Gabriela Santos / Sheila Prates – 93 DTM Aparelho intraoral de estabilização - Placas estabilizadoras/miorrelaxantes - Placas oclusais - são dispositivos intraorais, removíveis, confeccionadas geralmente em resina acrílica, que recobrem as superfícies oclusais e incisais dos dentes. Tentativa de fazer com que os músculos da mastigação levem a mandíbula em relação a maxila em uma posição mais confortável, reduzindo as cargas na ATM → DISPOSITIVO NEUROREPROGRAMADOR Mecanismo coprotetor que auxilia a tirar a crise do paciente e evitar a hiperfunção dos hábitos parafuncionais. É um procedimento simples, mas exige muitos ajustes oclusais para adaptação (modelos de gesso, cera, mufla – alterações da estrutura, promove espaços a mais ou a menos. Defeitos no processo de moldagem, manipulação errada no arco facial. Ideal: todos os contatos de molar a molar. É difícil, mas pelo menos deve ter de 3 a 4 contatos em cada hemi-arco. Mecanismo de ação → Razões dentais 1) Alteração da condição oclusal – de molar a molar, reduzindo a carga excessiva 2) Alteração da posição condilar – côndilo mais anterior à fossa articular e tecidos mais anteriores ao côndilo – maior conforto 3) Aumento da dimensão vertical de oclusão – levante da mordida, por causa do nível de desoclusão de 2 a 3mm → Razões não dentais 4) Percepção cognitiva- pacientes mais conscientes – percebem a melhora 5) Efeito placebo 6) Mudança no impulso periférico ao SNC – redução da carga mastigatória – menor efeito nociceptivo para SNC, redução do quadro doloroso. Requisitos do aparelho de estabilização → Deve estar perfeitamente adaptada aos dentes superiores – por causa do ajuste da guia canina → Máxima estabilização dos dentes antagonistas – importante ter máximo contato oclusal possível, para que não haja hiperfunção de um lado só → Guia de desoclusão deve ocorrer no lado de trabalho (guia canino) se a guia canina estiver sobressaliente ou muito pequena, não há guia de desoclusão do lado de trabalho → Ausência de contato do lado de balanceio → Desoclusão protrusiva e ausência de contato dos dentes posteriores (guia canino) criar batente → Deve permitir o selamento labial – a placa não pode ser muito espessa → Não deve interferir com a mucosa bucal (espessura vestibular) → Não deve interferir com a deglutição e fonética – não pode realizar alimentação, somente beber água → Deve promover a melhor estética possível → Deve ter uma espessura mínima que garanta resistência à fratura – para realizar o desgaste e ajuste oclusal → Melhor polimento possível do acrílico – polimento com disco de feltro e o químico. Indicações do aparelho de estabilização → DTM e musculares e articulares → Minimizar as forças causadas pelo bruxismo nos dentes e periodonto de sustentação → Estabilizar os côndilos nas fossas mandibulares → Estabilização de contatos oclusais após o tratamento ortodôntico, cirurgia ortognática, cirurgia na ATM ou fratura da mandíbula (anteparo para esses procedimentos) Antigamente se usava placa articular como mantenedor ortodôntico, contenção. Não é mais utilizada hoje em dia. Contraindicações do aparelho de estabilização → Aparelhos mal desenhados – de pré a pré-molar. A placa precisa englobar todos os dentes para que não promova extrusão dos dentes posteriores. → Sem indicação – de DTM articular ou muscular, ou sem indicação de fratura, tratamento ortodôntico... → Sem proservação adequada – realizar 3 a 4 ajustes no mínimo. → Paciente que não utiliza a placa ou deixa de usar por meses. Analisar se a placa ainda é utilizável ou então, realizar nova placa. Se em caso de extração, reembasamento da placa ou refazer uma nova placa. Vantagens → Facilidade de confecção – pode ser realizado no próprio consultório. Para laboratório: jig, placa de mordida e os dois modelos em articulador. → Instalação rápida – quando está bem ajustado → Aparelho auto-retentivo – faces vestibulares fornece retenção para a placa → Resultado altamente favorável → Reversibilidade no tratamento – quando o paciente para de usar Instruções aos pacientes que recebem o aparelho de estabilização → Motivação do paciente → Assentamento da placa – adaptação é difícil nos primeiros dias → Tempo de permanência do aparelho na boca – primeiro dia de 6 a 8 horas e uso noturno → Alterações fonéticas – pacientes que trabalham com o público não utiliza placa de dia → Salivação excessiva, sensação de insuficiência respiratória → Retornos periódicos para avaliação → Se houver desconforto, procurar o profissional – aftas, compressão nas papilas incisivas, sensação de mobilidade nos dentes, → Uso no sono ou vigília – em atividade durante o dia, que tenha hiperfunção da musculatura (trabalho em computador, manipulação de máquinas por exemplo) Pacientes que utilizam placas oclusais se tornam cientes do seu comportamento parafuncional → não apertar os dentes durante a noite. Aplicativo que avisa sobe o apertamento dos dentes “desencoste seus dentes” Confecção → Moldagem, molde e modelo (superior e inferior) → Registro da RC JIG de Lucia – incisivos centrais e laterais, no terço médio o Desprogramação neuromuscular: 5 a 10 min o Atua como ponto de parada anterior da mandíbula o Não perfura a cera: menor alteração dimensional o Os côndilos – posição mais confortável – pois não existem interferências dos dentes e o pterigoide lateral relaxa → Montagem em ASA (arco facial) → Montagem do modelo inferior com JIG de Lucia e registro de mordida o Travamento – ponto de parada: registo do eixo de rotação no JIG, em RC Confecção da placa é em RELAÇÃO CÊNTRICA → melhor posição da mandíbula em relação a maxila na região de articulação. Estabilização. → Desenho da placa no modelo – metade do terço médio (mais pra incisal) das faces vestibular de molar a molar, contorno atras da tuberosidade da maxila, descer de 2 a 3 mm abaixo e recobrir até a ponta da papila incisiva, em ambos os lados. → Enceramento: cera rosa 7 – em alguns casos, já se obtém a guia canino nessa etapa (técnica do envelope). Não deixar contato nas ameias → Contato dos dentes antagonistas → Obtenção da guia canino → Acrilização – laboratório → Acabamento e polimento Instalação e ajustes clínicos Passos: 1. Primeiro Passo: instalação e ajustes clínicos 2. Segundo passo: ajuste oclusal em RC 3. Terceiro passo: Ajuste oclusal em lateralidade 4. Quarto passo: ajuste oclusal em protrusão 5. Em todos os passos, o paciente deve estar na posição sentado na cadeira. Paciente deitado tem mudança de posição da mandíbula em relação a maxila e relaxamento da musculatura, fazendo com que o paciente não sinta o contato oclusal. Instruções ao Paciente → Regime de utilização – tempo de uso → Ajuste da placa → Cuidados com a placa – higienização: lavagem com escova macia e detergente neutro ou pasta menos abrasiva. Secar e colocar na caixinha.