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ERP - Sistemas Integrados de Gestão Empresarial

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UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Faculdade de Engenharia 
Engenharia de Sistemas C 
Profº.: Pedro Paulo Thompson de Vasconcellos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERP – Enterprise Resource 
Planning 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alunos: Jonas Ribeiro da Silva Matricula: 2006.2.05003.11 
 Paulo André Batista Pupim Matricula: 2006.2.05443.11 
ERP 
 
Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGE ou SIG), em inglês Enterprise 
Resource Planning (ERP), são sistemas de informação que integram todos os dados e 
processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a 
perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, 
marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de 
transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão, etc). 
Os ERPs, em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para 
integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e 
armazenamento de todas as informações de negócios. 
 O propósito do ERP é facilitar o fluxo de informações entre todas as funções de 
negócio dentro dos limites da organização e gerenciar as conexões para stakeholders externos. 
Em sua essência, ERP é um sistema de gestão empresarial. Em geral uma empresa 
conta com vários sistemas, um para lidar com as contas a pagar, um para gerar folhas de 
pagamento, um para controlar vendas, um para gerenciar impostos, um para analisar metas e 
desempenho, entre outros. O que o ERP oferece é integração entre um ou mais sistemas para 
cada departamento da companhia. 
 Com um único sistema integrando todos os departamentos - ou pelo menos os setores 
mais importantes, a comunicação interna se torna mais fácil e menos custosa. O departamento 
financeiro, por exemplo, poderá saber rapidamente quanto dinheiro destinar à quitação de 
impostos e quanto direcionar ao pagamento de funcionários, de acordo com as informações 
que o setor de gestão de recursos humanos disponibilizar no sistema. 
Com sistemas distintos, cada setor teria mais dificuldade para se comunicar com o 
outro, o que resultaria em maior tempo, mais gastos e até em cansativos procedimentos 
burocráticos. Com um sistema de ERP, a empresa passa a ter menos fornecedores de 
software, o que diminui custos com licenças, suporte técnico, servidores, treinamento, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas de gestão são importantes para as empresas, diminuem custos, tornam a 
comunicação mais eficiente, ajudam na tomada de decisões, permitem uma apuração mais 
precisa do que está acontecendo na companhia, muitas empresas consideram esse tipo de 
software imprescindível às suas atividades. 
 
História do ERP 
 
No final da década de 50, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e 
gestão corporativa tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos 
gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de controle de estoques – 
atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara e lenta, 
mas já demandava menos tempo que os processos manuais e para poucos. 
No início da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação 
computacional geraram os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das 
requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP. Eles surgiram já na forma 
de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que 
possibilitavam o planejamento do uso dosinsumos e a administração das mais diversas etapas 
dos processos produtivos. 
Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores 
ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas 
atividades de gerenciamento de produção e logística. O MRP se transformou em MRP II (que 
significava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), 
que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário. Na prática, 
o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento. 
Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação. 
O próximo passo, já na década de 80, serviu tanto para agilizar os processos quanto 
para estabelecer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao 
ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas 
contempladas seriam as de finanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou 
seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era 
da automação. 
A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, o primeiro grupo que 
empregou o termo ERP foi o GartnerGroup como uma extensão do MRP, entre outras razões 
pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura 
cliente/servidor, microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos, e 
não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle 
e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos 
atualmente. 
As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década 
seria caracterizada pelo boom nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes 
internacionais, surgiram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a 
venda do ERP como um substituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 
2000 – o problema na data de dois dígitos nos sistemas dos computadores. 
 
A importância do ERP nas Corporações 
 
O ERP pode ser visto como um grande banco de dados com informações que 
interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com 
seu status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da 
companhia. 
Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo de produção, 
venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e 
repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma 
companhia é que com uma melhor administração da produção, um investimento, como uma 
nova infraestrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao 
controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode 
chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras 
palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque. 
A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica, uma empresa que por 
alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da 
fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e 
se preparam de forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo 
almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter informações 
para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito 
menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema. 
Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte-
americana de autopeças, situada no estado de Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o 
pedido e a entrega de seis para duas semanas, aumentando a eficiência na data prometida para 
envio do produto de 60% para 95% e reduzindo as reservas de insumos em 60%. Outra 
diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo 
dias caiu para minutos e até segundos. 
É possível adaptar o ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem 
tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento de vendas como na 
distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível 
diagnosticar as áreas mais e menos eficientese focar em processos que possam ter o 
desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas. 
Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia a uma corporação, 
sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a 
diminuição do retrabalho. Algo que é conseguido com o auxílio e o comprometimento dos 
funcionários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a 
cadeia de módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa 
interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem 
de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, 
do estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, 
integrados e não redundantes. 
 
Características do ERP 
 
Sistemas ERP tipicamente incluem as seguintes características: 
 
• Um sistema integrado que opera em tempo real (ou próximo do tempo real), sem 
depender de atualizações periódicas. 
• Um banco de dados comum que suporte todos as aplicações. 
• Uma aparência consistente por todos os módulos. 
• Instalação do sistema sem elaborar integração de dados/aplicações pelo departamento 
de TI. 
• Folha de pagamento, treinamento benefícios, recrutamento e gerenciamento de 
diversidade. 
• Engenharia, conta de materiais, ordem de trabalho, agendamento, capacidade, 
gereciamento de workflow, controle de qualidade, gerenciamento de custo, processo 
de manufatura, projeto de manufaturados, gerenciamento de ciclo de vida do produto. 
 
Melhores práticas 
 
Melhores práticas são incorporadas na maioria dos sistemas ERP, isto significa que o 
software reflete a interpretação do fabricante para processar cada negocio da maneira mais 
efetiva. Sistemas variam na conveniência com que o cliente pode modificar essas práticas. 
Companhias que implementaram melhores praticas industriais reduziram o consumo do 
tempo em tarefas de projetos como configuração, documentação, teste e treinamento. Em 
adição, as melhores práticas reduziram o risco em 71% quando comparado a implementação 
de outros softwares. 
O uso das melhores práticas facilita a adequação com requisitos com IFRS, Sarbanes-
Oxley ou Basel II. Elas podem ajudar adequar com padrões industriais, tais como 
transferências eletrônicas de fundo, isto porque o procedimento pode ser prontamente 
codificado com software ERP e replicado com confiança através de múltiplos negócios que 
partilham requisitos do mesmo negócio. 
 
Modularidade 
 
Sistemas de ERP lidam com os vários departamentos de uma empresa, no entanto, não 
precisam, necessariamente, cobrir cada uma delas, pelo menos não ao mesmo tempo. 
Dependendo das expectativas da companhia em relação ao ERP, é possível atender 
determinadas áreas em um primeiro momento e as demais de maneira progressiva. Para isso, 
os provedores fazem o fornecimento do sistema em módulos, que são divididos de acordo 
com suas funcionalidades. 
Não há um sistema de ERP que, por si só, possa atender tudo o que é empresa. É 
necessário customizar a solução de acordo com as atividades da companhia. Por outro lado, 
há determinados processos que são bastante comuns em todas ou na maior parte das 
empresas, até mesmo por uma questão de legislação. Eis algumas categorias de módulos que 
se encaixam nesse contexto: 
 
• Financeiro / Contabilidade; 
• Recursos humanos; 
• Ativo fixo; 
• Processos; 
• Projetos; 
• Jurídico. 
 
A partir daí, podemos encontrar módulos mais específicos, adotados em menor escala e 
apenas se estiverem em conformidade com as atividades da empresa, por exemplo: 
 
• Estoque; 
• Distribuição de produtos; 
• Frota; 
• Comércio exterior; 
• Gestão de conhecimento; 
• Controle de materiais; 
• Automação comercial; 
• Análise de riscos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nem toda empresa precisa gerenciar frota ou lidar com automação comercial, a 
vantagem do esquema de módulos está justamente aí. A companhia implementa somente 
aqueles que lhe são úteis e pode adicionar mais com o tempo, motivada pela expansão dos 
negócios, pela atuação em um novo segmento do mercado, entre outros. 
Conectividade 
 
Sistemas ERP conectam dados em tempo real e transacionam dados de varia maneiras, 
este tipo de sistema são tipicamente configurado por sistemas integradores, quem trazem 
conhecimento único no processo, equipamento e soluções do fabricante. 
 Integração direta: Sistemas ERP tem conectividade como parte de sua oferta de 
produto. Isto requer suporte especifico do fabricante para operar o negocio do cliente. 
Fabricantes de ERP devem ser peritos nos seus produtos e conectar em produtos de outros 
fabricantes, incluindo concorrentes. 
 Integração de banco de dados: Sistemas ERP conectam as fontes de dados através de 
tabelas de encenação em um banco de dados. Os sistemas depositam informação necessária 
no banco de dados. O sistema ERP lê a informação na tabela. O beneficio das tabelas de 
encenação é que os fabricantes de ERP não precisam dominar as complexidades do 
equipamento de integração. Conectividade vira responsabilidade dos sistemas integradores. 
Soluções customizadas de integração: Muitos sistemas oferecem soluções 
customizadas, estes sistemas tendem a ter o maior nível de custo inicial de integração e 
podem ter os maiores custos de confiabilidade e manutenção a longo prazo. Custos a longo 
prazo podem ser minimizados através de testes cuidadosos pelo sistema e documentação. 
Soluções integradas customizadas tipicamente funcionam em um computador servidor 
potente. 
 
Implementação 
 
O consentimento da implantação de um pacote como este requer muitos estudos, pois 
as mudanças durante e após a integração do sistema junto à organização pode trazer 
certo impacto nos processos que por sua vez eram realizados de formas diferentes. A decisão 
de implantar um Software ERP não deve, de maneira alguma, ser tomada mediante 
circunstâncias de pressão ou urgência. 
ERP não é o tipo de software que é comprado na prateleira de uma loja para depois ser 
instalado em um computador e, em seguida, estar pronto para o uso. Cada empresa, em face 
de suas atividades e de suas estratégias operacionais, possui necessidades distintas das outras, 
portanto, sistemas de ERP só serão funcionais se ao menos as características mais importantes 
da companhia forem levadas em conta. Uma empresa que fabrica medicamentos, por 
exemplo, tem necessidades bem diferentes de outra que trabalha no ramo de transportes. A 
primeira precisa se preocupar com obtenção de matéria-prima, pagamento de licenças de 
patentes, pesquisas em laboratórios, entre outros. A segunda, por sua vez, precisa se 
preocupar com a idade da frota, com gastos de combustível, com pedágios e assim por diante. 
No intuito de controlar gastos, a empresa também precisa definir qual tipo de 
licenciamento é mais adequado às suas operações: instalação do sistema em servidores 
próprios, utilização do sistema em servidores terceirizados (geralmente, oferecidos pelo 
provedor da solução), solução baseada em computação nas nuvens (cloud computing), 
pagamento por usuário (ou por computador de acesso), uma mistura de uma ou mais dessas 
modalidades. 
As soluções baseadas em cloud computing costumam ter custo menor, pois a empresa 
não precisa se preocupar com servidores, manutenção, atualização, entre outros. Além disso, 
oferece acesso mais fácil para usuários que estão fora das dependências da empresa - um 
vendedor que está em outra cidade visitando um cliente, por exemplo. Por outro lado, podem 
resultar em gastos maiores ao longo prazo porque, em geral, seu tipo de licenciamento exige 
pagamento periódico, como se fosse uma assinatura de jornal, grossamente comparando. 
É importante a empresa analisar as soluções de ERP existentes no mercado e as 
modalidades de licenciamento oferecidas para saber qual lhe atender melhor. O tempo de 
implementação também é um parâmetro importante. Sistemasde ERP não começam a 
funcionar da noite para o dia. Os provedores das soluções precisam de tempo para adaptar o 
software às atividades da empresa, sem contar que necessitam considerar a infraestrutura, os 
recursos de segurança, testes, treinamento de pessoal, integração entre departamentos, 
migração a partir de sistemas legados, entre outros. Além disso, a implementação geralmente 
ocorre por etapas, de forma que determinados módulos do sistema sejam instalados somente 
depois de esse processo já ter ocorrido com outros. 
 
Configuração 
 
 Configurar um sistema ERP é claramente uma questão de equilibrar a maneira que o 
cliente quer que o sistema funcione com a maneira que ele foi desenhado para funcionar. 
Sistemas ERP tipicamente constroem muitos parâmetros mutáveis que modificam a operação 
do sistema. Por exemplo, uma organização pode selecionar o tipo de contabilidade de 
inventário a empregar, se identifica compra por unidade geográfica, linha de produto, ou canal 
de distribuição e se para por custos de envio quando um cliente retorna uma compra. 
 
Customização 
 
 Sistemas ERP são teoricamente baseados nas melhores praticas e são pretendidos ser 
empregados como estão. Fabricantes ERP oferecem opções de configuração aos clientes que 
permitem as organizações incorporar suas próprias regras de negócio mas existem 
frequentemente “buracos” remanescentes mesmo depois da configuração estar completa. 
Clientes ERP tem varias opções para reconciliar “buracos” de funcionalidade cada uma com 
seus prós e contras. Soluções técnicas incluem reescrever parte da funcionalidade entregue, 
escrever um módulo “caseiro” dentro do sistema ERP ou interfacear a um sistema externo. 
Todas três dessas opções são variações de grau de customização de sistema, com a primeira 
sendo a mais invasiva e custosa a se manter. Alternativamente, há opções não-técnicas tais 
como, mudar práticas de negócio e politicas organizacionais par melhor concordar com a 
funcionalidade ERP entregue. 
 Diferenças chaves entre customização e configuração incluem: 
 
• Customização é sempre opcional, ao passo que o software deve sempre ser 
configurado antes do uso. 
• O software foi desenhado par lidar com varias configurações e se comporta 
previsivelmente em qualquer configuração permitida. 
• O efeito de mudança de configuração no comportamento e performance do sistema é 
previsível e é de responsabilidade do fabricante de ERP. O efeito de customização e 
menos previsível e é responsabilidade do cliente e aumenta as atividades de testes. 
• Mudança na configuração sobrevive a upgrades e a novas versões de software. 
Algumas customizações sobrevivem a upgrades embora elas necessitem de testes. 
Outras customizações são sobrescritas durante upgrades e devem ser reimplementadas. 
 
Vantagens da Customização: 
 
• Melhora a aceitação do usuário; 
• Oferece o potencial para obter vantagem competitiva frente-a-frente companhias 
usando somente características padrões. 
 
Desvantagens da Customização: 
• Aumenta o tempo e recursos necessários para implementar e manutenção. 
• Inibe comunicação ininterrupta entre fornecedores e clientes que usam o mesmo 
sistema ERP não-customizado. 
• Confiança demais em customização "mina" os princípios do ERP como plataforma de 
software padronizadora. 
 
Migração de Dados 
 
 Migração de dados é o processo de mover/copiar e reestruturar dados de um sistema 
existente para o sistema ERP. Migração é critico para o sucesso da implementação e requer 
planejamento significante. Infelizmente, desde que a migração é umas das atividades finais 
antes da fase de produção, frequentemente não recebe atenção suficiente. Os passos seguintes 
podem estruturar o planejamento da migração: 
 
• Identificar os dados a serem migrados; 
• Determinar a hora da migração; 
• Gerar os templates dos dados; 
• Congelar o conjunto de ferramentas; 
• Decidir as configurações relacionadas a migração; 
• Definir procedimentos e políticas de arquivamento de dados. 
 
Vantagens do ERP 
 
Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são: 
 
• Eliminar o uso de interfaces manuais; 
• Reduzir custos; 
• Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização 
(eficiência); 
• Otimizar o processo de tomada de decisão; 
• Eliminar a redundância de atividades; 
• Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado; 
• Reduzir as incertezas do Lead time; 
• Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da 
empresa; 
• Reduzir o tempo dos processos gerenciais; 
• Redução de estoque. 
 
 A vantagem fundamental de ERP é que integrar os milhares de processos pelos quais o 
negocio opera economiza tempo e dinheiro. Decisões podem ser feitas mais rapidamente e 
com menos erros. Dados ficam visíveis através da organização. Tarefas que se beneficiam 
dessa integração incluem: 
 
• Previsão de vendas que permite otimização do inventário; 
• Histórico cronológico de cada transação através de compilação de dados relevantes em 
cada área de operação; 
• Rastreamento de pedidos da aceitação até a entrega. 
 
 Sistemas ERP centralizam dados de negocio trazendo os seguintes benefícios: 
 
• Eles eliminam a necessidade de sincronizar mudanças entre múltiplos sistemas – 
consolidação de finanças, mercado e vendas, recursos humanos e aplicações 
manufaturadas; 
• Eles trazem legitimidade e transparência em cada pedaço de dado estatístico; 
• Eles permitem padronizar codificação e nomeação de produtos; 
• Eles provem uma visão compreensiva da empresa (sem "ilhas de informação"); 
• Eles tornam informação em tempo-real possível para gerenciar em qualquer lugar, em 
qualquer hora para tomar as decisões corretas. 
• Eles protegem dados sensíveis, consolidando múltiplos sistemas seguros em uma 
única estrutura. 
 
Desvantagens do ERP 
 
Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são: 
 
• A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada; 
• Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício; 
• Dependência do fornecedor do pacote; 
• Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as 
empresas de um segmento; 
• Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das 
informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser 
constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real, 
ocasionando maior trabalho; 
• Aumento da carga de trabalho dos servidores da empresa e extrema dependência dos 
mesmos; 
• Fazer reengenharia de processos de negócio para se encaixar no sistema ERP pode 
prejudicar a competitividade e desfocar de outras atividades criticas; 
• ERP pode mais que um sistem menos integrado e/ou soluções menos compreensivas. 
• Superar resistencia em partilhar informação sensivel entre departamentos pode 
divergir atenção da gerencia. 
 
 
Fatos críticos de Sucesso 
 
 Empresas de Desenvolvimento que prestam serviços de soluções ERP, normalmente 
possuem valores muito flexíveis ao formato da empresa contratante, porém o custo num 
investimento como este é muito alto. Os benefícios notórios e generalizados de um ERP são: 
Segurança, Redução de Custo, Agilidade nos Processos, Sustentabilidade, etc. Quanto ao 
tempo de implantação total e funcionamento operacional, este pode variar de 6 a 24 meses ou 
mais. 
 Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores 
críticos de sucesso para um projeto de implantação de um ERP são: 
 
• Envolvimento do Usuário 
• Apoio da direção 
• Definição clara de necessidades 
• Planejamento adequado 
• Expectativas realistas 
• Marcos intermediários 
• Equipe competente 
• Comprometimento 
• Visão e objetivos claros 
• Equipe dedicada 
• Infraestrutura adequada 
• Constante qualificação da equipe usuária 
 
 Os fatores são de uma complexidade tamanha que frequentemente inviabilizam a 
implantação de projetos,a começar pelo próprio entendimento das necessidades e escolha da 
ferramenta correta. Alguns institutos de pesquisa já se posicionam como especialistas em 
análise de mercado para essa necessidade específica, servindo como mais uma ferramenta de 
tomada de decisão. 
 
Uso do Software 
 
 Um dos pontos fortes do sistema é a integração entre os módulos. Os monitores, as 
operações e a navegação dentro do sistema estão tão padronizadas que, à medida que o 
utilizador se familiariza com um módulo, aprende mais facilmente e rapidamente os demais. 
 Os acessos às informações são realizados através de menus com utilização de senhas, 
permitindo que se controle quais os usuários que têm acesso a quais tipo de informações. 
 Além disso, os menus são customizados de forma que cada utilizador visualize e tenha 
acesso somente às operações que atendam aos objetivos específicos de seu interesse. 
 Eis uma tabela com alguns softwares ERP no mercado: 
 
Software Licença Plataformas Idiomas disponíveis 
Justnew Proprietária Web Português 
CIGAM Proprietária Windows Português 
Compiere GPL Multiplataforma Inglês 
ERP5 GPL Windows Inglês 
FreedomERP GPL Multiplataforma Português 
Microsoft Dynamics Proprietária Multiplataforma Inglês 
NewAge Proprietária Multiplataforma Inglês, Espanhol e Chinês 
Openbravo GPL Multiplataforma Inglês 
OpenERP GPL Multiplataforma Inglês 
Protheus Proprietária Multiplataforma Português e Inglês 
RG2 GPL Multiplataforma / Web Português 
VPSA Proprietária Multiplataforma / Web Português 
Spress Proprietária Multiplataforma Português 
Stoq GPL Multiplataforma Português, Inglês e espanhol 
Vilesoft Proprietária Multiplataforma Português 
WebERP GPL Multiplataforma / Web Inglês 
 
 
 Só no Brasil, há várias empresas especializadas em ERP com grande aceitação, 
como SAP, TOTVS, Microsoft Dynamics e Oracle. Não há fórmula certa que sirva para todas as 
empresas, mas há várias dicas que podem ajudar na escolha mais adequada, como: 
 Entender exatamente quais as necessidades da companhia em relação ao ERP para 
então definir o que é prioridade. Tal análise indica um caminho a seguir. Para isso, pode ser 
necessário realizar reuniões com gerentes dos setores, com funcionários que exercem funções 
mais críticas. 
 Neste ponto, é necessário avaliar as propostas feitas por cada empresa para, em 
primeiro lugar, identificar aquelas que melhor podem atender às necessidades identificadas. 
Neste ponto, também é importante verificar quais desses provedores têm experiência no 
fornecimento de software para o ramo de atuação da companhia. 
 Uma vez que o sistema de ERP precisa ser customizado para cada empresa, é 
importante saber também quais as tecnologias que o fornecedor disponibiliza para suas 
soluções. Com isso, é possível ter uma noção melhor dos custos com servidores, atualização, 
treinamento, entre outros. Além disso, nesse aspecto também é possível analisar a capacidade 
de integração e comunicação do sistema, a possibilidade de implementação de módulos no 
futuro, os recursos de segurança, compatibilidade com plataformas distintas (dispositivos 
móveis, por exemplo) e assim por diante. 
 Também é muito importante verificar quais as condições do suporte e manutenção 
oferecidas pelos provedores. O software certamente vai precisar de atualizações ao longo do 
tempo para correção de erros, melhorias em determinados procedimentos, adaptação para 
novas necessidades (implementação de uma nova regra tributária, por exemplo), ajustes de 
segurança. 
 O preço também é um aspecto importante a ser considerado, mas é um erro aceitar 
apenas a solução mais barata ou acreditar que a opção mais cara, justamente por estar nesta 
condição, irá suprir todas as necessidades da empresa. Há várias formas de licenciamento e 
cabe analisar qual é mais adequada à empresa. Deve-se considerar também que há outros 
custos atrelados, como um plano de suporte e manutenção (que pode ter renovação atual, por 
exemplo), implementação e infraestrutura. 
 Há de se considerar também que muitas companhias que desenvolvem softwares de 
ERP trabalham com empresas que atuam como intermediárias com os clientes, como se 
fossem revendas. Entretanto, esses parceiros podem lidar não só com as vendas, mas também 
com outros processos, como suporte e implementação, por exemplo. A divisão Dynamics, da 
Microsoft, é uma das fornecedoras que exploram com sucesso esse modelo. 
 
Conclusão 
 
 Quando o assunto é ERP, não raramente há a associação desse tema com outros tipos 
de software para o segmento corporativo, entre eles, CRM (Customer Relationship 
Management), BI (Business Intelligence) e SCM (Supply Chain Management). Todos podem 
atuar em conjunto com o ERP, inclusive como módulos. 
 Tal como o ERP, esses sistemas existem porque podem ajudar a empresa a ser mais 
competitiva: sistemas de CRM atuam nos processos de relacionamento com o cliente; 
softwares de BI podem auxiliar na análise de dados e nas tomadas de decisões; soluções de 
SCM ajudam no gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos. 
 Isso mostra o quanto esse mercado é grande e promissor, principalmente se levarmos 
em conta que o número de conexões banda larga à internet está aumentando e que há uma 
oferta cada vez maior de serviços baseados em cloud computing, permitindo que softwares de 
ERP cheguem a uma quantidade cada vez maior de empresas. Isso é bom para todo mundo: 
para as companhias desenvolvedoras, pois gera perspectivas de oportunidades de negócios; 
para os profissionais de TI, pois aumenta o número de vagas no segmento; e para os clientes, 
pois um mercado concorrido resulta em melhores produtos, aumentando as chances da 
empresa encontrar uma solução realmente adequada aos seus negócios.

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