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UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Engenharia Engenharia de Sistemas C Profº.: Pedro Paulo Thompson de Vasconcellos ERP – Enterprise Resource Planning Alunos: Jonas Ribeiro da Silva Matricula: 2006.2.05003.11 Paulo André Batista Pupim Matricula: 2006.2.05443.11 ERP Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (SIGE ou SIG), em inglês Enterprise Resource Planning (ERP), são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio à decisão, etc). Os ERPs, em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios. O propósito do ERP é facilitar o fluxo de informações entre todas as funções de negócio dentro dos limites da organização e gerenciar as conexões para stakeholders externos. Em sua essência, ERP é um sistema de gestão empresarial. Em geral uma empresa conta com vários sistemas, um para lidar com as contas a pagar, um para gerar folhas de pagamento, um para controlar vendas, um para gerenciar impostos, um para analisar metas e desempenho, entre outros. O que o ERP oferece é integração entre um ou mais sistemas para cada departamento da companhia. Com um único sistema integrando todos os departamentos - ou pelo menos os setores mais importantes, a comunicação interna se torna mais fácil e menos custosa. O departamento financeiro, por exemplo, poderá saber rapidamente quanto dinheiro destinar à quitação de impostos e quanto direcionar ao pagamento de funcionários, de acordo com as informações que o setor de gestão de recursos humanos disponibilizar no sistema. Com sistemas distintos, cada setor teria mais dificuldade para se comunicar com o outro, o que resultaria em maior tempo, mais gastos e até em cansativos procedimentos burocráticos. Com um sistema de ERP, a empresa passa a ter menos fornecedores de software, o que diminui custos com licenças, suporte técnico, servidores, treinamento, entre outros. Sistemas de gestão são importantes para as empresas, diminuem custos, tornam a comunicação mais eficiente, ajudam na tomada de decisões, permitem uma apuração mais precisa do que está acontecendo na companhia, muitas empresas consideram esse tipo de software imprescindível às suas atividades. História do ERP No final da década de 50, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara e lenta, mas já demandava menos tempo que os processos manuais e para poucos. No início da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP. Eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que possibilitavam o planejamento do uso dosinsumos e a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos. Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção e logística. O MRP se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário. Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento. Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação. O próximo passo, já na década de 80, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação. A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, o primeiro grupo que empregou o termo ERP foi o GartnerGroup como uma extensão do MRP, entre outras razões pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor, microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos, e não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente. As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracterizada pelo boom nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, surgiram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um substituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data de dois dígitos nos sistemas dos computadores. A importância do ERP nas Corporações O ERP pode ser visto como um grande banco de dados com informações que interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com seu status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da companhia. Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo o processo de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor administração da produção, um investimento, como uma nova infraestrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque. A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica, uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema. Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte- americana de autopeças, situada no estado de Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o pedido e a entrega de seis para duas semanas, aumentando a eficiência na data prometida para envio do produto de 60% para 95% e reduzindo as reservas de insumos em 60%. Outra diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos. É possível adaptar o ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientese focar em processos que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas. Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia a uma corporação, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes. Características do ERP Sistemas ERP tipicamente incluem as seguintes características: • Um sistema integrado que opera em tempo real (ou próximo do tempo real), sem depender de atualizações periódicas. • Um banco de dados comum que suporte todos as aplicações. • Uma aparência consistente por todos os módulos. • Instalação do sistema sem elaborar integração de dados/aplicações pelo departamento de TI. • Folha de pagamento, treinamento benefícios, recrutamento e gerenciamento de diversidade. • Engenharia, conta de materiais, ordem de trabalho, agendamento, capacidade, gereciamento de workflow, controle de qualidade, gerenciamento de custo, processo de manufatura, projeto de manufaturados, gerenciamento de ciclo de vida do produto. Melhores práticas Melhores práticas são incorporadas na maioria dos sistemas ERP, isto significa que o software reflete a interpretação do fabricante para processar cada negocio da maneira mais efetiva. Sistemas variam na conveniência com que o cliente pode modificar essas práticas. Companhias que implementaram melhores praticas industriais reduziram o consumo do tempo em tarefas de projetos como configuração, documentação, teste e treinamento. Em adição, as melhores práticas reduziram o risco em 71% quando comparado a implementação de outros softwares. O uso das melhores práticas facilita a adequação com requisitos com IFRS, Sarbanes- Oxley ou Basel II. Elas podem ajudar adequar com padrões industriais, tais como transferências eletrônicas de fundo, isto porque o procedimento pode ser prontamente codificado com software ERP e replicado com confiança através de múltiplos negócios que partilham requisitos do mesmo negócio. Modularidade Sistemas de ERP lidam com os vários departamentos de uma empresa, no entanto, não precisam, necessariamente, cobrir cada uma delas, pelo menos não ao mesmo tempo. Dependendo das expectativas da companhia em relação ao ERP, é possível atender determinadas áreas em um primeiro momento e as demais de maneira progressiva. Para isso, os provedores fazem o fornecimento do sistema em módulos, que são divididos de acordo com suas funcionalidades. Não há um sistema de ERP que, por si só, possa atender tudo o que é empresa. É necessário customizar a solução de acordo com as atividades da companhia. Por outro lado, há determinados processos que são bastante comuns em todas ou na maior parte das empresas, até mesmo por uma questão de legislação. Eis algumas categorias de módulos que se encaixam nesse contexto: • Financeiro / Contabilidade; • Recursos humanos; • Ativo fixo; • Processos; • Projetos; • Jurídico. A partir daí, podemos encontrar módulos mais específicos, adotados em menor escala e apenas se estiverem em conformidade com as atividades da empresa, por exemplo: • Estoque; • Distribuição de produtos; • Frota; • Comércio exterior; • Gestão de conhecimento; • Controle de materiais; • Automação comercial; • Análise de riscos. Nem toda empresa precisa gerenciar frota ou lidar com automação comercial, a vantagem do esquema de módulos está justamente aí. A companhia implementa somente aqueles que lhe são úteis e pode adicionar mais com o tempo, motivada pela expansão dos negócios, pela atuação em um novo segmento do mercado, entre outros. Conectividade Sistemas ERP conectam dados em tempo real e transacionam dados de varia maneiras, este tipo de sistema são tipicamente configurado por sistemas integradores, quem trazem conhecimento único no processo, equipamento e soluções do fabricante. Integração direta: Sistemas ERP tem conectividade como parte de sua oferta de produto. Isto requer suporte especifico do fabricante para operar o negocio do cliente. Fabricantes de ERP devem ser peritos nos seus produtos e conectar em produtos de outros fabricantes, incluindo concorrentes. Integração de banco de dados: Sistemas ERP conectam as fontes de dados através de tabelas de encenação em um banco de dados. Os sistemas depositam informação necessária no banco de dados. O sistema ERP lê a informação na tabela. O beneficio das tabelas de encenação é que os fabricantes de ERP não precisam dominar as complexidades do equipamento de integração. Conectividade vira responsabilidade dos sistemas integradores. Soluções customizadas de integração: Muitos sistemas oferecem soluções customizadas, estes sistemas tendem a ter o maior nível de custo inicial de integração e podem ter os maiores custos de confiabilidade e manutenção a longo prazo. Custos a longo prazo podem ser minimizados através de testes cuidadosos pelo sistema e documentação. Soluções integradas customizadas tipicamente funcionam em um computador servidor potente. Implementação O consentimento da implantação de um pacote como este requer muitos estudos, pois as mudanças durante e após a integração do sistema junto à organização pode trazer certo impacto nos processos que por sua vez eram realizados de formas diferentes. A decisão de implantar um Software ERP não deve, de maneira alguma, ser tomada mediante circunstâncias de pressão ou urgência. ERP não é o tipo de software que é comprado na prateleira de uma loja para depois ser instalado em um computador e, em seguida, estar pronto para o uso. Cada empresa, em face de suas atividades e de suas estratégias operacionais, possui necessidades distintas das outras, portanto, sistemas de ERP só serão funcionais se ao menos as características mais importantes da companhia forem levadas em conta. Uma empresa que fabrica medicamentos, por exemplo, tem necessidades bem diferentes de outra que trabalha no ramo de transportes. A primeira precisa se preocupar com obtenção de matéria-prima, pagamento de licenças de patentes, pesquisas em laboratórios, entre outros. A segunda, por sua vez, precisa se preocupar com a idade da frota, com gastos de combustível, com pedágios e assim por diante. No intuito de controlar gastos, a empresa também precisa definir qual tipo de licenciamento é mais adequado às suas operações: instalação do sistema em servidores próprios, utilização do sistema em servidores terceirizados (geralmente, oferecidos pelo provedor da solução), solução baseada em computação nas nuvens (cloud computing), pagamento por usuário (ou por computador de acesso), uma mistura de uma ou mais dessas modalidades. As soluções baseadas em cloud computing costumam ter custo menor, pois a empresa não precisa se preocupar com servidores, manutenção, atualização, entre outros. Além disso, oferece acesso mais fácil para usuários que estão fora das dependências da empresa - um vendedor que está em outra cidade visitando um cliente, por exemplo. Por outro lado, podem resultar em gastos maiores ao longo prazo porque, em geral, seu tipo de licenciamento exige pagamento periódico, como se fosse uma assinatura de jornal, grossamente comparando. É importante a empresa analisar as soluções de ERP existentes no mercado e as modalidades de licenciamento oferecidas para saber qual lhe atender melhor. O tempo de implementação também é um parâmetro importante. Sistemasde ERP não começam a funcionar da noite para o dia. Os provedores das soluções precisam de tempo para adaptar o software às atividades da empresa, sem contar que necessitam considerar a infraestrutura, os recursos de segurança, testes, treinamento de pessoal, integração entre departamentos, migração a partir de sistemas legados, entre outros. Além disso, a implementação geralmente ocorre por etapas, de forma que determinados módulos do sistema sejam instalados somente depois de esse processo já ter ocorrido com outros. Configuração Configurar um sistema ERP é claramente uma questão de equilibrar a maneira que o cliente quer que o sistema funcione com a maneira que ele foi desenhado para funcionar. Sistemas ERP tipicamente constroem muitos parâmetros mutáveis que modificam a operação do sistema. Por exemplo, uma organização pode selecionar o tipo de contabilidade de inventário a empregar, se identifica compra por unidade geográfica, linha de produto, ou canal de distribuição e se para por custos de envio quando um cliente retorna uma compra. Customização Sistemas ERP são teoricamente baseados nas melhores praticas e são pretendidos ser empregados como estão. Fabricantes ERP oferecem opções de configuração aos clientes que permitem as organizações incorporar suas próprias regras de negócio mas existem frequentemente “buracos” remanescentes mesmo depois da configuração estar completa. Clientes ERP tem varias opções para reconciliar “buracos” de funcionalidade cada uma com seus prós e contras. Soluções técnicas incluem reescrever parte da funcionalidade entregue, escrever um módulo “caseiro” dentro do sistema ERP ou interfacear a um sistema externo. Todas três dessas opções são variações de grau de customização de sistema, com a primeira sendo a mais invasiva e custosa a se manter. Alternativamente, há opções não-técnicas tais como, mudar práticas de negócio e politicas organizacionais par melhor concordar com a funcionalidade ERP entregue. Diferenças chaves entre customização e configuração incluem: • Customização é sempre opcional, ao passo que o software deve sempre ser configurado antes do uso. • O software foi desenhado par lidar com varias configurações e se comporta previsivelmente em qualquer configuração permitida. • O efeito de mudança de configuração no comportamento e performance do sistema é previsível e é de responsabilidade do fabricante de ERP. O efeito de customização e menos previsível e é responsabilidade do cliente e aumenta as atividades de testes. • Mudança na configuração sobrevive a upgrades e a novas versões de software. Algumas customizações sobrevivem a upgrades embora elas necessitem de testes. Outras customizações são sobrescritas durante upgrades e devem ser reimplementadas. Vantagens da Customização: • Melhora a aceitação do usuário; • Oferece o potencial para obter vantagem competitiva frente-a-frente companhias usando somente características padrões. Desvantagens da Customização: • Aumenta o tempo e recursos necessários para implementar e manutenção. • Inibe comunicação ininterrupta entre fornecedores e clientes que usam o mesmo sistema ERP não-customizado. • Confiança demais em customização "mina" os princípios do ERP como plataforma de software padronizadora. Migração de Dados Migração de dados é o processo de mover/copiar e reestruturar dados de um sistema existente para o sistema ERP. Migração é critico para o sucesso da implementação e requer planejamento significante. Infelizmente, desde que a migração é umas das atividades finais antes da fase de produção, frequentemente não recebe atenção suficiente. Os passos seguintes podem estruturar o planejamento da migração: • Identificar os dados a serem migrados; • Determinar a hora da migração; • Gerar os templates dos dados; • Congelar o conjunto de ferramentas; • Decidir as configurações relacionadas a migração; • Definir procedimentos e políticas de arquivamento de dados. Vantagens do ERP Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são: • Eliminar o uso de interfaces manuais; • Reduzir custos; • Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência); • Otimizar o processo de tomada de decisão; • Eliminar a redundância de atividades; • Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado; • Reduzir as incertezas do Lead time; • Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa; • Reduzir o tempo dos processos gerenciais; • Redução de estoque. A vantagem fundamental de ERP é que integrar os milhares de processos pelos quais o negocio opera economiza tempo e dinheiro. Decisões podem ser feitas mais rapidamente e com menos erros. Dados ficam visíveis através da organização. Tarefas que se beneficiam dessa integração incluem: • Previsão de vendas que permite otimização do inventário; • Histórico cronológico de cada transação através de compilação de dados relevantes em cada área de operação; • Rastreamento de pedidos da aceitação até a entrega. Sistemas ERP centralizam dados de negocio trazendo os seguintes benefícios: • Eles eliminam a necessidade de sincronizar mudanças entre múltiplos sistemas – consolidação de finanças, mercado e vendas, recursos humanos e aplicações manufaturadas; • Eles trazem legitimidade e transparência em cada pedaço de dado estatístico; • Eles permitem padronizar codificação e nomeação de produtos; • Eles provem uma visão compreensiva da empresa (sem "ilhas de informação"); • Eles tornam informação em tempo-real possível para gerenciar em qualquer lugar, em qualquer hora para tomar as decisões corretas. • Eles protegem dados sensíveis, consolidando múltiplos sistemas seguros em uma única estrutura. Desvantagens do ERP Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são: • A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada; • Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício; • Dependência do fornecedor do pacote; • Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento; • Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho; • Aumento da carga de trabalho dos servidores da empresa e extrema dependência dos mesmos; • Fazer reengenharia de processos de negócio para se encaixar no sistema ERP pode prejudicar a competitividade e desfocar de outras atividades criticas; • ERP pode mais que um sistem menos integrado e/ou soluções menos compreensivas. • Superar resistencia em partilhar informação sensivel entre departamentos pode divergir atenção da gerencia. Fatos críticos de Sucesso Empresas de Desenvolvimento que prestam serviços de soluções ERP, normalmente possuem valores muito flexíveis ao formato da empresa contratante, porém o custo num investimento como este é muito alto. Os benefícios notórios e generalizados de um ERP são: Segurança, Redução de Custo, Agilidade nos Processos, Sustentabilidade, etc. Quanto ao tempo de implantação total e funcionamento operacional, este pode variar de 6 a 24 meses ou mais. Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores críticos de sucesso para um projeto de implantação de um ERP são: • Envolvimento do Usuário • Apoio da direção • Definição clara de necessidades • Planejamento adequado • Expectativas realistas • Marcos intermediários • Equipe competente • Comprometimento • Visão e objetivos claros • Equipe dedicada • Infraestrutura adequada • Constante qualificação da equipe usuária Os fatores são de uma complexidade tamanha que frequentemente inviabilizam a implantação de projetos,a começar pelo próprio entendimento das necessidades e escolha da ferramenta correta. Alguns institutos de pesquisa já se posicionam como especialistas em análise de mercado para essa necessidade específica, servindo como mais uma ferramenta de tomada de decisão. Uso do Software Um dos pontos fortes do sistema é a integração entre os módulos. Os monitores, as operações e a navegação dentro do sistema estão tão padronizadas que, à medida que o utilizador se familiariza com um módulo, aprende mais facilmente e rapidamente os demais. Os acessos às informações são realizados através de menus com utilização de senhas, permitindo que se controle quais os usuários que têm acesso a quais tipo de informações. Além disso, os menus são customizados de forma que cada utilizador visualize e tenha acesso somente às operações que atendam aos objetivos específicos de seu interesse. Eis uma tabela com alguns softwares ERP no mercado: Software Licença Plataformas Idiomas disponíveis Justnew Proprietária Web Português CIGAM Proprietária Windows Português Compiere GPL Multiplataforma Inglês ERP5 GPL Windows Inglês FreedomERP GPL Multiplataforma Português Microsoft Dynamics Proprietária Multiplataforma Inglês NewAge Proprietária Multiplataforma Inglês, Espanhol e Chinês Openbravo GPL Multiplataforma Inglês OpenERP GPL Multiplataforma Inglês Protheus Proprietária Multiplataforma Português e Inglês RG2 GPL Multiplataforma / Web Português VPSA Proprietária Multiplataforma / Web Português Spress Proprietária Multiplataforma Português Stoq GPL Multiplataforma Português, Inglês e espanhol Vilesoft Proprietária Multiplataforma Português WebERP GPL Multiplataforma / Web Inglês Só no Brasil, há várias empresas especializadas em ERP com grande aceitação, como SAP, TOTVS, Microsoft Dynamics e Oracle. Não há fórmula certa que sirva para todas as empresas, mas há várias dicas que podem ajudar na escolha mais adequada, como: Entender exatamente quais as necessidades da companhia em relação ao ERP para então definir o que é prioridade. Tal análise indica um caminho a seguir. Para isso, pode ser necessário realizar reuniões com gerentes dos setores, com funcionários que exercem funções mais críticas. Neste ponto, é necessário avaliar as propostas feitas por cada empresa para, em primeiro lugar, identificar aquelas que melhor podem atender às necessidades identificadas. Neste ponto, também é importante verificar quais desses provedores têm experiência no fornecimento de software para o ramo de atuação da companhia. Uma vez que o sistema de ERP precisa ser customizado para cada empresa, é importante saber também quais as tecnologias que o fornecedor disponibiliza para suas soluções. Com isso, é possível ter uma noção melhor dos custos com servidores, atualização, treinamento, entre outros. Além disso, nesse aspecto também é possível analisar a capacidade de integração e comunicação do sistema, a possibilidade de implementação de módulos no futuro, os recursos de segurança, compatibilidade com plataformas distintas (dispositivos móveis, por exemplo) e assim por diante. Também é muito importante verificar quais as condições do suporte e manutenção oferecidas pelos provedores. O software certamente vai precisar de atualizações ao longo do tempo para correção de erros, melhorias em determinados procedimentos, adaptação para novas necessidades (implementação de uma nova regra tributária, por exemplo), ajustes de segurança. O preço também é um aspecto importante a ser considerado, mas é um erro aceitar apenas a solução mais barata ou acreditar que a opção mais cara, justamente por estar nesta condição, irá suprir todas as necessidades da empresa. Há várias formas de licenciamento e cabe analisar qual é mais adequada à empresa. Deve-se considerar também que há outros custos atrelados, como um plano de suporte e manutenção (que pode ter renovação atual, por exemplo), implementação e infraestrutura. Há de se considerar também que muitas companhias que desenvolvem softwares de ERP trabalham com empresas que atuam como intermediárias com os clientes, como se fossem revendas. Entretanto, esses parceiros podem lidar não só com as vendas, mas também com outros processos, como suporte e implementação, por exemplo. A divisão Dynamics, da Microsoft, é uma das fornecedoras que exploram com sucesso esse modelo. Conclusão Quando o assunto é ERP, não raramente há a associação desse tema com outros tipos de software para o segmento corporativo, entre eles, CRM (Customer Relationship Management), BI (Business Intelligence) e SCM (Supply Chain Management). Todos podem atuar em conjunto com o ERP, inclusive como módulos. Tal como o ERP, esses sistemas existem porque podem ajudar a empresa a ser mais competitiva: sistemas de CRM atuam nos processos de relacionamento com o cliente; softwares de BI podem auxiliar na análise de dados e nas tomadas de decisões; soluções de SCM ajudam no gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos. Isso mostra o quanto esse mercado é grande e promissor, principalmente se levarmos em conta que o número de conexões banda larga à internet está aumentando e que há uma oferta cada vez maior de serviços baseados em cloud computing, permitindo que softwares de ERP cheguem a uma quantidade cada vez maior de empresas. Isso é bom para todo mundo: para as companhias desenvolvedoras, pois gera perspectivas de oportunidades de negócios; para os profissionais de TI, pois aumenta o número de vagas no segmento; e para os clientes, pois um mercado concorrido resulta em melhores produtos, aumentando as chances da empresa encontrar uma solução realmente adequada aos seus negócios.
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