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CHOQUE Causas cardíacas do choque: CHOQUE HEMORRÁGICO: -Redução da resistência vascular sistêmica: Choque distributivo → sepse -Diminuição da pré-carga (choque hipovolêmico): a pressão venosa cai, porque não tem sangue chegando na cava -Aumento da pós-carga (choque obstrutivo): TEP, tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo -Diminuição na Contratilidade (cardiogênico): → Diminuição do débito cardíaco por diminuição do volume sistólico que nada mais é que uma desregulação entre a oferta e o consumo de oxigênio. O primeiro mecanismo de defesa do corpo é o aumento da resistência vascular sistêmica por meio da vasoconstrição da aorta e depois aumento da FC. -Se o paciente está chocado, ele está com o tempo de enchimento capilar comprometido, os membros estão frios e pegajosos, podendo já haver um pouco de livedo. · Podemos concluir, então, que a hipovolemia vai fazer com que ocorra uma diminuição da pressão venosa central (pois não tem sangue chegando na VCI). Se não tem sangue chegando, o volume sistólico cai e, consequentemente, o DC tb. Isso faz com que o nosso corpo faça uma compensação, aumentando a resistência vascular sistêmica e a FC. · OBS: se a pré-carga (Pré-carga É a pressão que o sangue faz no ventrículo quando está cheio antes da contração, ou seja, antes da sístole.) está reduzida, a PVC estará reduzida tb. A gente diz que a pressão venosa está reduzida quando está próxima a zero ou até negativa (a VCI tá colabando suas paredes). Lembrando que seu valor de referência é de 6 a 8. Como a gente vê esse processo no paciente? por meio de monitorização básica: EX1: Frequência cardíaca: 132 bpm → elevada para compensar a redução do volume sistólica e da pré-carga. FR: 33 e 32, respectivamente. Como estou em choque, o sangue rico em O2 não tá chegando nos meus tecidos, logo estou sem O2 e estou retendo CO2 na corrente sanguínea. A forma de compensação do corpo será produzir lactato e acidose metabólica, fazendo hiperventilação, lavando/eliminando CO2 pra aumentar e melhorar o PH sanguíneo. SatO2: 68 e 84%, respectivamente. Não posso confiar na saturação se minha linha de pressão arterial não estiver em conformidade com a linha de saturação do monitor. Nos 2 casos acima, podemos ver que a linha de saturação está uma anarquia se comparada a linha de pressão. Quando isso ocorre é sinal de que não podemos confiar nessa saturação. Logo, essa saturação não tem significância, traduzindo uma má perfusão do local medido. Pressão arterial: 73x54 e 79x61 → pacientes hipotensos. Vamos voltar ao mecanismo básico de compensação. A pressão tem íntima relação com a resistência vascular sistêmica e o volume intravascular. Pressão de pulso ou volume sistólico= PAS - PAD (Valor de referência >30). Nesses casos temos uma pressão de pulso de 19 e 18 (abaixo de 20 é uma pressão de pulso muito baixa). Quanto maior a queda do volume sistólico, mais hipotenso fica o paciente. Índice de choque: relação da FC pela pressão sistólica → FC/PAS. A FC será maior que a PAS (O ideal é que a PAS seja maior ou igual a FC). EX1: A FC de 132 é maior que a PAS de 73. Quando essa relação é >1 dizemos que o índice de choque está elevado (prof disse que a partir de 0,7 já é elevado e indica gravidade). E no exame físico à beira do leito, o que teremos?? · TEC lentificado > 4,5 seg. · MMII frios e pegajosos · Pulso filiforme: devido a pressão de pulso baixa · Livedo reticular ao redor do joelho (ESCORE DE MOTTLING). Quanto maior o escore, maior o risco de mortalidade. · 1: cianose só na patela · 2: cianose além da patela, mas restrita ao joelho · 3: anterior da coxa · 4: posterior da coxa · 5: região inguinal (a pera completamente moteada) · Tendo uma ideia de onde tá o livedo, tenho uma noção de progressão da gravidade do paciente e conjunto de monitorização do paciente. O que eu tenho de clínica no paciente chocado? · Diminuição do volume sistólico → retenção de CO2 → aumento do lactato e deltaPCO2 → disfunção mitocondrial e tissular → disfunção orgânica orgânica → redução do nível de consciência → redução da diurese · Débito urinário reduzido (secundário no momento inicial. Vamos cuidar dele só lá na segunda ou terceira etapa do tto) · Se eu tiver vendo, a beira de leito, a pressão arterial, PAS, PAD, SatO2, FR, FC, índice de choque, mottling, TEC, eu estarei vendo melhor meu paciente do que se eu for parar e ver débito urinário, por exemplo. · Primeiro eu vejo a macro hemodinâmica, depois micro hemodinâmica e em terceiro a disfunção orgânica → Algoritmo de SOFA para disfunção orgânica. Se um deles está alterado, eu já tenho um quadro de disfunção orgânica. Usado no choque séptico, mas a disfunção é comum em todos os quadros de sepse. SOFA >2 = SEPSE. Eu não preciso decorar esse algoritmo do SOFA, mas preciso olhar o paciente dos pés a cabeça: · Cabeça: ver o cérebro. Como faço isso? por meio do GLASGOW · Tórax: pulmão e coração. Como avalio cada um deles? · Coração: ver a perfusão por meio da Pressão Arterial Média (PAM). Se a PAM tá boa (Valor de referência 70-100 mmHg. <70 indica perfusão prejudicada e > 100)e não preciso usar drogas vasoativas, ok. Mas se a PAM começa a cair e eu preciso usar medicação, cuidado. PAM= PAS + (2XPAD)/3 · Pulmão: respiração. Minha PO2 normal é de 90 mmHg e a de O2 é de 21%. Logo, minha relação PO2/FIO2 = >400. Conforme aumenta a área de shunt pulmonar, diminui essa relação. · Shunt 20% = 300-400 · Shunt 30% = 300-200 · Rim: ver valor de creatinina (VR <1,2) · Fígado: bilirrubinas: VR <1,2. Se tiver maior que isso, já tá aumentado · Diurese: <500, <200…ruim · Plaquetas: <100.000 já ganha 2 pontos. Ideal >150.000 · SOFA COM PONTUAÇÃO >10 A MORTALIDADE É DE 40%. SOFA DE 15, MORTALIDADE DE 60%. → Há outro escore o QSOFA, que nada mais é que o SOFA sem as análises laboratoriais. Não é muito utilizado hoje em dia. ( MARCADORES DE MICROPERFUSÃO: ) -São marcadores precoces SvcO2: coloco um cateter dentro do átrio direito e tiro sangue de lá e vejo a saturação desse sangue. VR> 80-85%. Menor que 70 é ruim. Cai em conformidade ao lactato. Lactato: Via final da glicólise. Como não tem O2, o paciente fica em anaerobiose, produzindo mais lactato que o normal. VR < 2 mmol/L. Quanto maior o lactato, pior é a perfusão do paciente. OBS: qualquer pequena dessaturação aumenta lactato e SvcO2 (hipóxia celular hipoxêmica, anêmica e isquêmica). Já o delta PCO2 é um marcador mais refinado. DeltaPCO2 ou GapPCO2: só sobe na hipóxico isquêmica (em casos de isquemia propriamente dita ou volume sistólico muito baixo). Então um GAP alto significa que eu tenho que melhorar minha perfusão tecidual. O GapPCO2 nada mais é que a diferença entre o CO2 da gasometria venosa e a gasometria arterial (o sangue que entra no coração - o sangue que sai). A diferença entre os dois sempre é mínima, abaixo de 5. Tratamento: · Euvolemia → dar volume. Cristalóide se não tiver disfunção orgânica. Se tiver, hemotransfusão · Melhorar a perfusão → pela pressão arterial. Não deu certo → dar noradrenalina (1ª escolha, vasopressina, adrenalina). Se Hb <7 → dar sangue · Mesmo assim paciente não melhora…pensar em outras causas que não problemas por falta de O2 → falta de hemoglobina, problemas cardíacos PVC < 8 mmHg → Bolus de fluido PAM <65 mmHg → Vasopressor SVCO2 <70 mmHg → concentrado de hemáceas ou inotrópico Ponto de corte > 9% significa que o paciente é fluido responsivo. O inotropismo e o cronotropismo representam força de contração e a freqüência cardíaca, respectivamente, e é o fator que altera o desempenho do coração em relação aos valores previstos pela auto-regulação heterométrica.O inotropismo e o cronotropismo representam força de contração e a freqüência cardíaca, respectivamente, e é o fator que altera o desempenho do coração em relação aos valores previstos pela auto-regulação heterométrica. CHOQUE SÉPTICO Não tem relação com a diminuição do DC, mas sim com a REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA · Diminuição da RVS e como mecanismo compensatórioele tem um aumento do DC e aumento dos hormônios contra reguladores (cortisol, adrenalina, noradrenalina…)para aumentar o máximo possível da contratilidade cardíaca nesse cenário. → Se o volume sistólico sobe, a pressão sistólica e de pulso sobem também. O tto do choque séptico é quase o mesmo do choque hemorrágico, o que muda é o tto de primeira hora, ou seja, o estágio de ressuscitação do paciente → Paciente com extremidades quentes, mas vasoplégico. A síndrome vasoplégica, que também pode ser conhecida como choque vasoplégico ou distributivo, é caracterizada por uma disfunção na perfusão sistêmica decorrente da queda profunda da resistência vascular sistêmica, apesar de um débito cardíaco normal ou acima do normal → Restabelecimento da PAM do paciente com drogas de forma precoce → Note a pressão de pulso do paciente: 90 - 36 = 54
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