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Semiologia - A RELAÇÃO MÉDICO-PESSOA

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Método Clínico Centrado na Pessoa 
*Explora componente da relação entre a pessoa e o médico 
*Apresenta 4 partes 
→ explorando a saúde, a doença e a experiência da 
doença 
→ entendendo a pessoa como um todo 
→ elaborando um plano conjunto de manejo dos 
problemas 
→ intensificando a relação entre a pessoa e o médico 
*Ainda que o médico apresente uma excelente semiologia 
(diagnóstico diferencial, fisiopatologia, terapêuticas), caso não 
consiga lidar com o manejo das emoções que as pessoas trazem, 
o paciente pode não confiar no profissional ou não se sentir 
bem compreendido 
Possibilidades da Relação Médica 
*Relação médico-pessoa 
*Relação médico-família 
*Relação médico-sociedade (responsabilidade) 
*Relação médico-equipe de saúde 
→ médico é parte da equipe de saúde (na perspectiva da 
doença, o médico tem papel na organização 
multiprofissional do cuidado) 
→ necessidade de boa relação com a equipe 
Habilidades envolvidas em uma consulta 
*Organizar a consulta 
→ reflexão sobre como começar, organização da sala 
*Entrevistar 
→ comportamento na frente do paciente 
→ expressão facial 
→ empatia, cordialidade 
*Coletar a história 
*Examinar adequadamente 
→ fazer exame físico, tocar no paciente, medir os sinais 
vitais 
*Elaborar um diagnóstico diferencial 
*Resolver problemas 
→ por meio da conduta do médico ou de outros 
profissionais 
*Medicar adequadamente 
 
*Criar vínculo (quando for o caso) 
*Todas essas habilidades são necessárias para lidar com o 
paciente: a relação médico-pessoa não é apenas para criar 
vínculo, é necessária para todas as etapas 
*A importância da relação terapêutica explica por que a adesão 
ao processo terapêutico depende mais do médico do que das 
características pessoais do paciente 
 
 
 
*Além do suporte técnico-diagnóstico, o médico necessita 
→ ter sensibilidade para conhecer a realidade do 
paciente 
→ ouvir suas queixas 
→ ser resiliente 
→ encontrar, junto com ele, estratégias que facilitem sua 
adaptação ao estilo de vida influenciado pela doença 
CASO CLÍNICO 
*Paciente feminina, 50 anos, vem a consulta por apresentar 
dores por todo o corpo há seis meses. Refere estar apresentando 
dores em região dorsal, cintura escapular, cintura pélvica, 
joelhos bilateralmente e ombros, bilateralmente. Além disto, 
demonstra desde a sala de espera, certa inconformidade por 
não ter melhorado até agora 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Provavelmente, a paciente apresenta um quadro de 
fibromialgia 
→ componente psicológico importante, muitas vezes 
relacionado com depressão, ansiedade 
*Uso da pergunta “TEM DORMIDO BEM À NOITE?” 
→ tentativa de perceber se o paciente tem problemas 
psicológicos (estratégia) 
 
A Relação Médico-Pessoa 
em particular, o paciente é muito mais inclinado a atender a 
prescrição se ele pensa que conhece bem o médico que está 
prescrevendo (Dixon e Sweeney, 2000) 
 
SEMIOLOGIA 
RR 4 Relação Médico-Pesser TR 
*Explora componente da relação entre a pessoa e o médico 
*Apresenta 4 partes 
— explorando a saúde, a doença e a experiência da 
doença 
— entendendo a pessoa como um todo 
— elaborando um plano conjunto de manejo dos 
problemas 
—> intensificando a relação entre a pessoa e o médico 
*Ainda que o médico apresente uma excelente semiologia 
(diagnóstico diferencial, fisiopatologia, terapêuticas), caso não 
consiga lidar com o manejo das emoções que as pessoas trazem, 
o paciente pode não confiar no profissional ou não se sentir 
bem compreendido 
*Relação médico-pessoa 
*Relação médico-família 
*Relação médico-sociedade (responsabilidade) 
*Relação médico-equipe de saúde 
— médico é parte da equipe de saúde (na perspectiva da 
doença, o médico tem papel na organização 
multiprofissional do cuidado) 
— necessidade de boa relação com a equipe 
*Organizar a consulta 
— reflexão sobre como começar, organização da sala 
*Entrevistar 
— comportamento na frente do paciente 
— expressão facial 
— empatia, cordialidade 
*Coletar a história 
*Examinar adequadamente 
— fazer exame físico, tocar no paciente, medir os sinais 
vitais 
*Elaborar um diagnóstico diferencial 
*Resolver problemas 
— por meio da conduta do médico ou de outros 
profissionais 
*Medicar adequadamente 
*Criar vínculo (quando for o caso) 
*Todas essas habilidades são necessárias para lidar com o 
paciente: a relação médico-pessoa não é apenas para criar 
vínculo, é necessária para todas as etapas 
*A importância da relação terapêutica explica por que a adesão 
ao processo terapêutico depende mais do médico do que das 
características pessoais do paciente 
 
em particular, o paciente é muito mais inclinado a atender a 
prescrição se ele pensa que conhece bem o médico que está 
prescrevendo (Dixon e Sweeney, 2000) 
*Além do suporte técnico-diagnóstico, o médico necessita 
— ter sensibilidade para conhecer a realidade do 
paciente 
ouvir suas queixas 
ser resiliente 
L
I
L
 
encontrar, junto com ele, estratégias que facilitem sua 
adaptação ao estilo de vida influenciado pela doença 
CASO CLÍNICO 
*Paciente feminina, 50 anos, vem a consulta por apresentar 
dores por todo o corpo há seis meses. Refere estar apresentando 
dores em região dorsal, cintura escapular, cintura pélvica, 
joelhos bilateralmente e ombros, bilateralmente. Além disto, 
demonstra desde a sala de espera, certa inconformidade por 
não ter melhorado até agora 
Médico: bom dia Sra. ..., em que lhe trouxe hoje? 
Paciente: Olha doutor, eu não aguento mais estas dores no meu corpo inteiro. Já venho aqui 
há 6 meses e o Sr. me prescreve paracetamol. Não aguento mais. Só quem sente é que 
sabe, né? 
Médico: sim, entendo. Mais alguma coisa além destas dores? 
Paciente (após respirar fundo e pausa breve): Bem, também tenho sentido uma dor na 
“boca"do estômago e uma vontade de vomitar todos os dias após a janta. Está muito difícil. 
Será que não tenho que fazer algum exame?? 
Médico: então a Sra. tem dores em todo o corpo e esta dor epigástrica. Algo mais? 
Paciente: sinto muitos calorões também. Por favor, não me dê mais paracetamol!!! 
(Após perguntas focadas nas queixas da paciente, o médico pergunta): 
Médico: tem dormido bem a noite? 
Paciente: muito mal. Deito e levanto a toda hora. Às vezes parece que vou ficar louca (e 
começa a chorar)... 
Médico (após entregar um lenço de papel e escutá-la por mais alguns instantes): o que a 
senhora pensa a respeito dos seus problemas? Como a Sra. entende que podemos lhe 
ajudar? 
*Provavelmente, a paciente apresenta um quadro de 
fibromialgia 
— componente psicológico importante, muitas vezes 
relacionado com depressão, ansiedade 
*Uso da pergunta “TEM DORMIDO BEM À NOITE?” 
— tentativa de perceber se o paciente tem problemas 
psicológicos (estratégia)
 
Dimensões da Relação Médico-Pessoa 
*Compaixão, empatia e cuidado 
*Poder 
→ médico: conhecimento acerca da fisiopatologia das 
doenças que o paciente traz, das técnicas de 
conduta, das técnicas cirúrgicas 
→ paciente: história dele (como traz a informação, o que 
ele pensa que tem, etc.) - paciente é especialista nele 
mesmo 
*Constância (longitudinalidade) 
*Cura 
→ é importante que o médico saiba seu papel e sua 
limitação de cura (minimizar o dano/a dor, melhorar 
a dignidade do paciente) 
*Autoconhecimento 
→ devemos nos conhecer para atendermos melhor o 
outro 
→ discernir o quanto nossa vida pessoal está afetando a 
consulta 
*Transferência e contra-transferência 
Passos importantes na Relação Médico-
Pessoa 
*Ser empático 
*Saber previamente dados sobre a pessoa atendida 
*Avaliar o seu próprio estado emocional 
*Ser cordial 
*Reaprender hábitos complexos, tais como ser pacientes, 
muitas vezes tendo que vencer a preguiça de tais atos 
Transferência e Contratransferência 
Transferência 
*Processo em que a pessoa, de forma inconsciente, projeta, nos 
indivíduos que atualmente fazem parte da sua vida, 
pensamentos, comportamentose reações emocionais 
originados em outros relacionamentos significativos desde a 
sua infância 
*Esse processo pode incluir sentimentos de amor, ódio, 
ambivalência e dependência 
*Quanto maior o apego atual (ex: RMP), mais provável a 
ocorrência de transferência 
*Pode ajudar a criar a ligação entre a pessoa e o médico e 
também a entender como a pessoa vivencia seu mundo e a 
influência do passado no seu comportamento atual 
*Exemplo: reações agressivas de pessoas que ficam 
incapacitadas 
Contratransferência 
*Processo inconsciente que ocorre quando o médico responde 
à pessoa de forma semelhante àquelas vivenciadas em 
relacionamentos significativos do passado 
*Atenção ao que desencadeia certas reações: questões pessoais 
mal – resolvidas, estresse ou conflitos de valores 
*Importância da autoconsciência 
*Pode ter origens e significados diversos 
*Todos os médicos lutam com situações não resolvidas do seu 
passado 
Situações especiais em comunicação 
Paciente com raiva 
*O que fazer: 
→ deve-se reconhecer, compreender e responder à 
situação 
reconhecer: entrevistador sente – se defensivo, tom 
de voz ou agitação do paciente 
entender os motivos da raiva - na maioria das vezes, 
pouco têm a ver com o médico 
responder à raiva com empatia 
*Normalmente, a raiva é dirigida à doença 
Adesão 
*A má adesão ocorre por falha na negociação entre a conduta e 
o aceite cultural do paciente 
*Fazer perguntas adequadas respondem a 80% dos casos de má 
– adesão 
→ é importante motivar o paciente 
*Não questionar diretamente se está ou não fazendo uso da 
medicação ou da mudança de hábito 
→ questionar de forma indireta (ex: “o senhor está 
usando metformina e enalapril. Como o senhor está 
fazendo com essas medicações?”) 
*Não punir o paciente com baixa adesão 
*Avaliar crenças, objetivos e expectativas do doente 
→ procurar compreendê-los e tentar novo acordo 
*Compaixão, empatia e cuidado 
*Poder 
— médico: conhecimento acerca da fisiopatologia das 
doenças que o paciente traz, das técnicas de 
conduta, das técnicas cirúrgicas 
> paciente: história dele (como traz a informação, o que 
ele pensa que tem, etc.) - paciente é especialista nele 
mesmo 
*Constância (longitudinalidade) 
*Cura 
— é importante que o médico saiba seu papel e sua 
limitação de cura (minimizar o dano/a dor, melhorar 
a dignidade do paciente) 
* Autoconhecimento 
— devemos nos conhecer para atendermos melhor o 
outro 
— discernir o quanto nossa vida pessoal está afetando a 
consulta 
*Transferência e contra-transferência 
*Ser empático 
*Saber previamente dados sobre a pessoa atendida 
*Avaliar o seu próprio estado emocional 
*Ser cordial 
*Reaprender hábitos complexos, tais como ser pacientes, 
muitas vezes tendo que vencer a preguiça de tais atos 
Tu na 
*Processo em que a pessoa, de forma inconsciente, projeta, nos 
indivíduos que atualmente fazem parte da sua vida, 
pensamentos, comportamentos e reações emocionais 
originados em outros relacionamentos significativos desde a 
sua infância 
*Esse processo pode incluir sentimentos de amor, ódio, 
ambivalência e dependência 
*Quanto maior o apego atual (ex: RMP), mais provável a 
ocorrência de transferência 
*Pode ajudar a criar a ligação entre a pessoa e o médico e 
também a entender como a pessoa vivencia seu mundo e a 
influência do passado no seu comportamento atual 
*Exemplo: reações agressivas de pessoas que ficam 
incapacitadas 
Cenhab A 
*Processo inconsciente que ocorre quando o médico responde 
à pessoa de forma semelhante àquelas vivenciadas em 
relacionamentos significativos do passado 
*Atenção ao que desencadeia certas reações: questões pessoais 
mal - resolvidas, estresse ou conflitos de valores 
*Importância da autoconsciência 
*Pode ter origens e significados diversos 
*Todos os médicos lutam com situações não resolvidas do seu 
passado 
Paciende com iva 
*O que fazer: 
— deve-se reconhecer, compreender e responder à 
situação 
reconhecer: entrevistador sente — se defensivo, tom 
de voz ou agitação do paciente 
entender os motivos da raiva - na maioria das vezes, 
pouco têm a ver com o médico 
responder à raiva com empatia 
*Normalmente, a raiva é dirigida à doença 
*A má adesão ocorre por falha na negociação entre a conduta e 
o aceite cultural do paciente 
*Fazer perguntas adequadas respondem a 80% dos casos de má 
- adesão 
— é importante motivar o paciente 
*Não questionar diretamente se está ou não fazendo uso da 
medicação ou da mudança de hábito 
— questionar de forma indireta (ex: “o senhor está 
usando metformina e enalapril. Como o senhor está 
fazendo com essas medicações?”) 
*Não punir o paciente com baixa adesão 
*Avaliar crenças, objetivos e expectativas do doente 
— procurar compreendê-los e tentar novo acordo
 
*Evitar utilizar a tática do medo 
*Focar nos sucessos do paciente e não nos fracassos 
*Indicações e prevenções devem ser feitas no final da consulta 
- explicar e perguntar se o paciente entendeu, se concorda com 
a conduta 
Consultas e encontros difíceis 
*A relação entre o profissional e seus pacientes: 
→ mais do que uma atuação técnica, é uma interação 
humana complexa 
→ envolve a mobilização de intensas manifestações 
emocionais, que podem perturbar a relação e a 
objetividade 
*Pacientes difíceis 
→ aqueles que provocam um estresse que supera o nível 
esperado de dificuldade 
→ pesquisas apontam que 1 em cada 6 consultas 
apresentam este tipo de paciente 
→ maior associação com médicos jovens, de sexo 
feminino e com Síndrome de Burnout 
*Características dos pacientes 
→ agressivo, desafiador, o que sabe tudo, o que não 
cumpre as demandas 
*Características despertadas pelos sentimentos do médico 
→ “aquele que me irrita, me faz sentir impotente, não 
consigo me conectar, não sei como tratar”, etc. 
*Fatores que contribuem para a dificuldade do relacionamento 
entre médico e paciente 
→ relacionados ao paciente 
→ relacionados ao médico 
→ relacionados ao sistema de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIDANDO COM SITUAÇÕES DIFÍCEIS 
*Aspectos básicos 
→ compaixão, empatia e cuidado 
→ poder 
→ constância (longitudinalidade) 
→ cura 
→ autoconhecimento 
→ transferência e contratransferência 
*Técnicas adicionais que podem auxiliar nas consultas difíceis 
→ doze segundos que fazem a diferença (esperar 12 
segundos em silêncio depois do paciente apresentar 
suas queixas – é muito comum que este se lembre de 
algum sintoma ou situação nesse período) 
→ suspender os juízos de valor e adotar uma atitude 
avaliadora 
→ percepção das próprias emoções 
→ não tomar como pessoal as dificuldades ou limitações 
→ tentar mudar o padrão de comunicação 
→ reconhecer transtornos mais graves (físicos, mentais 
ou de personalidade) 
→ aceitar limitações (do paciente e do médico) 
→ buscar ajuda 
CASO CLÍNICO (CONTINUAÇÃO) 
*Após a entrevista e o exame físico, o médico anuncia os 
resultados encontrados e planeja com a paciente os passos a 
seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
jhhh 
 
“A terapia mais usada em medicina é o próprio médico, o qual, 
como os demais medicamentos, precisa ser conhecido em sua 
posologia, efeitos colaterais e toxicidade” (Balint, 1955). 
*Evitar utilizar a tática do medo 
*Focar nos sucessos do paciente e não nos fracassos 
*Indicações e prevenções devem ser feitas no final da consulta 
- explicar e perguntar se o paciente entendeu, se concorda com 
a conduta 
Consultas e encenhos dipiceis 
*A relação entre o profissional e seus pacientes: 
— mais do que uma atuação técnica, é uma interação 
humana complexa 
— envolve a mobilização de intensas manifestações 
emocionais, que podem perturbar a relação e a 
objetividade 
*Pacientes difíceis 
— aqueles que provocam um estresse que supera o nível 
esperado de dificuldade 
— pesquisas apontam que 1 em cada 6 consultas 
apresentam este tipo de paciente 
— maior associação com médicosjovens, de sexo 
feminino e com Síndrome de Burnout 
*Características dos pacientes 
— agressivo, desafiador, o que sabe tudo, o que não 
cumpre as demandas 
*Características despertadas pelos sentimentos do médico 
— “aquele que me irrita, me faz sentir impotente, não 
consigo me conectar, não sei como tratar”, etc. 
*Fatores que contribuem para a dificuldade do relacionamento 
entre médico e paciente 
— relacionados ao paciente 
— relacionados ao médico 
— relacionados ao sistema de saúde 
Fatores F. 
atores do Médico 
do Paciente 
 
Fatores 
do Sistema Maior chance de 
Problemas de 
relação médico - 
paciente 
LIDANDO COM SITUAÇÕES DIFÍCEIS 
*Aspectos básicos 
compaixão, empatia e cuidado 
poder 
constância (longitudinalidade) 
cura 
autoconhecimento 
L
I
L
I
 
Y
O
 
transferência e contratransferência 
*Técnicas adicionais que podem auxiliar nas consultas difíceis 
—> doze segundos que fazem a diferença (esperar 12 
segundos em silêncio depois do paciente apresentar 
suas queixas — é muito comum que este se lembre de 
algum sintoma ou situação nesse período) 
suspender os juízos de valor e adotar uma atitude 
avaliadora 
y 
percepção das próprias emoções 
não tomar como pessoal as dificuldades ou limitações 
tentar mudar o padrão de comunicação 
reconhecer transtornos mais graves (físicos, mentais 
ou de personalidade) 
aceitar limitações (do paciente e do médico) 
buscar ajuda 
L
s
 
V
S
 
—S 
—S 
CASO CLÍNICO (CONTINUAÇÃO) 
*Após a entrevista e o exame físico, o médico anuncia os 
resultados encontrados e planeja com a paciente os passos a 
seguir 
Médico: bem, ao examiná-la e entender a sua história, verifico que a senhora 
apresenta sintomas compatíveis com fibromialgia e dispepsia. Além disto, tem 
sintomas que se relacionam com uma fase da sua vida que é o climatério, e 
pode estar mais intenso ou estar intensificando os problemas que tem relatado 
nas suas relações em casa. Já ouviu falar destes problemas? 
Paciente: já vi no Google, mas lá dizia que poderia ter câncer de estômago 
também. Fiquei sem dormir a noite inteira pensando nisso. Não pode me pedir 
uma endoscopia? 
Médico: bem, como a senhora não fuma, não tem emagrecimento e os sintomas 
são recentes, podemos fazer um tratamento e avaliar dentro de trinta dias. Caso 
não melhore, podemos rever a necessidade do exame. Enquanto isto, vou lhe 
prescrever um anti-depressivo e este analgésico, vou pedir alguns exames e 
quero vê-la em quinze dias. Ainda podemos pensar em outras terapêuticas, 
como exercícios físicos e melhorar a alimentação. O que a senhora acha? 
Paciente: ok, vamos tentar. Fico mais calma já que o Sr. vai cuidar a 
possibilidade de não ser câncer. Que bom, nem imaginava isso... 
 
A terapia mais usada em medicina é o próprio médico, o qual, 
como os demais medicamentos, precisa ser conhecido em sua 
posologia, efeitos colaterais e toxicidade” (Balint, 1955).

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