Relatório de Necessidades - ADEQUAÇÃO ELÉTRICA UTI 01, 08 E 09

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HOSPITAL DE REFERÊNCIA – UNIDADE BOA VIAGEM (COVID-19)
INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
RELATÓRIO PARA READEQUAÇÃO DOS CISCUITOS ELÉTRICOS DAS UTI’s
Venho por meio desta, apresentar esclarecimentos sobre a necessidade de readequações dos circuitos elétricos das UTI’s do Hospital de Referência Unidade Boa Viagem COVID-19 de Pernambuco. O objetivo deste relatório é reforçar a importância de atendermos as normas estabelecidas pelas NBR 5410 garantindo a segurança dos pacientes, colaboradores, e o funcionamento adequado da instalação e conservação dos bens, já a NBR 13.534 que trata sobre instalações elétrica em estabelecimentos assistenciais de saúde – Requisitos para a segurança quando se trata de Unidade de Terapia Intensiva
De acordo com a Portaria MS/SVS n.º 2.662, de 22 de Dezembro de 1995, “[...] Os novos projetos de engenharia de instalações elétricas, de reforma ou de ampliação de estabelecimentos assistenciais de saúde, deverão adotar [...] as prescrições da norma técnica brasileira NBR 13.534”. Ainda segundo a Portaria, “[...] A inobservância às prescrições da NBR 13.534, constitui infração à legislação sanitária federal, conforme dispõe o inciso II do artigo 10 da Lei n.º 6.437, de 20 de [Agosto] de 1977” (BRASIL, 1995, p. 1). A NBR 13534 é complementar a NBR 5410 (ABNT, 2008). Juntas, portanto, elas têm o objetivo de estabelecer condições de segurança elétrica que devem compulsoriamente ser satisfeitas pelas instalações elétricas de todo EAS brasileiro.
Diante da necessidade de atendermos o maior quantitativo possível de paciente da COVID-19, o Hospital de Referência Unidade Boa Viagem COVID-19 de Pernambuco teve que ofertar a maior quantidade de leitos que a estrutura poderia ofertar para suprir a demanda da pandemia, diante desta emergência de calamidade pública as utis tiveram que passar por reformas e ampliações tanto estrutural quanto nos circuitos elétricos. Devido a urgência, os recursos e tempo utilizados no momento não foram suficientes para adequar as instalações elétricas de acordo com as normas estabelecidas.
	Conforme citado anteriormente, os circuitos elétricos que alimentam tomadas, iluminação, rede de ar-condicionado e equipamentos médico- hospitalares dessas UTI’s não foram projetados e dimensionados como é requisitado pela NBR 5410 e NBR 13.534.
Segue abaixo algumas falhas durante avaliação da equipe elétrica nas Uti’s:
UTI 01: com a readequação da distribuição dos leitos dessa unidade ocorrida em Outubro de 2020 foi necessário realizar toda a readequação elétrica dos mesmos para a nova configuração. Ao realizar essa readequação, não foram instalados novos circuitos, fazendo com que alguns deles ficassem com sobrecarga, principalmente em períodos de alta ocupação do Hospital, visto que em cada leito são conectados diversos equipamentos como ventiladores pulmonares, monitores multiparamétricos e bombas de infusão. Além disso, vale salientar que, anteriormente, esse ambiente era utilizado para atendimento emergencial, e não para unidade de terapia intensiva.
Essa UTI em específico já passou por algumas ocorrências de desarmamento de disjuntor devido à essa sobrecarga. Em momentos de retorno de energia após uma queda, o pico desse retorno faz com que um circuito que alimenta alguns leitos dessa UTI desarme e não chegue energia para os mesmos, obrigando a equipe elétrica a intervir manualmente no quadro de alimentação, muitas vezes sendo obrigados a desligar os equipamentos das tomadas para viabilizar o religamento do disjuntor.
UTI 08 e 09: nessas UTI’s, 
também há problemática de sobrecarga de circuitos, visto o subdimensionamento em seu quantitativo em relação a quantidade de leitos nessa unidade – alguns circuitos atendem até 06 leitos. Na UTI 09 a situação é ainda mais grave: 01 circuito atende a 10 leitos. Não se sabe ao certo a origem do subdimensionamento, visto que não houve intervenção nesses setores no exercício do atual Hospital.
	Por tudo isso, é de extrema importância que o fato que a situação se configura um risco que pode causar danos diretos aos pacientes internados, e, até pouco tempo atrás, não era possível realizar qualquer tipo de intervenção de tamanho porte na unidade devido à alta ocupação de leitos. Com a baixa na contaminação pela COVID-19, acredita-se ser o momento ideal para a intervenção, podendo ela ser realizada de forma mais segura tanto para empresa contratada, como para os pacientes e colaboradores dos setores a serem intervidos.
	Sendo assim, declaro a necessidade da realização do serviço em caráter de urgência.
Competência: Abril/2022 
Atenciosamente,
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Amanda Trindade
Hospital de Referência Unidade Boa Viagem