcuschi veja uma breve definição de: TIPO TEXTUAL: Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. GÊNERO TEXTUAL: Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sóciocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, noticia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim por diante. 12 13 14 15 16 17 18 Aula 4: Escrita: foco na língua, no escritor e na interação. Escrita e ativação de conhecimentos: linguístico, enciclopédico, textual e interacional 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 Aula 5: Elaboração de parágrafo 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Aula 6: Organização tópica e processo referencial 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 Aulas 7 e 8: Pontuação 97 98 99 100 Aulas 9 e 10: Procedimentos e recursos da coesão: repetição, substituição, associação e conexão 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 Aula 11: Coerência Textual 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 Aula 12: Coesão versus coerência 147 148 149 150 Aulas 13 a 16: Gêneros Textuais 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 Livros utilizados para a composição desse material: COSTA, Iara Benquerer. Linguística III. IESDE Brasil S.A, 2009. FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 2.ed. São Paulo: Ática, 1993. KOCH, Ingedore V. & ELIAS, Vanda M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. PEREIRA DA SILVA, Luciana. Prática Textual em Língua Portuguesa. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2009.
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