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Hematúria, Trauma renal e Trauma vesical

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Hematúria 
 
Causa mais comum de hematúria na urgência? Neoplasia de bexiga, que geralmente é macroscópica, indolor, 
recorrente, em paciente masculino > 70 anos e tabagista. Fora do contexto da emergência, a principal causa é 
nefrolitíase e infecção 
Quando a hematúria se torna urgência? Quando se tem um dos três fatores abaixo: 
• - instabilidade hemodinâmica 
• - presença de coágulo (pode causar obstruções) 
• - ↓ Ht e Hb 
OBS: Hematúria é diferente de uretrorragia 
Conduta para paciente com hematúria grave? 
• - MOV, USG, Sonda vesical de demora de 3 vias para irrigação contínua com soro fisiológico (objetiva lavar 
bexiga para evitar coágulos, anúria e complicações) 
• - Não resolveu a hematúria? Tem outras opções terapêuticas, como: 
• - urovácuo 
• - evacuação vesical dos coagulação 
• - cauterização endoscópica da lesão sangrante 
• - formalização 
• - embolização ou ligadura da ilíaca interna 
• - cistectomia higiênica 
• - RTU 
Exames a se pedir para detectar lesões no trato geniturinário: 
• - TC com contraste (avalia se tem lesão parenquimatosa) 
OBS: Tumor ou lesão de ureter? Cirurgia de nefro-ureter-estectomia → retirar rim e ureter 
 
Trauma Renal 
 
Principal mecanismo de lesão: trauma contuso com cinética alta e lesão por desaceleração (rins são muito bem 
protegidos, muitos músculos na região dorsal, é retroperitoneal, costelas na frente) 
Sinais e sintomas: dor em região lombar, equimose, dor a palpação do abdome, sem peritonite (raro), fratura dos 
últimos arcos costais, fratura dos processos transversos das vertebras lombares 
Exames: 
• Raio X – pode levar a pensar em lesões de vísceras ocas: 
• Retropneumoperitôneo (na incidência aparece ar ao redor do rim): lesão em duodeno, colon 
ascendente e descendente 
• Diagnóstico de trauma renal: tomografia com contraste EV 
• Indicação: pacientes com história de trauma abdominal, hematúria macroscópica, trauma penetrante 
em loja renal, entre outros 
• USG e RNM não são indicados 
Classificação dos traumas renais: 
• I – Hematoma/equimose ao redor do rim na cápsula renal 
• II – Lesão < 3cm (na literatura, fala até 1 cm, mas o narvaes passou na aula até 3) 
• III – lesão > 3cm 
• IV – Compromete via excretora 
• V – Lesão hilar → obrigatório operar, os outros depende da instabilidade hemodinâmica 
 
 
 
Conduta 
• Grau I – IV: coloca paciente em observação na UTI, controle de série vermelha 12/12hrs, controle da função 
renal, faz TC de controle entre 24-48 hrs depois para poder avaliar evolução da lesão. Se paciente instável 
hemodinamicamente por causa da lesão renal, pode fazer cirurgia 
• Grau V: laparotomia 
• Urografia single shot – exame que pode se fazer em paciente instável que não consegue fazer TC e que ainda 
precisa de exame. Pode ser feito durante a cirurgia 
• Arteriografia renal – pedir quando a TC mostrar lesão de vasos. Detalha os vasos comprometidos e além de 
diagnóstica, pode ser terapêutica, pois pode fazer a embolização durante a arteriografia 
• Embolização: faz em paciente estável, com hematoma em expansão. Se fizer TC de controle e ver que o 
hematoma está aumentando, pode fazer embolização 
OBS: Alguns hematomas renais, dependendo da sua localização, não precisam de cirurgia: 
• Hematoma na zona 1 – lesão de grandes vasos (cava, aorta, mesentérica, porta ...) – sempre explorar o 
hematoma 
• Hematoma zona 2 – explorar hematoma se estiver expandindo ou causando 
instabilidade hemodinâmica 
• Trauma na zona 3 – causado por trauma de bacia, não explora cirurgicamente 
 
 
 
 
 
Trauma Vesical 
 
Mecanismo de trauma de bexiga mais comum: 
• Fratura pélvica 
• Perfurante (iatrogênico, cirurgias ginecológicas, rtu de bexiga, ...) 
Sinais e sintomas: 
• Dor púbica, hematúria, peritonite (urina), oligúria 
• Achado típico: diminuição do débito urinário + hematúria 
Diagnóstico 
• Uretrocistografia retrógrada / cistografia (injeção de contraste na bexiga) e tirar raio X (antero-posterior, 
perfil e oblíqua) ou Cistotomografia com contraste 
Conduta 
• Em lesões vesicais intraperitoneais, fazer cirurgia para evitar peritonite (fazer rafia da lesão). Se 
extraperitoneal, faz sonda vesical de demora e não precisa de cirurgia

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