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TÓPICO: DIREITO TRIBUTÁRIO, CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO.
DIREITO TRIBUTÁRIO: INTRODUÇÃO. ATIVIDADE FINANCEIRA: É o conjunto de ações do Estado para a obtenção da receita e a realização dos gastos, para o atendimento das necessidades públicas. DIREITO FINANCEIRO: estudo e regulamentação da atividade financeira do Estado. DIREITO TRIBUTÁRIO: tem por objeto a conceituação do tributo e todas as relações jurídicas que unem credor e devedor do tributo: relação jurídica tributária. RECEITA PÚBLICA: ingresso de recursos nos cofres públicos em caráter definitivo. RECEITA PÚBLICA ORIGINÁRIA: tem sua origem na exploração do patrimônio público ou decorre da prestação de serviço público. RECEITA PÚBLICA DERIVADA: é a principal receita do poder público e deriva do patrimônio do contribuinte (tributos e multas). 
CONCEITO DE TRIBUTO: CTN. Art. 3° - “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS:
a) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPETÊNCIA IMPOSITIVA: levará em consideração a pessoa jurídica de direito público competente para instituí-lo, assim: FEDERAIS (de competência da União), ESTADUAIS (de competência dos Estados e do Distrito Federal) e MUNICIPAIS (de competência dos Municípios e do Distrito Federal).
b) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À VINCULAÇÃO A UMA ATIVIDADE ESTATAL: Vinculados e Não-Vinculados.
c) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESPÉCIE: (CTN.art.5 e CF.art.145): impostos, taxas e contribuições de melhoria, incluindo-se também os empréstimos compulsórios(CF.art.148) e contribuições especiais ou parafiscais (CF.art.149). 
c.1- IMPOSTOS: financiamento de serviços públicos gerais de competência de cada poder público. São tributos não vinculados, pois são devidos independentemente de qualquer atividade estatal prestada pelo poder público, ou seja, não há contraprestação em relação ao valor cobrado. Portanto, incidirão sobre qualquer situação reveladora de riqueza: patrimônio, renda, produção, circulação e comércio exterior. 
c.2- TAXAS: vinculadas a uma atividade estatal diretamente dirigida ao contribuinte: a)- TAXA DE FISCALIZAÇÃO: exercício do poder de polícia; b)- TAXA DE SERVIÇOS: específicos, divisíveis, prestados efetivamente ou postos à disposição do usuário. Obs. CTN- Art. 77 “As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. CTN- Art. 78 - Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
c.3- CONTRIBUIÇÕES: tributos vinculados a uma atividade estatal, atividade esta ainda que indiretamente relacionada ao sujeito passivo, devidas por determinado grupo social sendo que o produto de sua arrecadação pode ser destinado ao fisco ou a entidade paraestatal. Admite subdivisões: 
c.3.1) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: CTN, Art. 81 - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
c.3.2) CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO: A CIDE tem por objetivo marcar a presença do Estado em determinado setor da economia e apresenta as seguintes características: não incidirão sobre receitas de exportação, podem incidir sobre importação de petróleo e derivados, gás natural e álcool combustível, com alíquotas específicas ou ad valorem.
c.3.3) CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS: são as contribuições de interesse das categorias profissionais (empregados) ou econômicas (patrões), que geram recursos aos órgãos de apoio ao Estado na fiscalização de profissões regulamentadas exercidas por pessoas físicas (categoria profissional) ou jurídicas (categoria econômica).
c.3.4) CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;  b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Não estão sujeitas ao princípio da anterioridade da lei, mas só entram em vigor após decorridos 90 dias de sua publicação; há imunidade para empresas filantrópicas nos termos da Lei. Além da incidência sobre a folha de salário, as empresas devem recolher a contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), na base 1%, 2% ou 3% (grau de risco leve, médio ou grave, respectivamente).
c.4- CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS: são tributos que financiam atividades sociais do Estado, ainda que a cargo de particulares, mas que não se relacionam com saúde, previdência e assistência social. As alíquotas são de 1 % para o Senai, Senac, Senat, Senar; 1,5% para o Sesi, Sesc, Sesar, Sest; 0,6% para o SEBRAE e 2,5% para o Salário Educação.
c.5- EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: CRFB,Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
d) CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ASPECTOS RELEVANTES PARA A VALORAÇÃO: a determinação do valor do tributo a pagar depende da combinação de dois elementos: BASE DE CÁLCULO e ALÍQUOTA. Como regra a base de cálculo é expressa em moeda (reais) e a alíquota em percentual (que incide sobre a base de cálculo para se achar o valor do tributo a pagar). Mas, a base de cálculo pode ser expressa em outra base de grandeza (peso, unidade etc.: base de cálculo técnica).
e) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA ECONÔMICA DA OPERAÇÃO: O CTN divide os impostos segundo critérios econômicos relacionados com os respectivos fatos geradores. Assim os tributos podem incidir sobre o: COMÉRCIO EXTERIOR, PATRIMÔNIO, RENDA, PRODUÇÃO e CIRCULAÇÃO. 
f) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO: dentro deste critério os tributos podem ser classificados em FISCAIS (funções eminentemente arrecadatórias, ou seja, gerar recursos para o orçamento), PARAFISCAIS (se destinamao orçamento das entidades que exercem função pública e de apoio ao poder público, ex. CRC, CRA, CRM, SESI, SENAI etc.) e EXTRAFISCAIS (quando o tributo é utilizado com função regulatória, sendo variável a sua utilização, pois varia segundo as necessidades de mercado e do governo).
g) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À REPERCUSSÃO: do ponto de vista da percepção do contribuinte, podem ser classificados em DIRETOS e INDIRETOS. Os diretos, como regra, são aqueles que incidem sobre o patrimônio e a renda do contribuinte (ele os paga diretamente). Os demais são indiretos porque o contribuinte não os recolhe, mas os paga quando da compra de um produto ou a prestação de um serviço (Ex. ICMS, IPI, ISS etc.).
h) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À QUANTIDADE DE INCIDÊNCIAS: são os chamados tributos MONOFÁSICOS e os PLURIFÁSICOS. Na tributação monofásica o contribuinte recolhe o tributo de todo o processo de uma só vez, sem destaque da parcela própria e a do contribuinte substituído. Daí que o modelo de tributação monofásica é mais simples por fazer com que o contribuinte monofásico recolha (antecipadamente) o tributo com base numa alíquota majorada. São exemplos o PIS e a COFINS, no caso da incidência sobre a receita de venda de gasolina (menos aviação); indústria farmacêutica e de cosméticos; veículos novos; refrigerantes etc. Já os tributos plurifásicos são aqueles que incidem sobre as diversas fases do ciclo de produção e/ou circulação de mercadoria. Tais modelos de tributação foram criados pelo legislador objetivando reduzir o custo de cobrança de alguns tributos e, também, com vistas a reduzir a sonegação, naturalmente. Assim agindo, adotou a cobrança antecipada de alguns outros tributos, tendo o ICMS como precursor da modalidade de substituição tributária (para a frente, como se diz). 
i) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CUMULATIVIDADE: são os chamados CUMULATIVOS e os NÃO-CUMULATIVOS. Os cumulativos são aqueles que incidem em cascata, ou seja, são tributados em todas as etapas da produção e da circulação (Ex. ISS, PIS: 0,65%, COFINS: 3,00%ou 4,00%). Já os não-cumulativos são aqueles que, de alguma forma, podem ser deduzidas na etapa posterior (EX. ICMS, IPI, PIS :1.65%, COFINS: 7.6%).
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TÓPICO COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.
A instituição e a cobrança dos tributos devem obedecer aos preceitos advindos da Constituição Federal, pois a mesma a)- outorga e define as competências tributárias, b)- limita o poder de tributar, c)- especifica os tributos e d)- dispõe, em alguns casos, sobre normas gerais de incidência tributária. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é conferida somente às pessoas jurídicas de direito público que, através de Lei, poderão instituir seus tributos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e legislar em matéria tributária, dentro dos limites definidos na própria Constituição, através de Leis ordinárias, como regra, e em alguns casos através de Lei complementar.
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: PRIVACIDADE (EXCLUSIVIDADE): indica precisamente que tributo compete a cada pessoa jurídica. INDELEGABILIDADE: a competência tributária não pode ser delegada (somente atividades na direção da arrecadação e/ou fiscalização do tributo). INDUCABILIDADE: pode ser exercida a qualquer tempo, a exemplo da função legislativa, de um modo geral. INALTERABILIDADE: por ser matéria constitucional, não pode ser alterada pela pessoa jurídica de direito público competente. IRRENUNCIABILIDADE: porque a competência tributária é matéria de direito público constitucional (indisponível). FACULTATIVIDADE: o não-exercício da competência tributária pode ser objeto de conveniência da administração pública, dentro de parâmetros legais e justificáveis. 
OBSERVAÇÃO: O titular da competência tributária é aquele apto a instituir tributos. O sujeito ativo da relação jurídica tributária é aquele que possuir capacidade para exigir o pagamento dos tributos. E, o destinatário do produto da arrecadação é aquele que receberá, no todo, ou em parte, o produto da arrecadação do tributo.
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre :I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão "causa mortis" e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores.
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, definidos em lei complementar.
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TÓPICO: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
CTN Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
FONTES PRIMÁRIAS DO DIREITO TRIBUTÁRIO:
a) EMENDAS CONTITUCIONAIS: alteram a constituição e são oriundas do poder constituinte derivado. Embora de fundamental importância, não podem suprimir direitos e garantias dos contribuintes (ver art.150). b) LEIS COMPLEMENTARES. c) LEIS ORDINÁRIAS: cumprem o papel de instituir os tributos, exceto aqueles próprios de lei complementar. d) LEIS DELEGADAS. e) MEDIDAS PROVISÓRIAS. f) DECRETOS LEGISLATIVOS: introduzem os tratados, acordos ou convenções internacionais no direito interno. São atos de competência exclusiva do Congresso Nacional (art.49 da CF) e também regulamenta as relações jurídicas decorrentes de medidas provisórias rejeitadas. Obs. CTN. art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha e) RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL: podem dar efeito extensivo a todos os contribuintes de decisões que declaram a inconstitucionalidade de leis tributárias, bem como, fixam alíquotas máximas para o ITD, ICMS e IPVA.
FONTES SECUNDÁRIAS DO DIREITO TRIBUTÁRIO: não podem invadir matéria reservada às fontes primárias, daí que ficam sujeitas à interpretação segundo a fonte primária. a) DECRETOS: de competência do poder executivo têm por função dar plena eficácia e executoriedade às leis. Obs. CTN. art.99, O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. b) NORMAS COMPLEMENTARES: a observância das normas complementares exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: b.1) ATOS NORMATIVOS:são expedidos pelas autoridades administrativas buscando interpretar a legislação (Ex. Instruções Normativas, Atos Declaratórios, Resoluções, Ordens de Serviços, Portarias etc.; b.2) DECISÕES ADMINISTRATIVAS: são as decisões dos órgãos singulares ou coletivos (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, proferidas em processos administrativos de natureza tributária; b.3) USOS E COSTUMES DA ADMNISTRAÇÃO: são as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; b.4) CONVÊNIOS CELEBRADOS entre a UNIÃO, os ESTADOS, o DF e os MUNICÍPIOS.
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CTN. Art. 97. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL: Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65 (exceções); III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65(exceções); V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas. Nota: SANÇÕES TRIBUTÁRIAS: Patrimoniais: perdimento (transferência de bem particular para a administração pública) e multa; Restritivas de Direitos e Privativas de Liberdade; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
CTN. Art. 98. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS: revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
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TÓPICO: FATO GERADOR E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
O fato gerador recebe também, pela doutrina, os nomes de situação-base, pressuposto de fato do tributo, objeto da tributação, fato imponível, suporte fático, hipótese de incidência etc. Tal termo se refere a duas realidades distintas: a) uma situação hipotética, descrita abstratamente em lei e, b) o fato concreto efetivamente ocorrido no mundo real.
LEI + FATO GERADOR = OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA + LANÇAMENTO = CRÉDITO TRIBUTÁRIO
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E ACESSÓRIA
CTN- Art. 114 - FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 115 - FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Art. 116 - Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Art. 117 - Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Art. 118 - A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.” Nota: interpretação objetiva do fato gerador (cláusula non olet: não cheira). Validade do ato jurídico: agente capaz, objeto lícito e possível e forma prescrita ou não proibida em lei. 
FATO GERADOR – ASPECTOS: 
material: situação descrita na lei do tributo.
temporal: momento da realização do fato determina a legislação aplicável e prazos.
Espacial (territorialidade): determina o ente tributante/lei aplicável.
pessoal: determina os sujeitos da obrigação
quantitativo (valorativo): respeitante à determinação da base de cálculo e da alíquota. 
CLASSIFICAÇÃO DO FATO GERADOR:
a)- quanto aos elementos que o integram: 
a1) SIMPLES: constituído de um único elemento (ex. II, IE, IPI, IOF, ITD, ICMS, IPVA, IPTU, ITR, ISS...);
a2) COMPLEXO: constituído de vários elementos (ex. IR: salários, aluguéis, aplicações etc.), cada um dos quais capazes de gerar, por si só, tributação.
b)- quanto à periodicidade (freqüência):
b1) INSTANTÂNEOS: se completam num só momento (ex. II, IE, IPI, IOF, ITD, ICMS, ITBI, ISS...)
b2) PERIÓDICOS: se iniciam e se completam num determinado período, em regra anual ( ex. IR, ITR, IGF, IPVA , IPTU...)
b3) CONTINUADOS: ao se completarem dão início a novo fato gerador ( ex. os periódicos).
OUTROS TIPOS DOUTRINÁRIOS:
GENÉRICO: estão sujeitos a cláusulas abertas (ex. ITBI, o legislador municipal define as hipóteses de transmissão). ESPECÍFICO: a lei determina especificamente as hipóteses de incidência (ex. ISS). CONDICIONAL: depende do implemento de uma condição. INCONDICIONAL: produz efeitos imediatos, quando da sua ocorrência. BASEADOS em ATOS VÁLIDOS e INVÁLIDOS: o tributo será devido ainda que decorrente de ato ou negócio jurídico inválido. 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: CTN- Art. 113 - A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1° - A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. § 2° - A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3° - A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.
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TÓPICO: SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
SUJEITO ATIVO = CREDOR (UNIÃO, ESTADO, DF e MUNICÍPIOS)
SUJEITO PASSIVO = DEVEDOR DIRETO OU INDIRETO
DEVEDOR DIRETO = contribuinte: quando tenha relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação tributária.
DEVEDOR INDIRETO = RESPONSÁVEL, por substituição ou por transferência (solidariedade natural ou legal CTN.124, sucessores inter vivos ou causa mortis CTN.129, e terceiros CTN.134).
OBJETO: prestação de DAR ou FAZER (positiva) e NÃO FAZER (negativa).
CAUSA: a Lei.
SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CTN- “Art. 119 - Sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.” (União, Estados, Distrito federal e Municípios). OBS: Sujeito ativo direto/sujeito ativo por delegação (das funções de fiscalizar e arrecadar tributos)
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
CTN- Art. 121 - Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - CONTRIBUINTE, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; (ex. o importador no II, o proprietário do imóvel no IPTU, o proprietário do veículo no IPVA, o titular da renda no IR etc.)
II - RESPONSÁVEL, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.(ex. os herdeiros pelos tributos devidos pelo falecido, a Caixa pelo IR do ganhador de loteria, o empregador pelo IR retido na fonte do empregado etc.).
Importante: seja sujeito passivo direto (contribuinte) ou sujeitopassivo indireto (responsável) a ele será atribuída responsabilidade pessoal, vale dizer, a obrigação deve ser cumprida pelo próprio (nota: CTN. art.123 “Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.”).
Nota: O sujeito passivo indireto pode ser responsável:
a) POR SUBSTITUIÇÃO: a lei determina que terceira pessoa (responsável por substituição, contribuinte substituto ou substituto tributário) ocupe o lugar do contribuinte desde a ocorrência do fato gerador: ex. a CEF no IR do prêmio de loteria. 
b) POR TRANSFERÊNCIA: a lei transfere para terceira pessoa a obrigação tributária em razão de acontecimento posterior à ocorrência do fato gerador, surgindo daí as figuras: a)- da solidariedade tributária passiva (natural ou legal), b)- da responsabilidade dos sucessores e , c)- da responsabilidade de terceiros(Obs. CTN- art.124 a 138).
NOTA: CTN. Art.122-Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
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TÓPICO: LANÇAMENTO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CTN. Art. 142 - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Art. 144 - O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. (Verifica-se a retroatividade do lançamento e a irretroatividade da lei tributária)
§ 1° - Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. (Exceção à retroatividade)
§ 2° - O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. (Impostos lançados por períodos certos de tempo são aqueles apurados e recolhidos em intervalos regulares de tempo = mensal, quinzenal, decendial, anual... Em resumo, todos os impostos à exceção do II, IE, ITD e ITBI, pois nestes a apuração e recolhimento é efetuada individualmente a cada operação realizada).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO LANÇAMENTO: Vinculação à Lei, Irretroatividade e Irrevisibilidade.
MODALIDADES DE LANÇAMENTO:
Obs. Classificação baseada no grau de participação do contribuinte na feitura do lançamento.
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO. Ex. ITBI, II ... Lançamento efetuado pelo fisco com base em informações prestadas pelo contribuinte que são indispensáveis para sua efetivação.(CTN.art.147). 
LANÇAMENTO DE OFÍCIO (direto). EX. IPTU. Lançamento de imposto efetuado pelo fisco sem participação ou intervenção do sujeito passivo. Tal lançamento também é utilizado para taxas, contribuições de melhoria, revisão de lançamento já homologado e lavratura de auto de infração. CTN.art.149
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. É aquele em que fica a cargo do sujeito passivo tomar todas as providências necessárias para constituir o crédito tributário, a saber: emite os documentos fiscais; determina a base de cálculo, alíquota e o montante do tributo; antecipa o pagamento (recolhe o tributo antes do prévio exame da autoridade). CTN. Art.150. A autoridade tributária tem o prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do fato gerador, para confirmar ou recusar o pagamento. 
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