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Arnica montana (Arnica montana ) Indicações e Ação Farmacológica. Anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante, antisséptica, antimicrobiana, fungicida, anti-histamínica, cardiotônica e colagoga. Sua atividade farmacológica principalmente pela ação de seu óleo essencial. Em Homeopatia é o grande remédio do traumatismo, um grande tônico muscular, dentre outras aplicações. Com relação a helenina e a dihidrohelenamina têm demonstrado em animais de laboratório, propriedades anti- inflamatórias através da inibição da síntese de prostaglandinas pelo bloqueio da enzima prostaglandin-sintetase. Esta propriedade anti-inflamatória estaria reforçada pela presença de carotenóides, flavonóides e sais de manganês. Por outro lado, os ésteres do ácido cafêico e clorogênico, muitos abundantes na família das Compositae têm demonstrado inibir a via clássica do complemento. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 1 Arnica montana (Arnica montana L ) As lactonas sesquiterpênicas evidenciaram um bom efeito contra eczemas, ao inibir a fosforilação oxidativa dos polimorfonucleares e sua emarginação e ao mesmo tempo impedem a ruptura das membranas lisossomais. A presença de polissacarídeos heterogllicanos (ácidos urônicos) conferem propriedades imunoestimulantes . O conjunto de flavonóides e álcoois sesquiterpênicos provoca um efeito hipotensor inicial para logo transformar-se em hipertensor evidenciaram, em modelos animais, efeitos cardiotônicos. Os ácidos cafêico e clorogênico têm demonstrado em diferentes ensaios ação antibacterianas e antimicótica (refrorçada pelas lactonas sesquiterpênicas e o pentainomonoeno) e efeito colerético (reforçado pelo óleo essencial e pelos flavonóides). Os taninos apresentam ação adstringente, aumentando desta forma a resistência das mucosas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 2 Arnica montana (Arnica montana L ) Toxicidade/Contraindicações: Quando utilizada internamente, em doses elevadas, pode produzir alterações nervosas: alucinações, vertigens, problemas digestivos (irritação sobre as mucosas) e complicações cardíacas. É recomendado evitar o uso interno e quando administrado, nunca ultrapassar as doses usuais. Topicamente, pode produzir reações alérgicas cutâneas sob a forma de edemas e dermatite vesicular. Em caso do aparecimento de dermatites, suspender o tratamento. É contra-indicada para indivíduos que possuam sensibilidade ; na gravidez, por ser abortivo e na lactação, e em afecções hepáticas. A dose letal para uma ingestão em humanos foi calculada em torno de 60 gramas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 3 Arnica montana (Arnica montana L ) Dosagem e Modo de Usar Uso interno: IMPORTANTE: seu uso interno só deve ser feito com estrita indicação e acompanhamento médico. - Infusão: 5g por litro de água, tomar máximo de dois copos por dia; - Extrato fluido: 5 a 10 gotas, uma a três vezes ao dia; - Pó: 250mg a 500mg ao dia; - Tintura: 5 a 10 gotas uma a três vezes ao dia; PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 4 Boldo, Boldo-do-Chile (Peumus boldo Molina) Indicações/Ações terapêuticas: O Boldo Chileno é indicado para cálculos biliares, cistite, reumatismo, como estimulante da digestão, e principalmente no tratamento da colelitíase com dor. Possui ação colerética a qual é atribuída aos alcalóides, principalmente a boldina. Estudos demonstraram que a boldina possui efeito relaxante, interferindo no mecanismo colinérgico associado à contração. A ação diurética observada é caracterizada por uma irritação promovida pelo terpineol, presente no óleo essencial. As seguintes atividades farmacológicas lhe são atribuídas: estimulante de secreções gástricas, facilitando a digestão; antidispéptico; colerético, colagogo e antiespasmódico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 5 Boldo, Boldo-do-Chile (Peumus boldo Molina) Indicações/Ações terapêuticas: Se associado a drogas como a alcachofra, é utilizado em ardores esofágicos e epigástricos, e associações com cáscara sagrada são usadas na constipação, tratamento de cálculos biliares, cistite e colelitíase acompanhada de dor, diurético. Atribui-se aos flavonóides atividade espasmolítica, pois ativa a secreção salivar e do suco gástrico, utilizado em casos de hiperacidez e dispepsias. Padronização / Marcador: alcalóides totais calculados como boldina, 0,1% de boldina (dose diária: 2 a 5mg de boldina) . Composição Química: derivados da aporfina: boldina, isoboldina, laurotetanina e laurolitsina; Óleo Essencial: eucaliptol, cineol, ascaridol, p-cimeno, linalol, eugenol, e terpineol; Flavonóides: ramnetol, isoramnetol; Taninos e Cumarina. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 6 Boldo, Boldo-do-Chile (Peumus boldo Molina) Dosagem e Modo de Usar: - Infusão: 1 a 2g em 200 mL de água. Tomar uma xícara antes da principal refeição. Ingestão máxima: 5 g ao dia; - Extrato Fluído: 10 a 25 gotas, três vezes ao dia, antes das refeições. - Extrato seco: 50 a 100mg, duas a três vezes ao dia; (máximo 2 g ao dia) . - Pó: 1 a 2 g, três vezes ao dia, antes das refeições. - Tintura: 0,5 a 1mL, trinta minutos antes das refeições. Diluir em meio copo de água. - TM: 0,5 a 2mL, três vezes ao dia, antes das refeições. Diluir em meio copo de água. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 7 Boldo, Boldo-do-Chile (Peumus boldo Molina) Interações medicamentosas : A boldina causa inibição da agregação plaquetária decorrente da não formação do tromboxano A2, tanto em modelos animais como em amostras de sangue humano. Pacientes que estão sob a terapia de anticoagulantes não devem ingerir concomitantemente medicamentos contendo Boldo pela ação aditiva à função antiplaquetária de anticoagulantes. Doses excessivas podem provocar problemas renais, em virtude do óleo volátil presente na composição e deve ser evitada na presença de transtornos renais. Gravidez e amamentação: a segurança durante a gestação ainda não foi comprovada. Tendo em vista a natureza irritante do óleo volátil, seu uso deve ser evitado nesse período. Em caso de cálculos, usar apenas com acompanhamento médico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 8 Falso-boldo Plectranthus barbatus, conhecido pelo sinónimo taxonómico Coleus forskohlii e pelos nomes comuns de boldo-da-terra, boldo-de-jardim, tapete- de-oxalá, falso-boldo, boldo-brasileiro , alumã, boldo-peludo, boldo africano, boldo-do-reino e malva santa As folhas são aveludadas, simples, opostas, cruzadas, relativamente grandes, com margem serrilhada. Constituintes químicos: barbatusol, barbatol, barbatusina, cariocal, ciclobutatusina, colenol, coleol, coliona, óleo essencial (rico em guaieno e fenchona), ferruginol, forskolina. As folhas frescas contém 0,1% de óleo essencial e folhas secas ao ar 0,3%. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 9 Camomila (Matricaria recutita L.) Indicações/ Ações terapêuticas: antiespasmódico, anti- inflamatório tópico, distúrbios digestivos e insônia leve. Padronização/ Marcador: Apigenina – 7- glucosídeo (dose diária: 4 a 24mg de Apigenina – 7 glucosídeo) . Dosagem e Modo de Usar: - Infusão: 2-3 xícaras, depois das refeições; - Pó: 2 a 8 g três vezes ao dia; - Extrato seco (1,2%): 250mg, duas vezes ao dia; - Extrato seco solúvel: dissolver 6g (1colher sobremesa) em 200 mL de água quente ou fria. Consumir de 1 a 3 vezes ao dia; - Tintura: 5-10 ml uma a três vezes ao dia, diluídos em meio copo d’água; - Extrato glicólico: 0,5 – 5 %; - Extrato fluído: 3%, de 2 a 6 ml ao dia; - TM: Tomar de 20 a 30 gotas duas vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 10 Camomila (Matricaria recutita L.) Indicações e Ação Farmacológica: Estudos apresentaram atividade anti-inflamatória, antisséptica e antiespasmódica do estômago e duodeno; efeito sedativo em pacientes submetidos a cateterismo; colutório(extratos diluídos) produziram efeitos refrescantes e adstringentes, e em cremes apresentou atividades anti-inflamatórios, anestésico leve, refrescante e desodorante, em pacientes com infecções cutâneas na perna, aplicado concomitantemente com o tratamento em curso. A atividade terapêutica da camomila é determinada pelos princípios ativos ipofilicos e pelos hidrofílicos. O camazuleno possui reconhecida atividade anti-inflamatória, que é reforçada pela presença de matricina e alfa bisabolol. O alfa bisabolol possui propriedades antiflogísticas, antibacterianas, antimicóticas e protetora de mucosas agindo assim contra úlcera. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 11 Camomila (Matricaria recutita L.) O principio responsável pela coloração é a apigenina, flavonóide que complexa-se com sais metálicos naturais (Ca, Al). Este complexos, em condições ideais de pH e forças iônicas, fixam-se à fibras queratínicas, revestindo-as sem penetrar no núcleo destas. Ao se aplicar a camomila topicamente favorece-se a ação de outros princípios ativos como flavonóides, taninos e compostos fenólicos captadores de radicais livres. Os cremes com óleo essencial a 0,5% tem observado útil ação em inflamações venosas. Sua atividade anti-inflamatória responde a ação conjunta de vários elementos. Outros princípios ativos também apresentam propriedades espasmolitica como os flavonóides e as cumarinas, sendo que à estas últimas atribui-se o efeito inibitório do crescimento de certos microrganismos. Os flavonóides não são apenas adsorvidos pela superfície da pele após aplicação cutânea, mas penetram nas camadas mais profundas da pele, o que é importante para seu uso como antiflogístico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 12 Camomila (Matricaria recutita L.) Interações medicamentosas : interage com anticoagulantes (como a varfarina) e au mentará o risco de sangramento. Com barbitúricos (fenobarbital) e outros sedativos, a camomila poderá intensificar ou prolongar a ação depressora do sistema nervoso central; reduz a absorção de ferro ingerido através de alimentos ou medicamentos. Pesquisas em animais sugerem que a camomila interfere no mecanismo com que o corpo processa determinadas drogas através do sistema enzimático hepático citocromo P450. Além disso, a camomila poderá apresentar efeito antiestrogênico e interagir com drogas ou suplementos contendo soja ou Trifolium pratense. Várias outras interações estão descritas, porém, não estão cientificamente bem estudadas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 13 Camomila (Matricaria recutita L.) Outras propriedades : ótima ação antisséptica e relaxante do músculo liso permite bons efeitos a nível digestivo, sendo reconhecida, por provocar relaxamento muscular. É capaz de diminuir a ansiedade sem provocar depressão do sistema nervoso central. A atividade antiespasmódica que é de exclusiva ação da apigenina, que , é capaz de se ligar a receptores GABA- A cerebrais ( de maneira similar aos benzodiazepínicos) sem que sejam reconhecidos por anticorpos antibenzodiazepínicos. O óleo essencial e os flavonóides são os responsáveis por praticamente todos os efeitos farmacológico conhecidos. A apigenina provoca um bom efeito ansiolítico, porém sua ação sedante é dez vezes menor do que a do diazepam. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 14 Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.) . Nome popular: rhamnus (ingles), sacred bark (inglês), cáscara sagrada (espanhol), cascara sagrada (francês), cascara sagrada (italiano); cascara e amerikanische faulbaum (alemão). Família: Rhamnaceae. Parte Utilizada: Casca Composição Química: aldemodina- ranol, aloe-emodina, aloínas, barbaloínas, cascarosídeos A, B, C e D, emodina, heterosídeos antraquinônicos. (Extrato padronizado em 1% de cascarosídeos). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . https://www.floralondrina.com.br/muda-de- cascara-sagrada-rhamnus-sphaerosperma/ https://www.phitoterapicos.com /produto/cascara-sagrada-1kg/ 15 Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.) . Padronização/Marcador: Cascarosídeo A (dose diária: 20 a 30mg cascarosídeo A) . Interações medicamentosas : O seu uso concomitante com diuréticos tiazídicos não é recomendado, já que poderá ocorrer excessiva perda de potássio, resultando em quadro de hipocalemia. Outro aspecto é a promoção do desequilíbrio de eletrólitos o que poderá potenciar o efeito de glicosídeos cardiotônicos. Como intensifica o trânsito gastrintestinal poderá, ainda, afetar a absorção de medicamentos administrados por via oral. Aumenta a pressão sanguínea. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . https://repositorio.uniube.br/bitstream/123456789/849/1/ESTUDO%20DA%20ESP %C3%89CIE%20Rhamnus%20purshiana%20DC%20CONHECIDA%20C%C3%81S CARA%20SAGRADA.pdf 16 Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.) . Contraindicação: Crianças menores de 6 anos, dor de estômago inespecícicas, colite, obstrução intestinal, doenças inflamatórias agudas dos intestinos, úteros e apendicite, úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, diverticulite; na menstruação; na cistite; nas hemorróidas; na insuficiência hepática, renal ou cardíaca e na associação com cardiotônicos. Dosagem e Modo de Usar: - Extrato seco: 50 a 500mg, duas vezes ao dia, ou dose única ao deitar. - Rasura: 1 grama de erva seca (?) - Pó: 0,500 a 2g ao dia. -Tintura: 25 ml (para purgativo) e 10 ml divididos em 2 doses diárias diluídos em água. -Tintura Mãe: 25-50 gotas, 1 vez ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 17 Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.) X Frângula. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . https://pt.wikipedia. org/wiki/Frangula 18 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.). Sinonímia Científica: Hippocastanum vulgare. Nome popular: Castanha da índia; castanheiro da índia; castanha indiana; baumann horse chestnut; castaño de índias. Família: Hippocastanaceae. Parte Utilizada: Semente. A castanha da índia recebeu este nome por acreditar-se ser oriunda da Índia, mas na verdade é originária dos Balcãs. Foi introduzida na França em 1651 e difundiu- se intensamente no século XVIII em parques e avenidas de toda Europa. Esta é uma das primeiras árvores a florescer na primavera. 19 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Aesculina Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.). Composição Química: saponinas sendo 30% de Escina; e outras afrodescina, argirescina, criptoescina; taninos (ácido esculitânico, epicatequina, leucocianidina, leucodelfinina); pectina; leuceantocianina; potássio; óleo volátil; cálcio; fósforo; flavonóides (canferol, quercetina, rutina, astragalin e quercetina); heterosídeos cumarínicos (fraxina, escopolina, aesculetina, aesculosídeo e aesculina); óleos fixos (ácidos oléico, linoléico, palmítico,esteárico, e linolênico), bases nitrogenadas (guanina, adenina, e adenosina); alcalóides imidazólicos (alantoína); aminoácidos (arginina); ácidos orgânicos (cítrico, úrico); resina; vitaminas (B, K1, C, caroteno e pró- vitamina D); proteínas e açúcares. 20 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.). Indicações/Ações terapêuticas: fragilidade capilar, insuficiência venosa. Padronização/Marcador: Escina (dosediária: 32 a 120 mg de Escina) . Dosagem e Modo de Usar - Extrato seco- (5:1): 200 a 600mg/dia. : 200-600 mg diárias; - Extrato glicólico: 1-3%; - Pó: 100-400 mg, 3 vezes ao dia; - TM: 40-60 gotas, 3 vezes ao dia; - Tintura: 3-12 ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; - Rasura: 1 g da erva seca (1 colher de chá para cada xícara de água) de sementes em decocto, até 3 vezes ao dia. 21 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.).Interações medicamentosas : Teoricamente, em razão de seus constituintes, a semente de Castanha da Índia aumenta o risco de sangramentos quando utilizada com ácido acetilsalicílico, varfarina, heparina, clopidogrel e antiinflamatórios como ibuprofeno ou naproxeno. A escina, o principal componente saponínico da castanha da índia, se liga às proteínas plasmáticas podendo afetar a ligação de outras drogas. Em estudos baseados em animais, esta droga poderá intensificar o efeito hipoglicemiante (??) A eficácia de fármacos com atividade antiácida ou antiúlcera poderá ser afetada na presença desta planta que é irritante ao trato gastrintestinal; quando utilizada com sene poderá ocorrer potencialização do efeito laxativo. Não deverá ser administrada com outras drogas nefrotóxicas, como a gentamicina. 22 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Noz da Índia ( Aleurites moluccanus) https://www.indiamart.com/proddetail/aleurites- moluccana-candle-nut-seeds-16560640312.html 23 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Noz da Índia ( Aleurites moluccanus) aleurites-moluccana-candle-nut- seeds-16560640312.html 24 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Noz da Índia ( Aleurites moluccanus) Para que serve a Noz da Índia As partes mais utilizadas da árvore que produz a Noz da Índia, são as folhas e cascas do caule, para tratamentos medicinais de tumores, úlceras, febre, diarreia, asma e processos dolorosos. O fruto da Noz da Índia é uma semente esbranquiçada e tem várias funções, principalmente na medicina popular. Isso, devido aos estudos realizados em camundongos, cujos resultados deram base para sua utilização. A Noz da Índia também é utilizada em países asiáticos como condimentos, portanto, após seu cozimento. Já no Brasil tem sido utilizada de modo in natura. Benefícios da Noz da Índia Por ter propriedades ativas diversificadas, a Noz da Índia tem sido largamente utilizada no Brasil para efeitos de emagrecimento rápido. https://www.dicasdetreino.com.br/o- que-e-noz-da-india-para-que-serve/ 25 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . Noz da Índia ( Aleurites moluccanus) https://ricmais.com.br/no ticias/saude/noz-da-india/ Segundo uma nota divulgada pela Secretaria de Saúde, a semente não emagrece e ainda é muito tóxica. Veja quais são os efeitos colaterais da noz da índia: • náuseas • vômitos • fortes cólicas abdominais • dor durante a evacuação • diarreia • sede intensa • secura nas mucosas • letargia e desorientação Em casos mais graves, pode acontecer: • desidratação acentuada • dilatação das pupilas • taquicardia • taquipneia • respiração irregular • cianose (coloração azulada da pele) • aumento da temperatura corporal 26 Confrey. (Symphytum officinalis L.) Indicações e Ação Farmacológica. É usado como proliferativo celular e cicatrizante em feridas, ulcerações de difícil cicatrização e psoríase. Indicado no rejuvenescimento e na revitalização das células. Usado também como cicatrizante em queimaduras, flebite, hematomas, contusões, luxações, torções, fissuras e picadas de insetos. Sua ação local é devida à presença da alantoína – substância de comprovada ação cicatrizante, do ácido rosmarínico responsável principal pela ação anti- inflamatória e da mucilagem, de ação anti-irritante e hidratante. Estudos clínicos demonstraram que utilizando o extrato aquoso em local inflamado, provoca um aumento da temperatura local e da circulação sanguínea com consequente diminuição da dor e regressão do processo inflamatório. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 27 Confrey. (Symphytum officinalis L.) Composição Química: Alantoína; taninos; triterpenos; vitaminas (A, B1, B2, B12, C, E); ácidos orgânicos; alcaloides pirrolizidínicos; mucilagens, fitoesteróides; carboidratos; caroteno; cistina, cálcio, colina, consolidina, equimidina, fenilamina, ferro, fósforo, fructanos, heterosídeos cianogênicos e saponínicos, gomas, histidina, intermedina, iodo, isoleucina, lactonas sesquiterpênicas (como a leonitina e as trimetoxicumarinas), lasiocarpina, leucina, lisina, manganês, tirosina, sinfitina, zinco. • INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 13 DE MAIO DE 2014. • FORMULÁRIO FITOTERAPIA ANVISA PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 28 Confrey. (Symphytum officinalis L.) Toxicidade/Contraindicações. Seu uso é limitado por possível toxicidade, seu uso interno é proibido pela ANVISA. Dosagem e Modo de Usar: - Rasura: Infusão a 5% para gargarejos 2 a 3 vezes ao dia; - Decocção: 4-5g de chá em 250 ml de água, para lavar feridas. - Extrato glicolico: Utilizar de 10-15% em cremes. - Tintura: Uso tópico, de 10 a 20% em cremes, géis e loções. - TM: Indicado somente para uso externo em concentração de até 10%. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 29 Cavalinha (Equisetum arvense L) Nome científico: Equisetum arvense L. Nome popular: Cavalinha, cavalinha gigante, cola de cavalo, erva canudo, milho de cobra, rabo de cavalo, rabo de raposa, rabo de cobra, lixa vegetal, rabo de rato etc Família: Equisetaceae. Parte Utilizada: Partes aéreas. Composição Química: Ácido sílico, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, manganês e enxofre. Flavonóides: isoquercetina, equisetrina, canferol e galutenonina, fitosterol. Triglicerídeos: ácido oléico, esteórico, linoléico e linolênico. Alcalóides: metosapiridina, nicotina, palustrina e palustrinina. Ácidos orgânicos: ácido gálico, málico, oxálico. Saponinas: equisetonina 1 a 5%. Pequena quantidade de óleos, substâncias amargas, vitamina C e taninos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 30 Cavalinha (Equisetum arvense L) Indicações e Ação Farmacológica Amplamente usada na medicina caseira em toda América do Sul. Desde os tempos antigos, é considerado um dos melhores diuréticos de origem vegetal. Sua atividade diurética é suave, sem modificar o equilíbrio hidroeletrolítico, o qual é aproveitado no tratamento de hipertensão arterial e em terapias coadjuvantes de emagrecimento. Também tem ação adstringente, o que melhora transtornos circulatórios; e estípticas (estancador hemorrágico). Apresenta propriedades remineralizantes atribuídas ao silício e também estimula a biossíntese de fibras colágenas e de elastina, preservando a elasticidade e tonicidade do tecido cutâneo. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 31 Cavalinha (Equisetum arvense L) Indicações e Ação Farmacológica. • Participa da calcificação dos ossos, tendo parte na matriz fibrosa colágena. • Estimula o metabolismo cutâneo, acelera a cicatrização e aumenta a elasticidade de peles secas e senis, atuando como hidratante profundo. • Desenvolve certa ação antimicrobiana devido aos flavonóides. • E por suas propriedades adstringentes e detergentes pode atuar como coadjuvante no tratamento externo da acne. Toxicidade/Contraindicações: Contraindicada na disfunção cardíaca e/ou renal. Não deve ser ingerida por gestantes. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 32 Cavalinha (Equisetum arvense L) Dosagem e Modo de Usar? Uso interno - Decocto ou infusão (rasura) a 5%: 50 a 200 mL ao dia; - Extrato seco: 400 a 1000 mg ao dia, divididas em 3 doses, antes das principais refeições; com mínimo de 2% de flavonóides totais. - Pó: 1 a 2 g ao dia, antes das principais refeições. - Tintura: 1 colher de café 3 vezes ao dia; - TM: 20 a 50 gotas por dia; INTERAÇÕES: Pode ser associada a hortência-branca (Hydrangea arborescens), em casos de distúrbios da próstata. Uso externo - Extrato glicólico: 4 a 6% em formulações fitocosméticas, podendo usar até 10%. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 33 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus O Cymbopogon citratus é conhecido popularmente pelos nomes erva-cidreira, capim-limão, capim-cidreira entre outros. Nomes populares (Seminário Tramil, 1991; Gemot, 2003) Alemanha: zitronengras,citronella, lemongras . Dinamarca: citrongrœs França: citronnelle, verveine des indes Guatemala: zacate, limón, té de limón, zacate té , Inglaterra/ Estados Unidos: lemon grass, citronella Israel: limonit Brasil: cana-cidreira, capim-jossá, capim-limão, cana-limão capim-santo, caninha-limão ,chá-de-estrada ,capim-cidrão erva-cidreira, capim-cheiroso, falso-patchuli, capim- cidreira, capim-cidrilho, patchuli, capim-cidró, verbena- da-índia , etc PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 34 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus É uma espécie herbácea pertencente à família Poaceae, sendo originária da Índia e encontrada difundida em vários países, e aclimatada nas regiões tropicais do Brasil (SANTOS et al., 2009). Seu uso é largamente difundido de norte a sul do país na forma de um chá de aroma e sabor agradáveis e de ação calmante e espasmolítica suaves; contêm um pouco menos que 0.5% de óleo essencial, que tem atividade antimicrobiana e é formado principalmente por citral, ao qual se atribui a atividade calmante e espasmolítica. Contém também um pouco de mirceno, princípio ativo de ação analgésica. (LORENZI; MATOS, 2002). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 35 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus FITOQUÍMICA E ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS Várias espécies do gênero Cymbopogon fornencem óleo essencial empregado na indústria de sabão, sabonete, perfumaria e produtos relacionados assim como outros com fins medicinais. Especialmente, Cymbopogon citratus e Cymbopogon flexuosus tem sido cultivados em vários países dado o alto teor de citral em seu óleo essencial (70-80%) (Robbins, 1983). Mono, Di e Sesquiterpenos ; os teores de mirceno registrados são bastante variáveis, de 2 a 25,3% ; O limoneno que é um dos monoterpenos mais freqüentes em óleos essenciais. Aldeídos (Citral) e Compostos fenólicos . Triterpenos, Cetonas(a partir da cera que recobre as folhas denominada cimbopogona). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 36 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus USOS EM GERAL : • Atividade diurética e anti-inflamatória • Atividade repelente de insetos e inseticida: • O óleo e o pó da planta foram eficientes na proteção de sementes armazenadas contra Callosobruchus maculatus caruncho do feijão. • Eficazes no combate aos mosquitos anofelinos e Aedes. • Óleo de capim-limão apresentou atividade anti-oxidante, comparável ao alfa-tocoferol e BHT. • O mirceno, apresentou efeito inibitório reversível "in vitro" das enzimas monooxigenases hepáticas, sugerindo interferência desta planta com a biotransformação de drogas e substâncias tóxicas PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 37 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus • Ação anti-inflamatória e analgésica, tratando a dor de cabeça, muscular, dor de barriga, reumatismo e tensão muscular; • Protege a saúde do coração, já que ajuda a regular o colesterol; • Pode regular a pressão arterial; • Diminuir inchaço, já que possui propriedades diuréticas, ajudando a eliminar o excesso de líquido do organismo; • Aliviar a gripe, diminuindo a tosse, a asma e o excesso de secreção, quando utilizada na aromaterapia Uso interno: - Infuso 20g de folhas em 1 litro de água, 4 a 5 xícaras por dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 38 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus Toxicidade e efeitos adversos: Estudos sobre a toxicidade do óleo de capim-limão em mamíferos demonstraram que este óleo natural é atóxico (Dubey et al., 2000). Também o chá das folhas secas da planta foi administrado a voluntários saudáveis não gerando efeito hipnótico (Leite et al., 1986.) ou mesmo tóxico (Farmacologia, 1985; Formigoni et al., 1986). Também, segundo Silva et al. (1991) e Zamith et al. (1993), o capim-limão não apresenta ação genotóxica e de acordo com Kauderer et al.(1991), tampouco é mutagênico. Entretanto, conforme Guerra et al. (2000), os extratos fluídos da planta a 30 e 80% demonstraram efeito hepatotóxico e nefrotóxico em animais. Igualmente, os resultados apresentados por Paiva (1997), demonstraram que o p- mirceno e o liomoneno foram capazes de causar nefropatia tubular hialina sexo-específica em ratos machos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 39 https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/ handle/1884/34991/T%20- %20ELIANE%20CARNEIRO%20GOME S.pdf?sequence=1&isAllowed=y13 CAPIM LIMÃO – Cymbopogon citratus PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 40 https://www.oleosessenciais.org/oleo-essencial- de-capim-limao-ou-lemongrass/ Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) NOME CIENTÍFICO: Hydrocotyle asiatica L. Sinonímia: Centella asiatica Urban.; Hydrocotyle abbreviata A.Rich.; Hydrocotyle bifl ora Vell.; Hydrocotyle brasiliensis Scheidw.; etc NOME POPULAR: Centela, Centelha, Centela Asiática, Centela-da-ásia, Pata-de-mula, Pata- de-burro, etc Na India: Gotu Kola (Soares, 2000). DENOMINAÇÃO HOMEOPÁTICA: HYDROCOTILE FAMÍLIA BOTÂNICA: Apiaceae (Umbelliferae) PARTE UTILIZADA: Caule e folha PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 41 ACARIÇOBA (Hydrocotyle umbellata). Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) PRINCÍPIOS ATIVOS: • Saponosídeo Triterpênico: asiaticosídeo, o qual por hidrólise origina uma genina derivada da alfa-amirina chamada ácido asiático; • Ácidos Triterpênicos: ácido indocentóico e ácido madecásico; • Flavonóides: kempferol., 3-glicosil-quercetina e 3glicosil-kampferol; • Óleo Essencial: rico em cineol, cânfora, farneseno, germacreno e cariofi leno; ,etc. (Alonso, 1998). Padronização/Marcador: Ácidos Triterpênicos (asiaticosídeos, madecassosídeo - dose diária: 6,6 a 13,6mg de asiaticosídeos.) O Extrato pó deverá apresentar no mínimo 5% de derivados triterpenicos totais expressos em Asiaticosídeos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 42 Asiatic acid Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) INDICAÇÕES E AÇÃO FARMACOLÓGICA: Topicamente é indicada nas feridas, úlcera dérmica, eczemas, eritema, estrias, queimaduras, psoríase, vulvovaginite, distrofia da mucosa vulvovaginal, ulcerações dérmicas, bucais ou da córnea, blefarites, conjuntivite, parodontopatias, faringite, dermatite e prurido. Em pacientes portadores de hanseníase, as administrações orais de C. asiática e cápsulas de cloreto de potássio resultaram em terapia eficaz, tanto quanto a terapia utilizando dapsona. Oralmente é utilizada na insuficiência venosa e depressão nervosa. Em Homeopatia o principal uso da Centella é na hanseníase e na elefantíase, além da aplicação na psoríase e icitiose. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 43 https://www.researchgate.net/figure/Photographs-of- each-wound-treated-with-1-C-asiatica-hydrogel-2- Control-Madecassol_fig2_335171012 1 1 Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) INDICAÇÕES E AÇÃO FARMACOLÓGICA: O asiatiacosídeo estimula a ativação fibroblástica, com o qual apresenta um efeito reepitelizante, ação reforçada pelo efeito adstringente dos taninos. No mais é anti-séptico e antipruriginoso. Internamente apresenta ação tônica geral, antidepressiva e venotônica (PR, 1998). O ácido madecásico foi identificado como o principal componente antiinflamatório, enquanto que o asiaticosídeo era o princípio ativo cicatrizante (Tsurumi K. et al apud Alonso 1998). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 44 Acido madecassico Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) Interações medicamentosas. Em estudo realizado com modelo animal, utilizando o extrato desta planta, foi demonstrada ação antagônica dos componentes ativo da Centella asiatica aos efeitos que a dexametasona exerce como agente supressor no processo de cicatrização de ferimento, ou seja, o resultado demonstrou contribuição efetiva no processo cicatricial. TOXICIDADE/CONTRA-INDICAÇÕES: De modo geral a Centella é bem tolerada nas doses adequadas. Altas dosespor via oral pode provocar cefaléias, vertigens, hipotensão arterial e estados narcóticos leves e moderados. É contra-indicado o uso na presença de gastrite, ou úlcera duodenal, pois os taninos podem irritar a mucosa gástrica. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 45 Extracto estandardizado das partes aéreas de Gotu kola (100 mg), que correspondem a 6 mg de glucósidos triterpenos. Centella Asiática (Centella asiática (L.) Urban.) DOSAGEM E MODO DE USAR: • Uso Tópico: - Cataplasmas da planta fresca, aplicando sobre a zona a ser tratada (PR, 1998); - Extrato Glicólico: em géis, cremes e loções suavizantes: 2-5%; em cremes reparadores e restauradores: 3-6%; cremes após sol: 1-5% (Teske, 1994). • Uso Interno: - Extrato Seco (5:1): 100 mg, uma a três vezes ao dia (PR, 1998); - Tintura (1:10): 50 gotas, três vezes ao dia (PR, 1998); - Extrato Fluido (1:1): 10-30 gotas, três vezes ao dia (PR, 1998); - Infusão: 1 colher de café por xícara, três vezes ao dia (PR, 1998). - Pó: 0,25 a 1 grama por dia, após as refeições (Teske, 1994). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 46 ASIATICOSIDEO - Cicatrizante O Asiaticoside atua no tecido conectivo que apresenta reação queloidal ou hipertrófica, reduzindo ou eliminando a reação e em alguns casos convertendo a lesão em uma cicatriz madura. Recomendação de uso interno: Adultos: 10 a 20 mg 3 vezes ao dia durante as refeições. Crianças acima de 3 anos de idade: 10mg, 2 a 3 vezes ao dia. O tratamento deve ser continuado por 3 a 6 meses) de acordo com a resposta. Se não houver sinais de melhora após 20 dias de tratamento, o mesmo deve ser interrompido. Uso tópico De 0,2 a 2% em qualquer tipo de base cremosa. • Tratamento dos quelóides e cicatrizes hipertróficas que estão em estágio de atividade; • Queimaduras e lesões dermatológicas de cicatrização difícil; • Catarata e úlceras de córnea; • Celulite, telangiectasias, fragilidade capilar e varizes; • Criptites, tromboses, fissuras e fístulas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 47telangiectasias CRATAEGUS (Crataegus oxyacantha L.) Nome científico: Crataegus oxyacantha L. Sinonímia científica: C. monogyna Jacq; C. laevigata DC. Nome popular: Espino albar, crataegus, majuelo (em espanhol); espinheiro albar, pirliteiro (em português); hawthorn (em inglês). Família: Rosaceae. Parte Utilizada: Flores e sumidades florais. Originário de toda Europa, se trata de um arbusto ou pequena árvore, caracterizado por apresentar uma altura ente 2–7 metros; galhos espinhosos estendidos: folhas grossas e lobuladas de 1,35 cm de largura, flores brancas (raras vezes rosadas), intenso aroma, e um fruto vermelho pequeno em forma de drupa com uma ou três sementes em seu interior PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 48 CRATAEGUS (Crataegus oxyacantha L.) Composição Química: 2% de flavonóides representados por hiperosídeos (0,7%), galactosídeos, quercetol e vitexina -2-ramnosídeo. 2-3% de procianidinas (procianidol dímero, epicatecol), ácidos triterpênicos, aminas e 0,3-1,4% de ácidos carboxílicos. Indicações e Ação Farmacológica As ações do crataegus se centram fundamentalmente em sua atividade tónico–cardíaca e menor efeito sedativos e espamolíticos. Atividade cardíaca: Possui atividade sobre o miocárdio, resultado da ação sinérgica de seus princípios ativos, sendo que os princípios determinantes para a sua ação são as procianidinas e os flavonóides. Seu efeito característico é um melhoramento da irrigação do miocárdio, mesmo em anóxia (ausência de oxigênio). Reduz a taquicardia, sensação de opressão da região toráxica, recomendado como preventivo de acidentes vasculares, na hipertensão. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 49 vitexina -2-ramnosídeo CRATAEGUS (Crataegus oxyacantha L.) Atividade sobre o SNC: Efeito sedativo devido à diminuição do tônus simpático, observado através de melhorias nos distúrbios vasomotores, tonturas, emotividade etc. Toxicidade/Contraindicações: Durante sua utilização, um grupo de pacientes mostraram alguns efeitos adversos como fadiga, transpiração, náuseas, cefaleia, que desapareceram suspendendo a medicação. A aparição de hipotensão arterial e bradicardia pode tornar-se desde um ponto de vista clínico, como efeito favorável em algumas cardiopatias que causem taquiarritmia e hipertensão arterial. Não há causa de casos de toxicidade crônica fetal, mutagênese, e carcinogênese em humanos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 50 CRATAEGUS (Crataegus oxyacantha L.) Dosagem e Modo de Usar - Extrato seco: de 0,6 a 1,5 g diários. A Farmacopeia Belga indica 300 mg, três vezes ao dia; 2,5% de vitexina 300 mg (equivalente à 7,5 mg de flavonóides calculados como vitexina) - Pó: 0,30 g/cápsula tomar uma a duas capsulas três vezes ao dia. - Tintura: (1:5 em 45% de álcool) a razão de 1 – 2 ml três vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 51 Erva-cidreira (Melissa officinalis L.) Sinonímia Científica: Melissa altissima Sibth e Sm.; Melissa cordifolia Pers.; Melissa foliosa Opiz.; Melissa graveolens Host.; Melissa hirsuta Hornens.; Melissa occidentalis Rafin.; Melissa romana Mill. Melissa bicornis Klokov. Nome popular: Melissa, Melissa Verdadeira e Erva Cidreira. Família: Lamiaceae. Parte Utilizada: Folha e caule. Composição Química: Padronizado em 5% de Ácido Rosmarinico. Óleo Essencial: linalol, nerol, geraniol, citronelol, α- terpineol, terpineno-1-4-ol, neral, geranial, cariofilenol, farnesol, 10-epi-α-cadinol, α-cubebeno, α-copaeno, β- burboneno, βcariofileno, α-humuleno, 1,8-cineol, óxido de cariofileno e ocimenos; Flavonóides: luteolol-7-glicosídeo, ramnocitrosídeo, apigenina e quercitrosídeo; Ácidos Carboxílicos, taninos e Mucilagens Urônicas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 52 Erva-cidreira (Melissa officinalis L.) Indicações Ações terapêuticas: Carminativo, antiespasmódico e distúrbios do sono. O ácido rosmarínico é um dos principais componentes implicado com sua resposta farmacológica. É indicada na inapetência e gastrite, nos espasmos gastrintestinais, nas disturbios hepatobiliares, meteorismo nas coleocistites, nas diarréias, na ansiedade, na insônia, na hipertensão arterial, na taquicardia, na enxaqueca, na asma, no hipertiroidismo e herpes simples. Também apresenta efeito sedativo e ligeiramente hipnótico, e antioxidante. Padronização/Marcador: ácidos hidroxicinâmicos calculados em ácido rosmarínico (dose diária: 60-180 mg de ácido rosmarínico) PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 53 Erva-cidreira (Melissa officinalis L.) Interações medicamentosas : A erva cidreira pode interagir com outros medicamentos contendo plantas medicinais, especialmente, Kava-kava (Piper methysticum G. Forst). De maneira geral interage com depressores do sistema nervoso central e com hormônios tiroideanos (TSH). Toxicidade/Contraindicações O óleo essencial de Melissa se comporta como neurotóxico e mutagênico em doses elevadas. O linalol e o terpineol produzem um efeito depressor do sistema nervoso central e em altas doses provocam quadros narcóticos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 54 Erva-cidreira (Melissa officinalis L.) É contra-indicado o uso de óleo essencial de Melissa durante a gravidez, lactação, para crianças menores de seis anos de idade, pacientes com gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome do cólon irritável, colite ulcerativa, doença de Crohn, epilepsia, afecções hepáticas, doença de Parkinson ou outra enfermidade de cunho neurológico. Dosagem e Modo de Usar: - Extrato seco 5%: 500 mg, 2 vezes ao dia. - Pó: 400 mg 3 vezes ao dia. - Rasura: Uma colher de sobremesa por xícara, infundindo por 10 minutos. Tomar 3 ou mais xícaras por dia. - Extrato fluido: 2 a 4 ml três vezes ao dia. - Tintura: 2 a 6 ml três vezes ao dia. - TM: 40 a 50 gotas, três vezes aodia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 55 Eucalipto (Eucalyptus globulus) Nome popular: Eucalipto, árvore da febre, gomeiro azul, mogno branco, comeiro azul, fever tree. Família: Mirtaceae. Parte Utilizada: Folhas e óleo. Composição Química: Óleo: 1,8-cineol, p-cimeno, a- pineno, limoneno, geraniol e canfeno. Folhas: óleos essenciais (1,8-cineol, pineno, mirtenol, pinocarvona, terpenos, aldeídos alifáticos); taninos; flavonoides (eucaliptrina, hiperosideo, quercetina e rutina); ácidos polifenóis; resina; ceras. Padronização/Marcador: cineol Indicações/Ações terapêuticas: Anti-séptico e antibacteriano das vias aéreas superiores; expectorante. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 56 Tipos de Eucalipto: 730 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 57 Tpos de Eucalipto : 250 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 58 Tipos de Eucalipto:315 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 59 Eucalipto (Eucalyptus globulus) Indicações/Ações terapêuticas: Anti-séptico e antibacteriano das vias aéreas superiores; expectorante. Ação Farmacológica: É indicado para afecções das vias respiratórias: gripes, bronquites, asma, tosse, catarro, oenças reumáticas; antisséptico e repelente de insetos. Sua principal atividade é no aparelho respiratório em função do óleo essencial, que tem demonstrado, tanto por via oral como inalatória, atividade expectorante, fluidificante e antisséptica da secreção brônquica. Sendo assim, é usado basicamente para tratamento de afecções do trato respiratório. Tem atividade antibiótica comprovada – bactericida, fungicida, inseticida e anticáries. Age no tratamento de feridas e pele. Outras ações importantes derivam do seu poder antioxidante e hipoglicemiante (folhas) PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 60 Eucalipto (Eucalyptus globulus) Toxicidade/Contraindicações Sem toxidade nas doses recomendadas. Acima das doses terapêuticas pode causar envenenamento. Crianças podem apresentar reações de envenenamento com poucas gotas de óleo. É contraindicado durante gravidez e lactação; em pacientes com hipersensibilidade ao eugenol; em portadores de doenças do trato gastrointestinal; e doenças hepáticas graves. O uso no rosto ou nariz em crianças pelo risco de provocar espasmos na laringe. Dosagem e Modo de Usar; Infusão.: A OMS preconiza 4-6 g de folhas por dia. -Tintura: 1-3 ml por dia. TM: 2-6 ml por dia. - Óleo essencial: 0,3-0,6g em preparações galênicas para uso interno. Inalação: 2 a 3 gotas. Uso externo: diluído em óleo vegetal em 5 a 20% e em semissólidas 5 a 10%. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 61 Erva-doce, Anis (Pimpinella anisum L.) Nome popular: Erva doce, anis, anis verde. Família: Umbelliferae. Parte Utilizada: Semente. É uma planta aromática anual que cresce de 30 a 60 cm. Caule ereto, delgado e ramificado. Folhas superiores muito filamentosas, penatífidas, curto-pecioladas. É originária do Egito e Grécia, uso histórico como especiaria e fragrância. Composição Química: Óleo essencial: anetol, metil-chavicol, p- metoxifenilacetona, gama himachaleno, neafitadieno. Cumarinas: umbeliferona, bergapteno, escopoletina, umbeliprenina. Lipídeos: ácidos graxos, beta-amirina, estigmasterol. Flavonóides: rutina, isorientina e isovitexina. Aminoácidos. Carboidratos. Terpenos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 62 Erva-doce, Anis (Pimpinella anisum L.) Indicações e Ação Farmacológica Erva doce tem ação carminativa, antiespasmódico, estomáquico, estimulante geral, galactogogo e diurético distúrbios dispépticos. A semente é um carminativo que favorece as secreções salivares e gástricas e em consequência o peristaltismo do tubo digestivo. Interações medicamentosas : A erva-doce possui ação sedativa discreta quando usada na forma de chás, entretanto, não é sabido de qual fração química da droga provém esta ação. Quando administrada com drogas hipnóticas poderá prolongar o efeito destas últimas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 63 Erva-doce, Anis (Pimpinella anisum L.) Toxicidade/Contraindicações Erva doce está contraindicado em pacientes com úlcera duodenal, refluxo, colite ulcerosa ou diverticulite, devendo também ser evitado por pacientes fazendo suplementação de ferro. O óleo de erva doce está contraindicado na gravidez e amamentação. Dosagem e Modo de Usar Marcador: trans-anetol dose diária: • 0-1 ano 16 a 45 mg; • 1-4 anos: 32-90 mg • adultos: 80-225 mg . - Infusão: Meia colher (café) de sementes por xícara de água fervente. - Pó: 0,20 a 2 g ao dia, em cápsulas. - Tintura: 50 - 80 gotas ao dia; crianças: 10 – 20 gotas. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 64 Gengibre (Zingiber officinale Rosc.) . Sinonímia Científica: Panax chin-seng Nees, P. quinquefolium var. Coreensis Siebold, P. quiquefolium var. Ginseng Regel & Maack ex Rengel, P. chin-seng Nees Aralia gin-seng Baill. Nome popular: Ginseng, Ginseng coreano. Parte Utilizada: Raiz, Caule e Folha. Composição Química: Extrato padronizado em 4% de Ginsenosídeos. Saposídeos triterpênicos: ginsenosídeos (Rg1, Rc, Rd, Rb1, Rb2, Rb0); Óleos Essenciais: limoneno, terpineol, sitosterol, citral e álcoois de poliacetileno; Glicosídeos, Vitaminas B e C; ácidos orgânicos: acético cítrico, málico e pirúvico; enzimas; Aminoácidos: tirosina, lisina, histidina, arginina; Mucilagem; Fitoesteróis (betasitosterol); Fitoestrógenos (estrona); Sais Minerais. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 65 Gengibre (Zingiber officinale Rosc.) . O gengibre é uma erva rizomática originária do sudoeste da Ásia e do Arquipélago Malaio. Composição Química: Extrato padronizado em 5% de Gengirol. Óleo volátil: β-bisaboleno, zingibereno, gingiberol, zingiberenol, ar-curcumeno, β- sesquifelandreno, β-sesquifelandrol, felandreno, canfeno, geraniol, neral, linalol, d-nerol. Amido, Proteínas, Ácido: palmítico, oleico, linoleico, caprilico, cáprico, láurico, mirístico, pentadecanoico, heptadecanoico, esteárico, linolênico, araquidico; ácido fosfatídico, lecitinas, gingerglicolipideos A, B, e C. Padronização/marcador: Gingeróis (6-gingerol, 8- gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol, capsaicina) PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 66 Gengibre (Zingiber officinale Rosc.) Indicações/Ações terapêuticas: É indicado para dispepsia atônica; cólica; profilaxia de enjôo de viagem; rouquidão; inflamação da garganta; asma; bronquite; menorragia; anorexia; problemas reumáticos, dores de cabeça, analgésico, antipirético, anti-hepatotóxica, antinauseante. Em doses elevadas poderá desencadear sonolência, além de que poderá interferir com medicamentos que alteram a contração cardíaca incluindo os beta- bloqueadores, digoxina e outros medicamentos para o coração. Existe a possibilidade de diminuição dos níveis de açúcar no sangue e, portanto, poderá interferir com medicamentos administrados por via oral diabéticos ou com a insulina. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 67 Gengibre (Zingiber officinale Rosc.) Interações medicamentosas : Há evidências de que o gengibre estimula a produção de ácido clorídrico estomacal e, como conseqüência, em teoria, poderá comprometer a ação de medicamentos contendo sucralfato, ranitidina ou lansoprazol; contrariamente, ao que foi verificado em animais, ou seja, proteção estomacal. Teoricamente o gengibre poderá aumentar o risco de sangramento quando administrado conjuntamente ao ácido acetilsalicílico, varfarina, heparina, clopidogrel, ibuprofeno ou naproxeno ou outros medicamentos que apresentem esta ação. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 68 Gengibre (Zingiber officinale Rosc.) Toxicidade/Contraindicações Se tomada nas doses terapêuticas não apresenta efeitos colaterais. No caso de cálculos biliares, a droga só deve ser empregada com orientaçãomédica. Dosagem e Modo de Usar: - Extrato seco (5%): 500 mg, duas vezes ao dia; [dose diária: crianças acima de 6 anos: 4-16 mg de gingeróis; adulto: 16-32 mg de gingeróis] . - Pó: 1g a 2g ao dia, dividida em 3 doses; - Rasura: 1 colher de sopa para 500mL de água, tomar várias vezes ao dia; - Tintura: 0,25 a 0,5mL ao dia; - Tintura Mãe: 25 gotas diluídas em água, 1 vez ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 69 Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) Originário da região da China, Manchúria e Coréia do Norte, o Ginseng é uma das plantas mais conhecidas pelos povos orientais sendo utilizada na China há mais de 3000 anos como uma planta estimulante, reconstituinte, geradora de vitalidade, conhecido como elixir da longa vida. Sua designação vulgar deriva do chinês renshen, que quer dizer “homem-raiz”, devido à forma de sua raiz delgada. As raízes do Ginseng têm sido consideradas desde meados da década de 60 como uma planta adaptógena. Este conceito implica que seus componentes ativos não estão destinados a combater uma doença especifica, mas dirigidos a aumentar ou potencializar a capacidade de defesa de um organismo frente a agressores externos ou de ordem físico ou mental. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 70 Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) Sinonímia Científica: Panax chin-seng Nees, P. quinquefolium var. Coreensis Siebold, P. quiquefolium var. Ginseng Regel & Maack ex Rengel, P. chin-seng Nees Aralia gin-seng Baill. Nome popular: Ginseng, Ginseng coreano. Família: Araliaceae. Parte Utilizada. Raiz, Caule e Folha. Composição Química: Extrato padronizado em 1 a 4 % de Ginsenosídeos. Possui Saposídeos triterpênicos: ginsenosídeos (Rg1, Rc, Rd, Rb1, Rb2, Rb0); Óleos Essenciais: limoneno, terpineol, sitosterol, citral e álcoois de poliacetileno; Glicosídeos, Vitaminas B e C; ácidos orgânicos: acético cítrico, málico e pirúvico; enzimas; Aminoácidos: tirosina, lisina, histidina, arginina; Mucilagem; Fitoesteróis (beta-sitosterol); Fitoestrógenos (estrona); Sais Minerais. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 71 Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) Indicações e Ação Farmacológica: Está indicado com estimulante e relaxante do sistema nervoso central, estimula o vigor muscular; tônico cardíaco, baixa os níveis de glicose no sangue, ajuda o corpo a suportar a pressão do dia a dia, apresenta ação antiviral, antiagregante, antioxidante e melhora estados de debilidade tais como: após uma doença ou na velhice, aumentar o vigor, bem como para melhorar a resposta do corpo ao estresse, aumentando as capacidades físicas e cognitivas. Estudos pré-clínicos demonstram que a administração de extrato de Ginseng durante uma semana produz um efeito protetor à infecção pelo vírus influenza de 20-30%. A utilização do Ginseng como adjuvante à vacinação assegura que o procedimento se assemelhe o mais possível ao processo biológico da infecção, sendo capaz de iniciar uma resposta imune suficientemente potente. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 72 Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) Indicações e Ação Farmacológica: Novos estudos in vivo e in vitro descrevem os benefícios do fitoterápico na profilaxia e cuidados paliativos de patologias neurodegenerativas, nomeadamente nas doenças de Parkinson, de Alzheimer e de Huntington. potente. Outros estudos realizados in vivo, em modelos animais demonstraram que a administração oral de extrato de Ginseng protege significativamente dos efeitos neurotóxicos de agentes indutores de parkinsonismo, como a 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP) e seus metabolitos. O ginsenosídeo Rg3 promove a ação fagocitária da microglia na remoção da proteína fibrilar αamilóide que se acumula nos neurónios até provocar a morte celular, constituindo assim as placas senis, como consequência da degenerescência neuronal característica da doença de Alzheimer. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 73 Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) Toxicidade/Contraindicações O uso contínuo deste fármaco pode originar a “síndrome de abuso do ginseng”, com efeitos idênticos aos causados pelo emprego de corticosteróides tais como nervosismo, agitação, insónia, hipertensão arterial, urticária e diarreia matinal. Não se deve utilizar Ginseng no curso de enfermidades agudas, trombose coronária, doenças cardíacas severas e hemorragias. Não usar em pacientes com hipersensibilidade nervosa, esquizofrenia, histeria. Deverá tomar alguns cuidados em caso de hipertensão arterial, terapias estrogênicas e diabetes. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 74https://br.pinterest.com/pin/654359020851445137/ Ginseng (Panax ginseng C. A, Meyer) O Dosagem e Modo de Usar - Decocção: 3 a 10 g da raiz em 500 mL de água. Tomar três xícaras por dia. - Pó: 1-4 g diários. - Tintura: 30 gotas, duas vezes ao dia. - TM: 30 gotas em água, uma vez ao dia. - Extrato seco (1 a 4%): 120mg, duas vezes ao dia. - Extrato Glicólico: 2 a 5 %. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 75 Guaco (Mikania glomerulata Sprengl.) Sinonímia Científica: Mikania glomerata Spreng; Cacalia trilobata Vell.; Mikania hederaesfolia D.C. Planta nativa da América do Sul, o Guaco apresenta ampla distribuição no Brasil, sendo encontrado da Bahia até Santa Catarina. Nome popular: Guaco, guaco-liso, guaco-de-cheiro, erva-das-serpentes, cipócaatinga, uaco, erva-de- cobra, cipó-sucuriju, erva-de-sapo, coração-de-jesus, ervacobre e guacotrepador, no Brasil; Bejuco, na Argentina. Família: Asteraceae. Parte Utilizada. Folha e caule. Composição Química: Princípio Amargo: guacina; Cumarinas; Taninos; Saponinas; Guacosídeo; Substâncias Resinosas; Terpenos: ácido caurenóico e ácido grandiflórico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 76 Guaco (Mikania glomerulata Sprengl.) Indicações e Ação Farmacológica: O Guaco é empregado nas afecções do aparelho respiratório: bronquite crônica, asma e tosses; nas dores de origem reumática; nos quadros febris; Externamente é indicado nas dermatites, nos ferimentos e nas afecções da orofaringe. Os constituintes do Guaco relaxam a musculatura lisa das vias aéreas e estimulam a secreção do muco, facilitando a expulsão do catarro pela tosse. Portanto promove uma ação broncodilatadora, expectorante e antiasmática. Nos estados febris, promove aumento da sudorese e aumenta a diurese. Possui, então, ações febrífuga e diurética, respectivamente. Forma uma película ou uma espécie de filme protetor quando aplicado sobre a pele. Exerce efeito emoliente, depurativo e cicatrizante. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 77 Guaco (Mikania glomerulata Sprengl.) Indicações/ Ações terapêuticas: Expectorante, broncodilatador. Padronização/Marcador: cumarina (Dose diária: 0,525 – 4,89 mg de cumarina) . Interações medicamentosas : Publicação recente demonstrou que extratos secos de Guaco poderão interagir, sinergicamente “in vitro”, com alguns antibióticos como tetraciclinas, cloranfenicol, gentamicina, vancomicina e penicilina. Toxicidade/Contraindicações Altas doses podem causar vômito e diarréia. O uso prolongado desta droga vegetal pode ocasionar acidentes hemorrágicos, por haver aparecimento de efeito antagonista com a vitamina K PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 78 Guaco (Mikania glomerulata Sprengl.) Dosagem e Modo de Usar: Uso interno: - Infusão 2%, tomar 50 a 200 mL ao dia; - Decocção 2%, tomar 50 a 200 mL ao dia; - Extrato Fluido: 1 a 4 mL ao dia; - Pó: 1,5 a 3g, dividido em três doses diárias; - Tintura: 5 a 20 ml ao dia; - Tintura Mãe: 2,5 a 10 mL ao dia. Uso externo: - Infusão: 5%, aplicar várias vezes ao dia; - Decocção: 5%, aplicar várias vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 79 Composição: Mel, extrato de própolis, aroma de agrião e aroma de guaco. O mel deste produtoé oriundo de flores silvestres e eucalipto, concentração de 86,20% de mel com extrato de própolis. NÃO CONTÉM GLÚTEN. Espinheira Santa, (Maytenus ilicifolia.) Nome popular: Espinheira Santa, Cancrosa, Cancerosa, Cominho-do-campo, Espinho-de- Deus, etc no Brasil; Congorosa e Cangorosa, no Paraguai; Mayten, no Chile; Sombra de Toro, Salva-vidas, Quebrachillo e pus pus, na Argentina. Família: Celastraceae. Parte Utilizada: Folha e caule. Composição Química: Alcalóides: maitanprina, maitansina, maitanbutina e cafeína; Terpenos: maitenina, tingenona e isotenginona III, congorosina A e B, ácido maitenóico, ácido salasperônico, friedelina e friedelinol; flavonóides; leucoantocianidinas; ácido clorogênico; delta-amirina; taninos; traços de sais minerais e oligoelementos. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 80 https://mercadobomsucesso.com/maytenus-ilicifolia-ou-espinheira-santa/ Família:Aquifoliaceae Género:Ilex Espinheira Santa, (Maytenus ilicifolia.) Indicações e Ação Farmacológica É indicada principalmente nas úlceras gástricas, gastralgias e dispepsias. É usada também como antiasmática, contraceptiva e antitumoral. Grande parte dos estudos realizados com a Espinheira Santa foram realizados no Brasil. Um dos primeiros estudos mostrou que a maitenina apresenta atividade antibacteriana in vitro frente às bactérias Gram+, tais como: o Bacillus subtilis, Stafilococcus aureus e Streptococcus spp. A maitenina também apresentou atividade inibitória de sarcomas em experimentos realizados. Quando estas provas foram ensaiadas em pacientes com distintas patologias neoplásicas avançadas resistentes à quimioterapia, puderam observar resultados positivos empregando-se doses de 150 mcg/kg diárias em carcinomas epidermoides nas amídalas, na base da língua e na faringe. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 81 http://www.sbq.org.br/ranteriore s/23/resumos/0193/index.html Espinheira Santa, (Maytenus ilicifolia.) Indicações e Ação Farmacológica: Em todos os casos, a redução das lesões foi entre 40 e 60% durante o período do experimento, não se observando toxicidade gastrintestinal e nem alterações Hematológicas e atividade antitumoral do alcalóide maitansina. Essa substância exerce uma ação através da interferência na síntese da tubulina, uma proteína que intervém na síntese dos microtúbulos, necessários para o funcionamento correto das organelas da célula tumoral. Experimentos realizados na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) demonstraram o efeito antiulcerogênico das infusões de Maytenus ilicifolia e Maytenus aquifolium, administrados via intraperitoneal e oral em ratas com úlcera gástrica induzida por indometacina e por situações de stress físico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 82 https://en.wikipedia.org/wiki/Maitansine Espinheira Santa, (Maytenus ilicifolia.) Toxicidade/Contraindicações De acordo com as investigações feitas pela Escola paulista de Medicina (Unifesp), Espinheira Santa não apresenta efeitos tóxicos nem teratogênicos em animais de laboratório tanto em administração crônica ou aguda. Somente na administração intraperitoneal, observaram-se alguns efeitos sobre o SNC, como um estado depressivo gerais. Porém a maitenina provocou alguns quadros de dermatites localizadas quando administrada via intradérmica. É contraindicado o uso durante a gravidez e na lactação. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 83 Espinheira Santa, (Maytenus ilicifolia.) Dosagem e Modo de Usar - Infusão: 20g para cada 1 litro de água, tomar três a quatro vezes ao dia; - Extrato Fluido: 2,5 a 5 mL três vezes ao dia; - Extrato Seco: 500 mg, tomar uma a três vezes ao dia; Equivalente a 13,3 mg de taninos totais. - Pó: 1,5g a 3 g, ao dia; - Tintura: 5 a10 mL, três vezes ao dia, diluídos em meio copo de água; - TM: 10 a 20 mL, até três vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 84 Guaraná (Paullinea cupana H.B.K.). Nome científico: Paullinia cupana H. B. K. Sinonímia científica: Paullinia sorbilis M. Nome popular: Guaraná, Guaraná-uva, Guaranazeiro, Uaraná, Uaranazeiro, Paulinia, Cupana. Família: Sapindaceae Parte Utilizada: Semente. Os frutos são cápsulas globosas, de cor vermelho-viva, que se abrem quando ainda na planta, expondo as sementes de cor preta brilhante. Cada fruto produz até 9 sementes, mas só uma se desenvolve. É nativo da região Amazônica. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 85 Guaraná (Paullinea cupana H.B.K.). Composição Química: Xantinas: cafeína, traços de teobromina e teofilina. Minerais: cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio. Flavonóides: catecol e epicatecol, que conferem propriedades adstringentes úteis no caso de diarréia . Outros: guaranina, saponinas, colina, resina, mucilagem, taninos catéquicos, amido, água. Extrato padronizado contendo no mínimo 5% cafeína. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 86 https://www.scielo.br/j/bjft/a/x3xGTQ B9CnYwKXDrZsgDcmH/?format=pdf &lang=en Guaraná (Paullinea cupana H.B.K.). Indicações e Ação Farmacológica: É indicado como estimulante do Sistema Nervoso Central além de diminuir a fadiga. Das três xantinas mencionada (cafeína, teobromina e teofilina) a cafeína é a que possui uma ação estimulante mais potente, além disso, ela relaxa a musculatura dos vasos sanguíneos periféricos e contrai a musculatura dos vasos cerebrais; é um diurético de curta duração e aumenta a secreção gástrica. O uso do guaraná mantém o nível do glicogênio hepático e inibe a formação da enzima MAO que acarreta a depressão. Portanto, o guaraná pode também ser recomendado na astenia, depressão nervosa, favorece a atividade intelectual, dispepsias, flatulências, fermentações anormais e diarréia, prevenção da arteriosclerose, tromboembolismo e cefaleias. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 87 Guaraná (Paullinea cupana H.B.K.). Toxicidade/Contraindicações: Recomenda-se não associar a outras drogas com xantinas (Café e Erva Mate), pois o efeito estimulante pode ser potencializado, e deve ser tomado de forma descontínua. Insônia, nervosismo, taquicardia, ansiedade, diarreia e irritação gástrica são efeitos secundários percebidos pela ingestão de Guaraná. O efeito excitante sobre o SNC pode em alguns casos simular quadros de crises de hipertiroidismo. É contraindicado em estados de ansiedade, hipertireoidismo, hipertensão arterial,arritmias, taquicardia, úlcera péptica ativa, gastrite e síndrome do cólon irritável. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 88 https://www.propagandashistoricas.com.br/2014/03/ guarana-antartica-fortificante-1921.html 1921 https://www.propagandashistoricas.com.br/2014/03/guarana-antartica-fortificante-1921.html Guaraná (Paullinea cupana H.B.K.). Dosagem e Modo de Usar; Extrato seco 5%: 250 mg três vezes ao dia. Extrato seco solúvel: dissolver 6g (1colher sobremesa) em 200 mL de suco, água ou leite, 1 vez ao dia de manhã. - Pó: 0,5 a 2 g ao dia - Xaropes - Pão - O “pão” ou “pasta” de Guaraná que se encontra no comércio é obtido separando-se as sementes dos frutos colhidos maduros, privando-se as sementes, que em seguida são torradas em fornos moderadamente aquecidos, depois trituram-se as amêndoas obtidas, molda-se a massa da forma desejada e por fim secam-se em estufas (Costa, 1994). PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 89 HAMAMELLIS Nome científico: Hamamelis virginiana L. Sinonímia Científica: Hamamelis androgyna Walt. Hamamelis caroliniana Walt., Hamamelis corylifolia Moench., Hamamelis dentata Raf., Hamamelis dioica Walt., Hamamelis hyemalis Rani., Hamamelis macrophylla Pursh., Hamamelis nigra Rafin., Hamamelis parvifolia Rafin., Hamamelis rotundifolia Rafin., Hamamelis virginica L., Trilopus dentata Rafin. Nome popular: Hamamélis, amieiro-moscado, aveleira-de- feiticeira, hamamele, no Brasil;Amamelide, na Itália; Flor do Inverno, hamamele, em Portugal; Noisetier de la Sorcière, hamamélis de virginie, na França; Virginischer Zauberstrauch, na Alemanha; Avellano de la Bruja, hamamelis( na Espanha; Hamamelis, hazel nut, snapping hazel, spotted alder, striped alder, tobacco wood e winterbloom, em inglês. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 90 HAMAMELLIS Família: Hamamelidaceae. Parte Utilizada. Folhas e caule. Composição Química: Ácido gálico; ácido tânico; óleo essencial e resina. Taninos gálicos e elágicos, ácido gálico livre; ácidos fenólicos, flavonoides, derivados flavónicos, proantocianósidos, princípios amargos. Casca Taninos: hamamelitaninos taninos condensados (galocatequina, epigalocatequina) e monogaíhamamelose; óleo essencial; saponósidos. Indicações e Ação Farmacológica: Os taninos produzem um efeito adstringente por isso são indicados como antidiarreico, hemostático local, cicatrizante e bactericida. A propriedade adstringente é caracterizada por precipitar proteínas das células superficiais das mucosas e tecidos, formando revestimentos protetores, diminuindo as secreções e protegendo das infecções. Também diminuem a sensibilidade da pele, sendo útil no tratamento de queimaduras. usado em loções capilares e xampus, estimulando a formação do epitélio e ativando a circulação da pele. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 91 HAMAMELLIS Toxicidade/Contraindicações É contraindicado para gastrite e úlcera gastroduodenal, pois os taninos podem irritar a mucosa gástrica, o qual pode ser aliviado associando-se drogas com mucilagens. Dosagem e Modo de Usar Uso Interno: Infusão (folhas): uma colher de sobremesa, duas vezes ao dia ; - Decocção (casca): 30 a 60 g/L, ferver durante dois minutos, duas vezes ao dia; - Extrato Fluido: 1 a 4 mL, três vezes ao dia; - Tintura (1:10) uma colher de sopa em um copo d’água, duas a três vezes ao dia; - Pó: 2 a 6 g ao dia, em doses de 1g; - Extrato Seco (5:1): 0,5 a 2 g ao dia. Uso externo - Extrato Glicólico: 2 a 5%. Tintura: 10 a 20% Extrato Fluido: 5 a 10% PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 92 JABORANDI Nome científico: Pilocarpus jaborandi Holmes. Nome popular: Jaborandi, arruda brava. Família: Rutaceae. Parte Utilizada: Folhas. Composição Química: alcalóides (1%): pilocarpina (0,5%), isopilocarpina, pilosina, pilocarpidina; óleo essencial (0,25%): limoneno, beta-cariofileno, 2-trideconona, sabineno, outros terpenos; taninos; ácido jabórico; ácido policárpico; resinas. Os tupis a batizaram de yaborã-di, ou “planta que faz babar”, pois seu princípio ativo, a pilocarpina, age sobre as glândulas salivares. É popularmente conhecido como “remédio milagroso” que interrompe a queda e faz crescer cabelos, além de combater a seborreia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 93 JABORANDI Indicações e Ação Farmacológica A pilocarpina existente no jaborandi é um agente parassimpaticomimético, estimula as glândulas salivares, lacrimais, gástricas, pancreáticas e intestinais. Tem ação miótica e diminui a pressão intraocular, o que faz com que seja utilizado na oftalmologia no tratamento de glaucoma. Também é indicado nas afecções reumáticas, artrites, febres, cólicas intestinais e hepáticas, blenorragias, amenorreia e edema pulmonar. A tintura ou o extrato de jaborandi fazem parte de formulações capilares contra queda de cabelos, devido a pilocarpina apresentar ação estimulante celular e tônica quando usada em fricções locais, interrompe a queda e faz crescer cabelos, combate a seborreia, além de melhorar o brilho. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 94 JABORANDI Toxicidade/Contraindicações O uso interno pode causar vômitos, diarreia, insuficiência cardíaca, e externamente pode causar irritação ocular. É contraindicado para pessoas cardíacas, gestantes e lactantes. Não deve ser usado por via oral sem acompanhamento médico. Sua ação é antagonizada pela atropina e beladona. Dosagem e Modo de Usar - Infusão: 2 xícaras ao dia entre as refeições. (A pilocarpina é destruída com a ebulição, portanto não deve utilizar na forma de decocção). - Extrato glicólico: 2 a 5% em loções capilares e xampus antiqueda. - Pó: 2 a 5 g diárias em doses máximas de 0,5 g. - Tintura: 2 a 5 mL ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 95 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.). Nome científico: Mentha piperita L. Sinonímia Científica: Mentha balsamica Willd.; Mentha glabrata Vahl.; Mentha hircina Hull.; Mentha hispidula Poepp.; Mentha officinalis Hull.; Mentha pimentum Nees.; Mentha piperata Stokes; etc. Nome popular: Hortelã, Hortelã Pimenta, Menta Inglesa e Sândalo, em português Família: Lamiaceae (Labiatae). Parte Utilizada: Folha Seu nome botânico Mentha deriva de Mintha, nome dado à ninfa que a deusa grega Perséfone, por ciúmes, transformou em planta e piperita = pimenta, relacionado ao sabor apimentado desta espécie. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 96 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.). Composição Química: Óleo Essencial (1-4%): mentol (33-55%), acetato de mentilo (10-20%), mentona (9-31%) e em menor escala felandreno, limoneno (3-7%), pineno, piperitona, pulegona (0,5- 4%), cineol (5-18%), viridoflorol, mentofurano, isomentona, sabineno, ésteres de mentol (valerianato, isovalerianato e acetato); Taninos (entre 6 e 12%); Flavonóides (12%): apigenol, luteolol, mensídeo e rutina; Triterpenos: ácido ursolíco e ácido oleanólico; Princípios Amargos; Ácidos Fenólicos; Ácido Rosmarínico. O mentol é o principal componente do óleo essencial responsável pelo agradável aroma e pela ação terapêutica. Tanto o óleo essencial como os flavonóides são os responsáveis pelos efeitos antiespasmódico, colerético, colagogo, antiflatulento, antipruriginoso, antiemético e analgésico das mucosas PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 97 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.). Indicações e Ação Farmacológica Esta espécie é indicada nas afecções gastrintestinais: inapetência, dispepsias hiposecretoras, flatulências, enterites, síndrome do cólon irritável, coleocistites, disquinesias hepatobiliares e vômitos; nas enxaquecas; nas dismenorréias; na fadiga e na sinusite. O efeito analgésico ao nível intestinal promove uma ligeira anestesia da mucosa gástrica, condicionando indiretamente a um efeito anti- emético, útil nos casos de náuseas e vômitos. Topicamente é aplicada sobre as inflamações osteoauriculares, nas dores de dente, na urticária, nos eczemas, nas dermatomicoses, nas gripes e resfriados, na bronquite, rinite, sinusite e asma. Em Homeopatia é utilizada na tosse seca, cólica hepática e externamente no tratamento de prurido vaginal. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 98 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.) Toxicidade/Contraindicações Em indivíduos sensíveis ao mentol podem aparecer insônia e irritabilidade nervosa. A essência por via inalatória pode promover depressão cardíaca, laringoespasmos e broncoespasmos em crianças, por isso é desaconselhável o uso de ünguentos ou preparados tópicos nasais a base de mentol. Da mesma forma a inalação do óleo essencial não deve ser feita durante longos períodos pois pode ocorrer irritação das mucosas. Efeitos sobre os óleos essenciais em alta quantidade devido as cetonas terpênicas e fenóis aromáticos, provocam toxicidade. Quando isolada, a pulegona possui efeitos convulsivos e abortivos; o limoneno e o felandreno efeito irritativo sobre a pele e o mentol efeitos narcóticos, entorpecente e em menor escala, irritativos dérmicos PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 99 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.) Extrato fluido de Mentha crispa L., está indicado no tratamento das infestações intestinais causadas pela Giardia lamblia, Entamoeba histolytica e como antiespasmódico. Em 1mL de extrato fluido de Menthacrispa existe 46,075mg de Heterósido de Flavonóide e 6,05mg de Ácido Rosmarínico. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 100 Hortelã-pimenta (Mentha piperita L.). Dosagem e Modo de Usar - Infusão: 1,5 - 3 gramas em 150 mL de água. Tomar três vezes ao dia; - Pó: 1 a 2 gramas. Tomar três vezes ao dia; - Extrato Fluido: (1:1): 15 a 30 gotas, três vezes ao dia; - Xarope: (5% de Extrato Fluido): 20 a 100 gramas ao dia; - Homeopatia: 3ª. Nas tosses, em geral a 30ª; - Extrato seco: 750 mg até 3 vezes ao dia; - Tintura: 15 gotas diluídas em água, até três vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 101 Maracujá (Passiflora incarnata L.) Nome científico: Passiflora incarnata L. Sinonímia científica: Passiflora caerulea L. Nome popular: Flor-da-paixão, maracujá, maracujá-guaçu, maracujá-silvestre, passiflora. Família: Passifloraceae. Parte Utilizada: Folha. Passiflora incarnata L. é uma planta perene, rasteira e trepadeira, de 6 a 10 metros de comprimento, com caule verde, verde- acinzentado ou acastanhado, e geralmente oco. As flores são grandes e solitárias, com pedúnculos longos, esbranquiçados, com uma tríplice coroa em roxo e róseo. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 102 http://ivrtpm.cpac.embrapa.br/homep age/palestras/mr5barros.pdf Maracujá (Passiflora incarnata L.) Padronização/Marcador: Flavonóides totais expressos na forma de isovitexina ou vitexina (dose diária: 25 a 100 mg de vitexina/isovitexina). Interações medicamentosas : O maracujá possui em sua constituição frações alcaloídicas, derivados do indol, como harmana, harmina; e porções flavonoídicas, vitexina, isvitexina. Tais frações promovem ações depressoras inespecíficas do sistema nervoso central contribuindo, assim, para a ação sedativa e tranqüilizante; em conseqüência, pode interagir com hipnóticos e ansiolíticos, intensificando suas ações. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 103 https://www.sobrafito.com.br/artigos Maracujá (Passiflora incarnata L.) Indicações/ Ações terapêuticas: Ansiolítico, sedativo, tensão nervosa e insônia, diurético, anti- hipertensivo, antiarrítmico, antiespasmódico, antimicrobiano. . PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 104 TIPOS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 105 https://www.procisur.org.uy/adjuntos/procisur_maracuja_506.pdf Instrução Normativa 10/2014, o nome científico foi atualizado para Passiflora incarnata L., considerando que este é o nome mais utilizado internacionalmente, como, por exemplo, nas monografias da Organização Mundial da Saúde. https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/legislacao- farmaceutica/1826-nome-cientifico-do-maracuja-ganha- novo-texto-nas-normas-de-fitoterapicos.html Maracujá (Passiflora incarnata L.) O uso com álcool ou outras drogas sedativas- hipnóticas poderá aumentar a intensidade de sonolência de benzodiazepínicos, barbitúricos como o fenobarbital, narcóticos como a codeína. O uso desta planta com drogas inibidoras da monoamino oxidase (isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina) poderá causar efeito aditivo. Teoricamente, poderá ocorrer sangramento se o for administrado, concomitantemente, com aspirina, varfarina ou heparina e, antiplaquetários como clopidogrel e, ainda, com drogas antiinflamatórias não esteroidais como o ibuprofeno e o naproxeno. Estudos ainda propõem que o uso de passiflora com cafeína, guaraná ou efedra poderá causar de aumento da pressão arterial. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 106 https://sonhoastral.com/articles/2702 Maracujá (Passiflora incarnata L.) Toxicidade/Contraindicações: Não apresenta toxicidade nas doses recomendadas. Não recomendado para crianças e gestantes. infusão da droga vegetal - 1-2 g em 150 mL de água fervente, tomar 1-4 vezes por dia (10 a 15 minutos após o preparo). Droga vegetal encapsulada – 0,5-2 g, 1-4 vezes por dia. Extrato fluido (1:1 em álcool etílico 25%) - 0,5 a 1,0 mL, 3 vezes ao dia. Tintura (1:8 em álcool 45%) - 0,5 a 2,0 mL, 3 vezes ao dia. Extrato seco: 2 ou 3%: 600mg duas vezes ao dia. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 107 Quebra pedra (Phyllanthus niruri L.) Nome científico: Phyllanthus niruri L. Sinonímia científica: P. asperulatus Hutch, P. filiformis Pav. Ex Baill, P. lathyroides Kunth, Diasperus niruri Kuntze. Nome popular: Quebra pedra, arranca pedra, arrebenta pedra, erva pomba, erva pombinha, fura parede, quebra pedra branco, quebra panela, saudade da mulher, saúde da mulher, saxifraga, conami. Família: Euphorbiaceae. Parte Utilizada: Partes aéreas. Erva ruderal, ereta, anual, ramificada, horizontalmente, glabra, medindo até 40-80 cm de altura. Ocorre em quase toda a região tropical, inclusive até o sul da América do Norte. Cresce especialmente durante o período da estação chuvosa em todo tipo de solo, sendo comum sua ocorrência nas fendas de calçadas, terrenos baldios, quintais e jardins, em todos os estados brasileiros. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 108 https://www.agrolink.com.br/problemas/quebra -pedra_176.html Quebra pedra (Phyllanthus niruri L.) Composição Química: Flavonoides: quercitina, astragalina, quercitrina, quercetol e rutina; glicosídeos; terpenos; taninos; alcaloides: filocrisina; lignanas: filantina, hipofilantina; resinas vegetais; ácidos orgânicos. Indicações e Ação Farmacológica Indicado em casos de: afecções do trato urinário: litíase renal, cólicas, cistites, nefrites, pielites, hidropsia, doenças crônicas; de diabetes, como hipoglicemiantes; de distúrbios prostáticos como analgésico e anti-inflamatório; e de afecções hepáticas, como anti-inflamatório, hepatoprotetor e coletérico. A ação analgésica e relaxante muscular é devida a seus alcaloides. Alguns dos flavonoides garantem a ação antibiótica natural. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 109 Quebra pedra (Phyllanthus niruri L.) A ação analgésica e relaxante muscular é devida a seus alcaloides. Alguns dos flavonoides garantem a ação antibiótica natural. Pesquisas brasileiras comprovaram a sua eficácia sobre o Sistema Urinário, inclusive o efeito antiespasmódico sobre as mucosas o que facilitaria a passagem de cálculos e a inibição da formação de cristais de oxalato de cálcio e anti- hipertensivo pela eliminação do sódio e hipoglicemiante. Apresenta propriedades analgésicas e anti- inflamatórias. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 110 https://es-la.facebook.com/Fisio2.0/photos/piedras-en- el-ri%C3%B1%C3%B3nlitiasis-renal-c%C3%A1lculos- renalesla-litiasis-renal-o-urinaria-t/1307481539352643/ Quebra pedra Nome científico: Phyllanthus tenellus Roxb. – Phyllanthaceae Nomes populares: quebra-pedras-de-arvorezinha, erva-pombinha ;quebra-pedra; quebra-pedra-claro , quebra-pedra falso, quebra-pedra graúdo . Uso: para bexiga, rins e como diurético, em casos de cálculo renal, cistite, corrimento, como diurética, em problemas dos rins e dos ovários, frio da bexiga, inflamações na bexiga e pedra nos rins. Dados químicos e biológicos: presença de alcalóides, ácido gálico flavonóides, terpenos, lignanas e fenóis . Propriedades antibacterianas contra Aeromonas hydrophila, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus e ação antiviral contra o vírus da hepatite B testado em patos PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DE USO LIVRE . 111 https://www.scielo.br/j/rbfar/a/dHbBwTNd3TMqFLRVSSmMjTf/?lang=pt# https://www.agrolink.com.br/problemas/quebra- pedra_2017.html Quebra pedra Nome científico: Phyllanthus amarus Vendaval , carregue-me semente , semente na folha , pick-a-back , [1] Bhuiavla (hindi), Bhuiamla (bengali), [2] quebra-pedras , dukung anak (malaio). [3] Dados químicos e biológicos: contém flavonóides (quercetina-3-0-glucosídeo e ruína), taninos (geraniína, amariína e galocatequina) e alcalóides (filantina,
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