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SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL Tecido mais externo= garante proteção Tecido de revestimento: meristema primário (protoderme) epiderme Meristema secundário: felogênio periderme Epiderme: Camada mais externa de células no corpo primário da planta; tem contato direto com o ambiente e pode ter modificações estruturais Tem origem nos meristemas apicais (protoderme) que tem divisão celular anticlinais e alongamento vegetal no sentido tangencial Possui células vivas, vacuoladas, justapostas sem espaço intercelular; Pode conter vários tipos de substâncias- taninos, mucilagem, cristais e pigmentos. Tem pouca clorofila; composta por células comuns de formato tabular e células especializadas Células exercem diferentes funções- formam tecido de revestimento. A maior parte do tecido é composta por células epidérmicas comuns (ordinárias) de formato tabular Pode ser unisseriada (1 camada) ou multisseriada (mais de uma camada, originada de divisões da protoderme. Função- reserva de agua. Hipoderme- originada do meristema fundamental Tem parede externa espessada SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS Velame- epiderme múltipla em raízes de plantas epífitas Possuem cutícula- cutina, ceras epicuticulares, pectinas e celulose. A cutícula permite proteção mecânica, não deixa perder água, contra o excesso de luminosidade e a entrada de patógenos. Cutícula foi imprescindível para conquista do ambiente terrestre e varia com o ambiente (ambiente xérico- cutícula espessa); cutícula pode ter ornamentações/ estriações, de valor taxonômico na parte externa da cutícula tem a cera que é um polímero complexo, heterogêneo e resultante de interações longas de ácido graxo, álcool alifáticos e alcanos, em presença de O2; a cera pode ser encontrada como: cera epicuticular (se deposita na superfície da cutícula) ou cera intracuticular (se deposita na matriz da cutícula em forma de partículas). A cera pode apresentar formatos: bastão, grânulos (Brassica e Dianthus), placas, filamentos, escamas, coluna Processo de formação cutícula- cuticularização Chuva ácida/ poluição prejudica a formação de cutícula A parede celular possui cutina (principalmente nas partes aéreas)- é um composto de lipídeos resultante da polimerização de ácidos graxos produzidos no reticulo plasmáticos do protoplasma de células epidérmicas. A cutina é uma substancia considerada impermeável à água que fica impregnada na parede celular ou fica como camada separada (cutícula) A cutina e a cera também servem de barreira contra fungos, bactérias e insetos Na superfície da cutícula ou no seu interior pode ter depósitos de sais em forma de cristais, borracha, resinas e óleos. As células epidérmicas podem ter lignina (se concentra na parede periclinal externa ou em todas paredes) e pode ter também mucilagem Funções epiderme: Revestimento; Proteção mecânica; Trocas gasosas- por meio dos estômatos Restrição à perda de água; Secreção e excreção; Reserva de metabólitos e H2O Absorção de água e sais minerais- pêlos radiculares Reprodução- através da abertura do estômato, liberando grão de pólen Reconhecimento de grão de pólen- papilas e tricomas estigmáticos Polinização- papilas, osmóforos e pigmentos nas pétalas das flores Anexos da epiderme: Estômatos: Estrutura especializada com 2 células guarda + ostíolo + câmara subestomática. Varia na forma, número por área, órgão, face e região da folha—estímulos ambientais. SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS Compostos por 2 células que delimitam em uma fenda estomática (ostíolo) na região central São responsáveis pela liberação/ eliminação da água por transpiração e pelas trocas gasosas. Originam da divisão desigual de uma célula epidérmica São as únicas células epidérmicas que sempre tem cloroplastos As paredes das células estomáticas tem espessamento típico, mais acentuado próximo das fendas Posição dos estômatos- pode ser no nível das células comuns, abaixo do nível das células comuns ou acima do nível das células comuns. Estômatos são frequentes nas partes aéreas das plantas, principalmente na lâmina foliar, e também encontrados (em menor n°) nos pecíolos, caule jovem e partes florais. Raízes e partes aéreas aclorofilados não tem estômatos Mecanismo de abertura e fechamento- as células-guarda tem a capacidade de controlar a abertura e fechamento da fenda estomática Estômato abre na presença de luz e água, falta de CO2 e temperatura amena; abre pelo estado hídrico da célula que tem espessamento diferencial, e pela entrada de K+ e aumento do potencial osmótico Densidade estomática: DE= (N° estômatos/ área) Índice estomático: IE (%) = (n° estômatos/ n° estômatos + n° de células comuns) x 100 Funcionalidade: quanto maior o valor mais funcional; FUN = DP/DE Classificação estômatos: Anomocítico Células subsidiárias em número indefinido e não diferem de epidérmicas Anisocítico 3 células subsidiarias, sendo 1 menor SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS Paracítico 2 células subsidiárias paralelas a abertura Tetracítico 4 células subsidiárias- 2 polares e 2 laterais Diacítico 2 células subsidiárias perpendiculares à abertura Actinocítico 4 ou mais células subsidiárias radiais Halteres Em monocotiledônea SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS Classificação pela localização: Epiderme abaxial: hipostomático Epiderme adaxial: epistomático Amabas: anfistomático Anexos :da epiderme Tricomas São projeções da parede externa das células, desempenhando diferentes funções. Podem ser persistentes ou efêmeros. Tricomas tem classificação baseada na forma e n° de células; Podem ser globulares ou tectores Uni ou multicelulares; ramificados ou não Funções dos tricomas: 1. Protege contra a transpiração excessiva 2. Protege contra o umedecimento excessivo 3. Difusão da luz 4. Proteção mecânica 5. Disseminação de sementes 6. Secreção/excreção 7. Reduz temperatura foliar 8. Absorve água e nutrientes minerais Anexos da epiderme: Acúleo Formações superficiais encontradas em caules, não possui ligação com o sistema vascular do caule Função de defesa Anexos da epiderme- Papilas: São pequenas saliências que não formam tricomas. Na parte abaxial de pétalas- textura aveludada SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS Células especializadas: Células silificadas e suberificadas (Poaceae e Ciperaceae)- tem deposição de corpos silicosos e suberificação da parede, ocorre aos pares; permite rigidez e proteção, evita herbivoria (dificulta digestão) Células buliformes (Poaceae)- são maiores que as demais, com parede fina e grande vacúolo; envolvidas no mecanismo de enrolamento e desenrolamento das folhas. Litocistos ou cistólitos: São grandes com um cristal de carbonato de cálcio (cistólito), permite rigidez e proteção Periderme: Conjunto de tecidos de origem secundaria: Súber (felema) + felogênio + feloderme; Substituída pela maior necessidade de proteção do órgão Tecido complexo Felogênio: meristema lateral (parênquima desdiferenciado com células tabulares, camada única na circunferência do órgão Súber/ felema: tecido protetor com células mortas suberificadas, impermeabiliza, termo-isolamento (frio/queimadas). Células compactas sem espaço, possui lenticelas para trocas Feloderme: característica de parênquima Ritidoma (esfoliação), cortiça (acúmulo), periderme de cicatrização. SISTEMA DE REVESTIMENTO VEGETAL | ANA FLÁVIA MEDEIROS
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