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Doenças renais primárias que se apresentam com Síndrome Nefrótica Doença primária Patogenia e histopatologia Manifestações clínicas e laboratoriais Curso clínico e tratamento Doença por lesão mínima - Perda da carga negativa da barreira glomerular. - Pobreza de achados à microscopia óptica. - Proliferação mesangial ou grau de esclerose focal e segmentar. - Faixa etária predominante: 1,5 a 2,5 anos. - Proteinúria se inicia após fatores desencadeantes – episódios virais ou reações a picadas de insetos. - Função renal não está alterada - Pode ocorrer instabilidade hemodinâmica com choque circulatório. - Manifestações tromboembólicas. - Exames complementares: proteinúria, hematúria, Hipoalbuminemia, redução dos níveis de IgG e aumento de IgM. - Períodos de remissão e atividade. - Resposta dramática à Corticoterapia. - Em crianças pode haver remissão espontânea. - Prednisona, a dose muda se for adulto ou criança - A proteinúria melhora nas primeiras semanas após início da Corticoterapia. - Forma recidivante frequente (> ou = a 4x/ano): associar imunossupressores. Glomeruloesclerose focal e segmentar Forma primária: idiopática - Distúrbio de linfócitos T – lesão do epitélio visceral glomerular - Lesão mais grave do que DLM - Afeta barreira de tamanho - Determina proteinúria não seletiva. - Inicio abrupto - As formas secundarias tem inicio insidioso, com níveis subnefróticos de proteinúria - Hipertensão arterial, principalmente quando há comprometimento da TFG - Hematúria microscópica – lesão mesangial associada. - Níveis de complemento sério estão normais. - Base terapêutica: Corticoterapia. - Para as recidivas: ciclosporina GN proliferativa mesangial - Proliferação celular no mesângio dos glomérulos - Comprometimento glomerular uniforme - Depósitos esparsos de IgM e C3 – idiopática - GN mesangial + extensos depósitos de IgA no mesângio = doença de Berger - Proteinúria maciça - Hematúria microscópica - Hematúria macroscópica - Níveis séricos de complemento normais - Função renal normal ou levemente alterada - Prednisona - Taxa de resposta inferior à DLM, porém superior à GEFS - Casos mais graves: adição de ciclofosfamida. Glomerulopatia membranosa - Forma isolada ou secundária a lúpus, hepatite viral e neoplasias ou após uso de captopril. - Espessamento da membrana basal glomerular na ausência de proliferação celular. - Comprometimento uniforme dos glomérulos. - Depósitos subepiteliais de IgG e C3 - Ativação local do sistema complemento - Insidiosa - Entre 30-50 anos - Proteinúria nefrótica sem sintomas – ausência de edema - Complicações tromboembólicas - Glomerulonefrite rapidamente progressiva - Proteinúria maciça, não seletiva, complemento sérico normal. - Alguns tem remissão espontânea. - Outros remissão parcial, mantendo proteinúria de 200mg a 2g/dia sem IR. - Outros, perda progressiva da função renal, evoluindo pra IRC. - Mau prognóstico: masculino, idade avançada, hipertensão, - Estímulo às células epiteliais e mesangiais a produzir proteases e oxidantes - Degradação da matriz da MBG → perda da barreira de tamanho. proteinúria maciça persistente, Hipoalbuminemia, hiperlipidemia, IR no diagnostico, esclerose focal, lesão tubulointersticial associada a biopsia. - Não tem tratamento especifico. - Associação de imunossupressor com corticoide. - IECA ou BRA + estatinas = efeito protetor GN membranoproliferativa - Padrão característico de lesão glomerular. - Proliferação mesangial, com intensa proeminência destas células entre as alças capilares e epitélio visceral. - Espessamento em duplo contorno da parede capilar glomerular. - Imprescindível biopsia renal. - Proteinúria - Hematúria microscópica - História recente de IVAS - Redução da TFG - Graus variáveis de IR - Hipertensão - Hipocomplementemia - Autoanticorpo – fator nefrítico C3 - Deve-se sempre buscar o diagnóstico de hepatite C crônica. - Corticoide + imunossupressor nos casos mais graves. - Tto adjuvante IECA ou BRA mais estatinas - Plasmaférese pode ser utilizada. Glomerulonefrite fibrilar e imunotactoide - São raras e graves - Depósito fibrilar no glomérulo, não coram no vermelho Congo. - Glomerulonefrite fibrilar é a principal represente. - Diagnóstico só pode ser feito com biópsia renal - Expansão mesangial - Espessamento da membrana basal - Glomerulonefrite proliferativa e crescentes - IFI positiva para IgG, C3 e cadeias leves de imunoglobulina. - Faixa etária mais comum: 45 anos. - Nenhum tto eficaz. - Droga promissora: rituximabe – anticorpo monoclonal anti-CD20. - Inibe os linfócitos B, que parecem estar envolvidos nas fibrilas que se depositam no glomérulo. → Biópsia renal na síndrome nefrótica na infância: está indicada em casos não responsivos, com recidivas muito frequentes e nos pacientes com menos de um ou mais de oito anos de idade. Casos com caracteres “atípicos”, como hematúria macroscópica, hipocomplementemia, hipertensão arterial e insuficiência renal progressiva também devem ser submetidos à biopsia renal antes de iniciar o tratamento.
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