Buscar

Unidade 3 - Neuroeducação e Tecnologias Educacionais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 03
Milena Barbosa de Melo
Neuroeducação 
e Tecnologias 
Educacionais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
MILENA BARBOSA DE MELO
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
MILENA BARBOSA DE MELO
Olá. Eu, Milena, possuo graduação em Direito pela Universidade 
Estadual da Paraíba (2004). Doutora em Direito Internacional pela Universidade 
de Coimbra. Mestre e Especialista em Direito Comunitário pela Universidade 
de Coimbra. Atualmente, sou Professora Universitária e Conteudista. Como 
jurista atuo principalmente nas seguintes áreas: Direito à Educação, Saúde, 
Direito Internacional público e privado, Jurisdição Internacional, Direito 
Empresarial, Direito do Desenvolvimento, Direito da Propriedade Intelectual 
e Direito Digital.
Desse modo, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Surgimento da neuroeducação .................................................... 12
Desenvolvimento histórico da neuroeducação......................................12
A neuroeducação - conceito e implicações ........................................ 15
A neurociência em benefício da neuroeducação – janela de 
oportunidades .................................................................................................................16
A neuroeducação aplicada na escola .......................................20
Neuroeducação e à docência estudando o cérebro .................. 20
Neuroeducação e as estratégias educacionais ................................22
Melhor forma de usar a neuroeducação na escola ...........28
Estilos de aprendizagem ................................................................. 32
Os diversos estilos de aprendizagem ........................................................32
Jogos digitais na facilitação da aprendizagem ..................................35
Proposta de aprendizagem diferenciada ................................38
Como surgiu a ideia de aprendizagem diferenciada .................. 38
A importância também do jogo de tabuleiro ...................................... 41
Bibliografia ............................................................................................. 45
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 9
UNIDADE
03
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais10
O mundo está em constante evolução, pessoas inventam coisas 
novas todos os dias, a ciência evolui junto com a tecnologia. Assim, 
nasce a concepção de algo que já existe, mas era pouco estudada: A 
neuroeducação.
A neuroeducação consiste na junção da educação, psicologia 
e neurociência. Estudando como o cérebro funciona, para que assim, 
possa compreender a melhor forma de aprendizagem para as pessoas.
Quando se descobre a melhor maneira que cada indivíduo 
adquire conhecimento é mais fácil para que os professores planejem 
suas aulas e assim preparem os alunos para a vida, fugindo do método 
convencional e se adequando na melhor forma de ensino, podendo 
utilizar inclusive, os jogos.
Diante do exposto, é essencial aprofundarmos nosso 
conhecimento a respeito da neuroeducação.
INTRODUÇÃO
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
 • Compreender o que vem a ser a neuroeducação;
 • Entender como a neurociência age em benefício da 
neuroeducação;
 • Identificar como a neuroeducação é aplicada nas escolas;
 • Compreender quais são os estilos de aprendizagem.
Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto 
fascinante e inovador como esse? Vamos lá!
OBJETIVOS
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais12
Surgimento da neuroeducação
 
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o impacto 
que a neurociência e a psicologia trouxeram para a aprendizagem 
humana ao desenvolverem a neuroeducação. Trataremos sobre como 
a neurociência conseguiu entender a maneira que o cérebro funciona 
para absorver informações e as implicações da neuroeducação na vida 
das pessoas. Vocês estão empolgados? Vamos lá. Avante!
Desenvolvimento histórico da 
neuroeducação 
Muitos acham que a neuroeducação é uma nova área de 
conhecimento, todavia, ela nada mais é do que a junção dos fundamentos 
da educação, psicologia e neurociência. 
Antes de analisarmos a neuroeducação, muitos sabem que a 
educação existe, mas desde de quando ela existe? 
Quando se fala em educação, remete-se primeiro a Grécia antiga 
onde existe os primeiros relatos de educação através das Paideias. As 
Paideias têm em significado literal “educação dos meninos”, ela continha 
temas como geografia, matemática, ginástica, gramática, música, 
história, filosofia, e tinha como principal objetivo formar pessoas perfeitas 
e completas, com capacidade de ser líder, mas também de ser liderado, 
desempenhando assim um papel positivo para sociedade. Dessa forma, 
era construída a importância de cada indivíduo para sociedade, pois 
viram que cada indivíduo faz parte de uma cadeia social.
Com o passar do tempo esse conceito foi se alterando, deixando 
de lado a ideia da importância de cada indivíduo para sociedade e 
trazendo à tona que cada pessoa tinha mais importância de acordo com 
o que produzia, desta forma, aquele que adquirisse mais conhecimento 
era considerado o melhor aluno, todavia, só quem estudava eram os 
indivíduos privilegiados. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 13
Tudo que se sabia sobre educação, sobre o comportamento 
humano e a aprendizagem advinha de pesquisas simplórias, pois ainda 
não existia o escaneamento cerebral. Assim, todas as maiores mudanças 
começaram a ocorrer após o surgimento da neurociência, onde começou 
a se estudar sobre o sistema nervoso.
Durante décadas, os especialistas na área de neurociência 
estudaram para conseguir entender como as moléculas e as células 
nervosas trabalham. Grande parte de suas pesquisas não foram feitas em 
cérebros humanos, mas sim, nos nervos de peixe-zebra, lesmas. Dessa 
forma, chegaram à conclusão do quanto a neurociência pode contribuir 
com a educação. Desse modo, tem como foco principal a compreensão 
da influência do sistema neural na conduta humana.
Todavia, a neurociência não sugere uma nova pedagogia, nem 
muito menos promete uma solução no que se refere as dificuldades 
de aprendizagem, ela ajuda a apoiar práticas pedagógicas e ainda 
encaminham ideias para intervenções, tendocomo base que, para 
traçar as estratégias de ensino deve se respeitar a forma como o cérebro 
funciona, desta forma, essa estratégia será mais eficaz. 
NOTA:
O cérebro é perseguido pelos desafios, pelas recompensas 
e pela vontade de superação, isto porque, esses 
componentes são os que causam a ativação neuronal.
Os neurocientistas concluíram que ocorre a ação de aprender 
devido uma reação bioquímica, sendo realizada pela formação da 
memória e dos conceitos pelos indivíduos.
Os educadores foram comparados aos neurocientistas, isto 
porque, eles procuram a melhor forma de passar informações, estimular 
e poder moldar a mente dos estudantes, tornando mais eficaz o 
funcionamento da mente através da transformação do cérebro com a 
ampliação da sua base de conhecimento.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais14
A neurociência não estabelece um modelo novo de pedagogia, 
muito menos promete que as dificuldades de aprendizado serão 
solucionadas, seu papel é ajudar a fundamentar a prática pedagógica, 
orientando ideias para intervenções, atestando que as estratégias de 
ensino que respeitam o funcionamento do cérebro serão mais eficientes.
Em conjunto com os conhecimentos obtidos com a neurociência, 
a psicologia que sempre andou de mãos dadas com a educação, 
começou a introduzir questionamentos diferenciados para o contexto 
educacional, sendo uma das ciências que primeiro colaborou no 
processo educacional da aprendizagem, colaborando com todos os 
seus conhecimentos acerca do comportamento humano, envolvendo 
as emoções, motivações, afetos e a formação de vínculos, enfim, todos 
os processos que envolvem a aprendizagem.
Foi a partir desse desenvolvimento da aprendizagem em conjunto 
com a psicologia que, a neurociência estabeleceu uma ligação com a 
psicologia, e que a pedagogia se viu na obrigação de olhar a educação 
de uma forma diferente, se pautando na educação e na aprendizagem, 
decidiu voltar para a origem na Grécia com as Pandeias, encarando o ser 
humano com a cadeia social. Dessa forma, modificou as áreas que eram 
especializadas em algo as tornando interdisciplinares, sendo nomeadas 
de Neuroeducação. 
Mesmo sabendo que a neuroeducação é integrada pela 
neurociência e a educação, ainda existe uma grande ponte entre essas 
áreas impedindo a sua comunicação devido a linguagem utilizada por 
elas, pois a educação trata da esfera comportamental e a neurociência 
possui diferentes características instruída pelo sistema nervoso.
O profissional da neuroeducação é o neuroeducador, ele resgata 
a prática da Paideias, observando as pessoas nas questões que devem 
ser melhoradas e suas potencialidades, utilizando disso para construir 
um planejamento individual para cada aluno, mas não são só os alunos 
que aprendem, o neuroeducador ao construir o planejamento também 
adquiri mais conhecimento. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 15
A neuroeducação - conceito e implicações
Tendo em vista o que foi estudado no tópico anterior, o que 
podemos concluir acerca da neuroeducação?
De acordo com o estudado, sabemos que a neuroeducação é 
uma área interdisciplinar que resulta da combinação entre a psicologia, 
a educação e a neurociência, com a finalidade de compreender os 
processos cognitivos e emocionais que procedam em melhores métodos 
de ensino e de currículos. Desta forma, temos como preocupação 
a compreensão dos mecanismos cerebrais que não se manifesta 
claramente com relação a aprendizagem e como esse mecanismo pode 
otimizar as práticas de ensino.
NOTA:
A neuroeducação mostra que a arte de aprender significa 
modificar comportamentos.
A neuroeducação também se preocupa em compreender 
quais são os distúrbios e as doenças nervosas e como eles afetam a 
aprendizagem do aluno e a importância que o professor tem podendo 
colaborar com outros profissionais na ajuda em identificar esses 
problemas em sala de aula, para que assim, possam enfrentar esses 
problemas com os métodos da educação especial colaborando para 
inclusão social dos alunos afetados.
Espinosa (2008) propõe 14 princípios da neuroeducação. 
Princípios esses que favorecem as diretrizes das áreas que estruturam a 
neuroeducação (psicologia, neurociências e educação). Vejamos. 
 • Para o estudante aprender melhor eles precisam ser motivados;
 • O stress influência na aprendizagem;
 • A ansiedade bloqueia a aprendizagem;
 • Depressão pode impedir a aprendizagem;
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais16
 • O tom de voz que uma pessoa fala com outra é julgado pelo 
cérebro como ameaçador ou não ameaçador;
 • As intenções das pessoas são julgadas quase que 
instantaneamente;
 • A comunicação é importante para o aprendizado;
 • As emoções têm um papel chave no aprendizado;
 • Movimento pode potencializar o aprendizado;
 • O humor pode intensificar as oportunidades de aprendizado;
 • A alimentação traz impacto para o aprendizado;
 • Noite mal dormida ocasiona impacto na consolidação da 
memória;
 • Cada indivíduo possui um estilo de aprendizado;
 • Diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas 
pelas diferentes inteligências dos alunos.
Assim, a neuroeducação deve se preocupar com os seguintes fatos: 
cérebro possuir um sistema emocional que afeta de modo direto todos os 
processos de ensino-aprendizagem; as aprendizagens são de forma direta 
relacionadas a uma rede de estímulos neuronais, que são determinadas 
pela ação dos neurotransmissores; quando o aluno em meio ao contexto 
educacional ficar com tédio ou desânimo, sem que sua curiosidade tenha 
sido despertada, o cérebro do aluno não vai ser estimulado; para que o 
aluno sinta-se interesse em aprender os três sistemas do mecanismo 
cerebral (sistema cognitivo, sistema emocional e sistema instintivo) devem 
ser incentivados pelo professor de forma adequada.
A neuroeducação é a ajuda para que o indivíduo multiplique sua 
inteligência, aperfeiçoando e evoluindo o seu talento natural advindo de 
sua genética.
A neurociência em benefício da 
neuroeducação – janela de oportunidades
Para entender melhor o quanto influenciam os impactos do 
mundo exterior e do que temos ao nosso redor no modo em que vivemos 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 17
vamos fazer uma apologia simples: todos os celulares saem das lojas da 
mesma forma, só que para donos diferentes. Cada dono ao receber seu 
aparelho instala os aplicativos que deseja, pois os celulares possuem um 
leque de opções, coloca seus contatos, tira suas fotos, excluem o que 
não utilizam mais, assim mesmo os celulares de início serem iguais uns 
aos outros, a partir do momento que entram em contato com pessoas 
diferentes sua funcionalidade se torna diferente.
É desta forma que nosso sistema nervoso funciona, possuímos 
bilhões de neurônios que nos permitem estabelecer inúmeras conexões 
que podem ser intensificadas de acordo com a individualidade de 
cada pessoa. Assim como na analogia que fala que os celulares ao 
ser recebidos pelos seus donos vão além da configuração de fábrica 
incluindo coisas de acordo com seu dono, os indivíduos ao nascer 
nascem iguais, todavia, precisam de modificações para se adaptar ao 
meio em que vivem, uma longa aprendizagem.
Um bom exemplo de como o meio influência no desenvolvimento 
do indivíduo é a linguagem, crianças que nascem nos Estados Unidos, 
nascem iguais no Brasil, como o meio social de uma fala inglês ela 
desenvolverá a língua inglesa, já a outra, por estar inserida em um meio 
que tem como língua o português, ela falará português. 
Existem períodos denominados de janela de oportunidades, que 
são mais recorrentes nos primeiros anos de vida, nessa janela o cérebro 
está mais propenso para aprendizagem, onde há um favorecimento 
entre as conexões que envolvem as diferentes áreas cerebrais, ou seja, 
nesse período quando o indivíduo fica exposto a estímulos ele tem mais 
facilidade de desenvolvê-lo. Os conhecimentos obtidos nessesperíodos 
podem ter resultados surpreendentes.
Sabe-se que o cérebro da criança tem maior capacidade que o 
cérebro do adulto, todavia, isso não significa que o cérebro adulto não 
possua mais capacidade de aprendizagem, pois esta, se mantém com 
o indivíduo a vida inteira, todavia, quanto mais velho mais a pessoa 
necessitará de empenho e ajuda para que sua capacidade possa ser 
desenvolvida.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais18
Bartoszeck (2007) embasado nos estudos de Doherty (1997), 
elaborou um quadro apresentando as faixas etárias em que as funções 
são melhor estimuladas (Figura 1). 
Figura 1 – Janelas de oportunidades
Fonte: Doherty (1997 apud BARTOSZECK 2007).
Essas janelas de oportunidades devem ser entendidas de tal 
maneira que possam apresentar aos indivíduos os estímulos adequados, 
pois estimular demais pode causar problemas iguais a não estimular. 
Considera-se estimular demais quando alguém obriga outro indivíduo 
a fazer algo que ele ainda não saiba, causando dessa forma frustações, 
deve-se se atentar para qualidade do estimulo.
Durante as janelas de oportunidade Peruzzolo e Costa (2015) 
destacam as principais atividades que devem ser exercidas:
A representação de entretenimentos e jogos que promovam 
a motivação e interesse da criança a participar de forma 
ativa; conter elementos de diferenciação que possam 
prender a atenção da criança durante o processo; possibilitar 
a estimulação das áreas mais comprometidas da criança, 
utilizando-se das mais desenvolvidas a fim de tornar a 
intervenção mais completa possível; eliminação de fatores 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 19
inibitórios que possam bloquear a estimulação programada 
(PERUZZOLO; COSTA, 2015, p.7).
É um estimulo a longo prazo para que os indivíduos possam 
absorver de forma que não os comprometam, devendo otimizar as 
ações que favoreçam a janela de oportunidades, com ações que variam 
da qualidade do sono a qualidade da alimentação, sendo todo dia 
considerado importante para essa formação.
As inteligências em um ser humano são mais ou menos como 
as janelas de um quarto. Abrem-se aos poucos, sem pressa e 
pra cada etapa dessa abertura existem múltiplos estímulos. (...) 
É um erro supor que o estímulo possa fazer a janela abrir-se 
mais depressa. Por isso, essa abertura precisa ser aproveitada 
por pais e professores com equilíbrio, serenidade e paciência. 
O estímulo não atua diretamente sobre a janela, mas se 
aplicado adequadamente, desenvolve habilidades, e estas 
sim, conduzem a aprendizagens significativas. (ANTUNES, 
2000, p.19 apud OLIVEIRA, 2015, p.18-19).
RESUMINDO:
Neste capítulo tratamos do conceito da neuroeducação, 
mostrando sua interdisciplinaridade, seus princípios e o 
quanto a neurociência contribuiu para formação da melhor 
forma de aprendizagem do indivíduo. Sendo tratado sobre 
a construção da neuroeducação e suas implicações.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais20
A neuroeducação aplicada na escola 
Nesse capítulo, será desenvolvido um estudo sobre o cérebro 
humano, levando em consideração como ele atua na aprendizagem. 
Em seguida, será abordado como a neuroeducação influencia na vida 
dos estudantes e como os professores podem agir para que os alunos 
possam desenvolver aprendizagem eficiente. Preparados? Vamos lá.
Neuroeducação e à docência estudando o 
cérebro
A neuroeducação como já vimos tem como característica um novo 
tratamento com relação ao pensamento e a ação, tendo como principal 
objetivo disponibilizar aos educadores e aos professores fundamentos 
que associam o cérebro à aprendizagem.
Os professores que são interessados no desenvolvimento da 
pedagogia, deverão tratar de estudar os elementos cerebrais de caráter 
anatômico e funcional. 
Na atual conjuntura do país, os fatores que mais influenciam no 
desempenho dos estudantes são os sociais e os econômicos, assim, é 
de suma importância que, os professores se apropriem do padrão de 
ter conhecimento que é a aprendizagem na qual atua como produto 
do funcionamento do cérebro, isso se justifica pelo fato de que para 
o cérebro aprender algo novo ou absorva informação a mais do que 
já sabe, depende do grau em que se encontra o aluno no contexto de 
aprendizagem.
É de suma importância que, o conhecimento neuro-funcional 
para a pedagogia ao compreender como funciona o cérebro haverá um 
fortalecimento dos fundamentos sólidos na formulação das metodologias 
de ensino. Assim, estudaremos sobre as funções cerebrais:
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 21
 • Processo humano das informações
Os sinais sensórios (as informações) chegam ao cérebro e são 
processados por intermédio de uma execução do sistema de redes 
neurais, se transformando assim em condutas e comportamentos. 
Segundo Puebla e Talma (2011):
[...] as redes criam determinado padrão conectivo, as quais 
cumulam a capacidade de retroalimentação devido à 
conecção com a memória, significando aprendizagem. Em 
outras palavras, após ocorrido determinado processamento de 
informação, ao apresentar a mesma configuração de conexões 
no sistema de redes neuronais no cérebro, diz-se que ocorreu 
uma aprendizagem. Após o período de aprendizado, quando 
você apresentar o mesmo padrão novamente para o sistema 
de rede, ele irá reconhecer e repetir a operação que já foi 
testada anteriormente (PUEBLA; TALMA, 2011, p. 382. Tradução 
da autora).
 
As redes cerebrais possuem auto ajuste e auto-organização.
 • A atenção
A atenção é de suma importância na efetivação de uma tarefa, 
pois, mantendo a atenção ocorrerá o processamento de informações. 
Ela tem função permanente, atuando de forma multifuncional nas ações 
e funções cerebrais. 
Atua de maneira seletiva, pois possui a habilidade de focar uma 
ideia ou tarefa ignorando o mundo exterior, ajudando para que não haja a 
perda de concentração na tarefa. Também atua nas funções alternadas, 
fazendo com que haja a mudança de foco, isto é, ela proporciona a 
oportunidade de alternar diferentes tarefas que possuem níveis de 
exigência diferentes. E atua na função sustentada, possibilitando a 
habilidade de manter uma resposta constante no decorrer de uma 
atividade intensa e repetitiva, proporcionando que haja concentração 
em uma tarefa por um tempo contínuo sem distração.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais22
 • A memória
A memória é formada quando os neurônios respondem ao 
serem ativados. A aprendizagem de maneira mais básica pode ser vista 
como o procedimento para adquirir memória, ocorrendo por meio de 
processos neurológicos complexos que se constituem em memória de 
consolidação ou de longa duração.
Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a 
evocação de informações. A aquisição é também chamada 
de aprendizado ou aprendizagem: só se grava aquilo que foi 
aprendido. A evocação é também chamada de recordação, 
lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, 
aquilo que foi aprendido (IZQUIERDO, 2002, p. 9).
Para o desenvolvimento da memória existem várias estratégias 
de ensino com base na neurociência como, por exemplo: escrever 
resumos, realizar perguntas, entre outras.
 • Sistemas cognitivos sociais
Os sistemas cognitivos sociais são de interesse para a evolução 
da neuroeducação, sendo investigados pela neurociência. Apresentam 
relevantes funções cerebrais relativas ao planejamento e ao controle das 
emoções e, além disso, participam do processo da linguagem formal 
e da música, por esse motivo, é de suma importância que devem ser 
conhecidas e estimuladas corretamente.
Neuroeducação e as estratégias educacionais
É nítido o avanço dos estudos no campo da neurociência e dos 
jornais que mostram cada dia uma novidade que emergem para as 
diversas áreas do conhecimento, por que então a educação também 
não seria beneficiada, sendo ela importante até para a formação dos 
neurocientistas?
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 23O avanço dos estudos pela neurociência sobre o cérebro humano, 
vem desencadeando uma série de mudanças que precisam elevar-
se para o campo educacional, levando em consideração que quanto 
mais se conhece o cérebro humano mais métodos novos de ensino e 
aprendizagem podem ser criados. 
A neuroeducação traz que os métodos utilizados pelos 
educadores devem ir além dos livros, quadros, vídeos, devendo conter 
tecnologia e experimentos. Faz-se necessário a utilizando de vários 
métodos diferentes para o ensino, pois, como já visto, cada pessoa tem 
seu próprio modo de aprender. 
REFLITA:
Como você aprende mais rápido? Qual seu método de 
aprendizagem?
É necessário que os educadores compreendam o sistema nervoso, 
devendo adquirir conhecimento sobre a aprendizagem do cérebro, 
assim como suas particularidades e especificidades com relação a 
aprendizagem, objetivando melhorar sua técnica educativa minimizando, 
desta forma, possíveis dificuldades de ensino e aprendizagem, por meio 
de uma reorganização na forma de ensino.
Deve-se analisar que, a formação do docente não se dá 
exclusivamente por cursos de aperfeiçoamento, porém, pela técnica de 
refletir sobre sua prática que mesmo presa ao programa de formação 
não se deve deixar firmar uma identidade, pois corre o risco do professor 
se tornar “clichê”.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais24
SAIBA MAIS:
Em Teresópolis, o professor de biologia, Leandro Costa, 
são sabendo como controlar o uso dos celulares decidiu 
usar isso ao seu favor, criando uma oficina de vídeo na 
qual os estudantes foram estimulados a filmar com seus 
celulares uma animação que explica o funcionamento 
das células. Acessível pelo link https://extra.globo.com/
noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-
que-usam-criatividade-metodos-inovadores-para-
ensinar-tem-espaco-garantido-no-mercado-17899963.
html (Acesso em 31 de janeiro de 2020)
Em um contexto histórico, os docentes foram formados para 
repassar os conceitos teóricos, sem a necessidade de se preocupar em 
articular a teoria e a prática. 
Para muitos docentes, a abordagem por competências não “diz 
nada”, pois nem sua formação profissional, nem sua maneira de 
dar aula predispõem-nos para isso.(...) Enquanto não souberem 
realmente organizar e avaliar processos de projeto e situações-
problema, os ministérios irão propor-lhes textos inteligentes 
que permanecerão sem eco, porque seus destinatários não 
seguiram o mesmo caminho pedagógico e teórico e não 
partilham da concepção de aprendizado e de ensino que subjaz 
aos novos programas (PERRENOUD, 2000, p.82).
Para que haja uma mudança é necessário entender a 
transformação, pois para essa transformação há necessidade da 
aceitação do novo, devendo-se estudar o processo de mudança. O 
professor deve saber o que norteia o modelo de ensino para articular 
sua prática, pois caso ele não saiba o que sustenta esse modelo, haverá 
apenas uma inclusão, sem existir o entendimento e a prática adequada 
aquilo que a neuroeducação propõe, pois não tem como trabalhar de 
forma adequada e satisfatória algo que não se conhece. 
https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-que-usam-criatividade-me
https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-que-usam-criatividade-me
https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-que-usam-criatividade-me
https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-que-usam-criatividade-me
https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/professores-que-usam-criatividade-me
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 25
NOTA:
A aprendizagem é considerada o processo em que o 
cérebro reage aos estímulos do ambiente ativando as 
sinapses que formam as conexões sinápticas fazendo elas 
ficarem mais intensas. Desta forma, a cada novo estímulo 
que recebemos ou repetições de comportamentos que 
queremos que sejam estabelecidos, possuímos circuitos 
para processar as informações, que posteriormente serão 
consolidados.
Desta forma, para que uma aprendizagem seja considerada 
significativa deve-se estabelecer uma junção da nova informação e todos 
os conhecimentos importantes que já existem na estrutura cognitiva do 
estudante, assim, estabelecendo uma construção e ampliando as redes 
neurais que armazenam as memórias e as informações. É de extrema 
importância para a neuroeducação, considerar o conhecimento prévio 
e apresentar atividades que embalem na aquisição de novos sentidos 
nos estudantes. 
A teoria da aprendizagem significativa é uma teoria 
construtivista porque defende que o conhecimento é um 
processo construtivo e valoriza, portanto, muito o papel da 
estrutura cognitiva prévia de quem aprende. A aprendizagem 
é considerada em última instância um processo pessoal e 
idiossincrásico, ainda que muito influenciado por fatores sociais 
e pelo ensino na sala de aula que é um processo eminentemente 
social. Trata-se de uma teoria cognitivo-humanista em que o 
ser humano atua recorrendo a pensamentos, sentimentos e 
ações para dar significado às experiências que vai vivendo 
(VALADARES, 2011 apud OLIVEIRA; LACERDA, 2012).
Elaborar atividades motivadoras que provoquem no aluno o 
pensar, podendo assim, chegar as suas próprias conclusões exige 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais26
empenho e esforço. O professor deve pensar, propondo desafios que 
incentivem no aluno um pensamento mais criterioso, pois quando o 
assunto é de interesse do aluno, ele sente prazer em aprender.
NOTA:
Aprender é mudar o cérebro conforme as experiências. 
O processamento de informações, as conexões entre 
neurônios, são as sinapses, que remodelam o que acontece 
no seu cérebro em função do aprendizado, ou seja, o 
caminho certo depende do aprendizado (PERNAMBUCO, 
2012, p.13 apud OLIVEIRA; LACERDA, 2012).
Além das aulas, outro ponto bastante discutido são as avaliações. 
As avaliações, muitas vezes, são vistas como classificatória, mas elas 
vão além desse dilema de notas altas, ela se torna uma observação do 
professor em relação ao aluno em todo o ano letivo. 
A avaliação foi considerada critério para aprendizagem somente 
no século XIX, sendo considerada como uma forma de expor resultados 
adequados em relação a maneira de ensinar e aprender. No processo 
de aprendizagem, esse valor está relacionado com dados numéricos, 
acontecendo da seguinte forma: o professor elabora uma prova e 
considera a quantidade de acertos obtidos nela para dar a nota. Mas 
essa avaliação vai muito além do seu processo quantitativo, devendo 
o professor analisar além disso o processo qualitativo. Todavia, como 
vestibular, concursos, exames avaliam de acordo com as notas, os alunos 
se cobram cada vez mais o que muitas vezes dificulta no processo de 
aprendizagem.
Em uma abordagem mais voltada para a neuroeducação, tendo 
em vista todas as mudanças que o professor deve fazer de acordo com 
cada estudante, ele deve além de mudar sua metodologia em sala de 
aula, mudar também sua maneira avaliativa, Carvalho (2011) apresenta 
várias perguntas:
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 27
NOTA:
Há pesquisadores futuristas que acreditam que futuramente 
nas salas de aula existirá aplicativos que possuíram 
neuroimagens capazes de qualificar instantaneamente o 
grau de aprendizagem de cada aluno em relação ao que 
está sendo estudado na sala de aula.
Quantos professores sabem que um simples trabalho de 
memorização de diferentes tipos de textos exige diferentes 
níveis de oxigenação do cérebro? Que quanto mais complexa 
a atividade proposta e à medida que se eleva o grau de 
raciocínio, o fluxo sanguíneo no cérebro é mais intenso? O 
professor tem noção de que sua ação pedagógica desencadeia 
no organismo do aluno reações neurológicas e hormonais 
que podem ter influência na motivação para aprender? [...] 
(CARVALHO, 2011 apud OLIVEIRA; LACERDA, 2012).Observando essas perguntas, podemos observar o quanto o 
conhecimento do sistema neural pode contribuir para as avaliações.
Sabe-se que essa atitude é controvérsia, tendo em vista que uma 
hora os estudantes terão que se submeter a exames, nem que 
seja fora do ambiente escolar, mas o que questionamos nessa Unidade 
é a aprendizagem com a neuroeducação. Assim, tendo em vista que 
com os métodos diferenciados os estudantes aprenderão mais e de uma 
maneira mais eficaz, quando forem se submeter a testes, provas para 
ingressas na universidade, estarão já com uma carga de aprendizado 
alta, podendo facilitar na hora da avaliação.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais28
REFLITA:
O que você considera mais importante, aulas interativas 
com a utilização do que manda a neurociência ou uma 
formação baseada em avaliações que observam mais o 
quantitativo dos alunos do que o qualitativo? 
É através da avaliação que o professor analisa sua metodologia 
em sala de aula, sabendo se estão sendo eficazes para aprendizagem ou 
não. Além disso, é através dela que são medidos os níveis educacionais 
e, quando esses níveis se encontram baixos, começa uma busca pela 
melhor estratégia para melhorar a educação.
Melhor forma de usar a neuroeducação na escola
Antes de falar da forma de utilizar a neuroeducação na escola, 
vamos analisar como segundo as matérias de revistas e jornais serão as 
escolas do futuro. 
Sabemos que as escolas vêm em constante mudança, se 
perguntarmos aos nossos pais, tios, avós, bisavós, o modelo escolar de 
cada um vai ser diferente, eram utilizadas outras metodologias. Hoje, as 
mudanças vêm acontecendo ainda mais rápidas graças as informações 
que circulam de maneira mais rápida e ao acesso à internet que 
proporciona as pessoas possuírem mais conhecimentos.
REFLITA:
Quantas vezes você aluno, devido a sua curiosidade 
procurou sobre assuntos que os professores ainda não 
haviam falado em sala de aula? Mais que isso, quantos em 
plena aula não procurou a resposta de uma pergunta do 
professor para mostrar que já sabia?
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 29
A tecnologia foi o marco do século XXI para o maior avanço das 
escolas e do modelo de aprendizagem.
Grande parte das instituições de ensino ainda não conseguiram 
compreender que os professores não são mais os únicos detentores 
de ensino, os alunos encontram-se cada vez mais independentes, 
procurando sempre coisas novas.
Iremos estudar agora sobre os novos métodos desenvolvidos 
para acompanhar o avanço dos alunos:
 • Metodologia ativa
Os estudantes cada vez mais querem participar no processo de 
aprendizagem, desta forma, os professores precisam compreender que 
a melhor forma de fazer com que eles se interessem é dividir o “ensinar” 
com eles. Todavia, foi aí que inserimos a metodologia ativa, onde os 
professores passam a orientar os alunos ao invés de dar-lhes somente 
as respostas, incentivando assim, que os estudantes participem de 
forma ativa ao lado do professor na construção de conhecimento.
A metodologia ativa incentiva os estudantes a cada vez mais, 
segundo o site Supera Neuroeducação (2019) à:
 • Vencer desafios – ajudando o aluno é se inserir melhor na 
sociedade;
 • Desenvolver argumentação – insere conteúdos para que os 
alunos possam debater;
 • Serem os autores principais no seu processo de construção 
de aprendizagem;
 • Estender a sala de aula para outros lugares, como por exemplo 
sua casa, para fazerem pesquisas, ler;
Sendo assim, qual você, aluno, acha que seja o principal objetivo 
da metodologia ativa?
A metodologia ativa se preocupa com a realização de projetos 
diferentes, que haja interação professor/aluno e aluno/aluno, 
trabalhando também a reflexão e a criatividade do aluno, assim como 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais30
fazendo os alunos pensarem mais, para que assim, desenvolvam seu 
pensamento crítico. 
 • Salas de aula multiuso
As salas de aula multiuso tiram da sala aquela ideia de cadeiras 
enfileiradas e aulas exclusivamente em lousas, deixando os alunos a 
vontade na hora de se organizarem em sala de aula.
 • Fim das provas
Como já mencionado anteriormente, as provas medem o 
quantitativo dos alunos e não o qualitativo. Assim, os alunos serão 
analisados diariamente pelos professores.
Como deve ser essa análise por parte do professor?
Ele deve ficar observando em sala de aula se o aluno está 
conseguindo atingir determinado resultado e a forma que ele está 
utilizando para isso. Desta forma, será analisado todo o processo de 
construção do conhecimento.
Desta maneira, é de suma importância a aplicação da 
metodologia ativa, pois por mais que a tecnologia venha fazendo os 
alunos se interessarem em saber mais, desenvolvendo uma cultura de 
participação, construção e busca por sua autonomia e conhecimento, 
eles devem ser instruídos para que possam aprimorar essas funções.
Existem algumas ferramentas pedagógicas que são focadas na 
ampliação da capacidade de agir e pensar dos alunos. 
Assim, ao analisar as mudanças nas escolas, em que os 
professores devem ser orientadores devido ao fato dos alunos serem 
mais independentes e possuírem mais aptidão para participarem da 
construção de conhecimento. Devemos trabalhar a melhor forma de 
utilização da neuroeducação nas escolas.
Primeiro, devemos levar em conta a palavra chave que 
desencadeia toda a unidade: atualização. Consideramos essa a palavra-
chave devido a neuroeducação ser uma forma de atualização no 
que tange o conhecimento, e, para que os educadores apliquem a 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 31
neuroeducação eles devem se atualizar. Então, qual a melhor forma de 
atualização para eles?
Assim como para os alunos a tecnologia vem ajudando e por 
isso esse cenário na educação vem cada vez mais se alterando, os 
professores devem estar cada vez mais atentos as pesquisas, levando 
em consideração as novas descobertas, novas técnicas e ferramentas, 
devendo ainda estar aberto a ouvir sugestões e orientações dos 
profissionais que já estão nesse campo de atuação, construindo 
assim currículos que possuam consistência e efetividade no contexto 
educacional. 
SAIBA MAIS:
O supera educação tem como base exercício lúdicos, 
instigantes e desafiadores. Esse programa pode ser feito 
de modo presencial e digital. Existem cinco passos para 
implantar o projeto no colégio. Para saber mais acesse 
https://superaparaescolas.com.br/5-passos-para-
implantar-o-projeto-neuroeducacao-na-sua-escola/ 
(Acesso em 3 de fevereiro de 2020)
RESUMINDO:
Neste capítulo, tratamos do quanto a neuroeducação é 
importante para um nome conceito de aprendizagem, 
pois com ela, chegamos a conclusão que cada pessoa 
aprende de uma forma diferente, devendo os professores 
se adequar as modos que cada aluno aprende e assim 
estimular cada um dá sua maneira.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais32
Estilos de aprendizagem
Existem de versas formas de aprendizagem que variam de pessoa 
para pessoa. Estudaremos alguns desses tipos e como os jogos podem 
ajudar para uma melhor aprendizagem. Estão prontos? Vamos juntos!!
Os diversos estilos de aprendizagem 
O processo de aprendizagem se dá com a interação com o 
mundo e consigo mesmo, isto porque, ninguém aprende da mesma 
forma e ninguém pode aprender por ninguém. A função da escola e dos 
professores é mediar o ensino, facilitando a aprendizagem.
Existe uma diferença entre estilos de aprendizagem e inteligência 
múltipla, a primeira é a maneira com que cada indivíduo consegue 
aprender melhor, já inteligência múltipla diz respeito as habilidades 
que são empregadas para aprender e assim alcançar um objetivo, 
quem possui esse tipo de inteligência ao receber as informações as 
internalizam de forma diferentes.
Sobre as múltiplas inteligências, traremos como exemplo retirado 
do artigo intitulado “Jogos no ensino das ciências e a neuroeducação 
na educação básica” publicadoem 2015 por Cristina Schch de Oliveira, 
as características e possíveis aptidões profissionais, trazendo o tipo de 
trabalho com seu estilo de aprendizagem.
 • Inteligência musical:
 • Características – vivem cantando; ouvido musical; interagem 
com os sons; interpretam e escrevem músicas.
 • Aptidão profissional – desenvolvimento projetos de multimídia, 
cantores, músicos, maestros, engenheiros de sons, sonoplastas, 
produtores musicais.
 • Tarefas atrativas – atividades que envolvam teatro musical, 
ouvir e tocar músicas, interpretar sons, cantar, escrever letras de músicas 
e trabalhos em multimídia.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 33
 • Estilo de aprendizagem – sonoro.
 • Linguística:
 • Características – Gostam de leitura, contação de histórias. 
Têm excelente memória, fluência verbal e facilidade para se expressar. 
Relacionam-se melhor através da linguagem.
 • Aptidão profissional – Individuos com estas caracteriticas 
desenvolvem carreiras relacionadas à autoria de peças de teatro ou 
novelas, jornalismo, conferencistas, redatores de publicidade e revisores 
de texto.
 • Tarefas atrativas – projetos literários, concurso de redação 
e textos publicitários. Trabalhos com debates de temas polêmicos e 
criação de peças de teatro.
 • Estilo de aprendizagem – verbal.
 • Interpessoal:
 • Características – são ajudantes de plantão, trabalham melhor 
quando ajuda os outros e defende suas ideias. Relacionam-se através 
de interações com o mundo e com pessoas.
 • Aptidão profissional – advogados, professores, políticos, 
treinadores, executivos e artistas, e os organizadores de eventos 
possuem a característica interpessoal. Os profissionais com este perfil 
são intimistas como os psicólogos, escritores, filósofos, programadores 
de computador e analistas de sistemas de informação.
 • Tarefas atrativas – trabalhos independentes, pesquisas 
individuais, preferem caminhas sozinhos, atividades em grupo só em 
último caso.
 • Estilo de aprendizagem – interpessoal.
Citamos só três exemplos para que se fosse entender tudo que 
foi falado na unidade, que se a escola e os professores conhecerem as 
inteligências múltiplas de cada pessoa, poderá assim, elaborar o seu 
projeto de acordo com as diversas atividades e habilidades que cada 
aluno possui.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais34
Cada estilo de aprendizagem se concentra, processa a informação 
e a internaliza de maneira diferente, isto consiste na habilidade de 
adquirir conhecimento utilizados para aprender durante sua vida.
VOCÊ SABIA?
Existe um questionário disponibilizado na internet o 
Questionário Vark disponível em https://vark-learn.com/
questionario/ (acesso em 3 de fevereiro de 2020) para que 
o professor possa descobrir o estilo de aprendizagem de 
cada aluno.
Existem diversos tipos de estilos de aprendizagem, os principais 
estilos segundo Oliveira, 2015, são:
 • Visual – o estilo que faz com que essas pessoas melhores 
aprendam é utilizando as imagens, os vídeos, DVDs, livros com figuras 
e diagramas, gráficos, tabelas, histórias em quadrinhos e destacando 
palavras, os melhores resultados serão obtidos através de atividades 
que usem desenhos, cartazes e diagramas. Geralmente esses alunos se 
interessam pelo design, pelas cores e layout dos materiais que utiliza.
 • Aural – são os que preferem ouvir, assistir aulas, discutir os 
assuntos, histórias contadas e contar também histórias, conversando 
e perguntando, descrevendo figuras e imagens para outras pessoas 
de forma oral, pois seus melhores resultados são obtidos quando 
descrevem verbalmente o assunto. O perfil desses alunos é o gosto de 
participar de discussões e debates.
 • Ler/Escrever – a característica principal desse aluno é que ele 
aprende através da lista, definições, livros, notas, manuais e informações 
escritas, os melhores resultados serão obtidos escrevendo e lendo 
as próprias conclusões, também organizando mapas conceituais e 
diagramas com palavras. Gostam de ler artigos, revistas e textos de 
forma geral.
 • Cinestésico – característica desse aluno é que ele processa as 
informações de todas as formas, mas necessitam participar e envolvesse 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 35
no aprender, saídas a campo, aulas em laboratórios e atividades práticas, 
seus melhores resultados serão obtidos quando trabalham com jogos, 
atividades que envolvam movimento. Gostam de experimentar os 
fenômenos.
Não só o professor, como também o próprio aluno pode identificar 
qual é o seu estilo de aprendizagem, pois se conhecendo melhor 
ele mesmo poderá ditar seu método de estudos e assim poder obter 
melhores resultados.
Qual seria o seu estilo de aprendizagem, caro aluno? O meu eu 
acredito que seja uma mistura entre ler/escrever e cinestésico, isto 
porque, acredito que para aprender eu necessito está escrevendo e 
fazendo resumos, lendo, mas sendo anotando e, além disso, acredito 
que eu compreenda melhor quando vou para aulas em laboratórios e 
práticas.
SAIBA MAIS:
Existe um tema bastante discutido nos dias de hoje e que 
todos nós devíamos debater: O que achamos da educação 
do nosso país?
Em 2019, o site terra realizou uma pesquisa e publicou, intitulada de: 
“O que pensam alunos da rede pública e privada sobre a educação no Brasil?”
Para saber mais acesse https://www.terra.com.br/noticias/
educacao/o-que-pensam-alunos-das-redes-publica-e-privada-sobre-
a-educacao-no-brasil,3f1330204faa2e1cad047349021f9b6crqumyopw.
html (Acesso em 5 de fevereiro de 2020)
Jogos digitais na facilitação da aprendizagem
Com o avanço da tecnologia surgiram os jogos digitais que são 
os jogos disponíveis para computadores, sejam eles em sites ou em 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais36
aplicativos, esses jogam variam de acordo com o gosto da pessoa, indo 
de jogos para entretenimento até jogos de aprendizagem. Trabalhando 
com jogos digitais voltados para aprendizagem, os alunos poderão 
desenvolver um melhor desenvolvimento intelectual e social, pois 
com os jogos é possível que o educador trabalhe quesitos como: 
regras, desenvolvimento do senso crítico e reflexivo, além de outras 
características importantes para uma melhor convivência em sociedade, 
além de estimular o raciocínio lógico, a concentração, construção de 
conceitos, atenção.
Jogos didáticos fazem com que as crianças se divirtam enquanto 
apreendem e assim, como já foi estudado, se a pessoa aprende com 
prazer ela irá desenvolver de forma mais rápida e fácil, fazendo obter 
crescimento, mudança.
E também como vimos que, para melhor aprendizagem devemos 
estimular as sinapses, a neurociência diz que ao trabalhar com práticas 
que proporcionem prazer e que tragam a ideia de desafio, pois elas irão 
facilitar as sinapses e também fortalecer as redes neurais dos alunos.
Logo, se for desenvolver as estratégias baseadas pesquisas 
trazidas pela neurociência, as aulas devem ser mais dinâmicas, devendo 
conter conteúdos digitais que sejam visuais, auditivo, tátil e concreto, 
devem ser divertidas, os alunos devem se sentir à vontade para 
questionar.
Na busca por opções no que tange a pedagogia que possam 
estimular o raciocínio e o desenvolvimento do aluno. Para defender o 
ingresso dos jogos digitais em sala de aula é levantado três aspectos:
 • Caráter lúdico – fazendo com que haja um melhor de 
desenvolvimento da criatividade e do conhecimento. Tem como objetivo 
educar e ensinar de modo divertido e com interação com as outras 
pessoas, despertando a sensação de prazer.
 • Desenvolvimento de técnicas intelectuais – possibilitando 
uma maior aprendizagem, absorvendo mais rápido o conteúdo.
 • Formação de relações sociais – pois o aluno começa a 
aprender e conhecer sobre o mundo social que está em volta dele.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 37
Quando falamos em jogos, não queremos falar em jogos recreativos, 
como muitos de vocês alunos já devem ter jogado, poisgrande parte de 
vocês deve ter se deparado com um Nintendo, um Playstation, um Xbox, mas 
aqui, estamos tratando de jogos educativos, que devem ser utilizados como 
facilitadores de aprendizagem, servindo de colaborador nas dificuldades 
dos alunos em relação aos conteúdos. Eles requerem um plano de ação 
onde haja aprendizagem no conteúdo do jogo. Assim, o professor deve ter 
conhecimento sobre que jogos aplicar em sala de aula, analisando seu papel 
que pode ser de introduzir conteúdos, desenvolvê-lo e assim preparar o 
aluno no aprofundamento dos conteúdos que já foram ensinados.
A neurociência de acordo com o que estudamos, propõe que 
nosso cérebro para aprender de forma mais rápida gosta de desafios, 
de superação, emoção e recompensas, e é isto que encontramos nos 
jogos, a vontade de vencer os desafios, de se superar e assim poder ser 
o vencedor, trazendo emoções e satisfação.
O professor deve estar ciente que seu papel não é ensinar o 
aluno a jogar, mas sim, acompanhar de que forma eles jogam, devendo 
observar atentamente e só interferir quando necessário, fazendo 
indagações quando seja conveniente para que assim, possa auxiliar na 
construção de regras e na aprendizagem.
O ideal é que cada jogo seja testado antes da sua aplicação, não 
devendo nem ser muito fácil nem muito difícil, devendo proporcionar 
várias maneiras de aprendizagem, com a finalidade de enriquecimento 
de experiências.
RESUMINDO:
Nesta Unidade trouxemos inúmeros conhecimentos sobre 
a neuroeducação, neste capítulo em especial falamos a 
respeito dos estilos de aprendizagem, sua aplicabilidade 
bem como a prática no dia a dia e também trouxemos 
a respeito dos estudos dos jogos digitais como sendo 
um fator importante na facilitação da aprendizagem, ou 
seja, corroborando que este pode ainda ser um estilo de 
aprendizagem.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais38
Proposta de aprendizagem diferenciada
Agora, traremos exemplos de jogos que podem ser utilizados 
para facilitar a aprendizagem dos alunos de uma maneira mais dinâmica.
Como surgiu a ideia de aprendizagem 
diferenciada 
Antes devemos trazer alguns dados.
Para garantir um avanço na aprendizagem, o sistema educacional 
vinha dando mais importância ao que tinha relação com o intelecto e 
com a racionalidade, mas, atualmente, foi constatado que o sistema 
límbico é importante na hora de estimular a aprendizagem.
O papel da área em estudo vai muito além de analisar o processo 
de aprendizagem, ela deve explicar os distintos níveis de complexidade 
neural envolvidos no processo.
Grande parte dos mais famosos autores que estudam sobre a 
neuroeducação como, por exemplo: Puebla e Talma, se baseiam no 
fundamento análogo a aprendizagem humana com o arquivamento 
de informações no computador, destacam como principais processos 
evolvidos nas conexões neurais a memória, a percepção, a função 
executiva do cérebro e os simbolismos humanos.
Uma das principais maneiras do professor fazer o aprimoramento 
das funções dos alunos é desenvolvendo e estimulando o cérebro, 
as habilidades cognitivas (para que o cérebro possa assimilar e 
compreender melhor as informações).
Para que se possa ter um ensino baseado na neuroeducação, 
a proposta de aprendizagem do professor deve conter situações que 
por meio de perspectivas prévias e reflexões realizadas possuam ideias 
e ações para o aprendizado do aluno. No decorrer do processo de 
aprendizagem, o cérebro possui alterações morfológicas e funcionais 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 39
das células do sistema neural e de suas conexões sinápticas. Após 
compreender o sistema neural das pessoas.
Muitos professores ainda não possuem conhecimento para 
propor aos estudantes métodos diferenciados de ensino, pois ainda não 
compreendem que estes aprendem de forma individualizada e cada 
um também aprende no seu próprio tempo. Todavia, já existem muitos 
professores que já utilizam práticas de neuroeducação, sendo uma 
dessas práticas os jogos.
Como auxiliador do professor na construção da aprendizagem, os 
jogos fornecem diretrizes, de acordo com Maratori (2003):
 • Respeito as regras;
 • Estratégia;
 • Controle de tempo.
Além dessas diretrizes, os jogos ajudam no desenvolvimento do 
aluno sob as concepções:
 • Criativa;
 • Afetiva;
 • Histórica;
 • Social;
 • Cultural.
Com o jogo as crianças podem inventar, descobrir e desenvolver 
novas habilidades.
Como já vimos na unidade, foi graças a tecnologia que houve 
o nascimento dos jogos que veio para facilitar a aprendizagem, então 
quero mostrar a vocês, alunos, alguns exemplos de jogos encontrados 
hoje em dia:
 • Jogo das Contas
Esse jogo já foi desenvolvido e encontram-se disponível no site 
Só matemática (https://www.somatematica.com.br/matkids.php). O 
intuito dele é a resolução de operações básicas, mas isto, em forma de 
desafio. Como seria isso?
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais40
As operações começam em um nível mais baixo e à medida que 
o aluno vai acertando o nível vai aumentando de norma gradativa. Assim, 
os alunos resolvem no seu próprio ritmo e tem como recompensa o 
avanço de nível.
VOCÊ SABIA?
O site só matemática possui uma variedade de jogos, 
o citado foi apenas um deles. Caso tenha interesse em 
conhecer acesse https://www.somatematica.com.br/
matkids.php (Aceso em 4 de fevereiro de 2020).
 • Quiz da língua portuguesa
Assim como existe o site Só matemática, também existe o site 
Só português (https://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php#), 
sendo que este é voltado para perguntas e respostas sobre a língua 
portuguesa, fazendo com que os alunos testem seus conhecimentos de 
forma divertida e interativa, onde cada pergunta vale 10 pontos, sendo 7 
perguntas para serem respondidas.
SAIBA MAIS:
Assim como o site só matemática, o site só português 
também possui uma variedade de jogos. Caso tenha 
interesse em conhecer acesse https://www.soportugues.
com.br/secoes/jogos.php# (Acesso em 4 de fevereiro de 
2020).
 • Jogo do orçamento
Além de conhecimento sobre disciplinas tradicionais, também 
existem jogos que estimulam outros conhecimentos, como é o caso do site 
Plenarinho (https://plenarinho.leg.br/) que possui o jogo do orçamento 
que trata da cidadania. Nesse jogo, o jogador deve administrar o dinheiro 
de uma cidade, devendo com esse dinheiro garantir aos cidadãos os 
https://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php
https://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 41
SAIBA MAIS:
Em 2019, o google play, plataforma de aplicativos da 
empresa google convidou meninas do ensino médio de 
todo Brasil para participar de um concurso de criação de 
aplicativo de jogos com base no tema “O que eu quero ver 
no futuro”.
Para saber mais acesse https://guiadoestudante.abril.
com.br/atualidades/competicao-do-google-incentiva-
meninas-a-criarem-jogos-para-celular/ (Acesso em 5 de 
fevereiro de 2020)
direitos básicos como saúde, segurança, educação, transporte, entre 
outros. E o mais legal, diariamente é publicado no jornal da cidade os 
resultados dessas ações.
A importância também do jogo de tabuleiro
Vale a pena abrir um parêntese para dizer que não são somente 
os jogos eletrônicos que influenciam na aprendizagem dos alunos. 
A neuroeducação também está atrelada aos jogos de tabuleiro que, 
apesar de mais escassos ainda vem se reinventando. Eles mais que os 
jogos digitais influenciam na comunicação dos alunos, fazendo com 
que eles estabeleçam diálogos entre si pessoalmente, pois muitos 
jogos requerem que os indivíduos façam trocas, negociem, façam 
acordos. Então, o primeiro estímulo que esses jogos casos nos alunos 
é o da linguagem, devido as comunicações, também há escuta ativa e 
expressão oral significativa.
Para que se possa jogar, os alunos estimularão a leitura, pois 
precisarão ler para aprender as regras dos jogos. Além disso a emoção e 
surge a hesitação de: quem vai vencer?O que preciso fazer para vencer?
Quantos de vocês, alunos, que estão agora lendo esse material 
não já jogou algum jogo de tabuleiro e se viu curioso para aprender mais 
para que assim pudessem vencer?
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/competicao-do-google-incentiva-meninas-a-criarem-jo
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/competicao-do-google-incentiva-meninas-a-criarem-jo
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/competicao-do-google-incentiva-meninas-a-criarem-jo
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais42
 São exemplos de jogos de tabuleiro:
 • War
O War é um jogo de estratégia, onde o aluno deverá conquistar 
seu território e continente, pois o jogo é disputado com o mapa do mundo 
dividido em 6 regiões, para que assim possa derrotar seu adversário. Faz 
com que os alunos pensem de forma mais detalhada, sabendo a hora 
certa de atacar e como proteger seu território e suas fronteiras.
Esse jogo possui várias versões que variam do War júnior, que não 
possui cartas, sendo o mais rápido e fácil de aprender até o War II que 
introduziu novos elementos.
 • A ilha proibida
Esse jogo é um jogo cooperativo, pois os jogadores devem juntos 
encontrar os tesouros que estão na ilha, antes que as águas a cubram. 
Os jogadores têm que criar estratégias para evitar a inundação da ilha e, 
assim, concluir a missão de pegar os tesouros.
Ele desenvolve nos participantes o consenso na tomada de 
decisões, promovendo também uma intensa atividade argumentativa.
 • Verbalia
Esse jogo é totalmente diferente de todos já tratados por aqui, ele 
traz ensinamentos sobre a língua espanhola, além disso ele apresenta 
50 maneiras diferentes de jogar, isso favorece o enriquecimento léxico e 
além disso, ajuda a adquirir conceitos gramaticais, contribuindo também 
para o desenvolvimento dos processos fonológicos e silábicos.
 • Tangran 
O tagran é um quebra-cabeça que possui 7 peças. O que o 
diferencia do quebra-cabeça convencional é que ele não possui 
somente uma forma de construção, mas sim, diversas, possibilitando 
desta forma que as crianças formem diferentes figuras. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 43
Uma dica na utilização desse jogo pelo professor é dividir os 
alunos em duplas e colocar cada dupla em frente da outra, fazendo com 
que construam uma imagem no menor tempo possível. 
Além dos jogos citados uma boa opção para desenvoltura dos 
alunos é estimula-los a criarem jogos. O professor ao estimular o aluno a 
criar um jogo, fará com que ele pense e que ele queira que as pessoas 
gostem do seu jogo, assim haverá um estimulo da criatividade e da 
forma de pensar do aluno.
SAIBA MAIS:
Em Curitiba, em 2014, crianças foram premiadas pela 
criação de jogos de tabuleiro. 
Para saber mais acesse https://www.curitiba.pr.gov.br/
noticias/criancas-sao-premiadas-pela-criacao-de-jogos-
de-tabuleiro/34875 (Acesso em 5 de fevereiro de 2020)
 • Jogo da memória
O tradicional jogo da memória traz inúmeros benefícios para 
os alunos, pois como foi tratado na unidade a memória é de suma 
importância para a aprendizagem. Todos os anos os alunos serão 
obrigados a memorizar formulas, nomes e datas. 
Desta forma, o jogo da memória estimula o cérebro dos alunos a 
memorizar com mais facilidade, treinando o cérebro pra quando forem 
estudar consigam memorizar os assuntos da mesma forma.
IMPORTANTE:
Citamos os jogos como exemplos para ajudar o professor 
no professor de aprendizagem, todavia, os jogos não devem 
ser o único recurso disponível, devendo ser somente um 
artificio complementar para o professor.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais44
RESUMINDO:
Nesta Unidade trouxemos inúmeros conhecimentos sobre 
a neuroeducação, neste capítulo em especial falamos de 
uma proposta diferenciada de aprendizagem, trazendo 
os benefícios dos jogos, suas diretrizes e como ele ajuda 
o aluno na complementação da aprendizagem. Também, 
trouxemos exemplos de jogos que podem ser utilizados. 
Espero que tenham gostado e se preparem para a próxima. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 45
BIBLIOGRAFIA
BARTOSZECK, A. B.; BARTOSZECK, F. K. Percepção do professor 
sobre neurociência aplicada à educação. EDUCERE - Revista da 
Educação, Umuarama, v. 9, n. 1, p. 7-32, jan./jun. 2009. Disponível em: 
<http://revistas.unipar.br/educere/article/view/2830. Acesso em 08 de 
março de 2016. 
BARTOSZECK, A.B. Neurociência dos seis primeiros anos: implicações 
educacionais. EDUCERE. Revista da Educação, 9 (1), p.7-32, 2007.
ESPINOSA. T. N. The scientifically substantiated art of teaching: 
a study in the development of standards in the new academic 
field of neuroeducation (mind, brain, and education science). Tese 
de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Capella 
University, Mineápolis, Minesota. 2008
IZQUIERDO, I. Memória, Porto Alegre: Artmed 2002.
MEU CÉREBRO. O surgimento da neuroeducação. 2015. < https://
meucerebro.com/o-surgimento-da-neuroeducacao/> Acesso em: 30 
jan 2020.
OLIVEIRA, Cristina Schuch de. Jogos no ensino das ciências e a 
neuroeducação na educação básica. 2015. Disponível em: < https://www.
lume.ufrgs.br/handle/10183/134024> Acesso em: 30 jan 2020.
OLIVERA, Karla Jeane Vilela; LACERDA, Maria do Carmo de 
Lima Silva. Contribuições da Neuroeducação nas Práticas Docentes. 
Disponível em: < http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/
trabalhos/TRABALHO_EV117_MD1_SA1_ID6679_16092018201020.pdf> 
Acesso em: 30 jan 2020.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais46
PERRENOUD, Phillipe. As Dez Novas Competências para Ensinar. 
Porto Alegre: Artmed, 2000. 
PERUZZOLO, S. R.; COSTA, G.M. T. Estimulação precoce: 
contribuição na aprendizagem e no desenvolvimento de crianças com 
deficiência intelectual (di). Revista de Educação do Ideau. v. 10, n. 21, 
2015. Disponível em: http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/
revistasartigos/246_1.pdf. Acesso em: 30 jan 2020.
PUEBLA, R.; TALMA M. P. Educación y neurociencias. La conexión 
que hace falta. Estúdios Pedagógicos, v. 34, n. 2, p. 379 - 388, 2011.
QUESTIONÁRIO Vark. Disponível em: <https://vark-learn.com/
questionario/>. Acesso em: 30 jan 2020
SANJAUME, Núria Guzmán. Neuroeducação e jogos de mesa. 
2016. Disponível em: < https://devir.com.br/arquivos-downloads/
Neuroeducacao_PT_final_CORRIGIDO.pdf> Acesso em: 30 jan 2020
SANTOS, Calline Palma dos; SOUSA, Késila Queiroz. A 
neuroeducação e suas contribuições às práticas pedagógicas 
contemporâneas. Disponível em: < https://eventos.set.edu.br/index.
php/enfope/article/viewFile/1877/777> Acesso em: 30 jan 2020
SILVA, Liliam. Neuroeducação: O novo impacto na educação. 
2018. Disponível em: <http://www.educacao-a-distancia.com/
neuroeducacaoo-novo-impacto-na-educacao/> Acesso em 31 de 
janeiro de 2020
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 47
SUPERA para escolas. Escola do futuro: como será e por que sua 
instituição deve se adaptar. Disponível em: <https://superaparaescolas.
com.br/escola-do-futuro-como-sera-e-por-que-sua-instituicao-deve-
se-adaptar/> Acesso em: 4 fev 2020.
SUPERA para escolas. 5 passos para implantar o projeto 
neuroeducação na sua escola. Disponível em: < https://superaparaescolas.
com.br/5-passos-para-implantar-o-projeto-neuroeducacao-na-sua-
escola/> Acesso em: 3 fev 2020.

Continue navegando