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Desenvolvimento Motor Infantil Sequência fixa e invariável + Variabilidade individual Cada um se desenvolve em um tempo diferente, mas seguindo uma mesma ordem de desenvolvimento do corpo O desenvolvimento segue dois eixos principais: Eixo crânio-caudal: desenvolvimento iniciando pela cabeça; primeiro se sustenta o pescoço e por último se consegue andar Eixo Próximo-distal: as atividades proximais se desenvolvem antes (ex: trazer o braço para a linha média antes de conseguir manusear bem a mão) Eixos extras: Eixo ulnar-radial: começa com a pegada ulnar, e só depois radial, como o movimento de pinça Eixo geral- particular: Respostas gerais se desenvolvem antes e depois as particulares (retirar toda a perna X retirar apenas o pé afetado) grandes grupos do desenvolvimento infantil Linguagem + pessoal social + motor grosseiro + motor fino + motor adaptativo Motor fino e adaptativo juntos no teste de Denver -> 4 grupos apenas Motor adaptativo: ajustamento para novas atividades mais complexas, beneficiando de experiências anteriores Motor fino: compreende as habilidades cada vez mais precisas e específicas, principalmente com o uso das mãos e dos dedos Junta-se porque para se realizar atividades mais complexas precisa-se se habilidades motoras mais específicas também, desenvolvimento que caminha junto Marcos Importantes: 6 meses transferir objetivos e pega de pinça nos 9/10 meses Motor grosseiro: compreende as habilidades motoras gerais como sustentar cabeça e tronco, sentar, rolar, andar Marcos importantes: meses 6, 9 12 e 15 6 Sentar com apoio 9 Sentar sem suporte 12 Engatinha e anda com apoio 15 Anda sem apoio Polêmica do uso de andador Andador faz a criança andar mais rápido? Não Possíveis perigos do andador: falha dos andadores pode ocasionar acidentes Andador exige habilidades para além e antianatômicas da criança NÃO DEVE SER UTILIZADO Geno varo e valgo nas pernas Fisiologicamente, a criança passa por fases de posicionamento diferente dos joelhos No nascimento se tem o auge do varo e se estende até perto dos 2 anos de idade, quando se começa a andar o joelho ainda está para fora A partir dos 2 anos começa a inverter o ângulo, tornando-se mais valgo, com auge nos 4 anos de idade, e diminui até perto da neutralidade até os 6 anos, máximo de 8 Análise pela distância intermaleolar, quanto maior, mais o joelho está valgo, sendo normal até 10 cm de distância OBS: tendência de valgismo nas mulheres Quando se preocupar? Casos de assimetria, evolução diferente do esperado, sintomas como deformidades associadas e dor (encaminhar para o ortopedista) Geno varo patológico -> doenças associadas: raquitismo (deficiência de vitamina D), doença de blount (problema na tíbia do paciente) Arco plantar Criança nasce sem a formação do arco plantar (presença de gordura fisiológica) A partir dos dois anos inicia-se a formação do arco plantar, com formação completa por volta dos 4 anos, podendo chegar até aos 5 anos Andar nas pontas dos pés Muito comym durante o processo de aprendizado de andar, especialmente durante o segundo ano de vida Tendencia a desaparecer perto dos 3 anos de idade Caminhada na ponta dos pés de forma ocasional, com habilidade de se andar com o pé todo no chão não é motivo de preocupação Pode estar relacionado ao autismo e paralisia cerebral, mas não são marco principal pra essas condições Dor do crescimento Não tem a ver com o processo de crescimento Etiologia desconhecida Idade mais frequentes: entre 2 e 12 anos Características da dor (bem particular): moderada a forte, predomínio noturno (tarde para noite, com possibilidade de acordar a criança durante o sono); predomínio nos membros inferiores, podendo ser difusas, bilaterais, com ocorrência de cerca de 3 vezes na semana, não apresentando queixa alguma no dia seguinte, não está relacionada às articulações Não apresenta prejuízos à saúde da criança Associada a outras queixas álgicas Não apresenta alterações no exame físico nem em exames complementares Tratamento apenas sintomáticos -> calor, analgésicos, massagens Pé torto congênito Mau alinhamento complexo do pé que envolve parte moles ósseas, com deformidade em equino e varo do retropé, cavo e a adução do médio e antepé Pode ser uni ou bilateral Etiologia desconhecida (componente genética e contribuição de fatores ambientais como medicamento para aborto) Tratamento > método de ponseti 1. trocas gessadas seriadas 2. Secção percutânea do tendão calcâneo 3. Uso de órtese de abdução Facilidade de moldar o pé na menor idade -> tentar reposicionar o pé Tendencia muito grande de se voltar À condição inicial -> para não voltar usa-se a órtese (até os 3, 4 anos de idade, após isso a chance de volta diminui significativamente) Pé torto congênito X pé torto posicional O pé torto posicional consegue voltar para a posição normal com facilidade, enquanto o congênito não Displasia do desenvolvimento do quadril Ocorre quando o quadril se encontra instável em decorrência da associação de displasia acetabular e frouxidão capsular Acetábulo mais raso e mais aberto -> maior facilidade de desencaixo do fêmur em relação ao acetábulo (movimento anômalo e instabilidade) Diferentes graus, sendo o mais grave a luxação congênita do quadril (não se tem contato algum entre os ossos) Geralmente surge isolada Não provoca dor nem limita a movimentação inicialmente (sem manifestação externa no recém-nascido) Manobra de ortolani para avaliar a presença de DDQ ou não, precisando ser feita até os 6 meses de idade (triagem, com positivação indicando necessidade de encaminhamento para ortopedista) Técnica: criança deitada, fazer adução e abdução de quadril em posição de 90 graus das pernas das crianças (joelhos flexionados), com as mãos encaixadas no contato entre cabeça no fêmur e acetábulo -> se sentir um estalo o exame está positivo, de forma que demonstrou que os ossos estavam desencaixados Exames complementares: ultrassonografia Tratamento: deve ser iniciado o mais cedo possível pela maior flexibilidade na menor idade, fazer o uso de órteses de pavlik (suspensório que possibilitará o encaixe adequado) dura de 2 a 3 meses com remodelação do acetábulo Pode evoluir com dores ao andar e artrose Sindactilia Fusões de um ou mais dedos das mãos e dos pés. Podem ser completas, envolver apenas a pele ou acompanhar fusão óssea Diagnóstico clínico Tratamento: se houver deformidade limitante realiza-se cirurgia, mas não há pressa Polidactilia Fator genético importante Ocorrência de um ou mais dedos extra numéricos nas mãos ou nos pés Pode ser vestigial ou completamente formado TTO (após 1 anos de idade): extirpação do dedo anômalo
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