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DIREITO COMERCIAL – Propriedade Industrial 
 Profa Maria Antonieta Lynch
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Faculdade de Direito do Recife
Propriedade Imaterial / Intelectual
Propriedade Imaterial - Intelectual
Propriedade Industrial. 
Direito Autoral ou Copyright.
Propriedade Industrial é um episódio da propriedade imaterial que trata dos bens incorpóreos aplicáveis a indústria. 
Propriedade Imaterial / Intelectual
A Propriedade Intelectual pode ser considerada gênero de duas espécies: os direito do autor e os direito de propriedade industral.
É instrumento de inovação. Arts. 218 e 219 CF. 
As marcas conferem identidade ao produto, permitindo a sua identificação pelo consumidor. 
Desenvolver uma marca forte requer grandes investimentos em propaganda e marketing, podendo ser uma boa opção para fugir da competição por preços, típica de produtos sem identidade marcante. 
Propriedade Imaterial / Intelectual
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.
§ 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.
§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
§ 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.
§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.
§ 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
Propriedade Imaterial / Intelectual 
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
Direito Industrial 
Peculiaridades
Objetos – bens industriais. 
Caráter Temporal – Não é propriedade perpétua.
Imposição de deveres ao titular.
Direito Industrial 
Bens Industriais
Criações intelectuais: inventos, modelos de utilidade e os desenhos industriais (design)
Sinais distintivos: marcas, título de estabelecimento, insígnia, sinais e expressões de propaganda, entre outros. 
Direito Industrial 
Lei 9279/96
Art. 2. A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: 
I – concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II – concessão de registro de desenho industrial;
III – concessão de registro de marca;
IV – repressão às falsas indicações geográficas; e
V – repressão à concorrência desleal. 
Sinais Distintivos
Sinal Distintivo 
Alberto Almeida define sinais distintivos como “meios fonéticos ou visuais, em particular palavras ou imagens, que são utilizados, na vida econômica e social, para a individualização do empresário ou do estabalecimento comercial, assim como os produtos ou serviços que ele fornecem, com o objetivo de os disntinguir e de permitir ao público identificá-los. A clientela poderá reconhecer os produtos ou os estabelecimentos comerciais que procura e diferencia-los dos produtos ou estabalecimentos similares. 
Sinais Distintivos
Os sinais distintivos agregam valor econômico ao produto. 
Os sinais tem função individualizante, atribuindo identidade ao objeto, criando uma referência, que passa a diferenciar o objeto de seus pares.
Maitê Moro diz que o sinal transmite um significado. 
Sinais Distintivos 
Agrega Valor 
Distingue
Individualiza
Diferencia 
Identifica 
Transmite significado 
Particulariza
Sinais Distintivos
O registro da marca é pleiteado no INPI
O registro do nome na Junta Comercial 
O título de estabelecimento é protegido pelo principio da anterioridade no uso e da concorrência desleal. 
O registro de nome de domínio é outorgado pelo Nic.br.
Marcas
Conceito
Sinal, visualmente perceptível, não vedado em lei, próprio para distinguir, individualizar, identificar ou certificar produtos ou serviços. 
É elemento que o público tem para selecionar e adquirir produtos colocados no mercado. 
Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. 
Marcas
Espécies (quanto ao uso)
Marca de Produto ou Serviço: aquela utilizada para distinguir e individualizar produtos ou serviços de outros iguais, similares ou afins, de procedência ou origem diversa. 
Produto: toda utilidade produzida pela natureza ou pelo ser humano. 
Serviço: próprio trabalho, intelectual ou material, a ser realizado pela pessoa física ou jurídica. 
Marcas
Marca de Certificação ou de Qualidade
Aquela usada para certificar, atestar, comprovar que um produto ou serviço se amolda a determinadas normas e especificações técnicas de qualidade, origem e excelencia do material utilizado ou metodologia empregada. 
Marcas
Marca Coletiva
Aquela usada para assinalar e identificar produtos ou serviços oriundos dos membros de determinada entidade (associaç	ões, cooperativas, sindicatos e outras)
Marcas
Condições de Registrabilidade 
Sinal distintivo – apto a diferenciar produto ou serviço de outro igual ou similar.
Sinal visualmente perceptível – sinal percebido pela visão, não se admitindo registro de marca sonora, olfativa ou gustativa. 
Sinal proibido em lei é que não apresenta os requisitos de licitude, disponibilidade e veracidade, que ao lado da distintividade, completam as condições necessárias para constituir uma marca suscetível de registro. 
Marcas
Classificação quando à forma / apresentação 
Marca Nominativa ou Verbal
composta por palavras ou combinações de palavras sem conotação figurativa ou fantasiosa.
Marca Figurativa ou Emblemática
caracterizada por desenho, imagem, figura, emblema, logotipo, símbolo, monograma, letra quando representados sob forma estilizada ou fasntasista. 
Marcas
Marca Mista ou Composta
É a que se apresenta mesclada de elementos figurativos e nominativos, ou constituida só de elementos nominativos, porém revestidos de suficiente estilização ou fantasia. 
Marcas
Quanto à origem
Nacional é aquela regularmente depositada, por pessoa aqui domiciliada sem reivindicação de prioridade. 
Estrangeira é aquela depositada por pessoa domicialida for a do país ou aquela depositada em país vinculado a tratado ratificado pelo Brasil, reivindicando-se prioridade. 
Marcas
Marca de Alto Renome
Art. 125
Marca Notória é aquelas que possui notoriedade. Assim a marca de alto renome é uma espécie de marca notória. 
A Marca de Alto Renome é aquela conhecida no mercado de consumo em geral, que alcançou um patamar de grande reconhecimento e reputação positiva.
Marca de Alto Renome
DO REQUERIMENTO DA PROTEÇÃO ESPECIAL 
Art. 2o A fim de poder gozar da proteção conferida pelo art. 125 da LPI, o titular de marca registrada no Brasil deverá requerer ao INPI o reconhecimento da alegada condição de alto renome de sua marca, por meio de petição específica, instruída com provas em idioma português. 
Marca de Alto Renome
DA COMPROVAÇÃO DO ALTO RENOME (Res. 107)
Art. 3o A comprovação da alegada condição de alto renome deverá estar vinculada a três quesitos fundamentais: 
I. Reconhecimento da marca por ampla parcela do público em geral;
II. Qualidade, reputação e prestígio que o público associa à marca e aos produtos ou serviços por ela assinalados; e
III. Grau de distintividade e exclusividade
do sinal marcário em questão. 
Marca de Alto Renome
DA ANOTAÇÃO DO RECONHECIMENTO DO ALTO RENOME 
Art. 8o Reconhecido o alto renome, o INPI anotará esta condição no registro da marca que ensejou tal condição. 
Parágrafo único. Tal anotação perdurará por 10 (dez) anos, ressalvadas as seguintes hipóteses: 
I. Extinção do registro da marca objeto do reconhecimento do alto renome;
II. Reforma da decisão que concluiu pelo reconhecimento do alto renome, em função do previsto no art. 10 desta Resolução. 
Marca de Alto Renome
Pirelli desde 23/11/2010 – Mista
Hollywood desde 15/06/2010 - Nominativa
3M desde 21/12/2010 - Nominativa
Kibon desde 21/06/2011 - Nominativa
Natura desde 13/07/2010 - Nominativa
Moça desde 21/06/2011 - Nominativa
Havaianas desde 09/09/2008 - Nominativa
Marca de Alto Renome 
Bom Bril desde 23/09/2008 - Mista
Itaú desde 28/10/2008 - Nominativa
Chiclets desde 04/11/2008 - Nominativa
Bic desde 18/11/2008 - Nominativa
Nike desde 23/12/2008 - Figurativa
Land Rover desde 08/09/2009 - Nominativa
Boticário desde 02/02/2010 - Nominativa
Marca de Alto Renome
CHANEL desde 10/05/2011 - Nominativa
Sadia desde 21/06/2011 - Mista
Mcdonald desde 04/09/2012 – Mista
Em tramitação Judicial 
Goodyear 
Marca de Alto Renome – FIFA 
Reconhecido o alto renome das marcas, nos termos do art. 125 da LPI, e de acordo com o disposto no artigo 3o da lei n.o 12.663 de 05/06/2012 (Lei da Copa). 
Os efeitos deste reconhecimento são válidos até 31 de dezembro de 2014, conforme o disposto no artigo 5o da última norma legal mencionada. 
São 71 sinais. 
Lista publicada na RPI 2201 de 12 de março de 2013 
Lei da Copa – Marcas de Alto Renome
Marcas de Alto Renome – Lei da Copa
Lei da Copa
Da Proteção Especial aos Direitos de Propriedade Industrial Relacionados aos Eventos
Art. 3o  O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) promoverá a anotação em seus cadastros do alto renome das marcas que consistam nos seguintes Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA, nos termos e para os fins da proteção especial de que trata o art. 125 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996:
 I - emblema FIFA;
II - emblemas da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014;
III - mascotes oficiais da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014; e
IV - outros Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA, indicados pela referida entidade em lista a ser protocolada no INPI, que poderá ser atualizada a qualquer tempo.
 Parágrafo único.  Não se aplica à proteção prevista neste artigo a vedação de que trata o inciso XIII do art. 124 da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996.
 
Lei da Copa
Art. 4o  O INPI promoverá a anotação em seus cadastros das marcas notoriamente conhecidas de titularidade da FIFA, nos termos e para os fins da proteção especial de que trata o art. 126 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996, conforme lista fornecida e atualizada pela FIFA.
 Parágrafo único.  Não se aplica à proteção prevista neste artigo a vedação de que trata o inciso XIII do art. 124 da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996.
 
Lei da Copa
Art. 5o  As anotações do alto renome e das marcas notoriamente conhecidas de titularidade da FIFA produzirão efeitos até 31 de dezembro de 2014, sem prejuízo das anotações realizadas antes da publicação desta Lei.
§ 1o  Durante o período mencionado no caput, observado o disposto nos arts. 7o e 8o:
I - o INPI não requererá à FIFA a comprovação da condição de alto renome de suas marcas ou da caracterização de suas marcas como notoriamente conhecidas; e
II - as anotações de alto renome e das marcas notoriamente conhecidas de titularidade da FIFA serão automaticamente excluídas do Sistema de Marcas do INPI apenas no caso da renúncia total referida no art. 142 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996.
§ 2o  A concessão e a manutenção das proteções especiais das marcas de alto renome e das marcas notoriamente conhecidas deverão observar as leis e regulamentos aplicáveis no Brasil após o término do prazo estabelecido no caput.
Marcas
Marca Notoriamente Conhecida
A marca notoriamente conhecida é aquela registrada em outro país, mas que possui expressivo reconhecimento perante os consumidores. Nesse caso, a proteção estende-se apenas ao seu ramo de atuação
Marcas 
Sinais não registráveis como marca
Art. 124 
I – brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumentos oficiais, públicos, nacionais …
A proibição fundamenta-se no respeito à ordem pública.
Esse dispositivo legal emana do Artigo 6 Ter da Convenção da União de Paris, no qual todos os signatários se comprometem a recusar ou invalidar registro de marca que ostente armas, bandeiras e outros símbolos ou emblemas de Estado pertencentes aos países membros do tratado. 
Ex. Bandeira dos EUA, Estátua da liberdade. 
Marcas
II – letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva. 
Tais elementos podem ser registrados quando tenham forma distintiva ou fantasista que sejam suficientes para caracterizar como marca figurativa. Assim a proteção alcança apenas a aparência exterior. 
Ex. 25 de outubro de 1998. 
Marcas
III – expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário a moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto, religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração;
Ex. Pinga levanta o pau. Calças Vagginna. Vinho Santo Antônio do Pau Oco. Desodirante Perfuma o Negão. 
Marcas
IV – designação ou sigla de entidade ou orgão público quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público;
Proibe-se, nesse inciso, que o particular registre como marca ou sigla de entidade pública ou orgão público, nacional ou estrangeiro. A proibição abrange todas as classes de produtos ou serviços.
Ex. INSS – PMDB – ITAMARATI – INPI 
V – reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetíveis de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos;
Não é registrável em obediência ao princípio da veracidade, a cópia ou imitação, capaz de estabelecer confusão ou associação indevida, de elemento fantasioso de titulo de estabalecimento ou nome empresarial alheio. 
Marcas
Marcas
VI – sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, saldo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
Marcas
Sinal de caráter genérico
É gênero de atividade, de produto ou serviço. 
Ex: Alimentos, vestuário, Bancário. 
Sinal de caráter necessário
É elemento nominativo ou figurativo que denomina graficamente o produto. 
Ex. Sorvete para o sorvete. 
Marcas
Sinal de caráter comum ou vulgar 
É elemento que apesar de não ser a denominação figurativa ou originária do produto, incorporou-se como se o fosse, à linguagem habitual e corrente.
Ex: Cachaça ou Pinga para aguardente. Baguete para assinalar pão. Refrigerente para assinalar bebidas gasosas. Jeans para calca de brim lavado. 
Marcas
Sinal descritivo que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir
Aquele que simplesmente descreve, indicando as qualidade ou finalidade de uso. 
Ex. Alisante irregistrável para assinalar creme de alisar cabelos. Perfumado irregistrável para assinalar sabonetes, talcos, desodorantes etc. Hora certa irregistravel para distinguir relógios. 
Marcas
Sinal comumente empregado para designar característica do produto ou serviço
É o sinal que se tornou de uso reiterado na linguagem comercial corrente, sendo empregado, frequentemente, como indicativo de uma característica do produto ou serviço. 
Natureza: Industrializado. Manufaturado.
Nacionalidade: italiano. Brasileiro. 
Peso: Quilo. Arroba. Grama. 
Marcas
Valor: 
Safra especial (irregistrável para vinhos). 
Sabor premiado. (irregistrável para alimentos)
Cinco estrelas (irregistrável para serviços de hotelaria). 
Qualidade:
Delicioso (irregistrável para alimentos em geral)
Perfeito, ótimo, bom (irregistrável para produtos em geral)
Marcas
VII – sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda;
Os antigos slogans perderam espaço e hoje não é mais possivel registrar como marca. 
Ex. O sabor que provoca arrepio. 
Ex. Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta. 
Marcas - Exemplos
Marcas - Exemplos
Marcas - Exemplos
Marcas - Exemplos
Marcas – EMS
Acido acetilsalicílico
Marcas - EMS
Marcas de Certificação e Coletivas
As marcas coletivas e de certificação são instrumentos de desenvolvimento tecnológico e econômico. 
A valorização dos produtos e serviços das empresas através da apropriação de ativos intelectuais são formas de implementação de inovação nas empresas. 
Marcas de Certificação e Coletivas
Essas marcas podem ser utilizadas como formas de inovação nas empresas através de sua utilização como: 
Instrumento de marketing na criação e na valorização da imagem do produto ou do serviço; 
instrumento de aumento de clientela, através do ganho de confiança pelos consumidores, com o reconhecimento por parte desse das qualidades do produto ou serviço; 
Instrumento de inserção dos produtos e serviços das empresas nacionais no mercado internacional; 
Instrumento de desenvolvimento econômico e tecnológico das empresas nacionais.
Marcas de Certificação 
Marca de garantia, marca de garantia de qualidade.
Podem ser registrados como marcas de certificação, os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais, utilizadas para certificar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, especialmente em relação à qualidade, natureza, material utilizado e procedimento empregado. 
Marcas de Certificação
As proibições legais absolutas ou relativas do art. 124 podem ser resumidas em quatro grupos: 
a) sinais que carecem de força distintiva pela sua natureza 
b) sinais que carecem de força distintiva pelo seu caráter genérico 
c) sinais que afetam o valor intrínseco da marca
d) sinais iguais ou semelhantes a sinais anteriormente registrados, para produtos ou serviços iguais ou semelhantes. 
Marcas de Certificação
Art. 128. (...).
3º O registro da marca de certificação só poderá ser requerido por pessoa sem interesse comercial ou industrial direto no produto ou serviço atestado.
Marcas de Certificação
Podemos citar como exemplos de marca de certificação 
o selo da Associação Brasileiras de Normas Técnicas – ABNT; 
O selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO;
O selo da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC.
Marcas de Certificação
Marcas de Certificação
Marcas de Certificação
Marcas de Certificação
Marcas Coletivas
As marcas coletivas estão previstas no artigo 123, II da LPI: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. 
A marca coletiva é um sinal distintivo que indica que um produto ou serviço provém de ou é prestado por uma pessoa membro da Associação titular da marca. 
Marcas Coletivas
São exemplos de marcas coletivas registradas junto ao INPI
Marca Coletiva
Marca Coletiva
Marca Coletiva
Marca Coletiva
Sinais e Expressões de Propaganda
"Experimenta, Experimenta, Experimenta" 
(Cerveja Nova Schin)
"Amo muito tudo isso” 
(McDonalds).
Sinais e Expressões de Propaganda
Histórico legal: ontem e hoje
A Lei 5.772/71, não apenas definia o conceito de "sinal e expressão de propaganda", mas também era uma das únicas do mundo que previa uma proteção para os mesmos através de registro específico, nos artigos 2,c, 73 e no Capitulo II, Seção I do referido, e revogado, diploma legal:
Sinais e Expressões de Propaganda
Art. 2.° A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial se efetua mediante:
a) concessão de privilégios: de invenção; de modelo de utilidade; de modelo industrial; e de desenho industrial;
b) concessão de registros: de marca de indústria e de comércio ou de serviço; e de expressão ou sinal de propaganda;
c) repressão a falsas indicações de procedência;
d) repressão à concorrência desleal.
Sinais e Expressões de Propaganda
Art. 73 "Entende-se por expressão ou sinal de propaganda toda legenda, anúncio, reclame, frase, palavra, combinação de palavras, desenhos, gravuras, originais e característicos que se destinem a emprego como meio de recomendar quaisquer atividades lícitas, realçar qualidades de produtos, mercadorias ou serviços, ou a atrair a atenção dos consumidores ou usuários."
Sinais e Expressões de Propaganda
A Lei 9.279/96, eliminou de seu bojo as referências existentes à proteção das expressões e sinais de propaganda através do art. 233. Porém, lembre-se que, em nenhum momento, o legislador extinguiu a sua tutela do ordenamento jurídico pátrio. A diferença entre a lei anterior e a atual é, simplesmente, a forma como a proteção das expressões de propaganda está assegurada, pois a Lei 9.279 não apenas indica que uma marca pode ser usada também em propaganda (art. 131) mas também proíbe o registro de signos que sejam apenas utilizáveis como propaganda (art. 124, VII) e, principalmente, deixa claro que o uso não autorizado de expressão de propaganda de terceiro é crime de concorrência desleal (art. 194 e 195, incisos IV e VII).
Sinal e Expressão de Propaganda
Entende-se por expressão ou sinal de propaganda toda legenda, anúncio, reclame, frase, palavra, combinação de palavras, desenhos, gravuras, originais e característicos que se destinem a emprego como meio de recomendar quaisquer atividades lícitas, realçar qualidades de produtos, mercadorias ou serviços, ou a atrair a atenção dos consumidores ou usuários.
Sinal e Expressão de Propaganda
Marca versus Sinais e Expressões de propaganda
Enquanto a marca dá nome, indicando um produto ou serviço, a propaganda estimula, incentiva a aquisição ou uso dos produtos e/os serviços. 
A marca é um nome, a propaganda um imperativo, implicando numa estrutura lógica mais complexa. 
Patentes 
Conceito: patente é um título de propriedade que confere ao seu titular o direito de exclusividade de exploração de uma invenção, em um determinado território, por um limitado período de tempo, em troca da descrição da invenção. 
Patentes
O que é patenteável?
É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Patentes - Novidade
Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica.
        § 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.
Patentes – Atividade Inventiva
Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Indícios de Atividade Inventiva
Prover resultado novo ou inesperado 
Lograr sucesso onde outros falharam 
Resolver com sucesso um problema nunca antes sequer reconhecido 
Resolver com sucesso um problema até então tido como insolúvel 
Ter logrado sucesso comercial 
Pertencer a um segmento ativo, em que pequenos avanços têm grande peso 
Indícios de Atividade Inventiva
Omitir um elemento no estado da técnica sem levar a perda de desempenho 
Conter modificação não sugerida no estado da técnica 
Prover vantagem nunca antes apreciada 
Prover resultado operacional onde até então
falhas prevaleciam 
Implementar com sucesso uma ideia antiga, mas nunca antes implementada 
Atender a uma necessidade conhecida e sentida a muito tempo 
Contrariar os ensinamentos do estado da técnica 
Indícios para Atividade Inventiva
A combinação não é expressamente sugerida ou implícita no estado da técnica 
Referências no estado da técnica não poderiam ser fisicamente combinadas 
As referências não mostrariam a invenção, mesmo que fossem fisicamente combinadas 
As referências no estado da técnica não funcionariam se combinadas 
Mais de 3 referências teriam que ser combinadas para mostrar a invenção 
Indícios para Atividade Inventiva
As próprias referências sugerem que elas não deveriam ser combinadas 
Etapas estranhas ou não usuais precisam ser utilizadas para a combinação das referências 
As referências pertencem a campos diferentes entre si ou a campos diferentes do da invenção 
A combinação provê sinergismo (resultados maiores do que os da soma dos resultados de cada referência) 
Patentes – Aplicação Industrial 
Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.
Não se considera invento
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
 I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
 II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
 VI - apresentação de informações;
 VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
 IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Não é patentável 
Art. 18. Não são patenteáveis:
        I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
        II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
        III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
        Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.
Processo de Patenteamento
– Busca prévia (estado da técnica)
– Definição do escopo da invenção, redação do pedido – Depósito do primeiro pedido (T0)
– Depósitos internacionais (T12 ou T30)
– Publicação do pedido (T18)
– Início do exame técnico pelo INPI (T20-36)
– Adequação do pedido
– Deferimento do pedido
– Expedição da Carta Patente
– Nulidade administrativa ou judicial

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