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Tratamento farmacológico e cirúrgico da obesidade TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ● Prevenção secundária para impedir a progressão da doença para um estágio mais grave e prevenir complicações. ● Deve ser mantido para evitar a recuperação do peso. ● O tratamento NÃO CURA a obesidade, mas ele ajuda no controle da doença e NÃO substitui a terapia nutricional e nem o exercício físico. ● O uso dos medicamentos deve ser aliado a outros tipos de terapia, não pode ser feito de forma isolada. ● Uma vez cessado o uso dos medicamentos, a chance de reganho de peso é muito alta. INDICAÇÃO DO TRATAMENTO ● IMC ≥ 30 ou IMC ≥ 25 ou 27 na presença de comorbidades + ● Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico ● A primeira estratégia não pode ser o tratamento medicamentoso. Precisa ser uma terapia nutricional de restrição calórica. MEDICAMENTOS ● Sibutramina = efeito anorexígeno ● Orlistate = aumenta a excreção fecal de gorduras ● Liraglutida = estimula POMC|CART e inibe AgRP|NPY = efeito anorexígeno - injetável - mais caro TRATAMENTO CIRÚRGICO BARIÁTRICA = casos de obesidade grave com falha documentada de tratamento clínico. → Realizado por equipe multiprofissional INDICAÇÕES → 18 a 65 anos → IMC > 40 ou IMC > 35 com uma ou mais comorbidades graves* relacionadas à obesidade. *as quais podem ser melhoradas significativamente com a perda de peso. → Documentado os fracassos de métodos conservadores de emagrecimento bem conduzidos há pelo menos 2 anos. → A bariátrica nunca será a primeira opção de tratamento. TIPOS DE BARIÁTRICAS ● Não derivativas (restritivas) - redução da capacidade gástrica. Banda gástrica ajustável = anel de silicone que tem por objetivo controlar a quantidade de alimento que entra no estômago. Gastrectomia vertical (sleeve gástrico) = retirada de parte do estomago (80 – 100mL); queda na produção de ghrelina; maior chance de reganho de peso ● Derivativas (disabsortivas) - alteram o tamanho do estômago. Derivação gástrica em Y (by-pass) = o alimento sai do esôfago diretamente para o intestino delgado pois acontece a criação de uma pequena bolsa gástrica junto da pequena curvatura e exclusão do restante do estômago; promove maior perda de peso em curto e longo prazo. Atualmente é a cirurgia mais realizada no Brasil. → restringe o tamanho da cavidade gástrica e a quantidade de alimento ingerido e reduz a superfície intestinal em contato com o alimento → Altamente restritiva e diabsortiva, promovendo carências nutricionais importantes. → Melhor estratégia para casos mais graves → Derivação biliopancreática → Gastrectomia vertical + desvio intestinal. É retirado o jejuno e parte do íleo. → Altamente diabsortiva e maiores complicações nutricionais e aumento da mortalidade a longo prazo. COMPLICAÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS ARTRALGIA = dores nas articulações síndrome W-K = amnésia grave; confusão mental aguda; TERAPIA NUTRICIONAL NO AMBULATÓRIO DA CIRURGIA BARIÁTRICA Complicações nutricionais Acompanhamento das complicações 1. REGULARIDADE = consultas, orientações de acordo com a evolução das complicações e exames laboratoriais para detectar precocemente as alterações metabólicas e nutricionais. 2. INDIVIDUALIDADE = deve acontecer de acordo com o tipo de cirurgia e as comorbidades do paciente. 3. DOSAGEM DE CU, SE e ZN = avaliar os sinais e sintomas do paciente. ZN = pacientes com perda de cabelo, picacismo*, disgeusia ou homens com disfunção erétil. *ingestão de substâncias não alimentícias. 4. RASTREIO DE TIAMINA = avaliar os sinais e sintomas do paciente, além dos hábitos. Necessário em casos de rápida perda de peso; COMO REALIZAR ESSE ACOMPANHAMENTO → Estabelecer valores iniciais para distinguir complicações pós-operatórias e deficiências pré-existentes; → Avaliação laboratorial anual = B12, PTH, Ca total, P, 25-hidroxivitamina D. → Atenção especial para mulheres em idade fértil = monitorar níveis e indicadores de ferro. → Necessidade de suplementação contínua de micronutrientes pós cirurgia, pois a alimentação não vai ser suficiente para essa ingestão já que o volume gástrico é diminuído. → A adequação de micronutrientes é importante para a manutenção da saúde e para manter a perda de peso a longo prazo. → observar os níveis de micronutrientes pré e pós operatório; BYPASS → Garantir reposição de complexo vitamínico mineral e de B12; → Monitoramento sérico de ferro, cálcio e vit D; REGANHO DE PESO → Perda de peso máxima = se estabiliza por volta de 18 meses, com cerca de reganho de 10% durante a década seguinte, principalmente se o paciente não seguir as recomendações que são prescritas. → Sucesso no tratamento = se houver perda de, no mínimo 50% do EXCESSO DE PESO, com manutenção por 5 anos. A avaliação do sucesso só acontece, no mínimo, após 24 meses no pós-operatório. → Mudança de hábitos = direcionar os comportamentos alimentares problemáticos e de controle de peso. → A cirurgia bariátrica NÃO CURA OBESIDADE.
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