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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR DOCENTE: CHRISTIANO MARCELINO MENEZES DISCENTE: LAÍS NUNES SILVA CURSO: BIOMEDICINA KROLOW, E.D et.al. Metabólitos secundários Encontrados em plantas e sua Importância. Rio Grande Sul, 2010. Resumo de artigo "Metabólitos Secundários Encontrados em Plantas e sua Importância" Introdução O farmacêutico alemão Theodoro Peckolt, chegou ao Brasil em 1847 e pode ser considerado o pai da fitoquímica brasileira. A Partir disso, vários grupos de pesquisa vêm dando enfoque a fitoquímica tradicional (isolamento e determinação estrutural), utilizando novas metodologias analíticas de trabalho com produtos naturais. A natureza, em geral, produziu a maioria das substâncias orgânicas conhecidas. Entre os vários reinos, o reino vegetal tem contribuído de forma mais significativa para o fornecimento de metabólitos secundários. As plantas possuem defesas próprias que as protegem de outras plantas e de predadores em geral. Essas defesas são de natureza química e geralmente envolvem substâncias do metabolismo secundário. A fitoquímica estuda cada grupo de plantas desde a estrutura química molecular até as propriedades biológicas das plantas. Além disso, analisa os componentes químicos das plantas, como princípios ativos, odores, pigmentos, entre outros. Tendo como objetivo esclarecer e registrar os constituintes resultantes do metabolismo secundário. As substâncias fitoquímicas são encontradas em vários alimentos consumidos pelos seres humanos como os vegetais. Essas plantas retiram o dióxido de carbono da atmosfera e liberam oxigênio, aumentando a concentração do oxigênio no ar, graças a estes antioxidantes, as plantas sobrevivem em um ambiente rico em oxigênio. Além disso, os fitoquímicos protegem os vegetais contra fungos, bactérias e outros danos mecânicos, Alguns fitoquímicos também são considerados anti nutrientes e podem apresentar efeitos adversos à saúde humana. Os efeitos observados pelos fitoquímicos são normalmente concentração-dependente tornando possível o uso no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Metabólitos Secundários As plantas produzem uma larga e diversa ordem de componentes orgânicos, os quais são divididos em metabólitos primários (possuem função estrutural, plástica e de armazenamento de energia) e secundários (aparentemente não possuem relação com crescimento nem desenvolvimento da planta). Todas as plantas teoricamente possuem a capacidade de sintetizar metabólitos secundários, porém, é uma característica mais comum de plantas selvagens, pois, estas desenvolveram mecanismos de adaptação para competir com outras, assegurando a sua sobrevivência. Apesar dos produtos secundários terem uma série de funções nas plantas, é provável que possuam um potencial efeito medicinal para os seres humanos, como por exemplo, produtos secundários desenvolvidos para desenvolver as plantas contra patógenos microbianos através de citotoxicidade, pode ser útil como antimicrobianos em seres humanos, caso não seja muito tóxico, ou aqueles que estão envolvidos na defesa contra herbívoros por meio da ação neurotóxica podem ser benéficos em humano, por meio da sua ação no sistema nervoso central. Metabólitos Secundários defendem plantas contra herbívoros e patógenos Possuem importantes funções ecológicas nas plantas, como: protegem as plantas contra herbívoros e patógenos, servem como atrativos (aroma, cor, sabor) para polinizadores e funcionam como agentes de competição entre plantas e de simbiose entre plantas e microrganismos. Metabólitos secundários são divididos em três grandes grupos Esses metabólitos em plantas são divididos em três grupos quimicamente distintos, sendo eles: terpenos, compostos fenólicos e compostos que contém nitrogênio. Terpenos Terpenoides são a classe estruturalmente mais variada de produtos vegetais naturais, sendo formados através da justaposição sucessiva de isopentenilpirofosfato (IPP-C5) e este dá origem a todos os terpenos (monoterpenos (C10), sequiterpenos (C15), diterpenos (C20), triterpenos (C30) e os tetraterpenos (C40). Os monoterpenos, devido ao seu baixo peso molecular, são frequentemente substâncias voláteis. Esses compostos isolados encontram considerável aplicação industrial em aromas e perfumes. A função dos óleos essenciais nas plantas pode ser tanto atrair polinizadores quanto repelir insetos. Entre o primeiro grupo estão o limoneno e o mentol, que têm cheiro agradável. Muitos sesquiterpenóides também são voláteis e, como os monoterpenos, estão envolvidos na defesa das plantas contra pragas e doenças. Além disso, atuam como fitoalexinas, um antibiótico produzido pelas plantas em resposta a infecções microbianas. A giberelina é um hormônio vegetal responsável pela germinação de sementes, alongamento do caule e expansão dos frutos. Taxol é um anticancerígeno encontrado em concentrações muito baixas (0,01% do peso seco) na casca do teixo (Taxus baccata) a forscolina é um composto utilizado no tratamento do glaucoma. As saponinas desempenham um importante papel na defesa contra insetos e microrganismos. Os tetraterpenos mais famosos são os carotenos e as xantofilas. Os carotenóides fazem parte das antenas coletoras de luz nos fotossistemas. Sem eles não haveria fotossíntese. Esses compostos são importantes antioxidantes e varredores de radicais livres. Compostos fenólicos Os fenólicos formam um grupo de compostos bastante presente no dia a dia, embora passem despercebidos, desse modo, muito do sabor, odor e coloração de diversos vegetais se deve aos componentes deste grupo, sendo atrativos também para alguns animais, sendo atraídos como por exemplo para polinização ou dispersão de sementes. Eles também protegem as plantas contra insetos e ataques de animais. Acredita-se que os compostos fenólicos tenham sido fundamentais para a própria conquista do ambiente terrestre pelas plantas, já plantas primitivas que habitam principalmente ambiente úmido, como briófitas e pteridófitas, são pobres em compostos fenólicos. Os compostos fenólicos são substâncias que possuem pelo menos um anel aromático no qual ao menos um hidrogênio é substituído por um grupamento hidroxila, sendo sintetizados pelas vias do ácido chiquímico e a via do ácido mevalônico. Embora os flavonoides sejam quase ausentes em fungos, algas, briófitas e pteridófitas, sua importância nas angiospermas é muito grande, pois estão envolvidos principalmente na sinalização entre plantas e outros organismos e na proteção contra UV. Os compostos fenólicos simples ou ácido fenólico podem ser derivados do ácido hidroxicinâmico ou do ácido hidroxibenzoico, já os flavonoides podem ser classificados em sete grupos: flavonas, flavanonas, flavonols, flavanonols, isoflavonas, flavanols ou catequinas, antocianidinas, estilbenose Lignanas. Componentes contendo nitrogênio - Alcalóides Em 1806 deu origem ao estudo dos alcalóides, através do isolamento da morfina feita pelo alemão Friedrich Sertürner. Os alcalóides são compostos orgânicos cíclicos possuindo pelo menos um átomo de nitrogênio em seu anel, além disso, eles possuem caráter alcalino. São metabólitos secundários famosos pela presença de substâncias que possuem acentuado efeito no sistema nervoso, sendo utilizadas grandemente como venenos ou alucinógenos. Alguns alcalóides não são derivados de aminoácidos e sim de uma base nitrogenada, como por exemplo as purinas ( adenina e guanina), esse é o caso da cafeína. Considerações finais Com o crescente desenvolvimento da tecnologia de alimentos cada vez mais são estudadas as suas propriedades benéficas, devido a isso, um maior número de pesquisas sobre as substâncias biologicamente ativas contidas nesses alimentos são necessárias para que se possa determinar seus efeitos benéficos com mais exatidão e quantificar as doses máximas e mínimas que podem ser ingeridas, a fim de evitar riscos de toxicidade e oferecer maior eficácia.
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