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ANATOMIA II

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ANATOMIA II- SISTEMA DIGESTÓRIO
CAVIDADE DA BOCA:
É a porção inicial do sistema digestivo, que se estende dos lábios até a faringe (juntas formam a porção oral). É dividida em:
Vestíbulo da boca, este que é delimitado externamente pelos lábios e bochechas, e internamente pelos dentes e gengiva. Quando a boca esta fechada, o vestíbulo se comunica com a cavidade oral pelo espaço situado entre os dentes incisivos e pré-molares e ainda um espaço por detrás dos molares. O assoalho do vestíbulo da boca é formado pela reflexão da mucosa dos lábios e da bochecha para a gengiva. Ao nível do plano mediano forma-se em cada lábio uma prega sagital frênulo labial. Na mucosa do vestíbulo se abrem numerosos ductos das glândulas bucais.
Os Lábios são um esfíncter muscular delimitado pela união por meio de pregas musculoconjuntivas de ambos os lados do lábio inferior e superior formando os ângulos da boca rima bucal. Externamente os lábios são revestidos pela pele, que se continua ao nível da borda labial.
As Bochechas constituem a parede lateral do vestíbulo da boca, sua estrutura é semelhante à do lábio. Esta sendo formada pelos músculos bucinador, zigomático, depressor e elevados do lábio superior, elevador nasolabial e canino, tendo a função de auxiliar na apreensão dos alimentos.
Cavidade da boca propriamente dita é limitada rostralmente e lateralmente pelos dentes e gengivas. O teto da cavidade é representado pelo palato duro e o assoalho e representado principalmente pela língua. Continua-se caudalmente com a orofaringe, o limite entre as duas é representado pelo arco palatogrosso, estrutura que une a cada lado do palato à base da língua.
O palato constitui o teto da cavidade da boca e da orofaringe, separando-as da cavidade nasal.
O palato duro é constituído por uma base óssea (a lâmina do osso palatino e processo palatino do osso maxilar e incisivo) sendo recoberta por mucosa, esta sendo assim vascularizadas. Medial ao palato duro esta presente uma linha longitudinal a rafe palatina, no extremo rostral da rafe se apresenta uma saliência representada pela papila palatina incisiva, que facilita a ingestão e o encaminhamento do alimento, sob a qual desemboca o ducto incisivo proveniente da cavidade nasal. A cada lado da rafe encontra-se uma série de rugas transversais são as rugas palatinas.
O palato mole é uma continuação do palato duro. Sendo uma prega músculo membranácea disposta transversalmente, de modo a dividir a faringe em duas partes: dorsalmente a nasofaringe e ventralmente a orofaringe. Sua borda livre é côncava e se continua a cada lado da faringe por uma prega denominada de arco palatofaríngico. Ventralmente o palato mole que esta unido a base da língua por uma elevação, o arco palatoglosso.
Os músculos presentes no palato são:
Elevador do véu palatino tem origem no processo muscular do temporal e se une com o do lado oposto ao nível do plano mediano da parede da nasofaringe. Sua função é elevar o palato mole durante a deglutição.
Tensor do véu palatino, também tem origem no processo muscular do temporal, passa lateral ao elevador, termina no palato mole cuja sua função é manter o véu palatino tenso e previamente elevado.
Palatino é um conjunto de feixes musculares longitudinais na estrutura do palato mole, indo desde a borda caudal do palato ósseo até a borda livre do véu palatino. Age encurtando o véu palatino mantendo ele tenso.
Palatofaríngico se origina no palato mole e se insere na parede dorsal da faringe. Atua na constrição (contração) da faringe.
Língua é um órgão musculomembránaceo (potente massa muscular revestida por mucosa bem desenvolvida) situada no assoalho da boca e fixada por músculos ao osso hióide, à mandíbula e á faringe. Tem como função a preensão, deglutição, sucção, gustação e até mesmo vocalização. Apresenta uma ápice na extremidade rostral, que é livre, delgada e arredondada. O corpo é a porção média da língua disposto entre os dentes molares, suas bordas laterais são arredondadas, a face ventral esta presa por meio de músculos á mandíbula, a base da língua é sua porção mais caudal que já se situa na orofaringe, é a porção mais fixa da língua presa principalmente ao osso hióide. A mucosa do dorso é espessa, onde contem células bastante cornificada. Em seu terço médio a língua apresenta uma depressão transversal a fossa lingual, caudal a esta encontra-se uma saliência abaulada o toro lingual que auxilia na deglutição. As papilas linguais são uma série de pequenas projeções da mucosa no dorso da língua, os principais tipos de papilas são:
Papilas filiformes, as mais numerosas espalhadas em toda a extensão do dorso da língua, principalmente em sua metade rostral. São pequenas e afiladas com ápice voltado caudalmente, são as responsáveis pela aspereza do dorso da língua. Tem a função de empurrar o alimento, limpar o pelo e arrancar partes da presa (bastante cornificada em carnívoros, em especial gato).
Papilas fungiformes, pequenas, arredondadas e esbranquiçadas distribuída esparsamente no dorso, principalmente nas bordas.
Papilas lenticulares são papilas maiores bastante corneificadas, arredondadas, de curto ápice estando concentradas principalmente no toro lingual.
Papilas valadas, situadas no externo caudal do dorso, junto à raiz da língua. Apresentam-se como elevações circundadas por uma depressão.
	Espécie
	Carnívoro
	Ruminante
	Suíno
	Eqüino
	Filiformes
	Sim
	Sim
	Sim
	Delgado
	Cônicas
	Sim
	Sim
	Sim
	Não
	Fungiformes
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Lenticulares
	Não
	Sim
	Não
	Não
	Valadas
	2 a 3
	8 a 20
	1
	2
	Foliadas
	Sim
	Não
	Sim
	Sim
As papilas filiformes e lenticulares exercem apenas função mecânica, as fungiformes e valadas possuem botões gustativos.
A face ventral da língua é livre no terço rostral, de sua porção mediana se destaca o frênulo da lingual, que firma a língua na carúncula sublingual, encontrada no assoalho da boca sendo formada por uma pequena prega de mucosa. Possui orifícios de abertura de glândula salivar.
O assoalho da cavidade da boca prolonga-se caudalmente, nesta região se encontra uma ou mais fileira de papilas cônicas, onde também são encontrados ductos excretores de d ventral é a orofaringe ou istmo da garganta, e a parte situada caudalmente ao palato mole constitui a laringofaringe (parte da faringe comum aos dois sistemas, digestório e respiratório).
A nasofaringe é a maior das três partes da faringe esta relacionada diretamente com a via respiratória, rostralmente se comunica com a cavidade nasal através das coanas nasais, e esta separada da orofaringe pelo arco palatofaríngico (prolongamento da borda livre do palato mole). Este arco juntamente com a borda livre do palato mole delimita o óstio intrafaríngico, este que é dividida medialmente pelo septo faríngico (continuação do septo nasal) cujo fechamento impede a expulsão de gases através da nasofaringe. A parede dorsal da nasofaringe é estreita e constitui o fórnix da faringe. Na parede lateral encontra-se uma fenda em forma de meia lua (o óstio faríngico da tuba auditiva), a parede ventral esta formada pela extremidade caudal do palato duro e palato mole. Próximo ao recesso faríngico são encontradas numerosas depressões e elevações mais ou menos desenvolvidas que constituem em conjunto a tonsila faríngica.
A orofaringe é a continuação caudoventral da cavidade da boca, de uso exclusivo do sistema digestório. Rostral a ela esta o arco palatoglosso, e caudal a base da epiglote. Seu limite rostral estende-se até a base da epiglote. Nas paredes laterais esta localizada a tonsila palatina (fauces)?.
A laringofaringe é a menor porção da faringe, nela se cruzam as vias alimentar e aérea. Seu assoalho esta constituído pelas cartilagens da laringe, e continua dorsalmente a laringe em direção ao esôfago, constituindo o vestíbulo esofágico.
LARINGE
A laringe é um órgão do sistema respiratório, constituída por cartilagens e músculos, atua como uma válvula que se fecha durante a deglutição e ruminação, e permanece aberta nos processos de respiração e eructação. A laringe esta situada em partesna região intermandibular e na região ventral ao pescoço, ao nível do atlas e axis. Relaciona-se dorsalmente com o esôfago e lateralmente com a artéria cariótica comum, é superficial podendo ser palpada em um animal vivo. Também é vista como um órgão de fonação.
As cartilagens presentes na laringe são:
Tireóide, a maior e mais ventral cartilagem da laringe, tem forma de um escudo, sendo, constituída por duas lâminas (direita e esquerda), que se encontram fundidas ventralmente formando uma calha (onde a epiglote e aritenóides se alojam), de onde se originam as incisuras tireóides rostral e caudal. Projeções que se estendem das extremidades formam os cornos rostral (que se articula com o osso tíreo-hóide) e caudal (que faz articulação com a lâmina da cartilagem cricóide);
Cricóide é a mais caudal das cartilagens e tem a forma de um circulo, alargado na parte dorsal com aspecto de anel. A parte dorsal é denominada lâmina, e a parte estreita que é ventral, de arco. Esta cartilagem esta ligada a primeira cartilagem traqueal e a proeminência laríngica através dos ligamentos cricotraqueal e cricotireóide respectivamente;
O par de cartilagens aritenóides se articula com a lâmina da cartilagem cricóide, possuem forma triangular com a base dirigida para trás para se articular com a cricóide, seu ápice se dirige para frente e para cima (formando em cada lado os processos corniculados). As faces mediais são lisas e estão recobertas por mucosa da cavidade laríngica. Na base estão os processos vocais, e lateralmente ainda são encontrados os processos musculares.
Epiglote é uma lamina de cartilagem elástica em forma de folha, cujas bases se prendem na porção mediana das faces internas das laminas da tireóide, estando com seu ápice voltado para cima e para frente. Apresenta uma face lingual (revestida por mucosa própria da língua) e uma face laríngica (revestida por mucosa da laringe).
ESÔFAGO
É um tubo de paredes musculares revestido internamente por mucosa e externamente por adventícia, se estende do vestíbulo esofágico até o óstio do cárdia no estomago. Se encontra sempre fechado, colabado abrindo apenas para a passagem de alimentos.
A parte cervical dispõe-se dorsalmente a laringe a traquéia, e ventralmente ao músculo longo do pescoço. À medida que desce desvia-se para a esquerda e no terço distal se encontra dorsolateral a esquerda da traquéia. A parte cervical se relaciona com o tronco vagossimpático, artéria carótida comum, nervo laríngico caudal, ducto traqueal (e em animais jovens com o timo).
A porte torácica corre em sentido caudal e dorsal em relação a traquéia onde é levemente direcionado para a direita, e ao nível da bifurcação desta se encontra inteiramente em sua face dorsal passando entre a aorta torácica e o pulmão direito, para depois alcançar o diafragma, o qual atravessa ao nível do hiato esofágico. No tórax o esôfago se relaciona com o linfonodo mediastinal caudal, veias ázigos esquerda e troncos vagais dorsal e ventral.
A porção abdominal é curta e alcança o estomago na região do cárdia. A parte cervical é um pouco mais larga que a torácica e abdominal. Geralmente as obstruções por ingestão de corpos estranhos ou alimentos inadequados ocorrem ao nível da abertura cranial do tórax, devido a presença do primeiro par de costelas que impedem a progressão do alimento.
ESTÔMAGO
O estômago se situa entre o esôfago e o intestino delgado, representa um segmento dilatado do canal alimentar (este que vai da boca até o anus). É o local onde se inicia o processo de digestão dos alimentos.
Nos monogástricos o estômago é um tubo levemente direcionado para a esquerda, e nos ruminantes completamente a esquerda.
Divido em:
Face parietal, craniodorsalmente encostada na parede abdominal, em contato com o diafragma e o fígado;
Face visceral, ventrocaudalmente em pleno contato com as vísceras (cólon, pâncreas, intestino delgado e omento);
Curvatura menor, e maior.
Na curvatura menor é ocupada por quase toda a sua porção pelo sulco gástrico, este que ao alcançar cada compartimente recebe o nome do mesmo.
Extremidade esquerda, onde pode são encontrados os sacos cegos, localizados ventral ao pilar direito do diafragma.
Extremidade direita, região pilórica próxima a curvatura menor, e se continua com o duodeno.
O estomago é composto por quatro túnicas:
Túnica serosa: é a camada mais externa do estomago, a qual o cobre por completo, estando aderida a camada muscular;
Túnica muscular: segunda camada mais superficial, dividida em três subcamadas de fibras musculares uma longitudinal, obliqua interna e externa. Esta camada é responsável pela formação dos esfíncteres (que nada mais são que uma crista muscular circular);
Túnica submucosa: localizada entre a camada muscular e a mucosa, sendo esta túnica a responsável pela adesão das duas citadas. É composta por tecido conjuntivo frouxo, onde pode ser encontrados plexos nervosos, e sanguíneos que são responsável por alimentar as outras mucosas. Também possuem fibras colágenas e elásticas que auxiliam a túnica muscular a formar as pregas;
Túnica mucosa: dividida em parte proventrícular (branca, sem glândulas, com epitélio espesso e numerosas pregas no orifício cárdico), e parte ventricular (glandular, macia, coberta por secreção mucosa, e glândulas cárdicas, fundicas e pilóricas).
O margo plicato é a margem que separa a parte aglandular da porção glandular, sendo identificado principalmente nos equinos.
O antro pilórico é um canal mais largo que sofre acentuada contrição (vem grande e diminui abertura), localizado antes do esfíncter pilórico, ou piloro, área de conexão do estomago com o duodeno. É a transição do estomago para o duodeno, ou mesmo a parte mais afilada de onde se inicia o intestino.
O óstio cárdico é a abertura do esôfago para o estomago, onde se localiza o esfíncter cárdico ou do cárdio, que controla a passagem de alimentos para o estomago, nos eqüinos esse acidente anatômico é tão forte, sendo praticamente inpossivel um cavalo vomitar e eructar.
As elementos responsáveis por manter o estomago em seu devido lugar são:
- pressão das vísceras;
- o esôfago;
- pregas peritoneais (ligamentos, nada mais são que expansões da bolsa omental):
Ligamento gastrofênico – liga a curvatura maior ao pilar frênico do diafragma;
Ligamento gastro-esplênio – liga a porção esquerda da curvatura maior ao hilo do baço, e depois continua como omento maior;
- prega gastro-pancreática – saco esquerdo dorsal que vai do cárdia até o duodeno, liga o estômago ao fígado a o pâncreas;
- omento maior, preso a curvatura maior do estomago à primeira curvatura do duodeno;
- omento menor, presente na curvatura menor do estomago e porção inicial do duodeno e fígado, formando os ligamentos hepatogástricos, e hepatoduodenal.
ESTOMAGO DOS RUMINANTES
O estomago dos ruminantes é dividido em quatro partes, que são dividas em parte aglandular (proventriculo) e outra glandular, que corresponde ao estômago dos monogástricos. O proventriculo é dividido em três compartimentos, que são as câmaras de digestão mecânica e microbiana (fermentação) da celulose. A parte glandular é representada pelo abomaso compartimento que possui glândulas.
RUMEM
O rumem é o maior compartimento do estômago ocupa quase completamente o antímero esquerdo da cavidade abdominal,exceto a porção ocupada pelo baço, estende-se desde o diafragma até a entrada da pelve. Sua forma geralmente é ovóide comprimida latero-lateralemnte.
Apresenta:
Face parietal é convexa e se relaciona com a parede costal do diafragma, baço e parede esquerda do abdome;
Face visceral é voltada para a direita possui contorno irregular, devido as depressões dos outros compartimentos, se relaciona com o reticulo, omaso, abomaso, intestinos, e outras vísceras (intestino, fígado, pâncreas, rim esquerdo e grandes vasos);
Curvatura dorsal – que é lisa e se relaciona com o diafragma e seus pilares e músculo sublombares, aos quais esta unido pelo peritônio e tecido conjuntivo frouxo. A porção caudal desta curvatura é livre;
Curvatura ventral repousa cranialmente sobrea parede ventral do abdômen e caudalmente sobre as alças do intestino delgado;
A extremidade cranial e caudal do rumem são marcadas por sulco cranial e caudal que continuam nas faces parietais e viscerais como sulco longitudinal esquerdo e direito. Esses sulcos dividem o rume em extremidade cranial – que constitui o átrio do rume de onde se abre o esôfago, a extremidade caudal é denominada saco cego (caudodorsal e caudoventral que são delimitados cranialmente por sulcos verticais, ou coronário dorsal e ventral).
O sulco ruminorreticular é uma depressão vertical que marca o limite externo entre o reme e o reticulo.
A cavidade dos sacos cegos do rume na parte interna, esta parcialmente dividida no meio interno por meio de cristas musculares (pilares) que por fora se comportam como sulcos. A prega ruminorreticular (sulco ruminorreticular) constitui a borda do óstio ruminorreticular que é amplo e se comunica com a cavidade do rume e do reticulo.
A mucosa do rume é de cor marrom à preta, possuindo papilas longas finas e numerosas, concentradas principalmente no saco ventral e átrio, e ausente no saco cego dorsal, já os pilares são desprovidos de papilas (mucosa pálida).
RETICULO
O reticulo é o menor e mais cranial dos compartimentos do estomago, localizado entre o par de costelas 7 ou 8, possui intima relação (morfológica e funcional) com o rume, estando também localizado na porção mais esquerda do plano mediano. O reticulo é o segundo compartimento do proventriculo.
Sua extremidade ventral esta apoiada sobre a cartilagem xifóide, a face diafragmática é convexa e se relaciona com o diafragma e uma extensão com o lobo esquerdo do fígado.
A face visceral do reticula é achatada pelo saco cranial do rume, do qual esta separado pelo sulco ruminorreticular. A borda direita do rume é a curvatura menor do reticulo, côncava e se continua com o omaso, a curvatura maior tem contato com o diafragma. A mucosa do reticulo apresenta característica de colméia, as pregas (cristas) delimitam espaços tetra, penta ou hexagonais que recebem o nome de células do reticulo, sendo estas revestidas por papilas corneificadas, com poder absortivo. Estas são ausentes na prega ruminorreticular e no óstio reticulomasal, onde são encontradas papilas unguicultiformes (duas aberturas). O sulco do reticulo é uma depressão em forma de calha que se inicia no óstio do cárdia e termina no óstio reticulo-omasal, sendo esta a primeira parte do sulco gástrico e onde é formada a goteira esofágica em animais jovens. As bordas deste sulco são espessadas formando os lábios do sulco do reticulo.
OMASO
O omaso é o terceiro compartimento do proventriculo, e se situa à direita do plano mediano, apresenta a forma elíptica. Possui face visceral (esquerda) – relaciona-se com o reticulo e o rume, já a face parietal mais a direita – relaciona-se com o fígado e o diafragma. Externamente o omaso esta preso ao reticulo por um estreitamento (colo do omaso), e ventralmente a ele se encontra uma depressão transversal que internamente corresponde ao pilar do omaso.
A mucosa do omaso tem a forma de inúmeras pregas longitudinais denominadas lâminas do omaso, que lembram folhas de um livro, motivo pelo qual este compartimento recebe o nome vulgar de ´´estomago folhado``. As lâminas inserem-se em toda a parede do omaso, exceto na área do sulco do omaso (o qual é a continuação do sulco do reticulo), nas quais estão recobertas por papilas unguiculiformes (que se assemelham a garras). As faces das lâminas estão cobertas por papila córneas. O sulco do omaso é o segundo segmento do sulco gástrico.
ABOMASO
O abomaso corresponde ao estômago dos demais mamíferos, tem a forma de um saco alongado e repousa sobre o assoalho da cavidade abdominal a porção dilatada concentra-se na região xifóide, terminando ao nível do piloro de onde se continua com o duodeno. Seu corpo esta localizado entre o saco ventral do rume e do omaso, a porção pilórica é voltada para a direita e caudal ao omaso. O abomaso possui ainda curvatura maior e menor onde se adere o mento intestinal. Apresenta face parietal que se relaciona com a parede abdominal, e uma face visceral que tem contato com o omaso e o rume. A mucosa do abomaso é lisa, forrada por mucosa glandular e ausência de papilas, aveludada que apresenta pregas longitudinais ou espirais. Existem glândulas cárdicas ao redor do óstio omaso-abomasio, onde se apresenta cor clara. E no fundo são encontradas glândulas gástricas, apresentando mucosa avermelhada. Ao longo da curvatura maior são encontrados pregas. A região pilórica é recoberta por uma mucosa amarelada onde são encontrados toros pilóricos. O sulco do abomaso é o ultimo segmento do sulco gástrico.
- No animal jovem o leite não pode se direcionar para o rume por ser uma câmara de fermentação, e como resposta neurológica a postura de mamada, e forma a denominada goteira esofágica (canal formado no eixo central onde se localiza o sulco gástrico), este que é responsável pela ida do leite para o abomaso sem antes entrar em contato com o rume.
- O bezerro é um pré-ruminante. Quando pequeno o animal é pequeno o abomaso ocupa 60% do estômago. A partir do momento em que em que o animal começa a digerir folhagem o rume começa a se desenvolver, quando o animal só se alimenta de vegetal e o rume já se encontra desenvolvido, ocupando 80% do espaço estomacal enquanto o abomaso 10%.
INTESTINO
O intestino é um tubo músculo-membranáceo que se estende caudalmente desde o óstio pilórico até o anus. Seu comprimento sofre grandes variações individuais e raciais (variando de 30 à 50m nos bovinos, e de 20 à 40m e de 18 á 40 placas de Peyer em pequenos ruminantes).
INTESTINO DELGADO
Se inicia no piloro e termina na junção iliocecal, formado por pregas circulares. Diferente do estomago, a camada muscular que compõe o órgão é composta de duas camadas, uma de fibras estriadas longitudinais e uma camada de fibra celular lisa e circular. Apresenta glândulas duodenais (Brunner), na região do duodeno, e no restante deste estão presentes glândulas intestinais. São encontrados aglomerados de nódulos linfáticos (defesa do intestinal) denominados de Placa de Peyer, além desta estrutura no mesentério há também um aglomerado de nódulos linfáticos, que têm por função a proteção das contaminações da luz intestinal.
O intestino produz sulco pancreático que serve principalmente para a digestão de carboidratos, e ácidos biliares, usados na digestão de lipídios. Este que é divido em três estruturas:
DUODENO
Fixado a parede dorsal do abdômen através do mesoduodeno, tem inicio no piloro e fim na prega duodenocólica (prega de tecido conjuntivo que liga a parte do cólon descente ao duodeno). É curto em ruminantes e eqüinos, neste ultimo sendo muito forte, longo em cães e gatos e abraça a cabeça do pâncreas. Do piloro inicia a porção cranial do piloro localizada no terço superior e a direita da cavidade abdominal, onde se apresenta a flexura duodenal cranial (dobra do tubo cranialmente, de onde o tubo corre caudal. E depois se continua como porção descendente do duodeno, onde estão presentes o ducto colédoco (ducto excretor do fígado), ducto pancreático (que leva o sulco gástrico ate o intestino). Em algumas espécies eles se desembocam em um mesmo ducto junto com outros ductos vindos do fígado, neste caso se tratando de um ducto biliar comum (ducto biliar é o ducto usado para excreção de acido pancreático no interior do intestino). Esta porção do ID vai até as proximidades da cavidade da pelve, de onde se dobra em sentido cranial formando a flexura doudenal caudal.
É na porção final do duodeno que é encontrado a porção ascendente, logo após a flexura duodenal, que se dirige cranialmente, terminando na transição com o jejuno na flexura duodenojejunal.
JEJUNO
Onde se inicia i mesentério, é um tubo formado de diversas pregas suspensas, fixas na porção dorsal pelo mesojejuno, e ainda a presença das Placas de Peyer. No cão e no gato as pregas ficam fixas na porção profunda do omento, entre o fígado e o estomago cranialmente ecaudalmente á bexiga. Nos ruminantes é voltado para a direita, no eqüino localizado no flanco esquerdo, onde o mesoduodeno e mesojejuno permitem ampla movimentação principalmente do jejuno (o que vem a causar facilmente cólicas devidas possíveis torções causadas pela flexibilidade do órgão). Na região do mesojejuno pode ser encontrada uma estrutura denominada forame epiplóico.
ILIO
Curto e com camada muscular desenvolvida, facilitando a movimentação do conteúdo intestinal em direção ao intestino grosso. Um plexo nervoso presente na camada submucosa é responsável por controlar a passagem de conteúdo do ID para o IG. O transporte de conteúdo intestinal em direção aboral é raramente retrogrado (não tem retorno). Nesta parte do ID também são encontradas diversas placas de Peyer, e algumas ainda presentes na transição do ílio para o IG. A prega iolocecal é a transição do ílio para o ceco (primeira parte do IG), preso ao corpo do ceco e do ílio ao mesmo tempo pelo mesentério (mesoilio).
O bovino possui aproximadamente 60 cm de piloro, e ovinos de 25 á 40 cm. Os bovinos possuem ducto pancreático á 30 cm caudal ao ílio, e nos ovinos e caprinos este se une ao ducto biliar.
No eqüino o intestino delgado possui aproximadamente 22m de comprimento, de 7,5 à 10 cm de diâmetro, e capacidade de 40 a 50 litros. Possui um ducto pancreático acessório, uma estrutura denominada ampola hepatopancreática. Neste animal o ílio termina na papila ileal, (evidente ou não)esta que tem a função de limitar ou não a passagem de conteúdo (também conhecida como válvula ileocecal).
Suíno possui cerca de 15 a 20 m de ID, ducto colédoco à 2,5 e 5 cm do piloro, e ducto pancreático à 10 e 12cm do ducto colédoco.
Cão e gato aproximadamente 4 m de ID, possuindo ducto colédoco e pancreático menor à 5 e 8 cm do piloro, e de 2,5 a 5 cm caudalmente a estes esta o ducto pancreático maior. Também possui válvula iliocecal.
INTESTINO GROSSO
Serve como câmera fermentativa formada pelos seguintes segmentos:
CECO
Saco de fundo seco, que é ligado ao tubo digestório, liga o ID ao IG, sendo limitado pela desembocadura do ílio. Muito curto no gato em forma de vírgula, curto no cão e em forma de saca rolhas.
No eqüino o ceco é a primeira câmera fermentativa com capacidade de 30 litros, ocupando todo o flanco direito, no qual estão presentes a microbióta que quebra a celulose. O ceco possui uma base (sendo a porção dorsal, área de conexão com o ílio e cólon); corpo; e ápice (parte mais ventral do saco cego, próximo a cartilagem xifóide). Na superfície externa o ceco possui 4 cintas longitudinais formadas pelas fibras musculares longitudinais que são denominadas de Tênias, estão presentes também algumas saculações as Hautrias.
No suíno o ceco se localiza a esquerda do plano mediano, e não há tênias e nem saculações.
Nos ruminantes é pequeno e a direita do plano mediano, também apresenta a ausência de tênias ou saculações.
CÓLON
É a porção mais longa do IG, especialmente no eqüino. Servindo principalmente para absorção de água, é divido em :
Cólon ascendente: porção inicial elevado a esquerda;
Cólon transverso: porção que se porta transversal a parede abdominal;
Cólon descendente: parte final e caudal com formato de ``U´´ no ser humano;
As espécies apresentam variações quanto ao cólon ascendente:
O eqüino possui:
Cólon ascendente divido em:
Cólon ventral direito – 4 tênias e saculações;
Flexura external – vira a esquerda, ausência de saculações;
Cólon ventral esquerdo – 4 tênias e saculações;
Flexura pélvica – se direciona para cima, 1 tênia;
Cólon dorsal esquerdo – 1 tênia;
Flexura diafragmática – vira para a direita, 3 tênias ausência de saculações;
Cólon dorsal direito – 3 tênias nenhuma saculação;
Os cólons esquerdos são soltos, ligados um ao outro pro mesentério (ponto critico em cólicas eqüinas, que com o acumulo de gás no cólon ventral esquerdo pode causar uma torção de cólon, prejudicando ainda mais a cólica).
Cólon transverso é curto e preso cranialmente á raiz do mesentério, correndo do lado direito para o esquerdo, e ausência de tênia;
Cólon descendente fica próximo ao mesentério, possuindo 2 tênias e região mesentérica (onde há a adesão ao mesentério) e região antimesentérica (fica do lado oposto a primeira). 2 fileiras de saculações (sendo estes responsáveis pelo formato de sibala do coco do eqüino), possui de 2 à 4 m.
O suíno possui o cólon ascendente em formato de espiral, contendo alças centrípteras (2 tênias, 2 fileiras de saculações), e centrifugas (ausência de tênia e saculação).
O ruminante possui a alça do cólon ascendente em ``S´´ craniocaudal em dupla espiral emum só eixo (disco). Estas alças possuem giros centripteros e centrífugos. A alça distal forma a curva sigmóide, que é a parte mais dorsal e próxima do reto.
RETO E ÂNUS
Continuação do cólon descendente na cavidade pélvica fixa pelo mesentério cercado por tecido conjuntivo e adiposo. A ampola retal se dilata para a passagem das fezes, o canal anal (ânus) esfíncter que internamente é constituído por fibras musculares lisas, e externamente são fibras musculares estriadas que compõe o ânus.
FIGADO E PANCREAS
São glândulas anexas ao intestino com importante função na digestão.
FIGADO
É o órgão formador do glicogênio, gera calor, e em fetos também possuem função hematopoiética (formação de sangue), e de desintoxicação devido metabolizar todas as substancias absorvidas pelo organismo, sendo tóxicas ou não. Responsável pela formação da bile que é coletada e armazenada na vesícula biliar, e liberada pelo ducto colédoco no duodeno (exceção feita ao eqüino que não possui vesícula biliar). Esta coberto por uma cápsula fibrosa, o peritônio. O fígado é levemente voltado para o antímero direito do corpo dos animais.
Os capilares biléferos são estruturas originarias dos lóbulo hepáticos e da parede hepática em forma de ductos. 
O fígado esta preso a cavidade abdominal pelos:
Ligamentos triangulares direito e esquerdo: ligam o lado direito e esquerdo aos respectivos do diafragma;
Ligamento hepatorrenal;
 Ligamento redondo;
Ligamento falciforme: junto com o ligamento redondo, entre o lobo esquerdo e o quadrado;
Ligamento hepatoduodenal;
E ligamento hepatogártrico; Os dois últimos representam o omento menor ligando o estomago e o duodeno ao hilo hepático.
O fígado possui;
Face diafragmática: voltada para o diafragma, e convexa;
Face visceral: voltada paras as vísceras, e côncava;
Margem aguda: margo acutus ventralmente, é a parte mais afinada do fígado;
Margem obtusa: margo obtusun disposto dorsalmente, compreen de a parte mais avolumada do órgão;
Impressão renal no lobo caudado do rim direito, e também do estomago e do duodeno;
É vascularizado pela veia porta e artéria hepática componentes do hilo hepático, e pela veia cava caudal, vista na face diafragmática;
Possui quatro principais segmentos denominados de lobos:
Lobo direito: onde se encontra o ligamento redondo do fígado, este que no período embrionário é a veia umbilical que transfere sangue do feto para a mãe para que seja filtrado, separa o lobo direito do esquerdo ou o lobo esquerdo do quadrado;
Lobo esquerdo;
Lobo caudado: dorsalmente;
Lobo quadrado: ventralmente;
O fígado é um órgão parenquimatoso, formado por agregados de hepatócitos denominados de lóbulos. O hilo hepático é a inserção dos grandes vasos no fígado, constituído pela veia porta, e artéria hepática. Os septos são os responsáveis por delimitar os lóbulos hepáticos.
Animais que possui maior mobilidade de coluna vertebral, possui o fígado subdivido em maior numero de lobos.
Fígado em cães e gatos:
O lobo direito é divido em lobo medial e lateral direito;
O lobo esquerdo também é divido em medial e lateral esquerdo;
O lobo caudado é divido em processo papilar do lobo caudado, e processo caudado do lobo caudado.
E lobo quadrado sem subdivisões;
Fígado em suíno:
Lobo direito e esquerdo subdivido e medial e lateral esquerdo e direito;
Lobo caudado apresentando apenas processo caudado;
Lobo quadrado sem subdivisões;
O lobo quadrado é um pouco menor e não acompanha o comprimentodo lobo esquerdo e direito, neste caso a incisura do ligamento redondo separa o lobo direito do lobo esquerdo.
Eqüino: 
Somente o lobo esquerdo é subdividido em lateral e medial;
Não apresenta vesícula biliar;
Ruminantes: fígado não apresenta nenhuma das subdivisões.
Os eqüinos e ruminantes possuem ductos hepáticos direito e esquerdo, que depois se unem formando o ducto hepático comum. 
Vesícula biliar no cão mede 15cm, no gato é visível na face diafragmática. Essa estrutura possui mucosa rugosa com dobras. 
PANCREAS
Possui aspecto glandular, contra posto ao fígado, e fixado ao duodeno pelo mesoduodeno. Função endócrina produz hormônios com insulina, glucagom e somatostatina nas ilhotas pancreáticas, e sulco gástrico noo restante do pâncreas. Dividido em:
Corpo;
Lobos: pancreáticos direito e esquerdo;
E uma incisura em ``U´´, onde passa a veia porta.
Seus ductos excreção são:
Ducto pancreático e ducto colédoco;
Ducto acessório que desemboca na papila duodenal menor (onde desemboca o sulco gástrico)
Em gatos e pequenos ruminantes no ducto pancreático;
Suínos e bovinos no ducto pancreático acessório;
Cão e eqüinos em ambos os ductos.

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