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RESENHA.CRITICA FILME O CLUBE DO IMPERADOR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
FRANCISCO GEORGE DA SILVA MOURA
RESENHA CRÍTICA: O CLUBE DO IMPERADOR
TERESINA
2014
FRANCISCO GEORGE DA SILVA MOURA
RESENHA CRÍTICA: O CLUBE DO IMPERADOR
Atividade Discente do curso de
Engenharia de Produção
apresentada à disciplina de
 Tópicos Gerais.
	Professor: Ricardo Seixas
TERESINA
		2014
1 INTRODUÇÃO
O Clube do Imperador (The Emperor’s Club) é um filme norte-americano, do ano de 2002 com 109 minutos de duração, dirigido por Michael Hoffman. 
Sinopse (Adoro Cinema): William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedict's, uma escola preparatória para rapazes muito exclusiva que recebe como alunos a nata da sociedade americana. Lá Hundert dá lições de moral para serem aprendidas, através do estudo de filósofos gregos e romanos. Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que "o caráter de um homem é o seu destino" e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta. Repentinamente algo perturba esta rotina com a chegada de Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente senador. Sedgewick entra em choque com as posições de Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia, Hundert considera Sedgewick bem inteligente e acha que pode colocá-lo no caminho certo, chegando mesmo a colocá-lo na final do Senhor Júlio Cesar, um concurso sobre Roma Antiga. Mas Sedgewick trai esta confiança arrumando um jeito de trapacear.
2 DESENVOLVIMENTO
O enredo do filme se desenvolve no estrito ambiente escolar do colégio elitista para rapazes St. Benedict’s, especificamente nas aulas do Professor William Hundert – um apaixonado pela história de grandes figuras de civilizações antigas, onde destacam-se pensamentos, princípios e comportamentos de renomados filósofos e conquistadores da civilização greco-romana. Por meio de alusões introjetivas (coletivas e individuais) de condutas morais e éticas de tais indivíduos, o professor tem por intuito “moldar” o caráter de seus alunos. Profere que o “hoje” é resultado de conquistas passadas.
Frases marcantes são citadas no decorrer da narrativa, resultantes de menções aos seus inspiradores assim como insights do próprio Professor. Tais como: “O fim depende do começo”, “Grande ambição e conquista sem contribuição não têm significado”, “O caráter de um homem define seu destino”, dentre outras. 
Permeado por tais valores o nosso Imperador, age no intuito de infiltrar-se na psiquê e no comportamento de seus “discípulos e/ou subordinados”. Em especial no de Sedgewick Bell, adolescente recém- chegado à instituição, de comportamento arredio, confrontador e por vezes contraditórias. Tais aspectos fazem florescer no Professor um interesse especial por Bell: em entender e ajudar o adolescente, confiando em seu potencial e caráter questionáveis, chegando ao ponto de adulterar um resultado como forma de demonstração (para si mesmo) de confiança no poder de sua influência na mudança do caráter de um indivíduo, mesmo que permeado por um sentimento de culpa, já que não agira de forma imparcial, deixando-se levar por uma subjetividade, quiçá um capricho, por pura identificação em relação à temática familiar ou por todos os aspectos mencionados anteriormente.
Uma provável identificação em relação à temática familiar é perceptível quando o nosso Imperador é presenteado por uma cópia de um exemplar escrito por seu pai, Douglas R. Hundert – renomado historiador – e sua reação ao receber o exemplar, denotando certa apatia, distanciamento no tocante à realidade do pai. Muito embora isso não seja condição necessária e suficiente para Hundert contradizer-se em suas ações, quando desclassifica Martin Blythe, já que Sedgewick aparentemente denotava sinais de mudança, atitudes modificadas (e até mesmo de um certo brilhantismo, o que pode ser observado na primeira cena entre os dois, quando Sedgewick contesta uma decisão histórica, chegando a desdenhar do professor, que acreditava piamente naquilo e se vê tocado pela colocação do aluno).
Tais facetas retroalimentavam a convicção do Professor de “fazer o que deve ser feito”, mesmo em meio a contradições morais e prováveis efeitos colaterais. O concurso acontece e o adolescente Bell demonstra que embora tivesse se modificado temporariamente, em nada havia mudado, ao colar durante o concurso e admitir ao Professor, o qual ainda tentou impedir que o comportamento se perdurasse, mas fora coibido pelo diretor da instituição, Terence Woodbridge – claramente preocupado com a repercussão (social, política...) que tal atitude resultaria na imagem da Tradicional Escola e Concurso.
Sedgewick consegue graduar-se em meio a comportamentos (e desempenho) medíocres e dissonantes com os valores apregoados pela organização e sobretudo por Hundert, que sustentava intenso amargor ao ver a postura do aluno ao longo dos anos. Ainda que paradoxalmente o aluno manteve-se como figura ovacionada, respeitada e seguida pelo restante dos alunos desde sua chegada à St. Benedict’s, praticamente outro Imperador, em outros âmbitos.
A personagem de Elisabeth (único referencial afetivo que não se restringia ao Clube escolar do Imperador), exerce influência considerável no temperamento do mesmo. Tanto sua partida assim como seu retorno, ressoam significativamente nas emoções do protagonista. Elisabeth figura como uma melhor amiga, dando margem também para uma interpretação mais aprofundada, de um amor platônico, por assim dizer, algo que o filme não nos deixa claro.
Anos depois, o nosso protagonista vê novamente seus valores e postura serem questionados, e mais uma vez um sentimento de incapacidade o atinge, quando perante o conselho escolar perde o cargo (almejado mas sobretudo merecido) de diretor da instituição, sendo visto como antiquado às necessidades atuais da tradicional organização. Perdendo o posto para o professor (também de caráter duvidoso – observa-se, na cena do concurso, ele gesticular/sussurrar uma resposta para Sedgewick) James Ellerby, que entrara em St. Benedict’s por indicação do próprio Hundert e que atuara paralelamente na cobiça pelo cargo, efetuando campanhas, devido iminente morte de Terence Woodbridge, o antigo diretor. Outra frustração (ou traição?!).
 Ser refutado pelo conselho gera em Hundert uma descrença, fazendo com que ele perca subitamente a paixão pelo tanto lhe impulsionou durante toda a vida: ensinar e aprender, através da ressignificação do caráter. Tal acontecimento nos remete a um trecho da película, onde o protagonista cita a morte voluntária de Sócrates, que como é sabido, abriu mão da vida mas não de suas convicções (“Não basta viver, é preciso viver com retidão.”) Seu afastamento Voluntário da instituição é a Morte personificada de William Hundert, tal como Sócrates.
Em meio a uma crise financeira em St. Benedict’s, Hundert vê-se novamente confrontado com atitudes de meio século atrás, sentimentos idem, praticamente esquecidos. Ressurge a figura de Sedgewick Bell, ex-aluno, frustração e também um dos mais ricos empresários vigentes no período. O ex-aluno barganha o apoio financeiro, através de uma reedição do concurso “Júlio César”, como no passado, incluindo os mesmos competidores, colegas de sala e logicamente, o mesmo intermediador. O agora então Ex-professor, ainda que contrariado, aceita a oferta: além da restruturação de St. Benedict’s aquela poderia ser uma oportunidade de Redenção dele, e do próprio Bell-pelo menos era o que se imaginava.
O encontro com Martim Blythe causa certo desconforto em Hundert, o aluno (emprenhado e honesto) preterido no concurso de décadas atrás. Embora em determinada passagem o próprio Sedgewick, hoje adulto, simule um desconforto e uma dissonância com as crenças e posturas paternas, o mesmo se repete, ainda ovacionado pelos antigos colegas declasse, Sr. Bell continuava também com os mesmos princípios. 
Novamente o ex-professor consegue frear a ambição e desonestidade do ex-aluno, impedindo-o como há anos atrás, de vencer a competição. Sr. Hundert vê-se diante de um mero reflexo do adolescente manipulador e de valores controversos (absorvidos do próprio pai, já falecido, ex-senador) que o decepcionou anos atrás. Ademais, a exposição dos princípios ao filho (de Sr. Bell) – que ouvia a discussão em uma das cabines do banheiro – dá continuidade ao processo de retaliação de Hundert consigo próprio e com seu passado, processo que havia sido iniciado com a confissão do que realmente acontecera a Martin Blythe, que compreendeu e nem deu importância a algo tão antigo. O ex-Professor percebe que uma falha, não poderia selar seu destino, tampouco o de outrem.
Assim ocorre a reascensão do Imperador, que “ressuscita” e reconquista sua tão louvada Retidão e volta a St. Benedict’s, seu Clube.
3 CONCLUSÃO
Conclui-se que o ser humano é falho, passível de erros e corruptível no caráter. Embora o começo influencie diretamente no fim, não o define. E que enquanto houver vida (entenda-se oportunidades), a redenção será sempre possível, através dos meios.
REFERÊNCIAS
Clube do Imperador, O.Sinopse. Disponível em:<http://www.adorocinema.com/filmes/filme-48219/creditos/>. Acesso em: 10.out.2014.

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