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DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE TÉRMICA DE UM CALORÍMETRO Gabriel Garcia Gabrielly Morais Gustavo Lemos Karine Druzian Paola Silva VOTUPORANGA 2022 Gabriel de Jesus Garcia Gabrielly Morais Monteiro Gustavo Lemos da Silva Karine Nunes Druzian Paola da Silva Souza DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE TÉRMICA DE UM CALORÍMETRO Relatório apresentado como parte dos requisitos para aprovação na disciplina Física Experimental II, do curso Bacharelado em Engenharia Elétrica, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Melo de Oliveira VOTUPORANGA 2022 SUMÁRIO 1 OBJETIVO ................................................................................................................................ 4 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5 3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ........................................................................................ 7 3.1 MATERIAIS.............................................................................................................................. 7 3.2 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 7 4 RESULTADOS ........................................................................................................................ 11 5 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 13 6 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………………………………………………..14 ANEXO – CÁLCULOS……………………………………………………………………………………………………………….15 4 1. OBJETIVO O objetivo do experimento em sala de aula é medir a capacidade térmica de um calorímetro. 5 2. INTRODUÇÃO A calorimetria é a área da física que analisa os fenômenos relacionados ao calor e à temperatura dos corpos, ou seja, é uma energia que flui entre um sistema e a sua vizinhança devida a uma diferença de temperatura entre elas. Ademais, sabemos que a mesma está presente em diversas situações de nossas vidas, sua importância não se dá apenas para a física, como também para todo cotidiano. Essa discussão do uso das palavras no contexto do cotidiano e no contexto científico é de capital importância para o ensino das ciências e constitui ramo de pesquisa na área de educação (BARROS 2009, LIMA 2008, MORTIMER 1998). Além do mais, sabe- se que a partir da área da calorimetria é possível que se faça a medição do calor específico. O calor específico 𝑐 é a capacidade térmica específica, ou a capacidade térmica por unidade de massa (TIPLER, Paul A. Física para cientistas e engenheiros, 2009). Quando um sistema absorve calor, pode haver um aumento em sua temperatura, dependendo do processo termodinâmico envolvido. Define-se capacidade térmica 𝐶𝑠 de um sistema como sendo a razão entre a quantidade de calor Q que ele recebe e a consequente variação de temperatura T, ou seja, 𝐶𝑠 = 𝑄 T = 𝑄 𝑇−𝑇𝑜 (I) em que To e T são as temperaturas inicial e final no processo, respectivamente. A capacidade térmica por unidade de massa é chamada calor específico do sistema. A determinação da capacidade térmica é feita, em geral, com o uso de um calorímetro, que é um sistema fechado que não permite troca de calor com o ambiente. O procedimento é, então, de fornecer uma quantidade de energia conhecida e medir a consequente variação da temperatura. Uma maneira prática de fornecer energia é com o uso de um sistema elétrico. Ao se aplicar a um aquecedor elétrico uma tensão elétrica V aparecerá nele uma corrente I. A energia E liberada por esse aquecedor, em um intervalo de tempo t, é dada por: 6 𝛥𝐸 = 𝑉. 𝐼. 𝛥𝑡 (II) Para um sistema que não perde energia para a vizinhança, mostre que sua temperatura final , após o aquecedor ficar ligado durante um tempo t, será dada pela equação: 𝑇 = 𝑇𝑜 + ( (𝑉𝐼) 𝐶𝑠 )𝑡 (III) em que To é a temperatura inicial e Cs, a capacidade térmica do sistema. 7 3. PROCEDIMENTOS 3.1 MATERIAIS Fonte de alimentação Ebulidor Termômetro Cronômetro Recipiente termicamente isolado (Calorímetro) Agitador Água Cabos para ligações elétricas Proveta 3.2 MÉTODOS O passo inicial foi determinar a massa da água utilizando uma proveta e considerando a incerteza da mesma (±2) g, disponibilizada no próprio objeto de medição. Figura 1: Proveta com a quantidade de água para o experimento. Fonte: Os autores (2022) 8 Analisando a massa de agua devida para encher o calorímetro e cobrir o resistor do mesmo, foi necessária fazer mais uma medição da mesma, mas dessa vez, apenas com a quantidade água que faltou para completar de preencher o calorímetro, como mostra a figura 2. Figura 2: Segunda medição da massa de água. Fonte: Os autores (2022) Em seguida, o líquido foi adicionado no recipiente termicamente isolado. O próximo passo foi aquecer o termômetro até entrar em equilíbrio térmico com a água adicionada. Para aquecer, foram ajustados na fonte de alimentação a tensão e a corrente necessárias para ligar o calorímetro, sendo elas: Tensão 6,5V e Corrente 3,58A. 9 Figura 3: Ajuste da Tensão e Corrente na fonte de alimentação disponível no laboratório para ligar o calorímetro. Fonte: Os autores (2022). Depois de ajustados, o recipiente foi fechado e adicionado o termômetro, em que temperatura de equilíbrio escolhida foi de 24°C. Figura 4: Ligação do capacitor Fonte: Os autores (2022). 10 Atingindo essa temperatura, foi acionado um cronômetro para contar 10 medições da variação de temperatura, até atingir uma temperatura final de 34°C. A cada variação, o cronômetro era interrompido e anotado em uma tabela, o tempo que levou de uma variação de temperatura até a outra. Nesse processo, foi utilizado um agitador foi utilizado para uniformizar a temperatura dentro do capacitor. 11 4. RESULTADOS Como dito, foram necessárias duas medições para a massa de água pois na primeira medição, não foi atingida a quantidade precisa para encher todo o calorímetro e assim cobrir o resistor presente no mesmo, resultando na tabela 1. Tabela 1: Resultados da medição das massas de água utilizando a proveta. Massa da água na primeira medição (±2) g Massa da água na segunda medição (±2) g Massa da água total (±2) g 100 60 160 Fonte: Os autores (2022). As medições da variação da temperatura e do tempo de cada oscilação estão presentes na tabela 2. Tabela 2: Tempo de cada oscilação da temperatura Fonte: Os autores (2022). Tempo (s) Temperatura (°C) 0,00 24,00 63,00 25,00 96,00 26,00 120,00 27,00 154,00 28,00 182,00 29,00 214,00 30,00 250,00 31,00 282,00 32,00 312,00 33,00 348,00 34,00 12 Em seguida, foram utilizados os valores do tempo e da temperatura para plotar o gráfico utilizando o software SCIDavis e o valor de Cs (capacidade térmica do sistema). Fonte: Os autores (2022). Em que A = (0,0303 ± 0,0007) Com o valor de A em mãos, foi possível determinar o valor de Cs, sendo ele a capacidade térmica dosistema, através das devidas manipulações na equação III, e comparando com o ajuste linear Y= Ax + B, temos que: 𝐶𝑠 = (7,7 ± 0,6) ∗ 10² 𝐽 𝑔°𝐶 Feitas as devidas substituições, foi descoberto o valor da capacidade térmica da água e consequentemente do calorímetro, sendo elas: 𝐶𝐻2𝑂 = ( 0,6 ± 1,3) ∗ 10³ 𝐽 °𝐶 𝐶𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = (0,9 ± 1,3) ∗ 10² 𝐽 𝑔°𝐶 13 5. CONCLUSÃO A partir do experimento realizado, admite-se que o conhecimento adquirido por meio dos resultados do relatório orientou a tomada de decisão em relação a medição da capacidade térmica do calorímetro. Portanto, a partir dessas informações, temos que o resultado da capacidade térmica do calorímetro é equivalente a (0,9 ± 1,3) ∗ 10² 𝐽 𝑔°𝐶 14 6. REFERÊNCIAS MAGALHÃES, W. F. et al. Termodinâmica do Equilíbrio. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2018. Disponível em: https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/YAula8_FQI.pdf. Acesso em: 04 maio 2022. 15 ANEXO - CÁLCULOS 1. Linearização da equação T = To + ( (VI) Cs ) t 2. Fazendo as devidas substituições e achando o valor da capacidade térmica do sistema: 𝐴 = ( (VI) Cs ) =, 0303 0,0303 = ( 6,5 ∗ 3,58 Cs ) Cs = 768 J g°C 3. Para determinar a capacidade térmica da água: CH2O = mH2O ∗ cH2O 𝐶𝐻2𝑂 = 160 ∗ 4,18 = 668,8 𝐽 °𝐶 4. Capacidade térmica do calorímetro: Ccal = CS − CH2O = 99,2 J °C 5. Incerteza da capacidade térmica do sistema: uCS= √( ∂Cs ∂U ) 2 ∗ uU 2 + ( ∂Cs ∂I ) 2 ∗ uI 2 + ( ∂Cs ∂A ) 2 ∗ uA 2 𝑢𝐶𝑆= √( 3,58 0,0303 ) 2 ∗ (0,5)2 + ( 6,5 0,0303 ) 2 ∗ (0,05)² + ( −23,27 0,0303² ) 2 ∗ (0,0007)² 𝑢𝐶𝑆= 60,04415454 16 6. Incerteza da capacidade térmica da água: 𝑢𝐻2𝑂 = √( 𝜕𝐶𝐻2𝑂 𝜕𝑚𝐻2𝑂 ) 2 ∗ 𝑢𝑚𝐻2𝑂 2 + ( 𝜕𝐶𝐻2𝑂 𝜕𝑐𝐻2𝑂 ) 2 ∗ 𝑢𝑐𝐻2𝑂 2 𝑢𝐻2𝑂 = √(68,8) 2 ∗ (2)2 + (160)2 ∗ (0,01)2 = 1337,600957 𝑢𝐻2𝑂 = 1337,600957 7. Incerteza da capacidade térmica do calorímetro 𝑢𝑐𝑎𝑙 = 𝑢𝐶𝑆+𝑢𝐻2𝑂 𝑢𝑐𝑎𝑙 = 60,04415454 + 1337,600957 = 1397,645112 8. Ajustando os valores das incertezas e com os algarismos significativos e aplicando-os as capacidades térmicas: 𝐶𝑠 = (7,7 ± 0,6) ∗ 10² 𝐽 𝑔°𝐶 𝐶𝐻2𝑂 = ( 0,6 ± 1,3) ∗ 10³ 𝐽 °𝐶 𝐶𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = (0,9 ± 1,3) ∗ 10² 𝐽 𝑔°𝐶
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