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1 @ju.raminelli – ATM 2026.2 SEMIOLOGIA Inspeção • Presença de abaulamento precordial → aneurisma aórtico, cardiomegalia, derrame pericárdico etc. o Inspeção tangencial e frontal • Ictus cordis: nem sempre visível, muda conforme o biotipo o Linha hemiclavicular esquerda, 5° espaço intercostal • Sinal de Levine: punho cerrado à esquerda do peito • Sintomas comuns: dispneia, fadiga, cansaço, edema, síncope, dor torácica, palpitações o Síncope liga e desliga X premeditada o Ortopneia: dormir sentado ou com vários travesseiros • Ortopneia e DPN ocorrem na insuficiência cardíaca ventricular esquerda e na estenose mitral e também na doença pulmonar obstrutiva. • Dor na região anterior do tórax, muitas vezes lancinante ou dilacerante e irradiada para o dorso ou o pescoço, ocorre na dissecção aórtica aguda. • Sensação de batimentos cardíacos anormais, irregulares ou adicionais → condução cardíaca • Se o VE não estiver bombeando o sangue de modo adequado, haverá retenção de líquido nos pulmões (edema pulmonar) e o paciente sentirá falta de ar, especialmente ao esforço ou decúbito dorsal (ortopneia). • Se o VD não estiver bombeando o sangue adequadamente, pode haver acúmulo de líquido nas pernas, uma condição conhecida como edema periférico. Relembrando o ciclo cardíaco 1. Sístole atrial: contração → baixa volume intratrial → baixa pressão → entra sangue 2. Contração ventricular a. Lenta: a diferença de pressão não é grande o suficiente para fazer o sangue sair b. Rápida: ventrículo se contrai → sobe pressão → sangue sai 3. Relaxamento ventricular a. Rápido → pressão = ... → abrem valvas semilunares b. Lento: grande diferença de pressão entre átrio e ventrículo → enchimento Palpação • Turgência jugular a mais de 45° da cabeça o Ordenha jugular: fazer o sangue voltar e soltar o dedo de baixo para ver se o sangue regurgita o Estase jugular → insuficiência cardíaca direita • Cardiomegalia/hioertrofia ventricular esquerda: ápice com mais de 2 polpas digitais palpáveis no ictus cordis • DPOC: ictus cordis pode ser palpável no processo xifoide ou região epigástrica • Insuficiência cardíaca, IAM, HVE: ictus cordis palpável lateralmente à linha medioclavicular ou > 10 cm lateralmente à linha medioesternal • Pulsos: temporal, facial, carótida, femoral, poplítea, braquial, tibial posterior, pediosos (dorsal do pé) o Nunca palpar as duas carótidas ao mesmo tempo o Palpar X massagear → cuidado para não deslocar um ateroma, por exemplo o Descrição: pulsos presentes e simétricos • Determinar FC pela contagem por 1 min inteiro o Arritimia NO MOMENTO não significa arritimia sistêmica • Manobra de Osler: idosos com vasos calcificados • Aferir PA o Estimar PAS antes para conforto do paciente o Tem tabela para converter valor caso a circunferência do braço seja muito maior ou menor que o limite do manguito o Pseudohipertensão em idosos pela rigidez dos vasos o Em gestantes é normal não ouvir o 5º som • Sinal do Cacifo/Godet por tempo ou por localização o Digitopressão por 5s o Anasarca: edema generalizado grave que se estende até o sacro e o abdome o Disfunção ventricular direita ou esquerda, hipertensão pulmonar, DPOC, hipoalbulinemia, postural (MMII) 2 @ju.raminelli – ATM 2026.2 SEMIOLOGIA • Pulsações da veia jugular interna direita o Ponto de referência pela ligação direta com a VCS e o lado direito do coração o É difícil encontrar as veias jugulares e as pulsações em crianças menores que 12 anos de idade, por isso a inspeção não é útil o Pressão (PVJ) AUMENTA na insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, compressão/tamponamento cardíaco, aumento do tônus vascular venoso, dissociação AV, estenose da tricúspide, bradicardia acentuada ▪ Especificidade > 95% para aumento da pressão diastólica final no ventrículo esquerdo e baixa FE no VE o PVJ DIMINUI na hipovolemia e na redução do tônus vascular venoso o O pulso pode não ser observado em indivíduos normais o Quando a ausência dos pulsos venosos é acompanhada de distensão das veias do pescoço → bloqueio do sistema venoso entre o átrio direito e a veia jugular. Nesses casos, a VCS pode estar obstruída por tumor ou trombo → síndrome da VCS o Pulsações suaves, ondulantes, mais visíveis do que palpáveis, mais nítidos na posição deitada, desaparecendo ou diminuindo na posição sentada, desaparecem na compressão leve o Logo acima da extremidade esternal da clavícula o Quando a pressão venosa for normal, o paciente deve ficar em posição quase horizontal com relação à cama, mas se houver hipertensão venosa, o paciente deve ficar em um ângulo de 45°. o Durante a inspiração, devido à queda da pressão intratorácica, observa-se diminuição da amplitude do pulso e este tende a se aproximar da base do pescoço, ou mesmo deixar de ser visível, por ter se deslocado para o interior da cavidade torácica. o O aumento da pressão intratorácica (enfisema pulmonar, tosse, manobra de Valsalva, derrame pleural e pneumotórax), assim como a obstrução completa ou incompleta da VCS, aumenta a pressão venosa de forma permanente ou intermitente. o Sinal de Kussmaul: na inspiração ocorre turgência da jugular, aumento da intensidade do pulso e deslocamento à mandíbula → pericardite constritiva, estenose da tricúspide, falência/infarto ventricular direito, embolia pulmonar maciça o Refluxo hepatojugular: paciente a 45°, pressiona-se o hipocôndrio direito → turgência jugular após 1 min com o paciente respirando normalmente pela boca→ insuficiência cardíaca direita; hipertensão portal!!! (caiu na minha prova) Ausculta • Auscultar carótidas antes da palpação!!! o Busca por sopro carotídeo o Por 10s com o diafragma do esteto, paciente com a respiração trancada • Sopros graus I, II e III não têm frêmito, mas IV e V têm e VI é audível mesmo sem esteto o Classificar em situação, localização, irradiação, timbre/tonalidade e intensidade • Bulhas podem ser normo, hiper ou hipofonéticas Foco pulmonar: 2º espaço intercostal à esquerda Foco aórtico: 2º espaço intercostal à direita Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal à direita Foco tricúspide: 5º espaço intercostal periesternal à esquerda Foco mitral: 5º espaço intercostal, linha hemiclavicular à esquerda (ictus cordis) • Ritmo regular ou irregular? • Não existe valor definitivo para determinar taquicardia e bradicardia, é relativo e divergente nas literaturas. • Na taquicardia ocorre hiperfonese de B1 • A arritmia normalmente está relacionada à respiração • Extrassístoles ocorrem pouco antes da sístole fisiológica, seguidos de pausa compensadora – importante ressaltar que todos fazemos uma ou duas extrassístoles dentro de 24h, porém, torna-se patológico quando mais frequente que isso. o São supraventriculares ou ventriculares o Bigemismo: extrassístoles agrupadas que ocorrem sempre após uma sístole o Trigemismo, pareadas e em salva • Fibrilação atrial: estímulos do próprio músculo atrial (400 – 600 bpm) e não do nó sinual, os quais são contidos por uma barreira protetora(junção atrioventricular) que faz com que não todos os estímulos cheguem aos ventrículos. o Déficit de pulso: menos pulsações radiais em relação à FC • Na taquicardia paroxística ventricular, podem-se perceber ligeiras variações no ritmo e na intensidade de B1. É importante fazer o diagnóstico diferencial com a fibrilação atrial, a qual determina FC elevada, mas o ritmo é irregular, com variação de intensidade de B1. • Bloqueio atrioventricular total: atividade atrial e ventricular independentes o Pulso lento e regular: 30 – 40 bpm • Bloqueios de ramo: pode ser completo ou incompleto o Desdobramento de B2 • Auscultar carótidas antes de palpar? • Pulso alternante • Pulso paradoxal • Quantas bulhas?Descrever ritmo. • Os eventos no lado direito do coração em geral ocorrem um pouco mais tarde que no lado esquerdo! 3 @ju.raminelli – ATM 2026.2 SEMIOLOGIA Fechamento de mitral e tricúspide Mesmo pulso radial e carotídeo! Som mais grave e mais longo Som mitral vem primeiro e o tricúspide depois Desdobramento de B1 = TLUM o Não varia com a respiração! o Nem sempre audível’’’ Pode ser atraso do fechamento Hipofonética no bloqueio AV de primeiro grau Fechamento da valva aórtica e pulmonar Som mais seco e agudo Melhor ouvido na expiração Fechamento da VA costuma ser mais alto, por conta da maior pressão, e ouvido em todo precordio Fechamento da VP costuma ser mais suave e ouvido melhor segundo sua anatomia (foco aórtico). Desdobramento de B2 = TLÁ o INSPIRAÇÃO: Retarda o fechamento da valva pulmonar porque aumenta a ejeção de sangue para o VD. Logo, ouve-se primeiro o fechamento da valva aórtica e logo depois o fechamento da valva pulmonar. o Mais difícil auscultar em pessoas mais velhas Fusão de B2 o EXPIRAÇÃO: Tempo de ejeção de sangue no VD é mais curto → fechamento das valvas aórtica e pulmonar ocorrem juntos. Desaceleração abrupta do fluxo através da valva mitral Vibração da parede ventricular, distendida pelo sangue na cavidade durante enchimento rápido Logo após B2 Ritmo de galope → TUMM TÁ TU Não necessariamente patológica Estado de descompensação de insuficiência cardíaca sistólica Rigidez do ventrículo esquerdo no fim da diástole, que diminui a complacência Brusca contração atrial; desaceleração brusca do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole. = Pouco antes de B1 Sinal de insuficiência cardíaca diastólica, hipertensão ou IAM • Descrição: 2 tempos ou 3 tempos o Binário, tríplice/galope • FC normal: 50 – 100 bpm o Fazer contagem por um minuto inteiro Rivero-Carvalho → Apneia inspiratória com INSPIRAÇÃO PROFUNDA → Aumenta pressão negativa na caixa torácica → Aumenta retorno venoso → intensifica sopros em TRICÚSPIDE → Se há sopro em mitral e em tricúspide, ausculta-se tricúspide durante uma inspiração. Se aumentar a intensidade do sopro, é um sopro tricúspide, se não alterar ou diminuir, é um sopro mitral. → Desdobramento de B2 = TLÁ o Retarda o fechamento da valva pulmonar porque aumenta a ejeção de sangue para o VD. Logo, ouve-se primeiro o fechamento da valva aórtica e logo depois o fechamento da valva pulmonar. → O aumento do volume sanguíneo no VD dilatado na insuficiência cardíaca também aumenta a pré-carga. → Os aumentos patológicos da pré-carga e pós-carga, chamados de sobrecarga de volume e sobrecarga de pressão, respectivamente, provocam alterações da função ventricular que podem provocar insuficiência cardíaca clínica, quando o coração se torna inefetivo como bomba. → O clique sistólico é um ruído de alta frequência, seco, agudo (TÉ), meso ou telessistólico, audível nos focos mitral ou tricúspide e que aparece quando há prolapso de uma destas valvas. Valsava → Expiração forçada (no dorso da mão) → Reduz volume dentro do coração → Reduz todos os sopros, exceto o por miocardiopatia hipertrófica (septo musculoso) 4 @ju.raminelli – ATM 2026.2 SEMIOLOGIA Sopro Sistólico de Ejeção Estenose de valva aórticas ou pulmonares Imediatamente após B1 e termina antes de B2 Estenose de valva aórtica IRRADIA para carótidas (+ frêmitos) e foco aórtico acessório B1 B2 B1 Sopro Sistólico de Regurgitação Insuficiência de valva mitral ou tricúspide Inicia junto com B1, sobrepondo-a, até B2, podendo sobrepor B2 também B1 B2 B1 Sopro Diastólico de Ejeção Estenose de valva mitral ou tricúspide Estenose da mitral: estalido/ruído seco, agudo e de curta duração, normalmente palpável Estalido diastólico Intervalo entre B2 e início do sopro B1 B2 B1 Sopro Diastólico de Regurgitação Insuficiência de valva aórtica ou pulmonar Inicia imediatamente após B2 e termina antes de B1 Insuficiência mitral IRRADIA para linha axilar B1 B2 B1 Atrito Pericárdico Acontece o tempo inteiro, não depende do ciclo cardíaco DESCREVER 1. Situação no ciclo cardíaco (sistólicos, diastólicos e sistodiastólicos ou contínuos) 2. Localização 3. Irradiação 4. Intensidade 5. Timbre e tonalidade 6. Modificação com fase na respiração 7. Posição 8. Exercício físico • Protossístole = terço inicial da sístole • Mesossístole = terço médio da sístole • Telessístole = terço final da sístole • Protodiástole = terço inicial da diástole • Mesodiástole = terço médio da diástole • Telediástole = terço final da diástole. OBS.: Não entrei muito em detalhes nos estalidos e cliques, mas existem características entre eles, porém não julguei necessário saber agora. Tá bem explicado no Porto. REFERÊNCIAS 1. BICKLEY, L.S. BATES. Propedêutica Médica. 13ª ed. Guanabara Koogan, 2022. 2. PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019. 3. Aula da Roberta Cardio 4. Aula da Cris Semio
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