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David Ricardo - Principios de Economia Politica e Tributaçao - Resumo

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1
 
DAVID RICARDO 
 
 
AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E OS 
SEUS PROBLEMAS ESPECÍFICOS 
 
ANA CARDOSO 
Aluno Nº 21150138 
 
SANDRA GONÇALVES 
Aluno Nº 21120601 
 
CATARINA FERREIRA 
Aluno Nº 20101020 
 
 
 
 
RESUMO: Este trabalho aborda a vida e obra de David Ricardo, considerado um 
grande nome da Economia Política Clássica. Sendo o ponto fulcral deste trabalho as 
teorias que David Ricardo desenvolveu tais como a teoria do valor, a teoria da 
distribuição, da renda e a teoria do Comércio Internacional apresenta-se um exemplo 
explicativo do Princípio da Vantagem Comparativa. 
 
 
INSTITUT0 POLITÉCNICO DE COIMBRA 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA 
 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
MAIO DE 2007 
 
 
 2
ÍNDICE: 
 
1. BIOGRAFIA 3 
2. TEORIAS DE DAVID RICARDO 4 
2.1 Teoria do valor – trabalho 5 
2.2 Teoria da distribuição / Teoria da renda 5 
2.3 Teoria do comércio Internacional (Modelo Ricardiano) 6 
2.3.1 O princípio da vantagem comparativa e a sua análise 
 segundo David Ricardo 7 
2.3.2 Crítica à teoria das vantagens comparativas 
 (Modelo Ricardiano) e Proteccionismo 8 
3. COMÉRCIO INTERNACIONAL 8 
3.1 Regulamentação do comércio internacional 9 
3.2 Riscos do comércio internacional 9 
4. CONCEITOS-CHAVE 11 
5. BIBLIOGRAFIA 11 
6. SITES CONSULTADOS 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
1. BIOGRAFIA 
 
 
 
 
Figura 1: David Ricardo (1772 -1823) 
 
 
 
David Ricardo nasceu em Londres a 18 de Abril de 1772. Era o terceiro de 17 filhos de 
uma família holandesa de classe média, descendentes de judeus expulsos de Portugal. 
Pouco tempo antes de David nascer, o seu pai migrou da Holanda para Inglaterra onde 
negociou na Bolsa de Valores e foi bem sucedido. David viveu durante alguns anos na 
Holanda com outros elementos da família, onde completou parte da sua instrução 
primária. David Ricardo entrou para a bolsa inglesa, demonstrou grande aptidão, 
tornando-se mais tarde um corretor bem sucedido. Aos 21 anos converteu-se ao 
protestantismo unitarista e casou-se com uma jovem quacre originando 
desentendimentos familiares. Prosseguiu suas actividades na bolsa e em poucos anos 
ficou rico o bastante para se dedicar aos estudos, especialmente a matemática, química e 
geologia e adquiriu uma propriedade rural. Em 1799, após ter lido a Riqueza das nações 
de Adam Smith passou a interessar-se por questões de economia. 
 
Entre 1809 e 1815 publicou alguns panfletos sobre a questão do preço do ouro, 
proteccionismo na agricultura e os seus efeitos sobre os preços agrícolas, os lucros do 
capital e o crescimento económico. A partir de então dedicou-se a escrever um tratado 
teórico geral sobre a economia, os Princípios, tendo sido publicado em 1817, 
constituindo-se assim um marco teórico decisivo para o desenvolvimento da economia 
política clássica. 
 
Em 1815, David Ricardo já era considerado o economista mais importante de toda a 
Grã-Bretanha, graças ao seu conhecimento prático sobre o funcionamento do sistema 
capitalista. Foi muito influente na polémica discussão sobre a questão das corn laws, 
isto é, da importação de trigo estrangeiro pela Inglaterra. David Ricardo, como eterno 
defensor do livre comércio internacional, era a favor da importação. Foram várias as 
 4
divergências com economistas mais conservadores, como Malthus, os quais temiam ver 
o sustento dos trabalhadores britânicos sob o poder de países estrangeiros, potenciais 
inimigos. Neste mesmo ano, David Ricardo publicou toda a sua tese liberal em “ Ensaio 
sobre a Influência do Baixo Preço do Cereal sobre o Lucro do Capital “. 
 
Em 1817 publicou a sua grande obra “ Princípios de Economia Política e Tributação “. 
Este livro consagrou Ricardo como o grande nome da Economia Política Clássica, junto 
com Adam Smith, dominando a economia não apenas de Inglaterra, mas de todo o 
mundo ocidental por muitas décadas, até o aparecimento do marxismo e do 
marginalismo (os quais foram muito influenciados pela obra de David Ricardo). 
 
Ricardo também se envolveu em questões políticas, tendo sido representante do distrito 
irlandês de Portalington na Câmara dos Comuns do Parlamento do Reino Unido. Ali 
defendeu um conjunto de posições liberais tanto em matérias políticas (o voto secreto, o 
sufrágio universal) como em temas económicos (a liberdade de comércio). Morreu 
prematuramente a 11 de Setembro de 1823, tendo deixado incompleta uma obra em que 
trabalhava. 
 
As suas obras atingiram vastas áreas da economia, tais como: política monetária, teoria 
dos lucros, teoria da renda fundiária e da distribuição, teoria do valor e do comércio 
internacional, sendo que muitas destes temas permanecem actuais nos dias de hoje. 
 
 
 
2. TEORIAS DE DAVID RICARDO 
 
Como consequência do avanço técnico verificado na época, após a Primeira Revolução 
Industrial em que a introdução de máquinas provocou alterações nos processos 
produtivos e modificações radicais a nível de relacionamento social em virtude da 
transformação do artesão em proletário, verificou-se uma mudança radical na relação 
entre o meio urbano e o meio rural inglês. 
 
Este ciclo económico ocasionava, de tempos em tempos, as crises no comércio, 
reduzindo o lucro dos empresários que como consequência gerava desemprego, 
piorando cada vez mais a situação das massas urbanas. Logicamente toda esta situação 
levou a grande agitação por parte dos trabalhadores. Estes encontravam-se perante uma 
situação de miséria, o que fez com que na época aumentasse a taxa de mortalidade. 
 
Segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo 
produtivo gera um produto, este divide-se pelas três classes da sociedade: propriedades 
de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de 
salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros de capital). O papel da 
ciência económica seria determinar as leis naturais que orientassem essa distribuição. 
 
Para David Ricardo o equilíbrio poderia ser alcançado com a aplicação das suas teorias. 
 
 
 
 5
2.1 Teoria do Valor - Trabalho 
 
Enquanto que para Adam Smith o valor das mercadorias era determinado pela 
quantidade de trabalho que essas mercadorias poderiam comprar, designando-se por 
teoria do valor trabalho comandado, para David Ricardo o valor da troca das 
mercadorias era determinado pela quantidade de trabalho necessário à sua produção, 
não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua 
produção ficando, assim, conhecida por teoria do valor do trabalho incorporado. Os 
preços das mercadorias são, então, proporcionais ao trabalho nelas incorporado. Para 
David Ricardo a teoria dos preços não é mais do que uma teoria de preços relativos, ou 
simplesmente de razões de troca entre diferentes mercadorias. 
 
David Ricardo considerava como fontes do valor de troca a escassez e a quantidade de 
trabalho. A escassez explica o valor de troca das mercadorias não reprodutíveis, 
enquanto que a quantidade de trabalho explica o valor de troca de mercadorias 
reprodutíveis. Para Ricardo a economia deveria preocupar-se com as mercadorias 
reprodutíveis, por serem estas a esmagadora maioria das mercadorias que se trocam em 
economia, em virtude deste pensamento a escassez deixa de ser importante para a 
economia. 
 
 
2.2 Teoria da Distribuição / Teoria da Renda 
 
Como se determina a prestação a pagar ao proprietário fundiário pela disponibilidade do 
uso da terra? Esta é a principal questão a colocar-se relativamente à renda “ diferencial “ 
(aquela que resulta da diferente fertilidade das terras e da concorrência dos empresários 
para a sua exploração). A questão colocada anteriormente encontra-se relacionada com 
outra que é a seguinte: Qual é o papel da renda fundiária na economia? A resposta a esta 
última questão permite uma melhor compreensão dos mecanismos económicos da 
sociedade capitalista.Ao analisar estas duas questões, David Ricardo apresentou um modelo de repartição de 
rendimentos com implicações importantes sobre o crescimento económico e política 
económica. 
 
Foram três as hipóteses consideradas por David Ricardo para a elaboração do seu 
modelo de repartição de rendimentos: 
• A lei dos rendimentos decrescentes reflecte que para conseguir quantidades 
adicionais iguais de um bem, a sociedade tem de utilizar quantidades crescentes 
de factores. Se existirem rendimentos decrescentes na produção de um bem, o 
custo de oportunidade de produzir unidades sucessivas do mesmo bem é cada 
vez maior. 
 
Suponhamos uma experiência que consiste em adicionar unidades excessivas de 
trabalho a uma quantidade fixa de terra. 
 
 
 
 6
 
Tabela 1 – Produção de trigo 
 
EMPREGO NA 
PRODUÇÃO 
DE TRIGO 
PRODUÇÃO 
DE TRIGO 
VARIAÇÃO 
NA 
PRODUÇÃO 
0 0 
1 4 4 
2 7 3 
3 9 2 
4 10 1 
 
Daqui concluímos que, ao adicionar unidades de trabalho a uma quantidade fixa do 
factor Terra, os aumentos que se obtêm na produção de trigo são cada vez menores. 
 
• A lei malthusiana da população. A população cresce ou diminui de acordo com 
a disponibilidade de alimentos. Dessa forma, os salários tendem a permanecer 
no nível de subsistência, sempre que eles se afastam desse nível, verifica-se a lei 
do crescimento demográfico, aumentando ou diminuindo a oferta de 
trabalhadores. 
• O móbil do crescimento do produto e, assim, dos investimentos, encontra-se no 
lucro, mais propriamente no lucro por unidade de capital investido. 
 
Para David Ricardo a sequência e correlação destas três hipóteses ocasionou o 
aparecimento do estado estacionário, em que a produção na economia deixa de crescer. 
Ou seja, a pressão demográfica leva à utilização de mais terras, sendo as mais férteis as, 
inicialmente, mais cultivadas pelos empresários, o que leva a que, estas se tornem cada 
vez menos férteis, com consequência de tal facto, a taxa de lucro torna-se cada vez 
menor e a renda cada vez mais elevada. Assim, cultivando novas terras (menos férteis), 
tem que se aumentar a quantidade de trabalho para se produzir os mesmos bens, 
aumentando assim o seu valor e consequentemente o salário natural também. Os 
proprietários das melhores terras, vendem os produtos a um preço superior ao seu custo 
de produção, constituindo a diferença, a renda diferencial. 
 
Perante tal situação, David Ricardo combate todo este pessimismo com a sua ideia de 
liberdade de comércio. A importação levaria a que os empresários não fossem 
obrigados a utilizar terras menos produtivas, e deste modo a um aumento de renda e 
redução da taxa de lucro. Desta forma a taxa de lucro não desceria e o estado 
estacionário poderia ser evitado. Note-se que esta liberdade de comércio não conviria 
aos proprietários fundiários que veriam os seus rendimentos reduzirem-se. 
 
 
2.3 Teoria do Comércio Internacional 
 
Esta teoria de David Ricardo informa-nos das vantagens do comércio entre as nações. 
Na sua época, este economista participou activamente numa polémica sobre se a 
Inglaterra deveria praticar o livre-cambismo, liberdade de trocas internacionais com 
 7
eliminação de direitos alfandegários protectores, ou proteccionismo, com a supressão de 
impostos sobre importações e com a exclusão de entraves administrativos à liberdade de 
comércio entre as nações. David Ricardo, pelo que anteriormente já foi exposto, foi um 
defensor dos empresários e um importante defensor do livre-cambismo. 
 
 
2.3.1 Princípio da vantagem comparativa e a sua análise segundo David Ricardo 
 
Ricardo foi o primeiro economista a argumentar que o comércio internacional poderia 
beneficiar dois países, mesmo que um deles produzisse todos os produtos de forma mais 
eficiente, um país não precisa de ter uma vantagem absoluta na produção de um 
determinado produto. Pois dois países poderiam beneficiar do comércio mútuo se cada 
um tivesse uma vantagem comparativa na produção de qualquer produto. 
 
David Ricardo explica a sua teoria usando um exemplo envolvendo Portugal e 
Inglaterra e apenas dois bens, vinho e roupa, decidiu medir todos os custos relativos de 
produção, expressos em horas de trabalho. 
 
Tabela 2 – Vantagens Comparativas 
 (Horas de trabalho/unidade produzida) 
 TÊXTEIS VINHO 
Inglaterra 63 70 
Portugal 120 80 
 
Analisando a tabela 1 conclui-se que a Inglaterra é mais eficiente que Portugal em 
ambas as produções. A Inglaterra tem uma vantagem absoluta quer na produção de 
vinho, quer na de tecido. Mesmo assim, D. Ricardo provou que o comércio 
internacional continua a ser rentável. 
 
As unidades de trabalho necessárias à produção de qualquer dos produtos, em Portugal, 
em termos percentuais das necessidades de trabalho correspondentes para Inglaterra são: 
 
Vinho Tecido 
 
14,1
70
80 =
h
h
 90,1
63
120 =
h
h
 
 
Apesar da desvantagem absoluta de Portugal em ambos os bens, o país tem uma 
vantagem comparativa na produção de vinho e uma desvantagem comparativa na 
produção de tecido. 
No caso de Inglaterra, 
 
Vinho Tecido 
 
875,0
80
70 =
h
h
 525,0
120
63 =
h
h
 
 
 8
tem uma vantagem comparativa na produção de tecido e uma desvantagem comparativa 
na produção de vinho (0,525<0,875). 
 
A partir deste estudo, Ricardo provou que cada país seria beneficiado caso se 
especializassem no produto onde detém maior vantagem comparativa, o produto total 
global de cada bem aumenta, melhorando a situação de todos os países envolvidos nas 
trocas internacionais, pois menores seriam os custos de produção, os salários de 
subsistência dos trabalhadores e em consequência os lucros seriam os maiores possíveis. 
 
 
2.3.2 Crítica ao princípio das vantagens comparativas (Modelo Ricardiano) e 
proteccionismo 
 
O modelo clássico Ricardiano procura explicar os padrões de comércio internacional 
com base nas diferenças de produtividade entre países. O problema é que o princípio 
das vantagens comparativas só assume a existência de diferenças, mas nunca se tenta 
compreender ou identificar as razões que poderão explicar as diferenças existentes. E os 
preços mundiais ou termos de troca neste modelo são indeterminados. 
 
Outra crítica que se faz ao modelo Ricardiano é que assume um único factor produtivo, 
o trabalho, não é possível analisar os efeitos distributivos do rendimento. Todos os 
países ganham quando existe uma liberdade de comércio, no entanto pode haver alguns 
indivíduos, empresas e factores de produção que ficam prejudicados e teriam 
rendimentos maiores se existissem restrições ao comércio. Os que perdem tentam 
defender-se do “inimigo internacional” e surge o “proteccionismo”. O “proteccionismo” 
é uma política comercial que tenta proteger as indústrias nacionais das importações a 
preços reduzidos sendo tomadas algumas medidas como colocando impostos 
alfandegários e de quotas de importação. O Proteccionismo opõe-se ao comércio livre e 
portanto à Globalização sob o prisma comercial. 
 
A competividade dos produtos não é só determinada pela vantagem comparativa mas 
também pela valorização ou desvalorização dos capitais. 
 
Apesar das suas limitações, a teoria da vantagem comparativa é uma das verdades mais 
profundas de toda a economia. Um país que não respeite a vantagem comparativa paga 
um preço elevado em termos de níveis de vida e de crescimento económico. [1] 
 
 
3. COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras 
internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande parcela 
do PIB. O comércio internacional esteve presente através de grande parte da história da 
humanidade, tendo tido ao longo dos tempos uma importância crescente. O avanço 
industrial, dos transportes, a globalização, o surgimento das corporações multinacionais,e o outsourcing tiveram um grande impacto no incremento deste comércio, este 
aumento, normalmente, é relacionado com o fenómeno da globalização. 
 
 9
 
3.1 REGULAMENTAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
Tradicionalmente o comércio é regulamentado através de tratados bilaterais entre as 
nações. Durante os séculos de crença no mercantilismo a maioria das nações mantinham 
altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional. No século XIX, 
especialmente no Reino Unido, a crença no livre comércio tornou-se um paradigma e, 
desde então este pensamento tem dominado as nações ocidentais. Posteriormente à 
Segunda Guerra Mundial tratados multilaterais como o GATT e a OMC tentaram criar 
estruturas refutatórias de alcance mundial. 
 
Apesar das nações socialistas e comunistas se intitularem como auto-suficientes, na 
prática nenhuma nação consegue sozinha fazer face às necessidades do seu povo, 
tornando-se sempre necessário realizar algum comércio. 
 
Normalmente os países economicamente mais poderosos defendem o comércio 
internacional livre. Actualmente, os Estados Unidos da América, o Reino Unido e o 
Japão são os maiores defensores deste pensamento. Contudo, os países de rápido 
crescimento económico como a Índia, China e Rússia têm-se tornado defensores do 
livre comércio. 
 
Tradicionalmente, os interesses agrícolas são a favor do livre comércio, enquanto que os 
sectores manufactureiros defendem políticas proteccionistas. Porém, lobbies agrícolas, 
particularmente nos E.U.A, Europa e Japão, são responsáveis pela introdução de regras 
nos tratados de comércio internacional, cujo objectivo é a adopção de medidas 
proteccionistas para bens de origem agrícola. Contudo, o Brasil, sendo um grande e 
eficiente produtor agrícola, tem tentado eliminar parte destas barreiras. 
 
 Refira-se que o aumento das tarifas de importação surge aquando a ocorrência de 
recessões económicas, com o intuito de proteger a produção doméstica. 
 
A regulamentação do comércio internacional é realizada através da OMC no nível 
global, e através de vários sectores regionais como o Mercosul na América do Sul; o 
NAFTA, entre os Estados Unidos da América, Canadá e México; e a União Europeia, 
entre 25 estados europeus independentes. 
 
 
3.2 RISCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
Os riscos do comércio internacional podem ser divididos em dois grandes grupos: 
 
• Riscos Económicos 
o Risco de insolvência do comprador; 
o Risco de atraso no pagamento; 
o Risco de não-aceitação; 
o Riscos relacionados à soberania económica. 
 
 
 10
• Riscos Políticos 
o Risco de cancelamento ou não renovação de licenças de exportação ou 
importação; 
o Riscos relacionados com conflitos armados; 
o Risco de expropriação ou confisco por companhias importadoras; 
o Risco de imposição de um banimento de algum bem após o embarque; 
o Risco de transferência 
o Riscos relacionados à soberania política. 
 
 
4. CONCEITOS-CHAVE 
 
Custos relativos Estado estacionário 
Importação Liberdade de comércio 
Taxa de Lucro Proteccionismo 
Renda Renda diferencial 
Rendimentos decrescentes Salário natural 
Vantagem absoluta Vantagem comparativa 
 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
 
[1] Samuelson, P. e Nordhaus, W., “Economia”, McGraw-Hill, 1999, pp. 688-695 
 
[2] Neves, João César, “ O Que é a Economia? “, Principia, Cascais, 2003, pp. 103-
118. 
 
[3] Morcillo, Robert Luís Froster,“As Grandes Correntes do Pensamento Económico”, 
1994, pp. II9-II13. 
 
 
6. SITES CONSULTADOS 
 
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Ricardo 
 
[2] http://www.economiabr.net/economia/1_hpe5.html 
 
[3] http://www.vestibular1.com.br/revisao/teorias_economicas.doc 
 
[4] http://www.unisinos.br/ihu/uploads/publicacoes/edicoes/1158330491.25pdf.pdf 
 
[5] http://66.249.91.104/translate_c?hl=pt-
PT&u=http://iang.org/free_banking/david.html&prev=/search%3Fq%3Ddavid%2B
ricardo%26start%3D80%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN 
 
[6] http://cogitoergosun.no.sapo.pt/ecopol2sem.pdf

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