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Penal I - Dignidade da pessoa humana

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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS
Direito Penal 1- Noite
QUESTIONÁRIO:
Pesquisar, na jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (www.tjmg.jus.br), a aplicação do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. A partir da pesquisa realizada, responda:
Explique o conceito de Dignidade da Pessoa Humana.
É preciso enfatizar, que a dignidade da pessoa humana alçada a princípio fundamental pela Constituição Brasileira (CF/88, art. 1º, III) é vetor para a identificação material dos direitos fundamentais – apenas estará assegurada quando for possível ao homem uma existência que permita a plena fruição de todos os direitos fundamentais,Dignidade da pessoa humana é um princípio construído pela história. Consagra um valor que visa proteger o ser humano contra tudo que lhe possa levar ao indigno, Quando falamos em dignidade da pessoa humana, englobamos o conceito de direitos fundamentais (direitos humanos positivados em nível interno) e direitos humanos (no plano de declarações e convenções internacionais), constituindo um critério de unificação de todos os direitos aos quais os homens se reportam. Saindo desse contexto encontramos hoje a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que estabeleceu no artigo 1º que “todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”.
Dê exemplos concretos de utilização deste princípio no âmbito penal.
A humanização da pena, fundamento constitucional da humanização da pena está no art. 5º, inciso III, da Constituição Federal de 1988, que diz: ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Podemos ver isso aplicado explicitamente no direito penal, pois hoje, é crime a tortura, tal como o tratamento desumano e degradante, por exemplo, dentro de penitenciarias. 
Podemos ver ele aplicado também, no tratamento proporcional que o ECA estabelece aos menores infratores, e nas penas aplicadas proporcionalmente ao crime e as situações que o levaram a ser cometido.
Que outros princípios derivam deste princípio? Dê exemplos concretos.
O princípio da legalidade, ou “nullum crime, nulla poena sine lege”, estabelece
que somente as leis poderão determinar as penas para os delitos, sendo que essas leis deverão ser elaboradas pelo Poder Legislativo, legítimo representante da vontade popular. A legalidade é a primeira densificação jurídica da dignidade humana, assegurando o direito fundamental de liberdade contra a atuação estatal. Com a legalidade, os cidadãos passam a ter garantias políticas contra a intervenção do Estado em suas liberdades fundamentais, podendo fazer tudo o que não estiver expressamente vedado em lei.
O princípio da lesividade (nullum crimem sine iniuria), só podem ser
consideradas criminosas as condutas que lesem bens jurídicos alheio, públicos ou particulares,“não podendo haver a criminalização de atos que não ofendam seriamente bem jurídico ou que representem apenas má disposição de interesse próprio, como automutilação, suicídio tentado, dano à coisa própria etc. Tal princípio não possui dispositivo constitucional que o estabeleça, mas entende-se que está implícito, tendo em vista que a Constituição Federal tutela o direito à intimidade e à vida privada.
O princípio da humanidade das penas prevê a proibição da aplicação de penas
que sejam desumanas ou degradantes, impedindo, dessa forma, a instrumentalização do ser humano. Representa, assim, um limite à intervenção punitiva no que diz respeito ao modo de punir, e possui vinculação direta ao princípio da dignidade, constituindo, talvez, a sua maior expressão no âmbito do Direito Penal. Tal princípio será abordado de forma mais ampla no tópico seguinte deste trabalho.
O princípio da intervenção mínima realiza a dignidade humana ao prever que
diante de dois meios de igual eficácia para se atingir determinado fim, deverá se optar por aquele que interfira o mínimo possível na esfera dos direitos fundamentais. Também não está expressamente previsto na Carta Magna, mas impõe-se ao legislador e ao intérprete da lei por sua compatibilidade e conexões lógicas com outros princípios jurídico-penais positivados. De acordo com esse princípio, ao Direito Penal só cabe a interferência nos casos em que ocorrerem graves lesões aos bens jurídicos de maior relevância, sendo que as demais hipóteses deverão ser objeto de outros ramos do Direito. A tutela penal é uma medida extrema e não deve incidir sobre todo e qualquer bem jurídico, mas somente sobre aqueles que requerem especial proteção pela insuficiência das garantias extrapenais existentes.
Dê exemplos de normas do direito penal que derivam deste princípio.
E difícil até de se dar exemplos de normas especificas que derivem desse princípio eu teria que copiar o CP inteiro aqui, pois todas as normas são derivadas nesse princípio, Cada pena e punição e cuidadosamente estudada junto com o principio da humanidade, com a legalidade que à e encabida, e aplicada após o princípio da intervenção mínima e da lesividade. Todas elas dentro do Principio da dignidade da pessoa humana que a CR 88 Em seu artigo 1º inciso lll diz claramente que todo cidadão tem direito.

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