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Placodermi e Gnathostomata: características e evolução

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17- Quem são os Placodermi e qual sua posição filogenética?
Os Placodermi são um grupo de Gnathostomata inferiores que estão extintos. Já possuíam
maxila, porém ainda não havia a presença de dentes. Eram recobertos por um escudo ósseo
espesso, característico desse grupo. Devido ao peso desse escudo, seu modo de vida era
provavelmente bentônico. Alguns exemplares tinham apêndices pélvicos e outros não, o que
sugere que a fecundação era interna, assim como nos tubarões. Apresentam tbm uma
nadadeira caudal ale´m de nadadeira pares pelvicas.
São os primeiros membros do grupo Gnathostomata, ou seja, os organismos mais primitivos
do grupo, sendo assim, os Placodermi caracterizam o grupo irmão do restante dos
Gnatostomados. Possuem uma armadura óssea que forma um escudo na região craniana e
torácica, entretanto, diferente dos Ostracodermes, essa placa óssea possuía uma articulação
entre o crânio e o tronco que possibilitava que os Placodermi articulassem a cabeça durante a
alimentação. Alguns estudos sugerem que essa articulação também poderia oferecer
problemas respiratórios e de locomoção ao placodermos. Apesar de já possuírem maxila,
característica principal na definição dos Gnathostomata, estas não tinham dentes verdadeiros.
Porém não possuiam dentes correspondentes aos demais gnastomados, pois eram projeções
osseos das maxilas e com isso nao havia substituição e tinham a musculatura mandibular
diferente. Além disso, possuíam algumas características interessantes como uma fecundação
interna proporcionada pelos apêndices pélvicos (presentes nos machos) e um ritual complexo
de corte, assemelhando-se aos condrictes viventes.
18- Quem são os Gnathostomata e quais as hipóteses que se explicam como surgiram a partir
da condição Agnatha?
Peixes com mandíbula e apendices pares, nadadeira pelvica peitoral, progresso no sistema de
movimentação .
Uma das hipóteses possíveis para o surgimento dos Gnathostomata é que houve uma
duplicação do complexo do gene Hox(responsável pela metameria) (assim como aconteceu
para o surgimento dos Vertebrados),a partir dos Agnatha, que ocasionou no acúmulo de
material genético para surgir um animal mais complexo. Uma das hipóteses atuais é de que as
maxilas são estruturas homólogas aos arcos branquiais, tais estruturas possuem diversas
modificações nos agnatos e gnatostomados, sendo assim, pode-se inferir que o ancestral em
comum desses táxons possuía um par de arcos branquiais na mesma posição. O surgimento da
maxila alterará completamente o modo de vida desses animais, que a partir disso serão
capazes de agarrar alimentos e objetos, além da possibilidade de herbivoria, também há a
discussão de que as maxilas evoluíram para proporcionar uma ventilação mais poderosa das
brânquias.
Apesar dos Gnathostomata já terem sido considerados como um táxon completamente distinto
dos Agnatha, atualmente é considerado seu surgimento dentro da irradiação dos Agnatha, mas
como um grupo mais derivado, principalmente pelo desenvolvimento de maxilas que
poderiam ou não apresentar dentes e pela presença de nadadeiras peitorais e pélvicas.
Uma das hipóteses atuais é de que as maxilas são estruturas homólogas aos arcos branquiais,
tais estruturas possuem diversas modificações nos agnatos e gnatostomados, sendo assim,
pode-se inferir que o ancestral em comum desses táxons possuía um par de arcos branquiais
na mesma posição. O surgimento da maxila alterará completamente o modo de vida desses
animais, que a partir disso serão capazes de agarrar alimentos e objetos, além da possibilidade
de herbivoria, também há a discussão de que as maxilas evoluíram para proporcionar uma
ventilação mais poderosa das brânquias.
Outra hipótese do surgimento dos Gnathostomata a partir dos Agnatha, leva em consideração
a duplicação do complexo do gene Hox, que teria proporcionado a quantidade mãos
complexos.
19- Etimologias e apomorfias deste grupo
Provavelmente a ausência de osso em condrichthyes é uma perda secundária visto que o
primeiro grupo de Gnathostomata já tinha osso (Placodermi)
O termo Chondrichthyes se refere a peixes cartilaginosos, justamente por esse grupo possuir
esqueleto predominantemente cartilaginoso calcificado. As principais apomorfias desse grupo
incluem a presença de esqueleto cartilaginoso calcificado, nunca ossificado, entretanto
existem alguns vestígios ósseos que indicam a perda dessa ossificação, ou seja, uma perda
secundária que poderia ser caracterizada como uma apomorfia. Além de possuírem escamas
placóides, semelhantes a dentes que são imersas no corpo desses animais (hidrodinâmica). Os
dentes dos animais desse grupo também são homólogos a essas escamas placóides e
apoiam-se nas maxilas por ligamentos, diferente dos mamíferos. E por fim, a presença de
clásperes pélvicos, oriundos da modificação da nadadeira pélvica somente nos machos
utilizado para segurar a fêmea e auxiliar na fecundação interna. Possuem um fígado maior
pelo acúmulo de óleo, promovendo o mesmo efeito da bexiga natatória na flutuação do animal
na água.
20- Caracterize cada um dos três grupos que o compõem
Chondrichthyes são divididos em dois principais grupos: Holocephalii (quimeras) e
Elasmobranchii (tubarões, cações e raias).
Os Elasmobranchii são divididos em três subgrupos:
- Squalomorphii e Galeomorphii (tubarões e cações)
São marinhos, pelágicos e a maioria / possui corpo fusiforme.
As brânquias apresentam septos de modo que as fendas faríngeas se abrem
separadamente para o exterior (5 a 7) lateral
- Batoidea (raias)
Maioria marinha, mas possui um grupo exclusivo de água doce.
Corpo achatado dorsoventralmente
Nadadeiras peitorais muito largas, fundidas a cabeça
Fendas branquiais ventrais, água entra na faringe pelo espiráculo, acima dos olhos.
Maioria com corpo liso, ausente de escamas
Mais diversificadas que os tubarões e quimeras
Alguns grupos possuem um espinho dorsal associado a glândula de veneno, utilizado
para proteção
Holocephali (quimeras)
Vivem em grandes profundidades, marinhas
Animais durofágicos, se alimentam de equinodermos, crustáceos e moluscos (placa
dentígera forte)
Opérculo membranoso recobrindo as fendas branquiais,
Nadadeira caudal modificada em filamento longo
Pode existir um espinho associado a glândula de veneno a frente da nadadeira dorsal
Boca ventral com o focinho parecendo uma probóscide
Estômago ausente (regressão evolutiva devido ao que come)
Ovíparas
Machos possuem um tubérculo espinhoso móvel na cabeça e apêndices retráteis na
frente das nadadeiras pélvicas, provavelmente para segurar a fêmea no acasalamento.
1 a 3 fendas branquiais
A subclasse Elasmobranchii é composta pelos tubarões incluídos especificamente no
grupo Pleurotremata, animais carnívoros e podem habitar desde ambientes rasos até
ambientes de grande profundidade, os tubarões possuem fendas branquiais que abertas para o
exterior, possuem dentes pontiagudos cercados por dentes substitutos e órgãos capazes de
detectar campos elétricos, utilizando-os na detecção de presas e também no auxílio da
navegação. Algumas espécies de tubarões possuem somente hábito filtrador e se alimentam de
zooplânctons. As raias também fazem parte da subclasse Elasmobranchii, sendo todas
incluídas na ordem Batoidea, são especializadas a viver nos fundos dos mares, o formato
achatado do corpo é resultante da junção entre a cabeça e as nadadeiras peitorais, facilitando
também a propulsão. Algumas espécies possuem um ferrão na cauda, utilizado para se
defender de ataques. Além de poderem despejar descargas elétricas para imobilizar presas ou
afastar inimigos.
Por fim, as quimeras compõem a subclasse Holocephali, são exclusivamente marinhas, as
nadadeiras peitorais são exclusivas para o auxílio na propulsão, supõe-se que por isso a cauda
não termina em uma nadadeira caudal propulsiva, existe apenas uma cauda normal longa e
afunilada, as aberturas branquiais das quimeras não ficam expostas ao meio externo como as
dos tubarões, sendo coberta por um opérculo, não possuem escamas.Além de possuírem
clásperes pélvicos, as quimeras possuem um clásper cefálico que supõe-se que prenda a fêmea
no momento da cópula.
21- Algumas curiosidades sobre ataques de tubarões
● A maioria dos casos de ataques de tubarões ocorrem com mergulhadores que fazem
contato visual com o animal, o tocam ou se aproximam demais.
● Ataques a banhistas acontecem geralmente em águas rasas, até 2m de profundidade
● Geralmente, tubarões brancos “checam” o possível alimento dando uma mordida, se
for algo que não for de costumes deles, eles largam. Por isso, a maioria dos ataques
não resulta em morte.
● Possuem um olfato muito apurado
● O Brasil é o 9 país com mais ataques de tubarão, sendo sua maioria na região de
Pernambuco
● Quando estão prestes a atacar eles protegem seus olhos com a membrana e se
localizam por ondas elétricas principalmente.

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